Doce Reencontro escrita por Mari Costa


Capítulo 1
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Bella PDV


— Pode se sentar ali Srta. Swan. O Dr. Martin esta ocupado, mas logo a atendera. – A secretaria disse educadamente.



Fiz o que ela pediu e aguardei. Eu não sabia o porquê da urgência de terem me chamado, mas tinha medo disso.


No inicio eu havia negado a vir ao medico. Mas Rosálie havia praticamente me obrigado, dando-me apenas a opção de escolher o medico. Por isso eu escolhi o Dr. Martin. Era um conhecido alem de ser um bom medico.

Passaram-se mais ou menos 20 minutos, quando me chamaram.

O Dr. Martin estava sentado atrás da sua mesa. Havia vários papeis em sua mão, o qual ele olhava compenetrado.

Limpei a garganta informando-o da minha presença.

— Sente-se Isabella. – sentei. – Você deve imaginar o motivo do qual eu a chamei.

— Bom... Imagino que tem haver com o exame que eu fiz uma semana.

Ele assentiu.

— Sim. Eu recebi os resultados de sua análise de sangue. Teremos que tomar uma decisão rapidamente.

Ele falava cautelosamente e me analisava enquanto isso.

— Rapidamente? – perguntei, cada vez mais assustada – Que tipo de decisão?

No começo eu imaginava que era apenas uma simples anemia, visto que eu perdi peso nesse ultimo mês. E também as tonturas que me assolavam frequentemente. No começo a perda de peso era pequena devido a minha falta de apetite. Mas apenas na ultima semana eu havia perdido 2 Kg. E tinha desmaiado 3 vezes, inclusive em plena sala de aula. Sim eu era professora.

— Bella, conhecemo-nos há muito tempo. Não é fácil, para mim, te dizer isto... – suspirou – Tem leucemia.

De repente foi como se eu não pudesse ouvir nada devido ao zumbido nos meus ouvidos. Leucemia... Um tipo de câncer... E grave.

— Vou morrer? — perguntei quase em um sussurro.

— Não — respondeu — Atualmente, a leucemia tem cura na maioria dos casos. Terá que receber tratamento de bomba de cobalto e quimioterapia. Com sorte, manteremos a enfermidade em seu estado atual durante anos.

Radiação e quimioterapia. Lembrei-me de tia Louise. Ela havia tido essa mesma doença e infelizmente não conseguiu se curar. Eu ainda era criança na época, mas nunca irei esquecer-me de sua imagem... Os efeitos que aquela terapia tinha tido nela. Entre eles, tremendas dores de cabeça e náuseas. E também a queda de cabelo... Céus!

Levantei-me e disse:

— Não sei, não posso pensar agora.

O Dr. Martin se incorporou e pegou minhas mãos com delicadeza.

— Bella, a leucemia não significa que vá morrer. Podemos começar o tratamento imediatamente. Faremos que viva muitos anos.

Fechei os olhos lembrando-me da minha desavença com Edward... pela raiva do passado, pela crueldade da Tânia... Tanta coisa... Agora ia morrer, e já não me importava nada.

Ia morrer.

— Quero pensar nisso com calma.

— É óbvio. Mas não demore muito em tomar uma decisão. De acordo?

Assenti e agradecendo logo em seguida. Sai do consultório e paguei a recepcionista, que me olhou preocupada. Dei um sorriso como se tudo estivesse bem. Dirigi-me ao meu carro indo logo pra casa. Cheguei ao meu apartamento jogando o molho de chaves na mesa de centro. Preparei um banho quente, colocando sais aromáticos e me afundei na banheira logo que tirei a roupa. Tudo mecanicamente.

De repente me dei conta da gravidade e me entreguei ao mar de lagrimas. Por que a vida as vezes tinha que ser tão injusta? Eu tinha apenas 27 anos! Agora não poderia me casar, ter filhos... passar os natais com meu pai. Charlie... Meu pai... O que será dele se eu morrer? Tinha apenas um ano e meio que minha mãe se fora!

Quando enfim eu consegui parar de chorar, eu terminei meu banho, me vesti e fui fazer um pouco de café. Era algo mundano, ordinário, mas naquele instante um ato tão simples parecia ter um significado macabro. Não sabia quantas xícaras mais de café eu iria tomar antes de morrer. Sorri. Aquela atitude não ia ajudar, absolutamente. Tinha que tomar uma decisão. Não sabia se queria prolongar essa agonia, como tinha feito tia Louise. Teria que gastar até a última moeda que tivesse no tratamento, arruinando não só a mim mesma como a meu pai sem saber sequer se ao final teria êxito.

De repente, desejei retornar a Forks. Desejei estar com meu pai, em casa. Tinha passado toda a vida correndo. E agora, as coisas tinham mudado tanto que tinha chegado o momento de enfrentar o passado, de reconciliar-me com ele. De retornar à comunidade que tão injustamente me tinham tratado. Ainda tinha tempo para ajustar certas contas.

O velho médico da família, o Dr. Gerandy seguia tendo seu consultório em Forks. Então eu poderia pedir ao Dr. Martin que me enviasse os resultados das análises. Com um pouco de sorte, talvez eles tivesse idéias diferentes sobre o tratamento. E se não pudesse fazer nada, ao menos poderia passar o resto de meus dias com a minha única família.


Enquanto tomava café, eu me lembrava do olhar de ódio de Edward há sete anos, em minha primeira visita aos meus pais, dois anos depois do que tinha acontecido.



Flash Back on:


Estava a ponto de começar o segundo ano na Universidade de Phoenix. Apesar de tudo o Sr. Black ainda continuou sendo um bom amigo da família pagando meus estudos.

Naquele instante, soou o relógio, lembrando-me que já era a hora de eu partir, o que me enchia de tristeza. Mas meu curso de Pedagogia começaria em menos de uma semana, e precisava preparar algumas coisas.

— Foi maravilhoso tê-la aqui durante uma semana — disse minha mãe Reneé, com suavidade— Seria maravilhoso se tivesse podido ficar todo o verão.

Sua voz falhou. Tanto ela como papai, conheciam muito bem a razão pela qual eu não podia ficar muito tempo. Tinha sido motivo de grande tristeza para todos nós, mas não falávamos a respeito. Ainda doía muito, e as conversas só começaram a diminuir, quando quase tinha transcorrido um ano do acontecido, quando o Sr. Black se mudou para a França.

Tentando deixar de pensar nisso e concentrar-me no que minha mãe estava dizendo. Murmurei:

— Já sabem que neste verão tive várias aulas. Sinto muito, mas pensei que seria melhor. Além disso, estava acompanhada com alguns de meus melhores amigos. Na verdade foi bastante divertido, embora teria preferido ficar em casa. Acredito que sentirei muito mais saudade.

Reneé me abraçou com calidez.

— E nós a você.

— Essa estúpida da Tânia Cullen — murmurou Charlie, que também me abraçou —. Esteve pulverizando todo tipo de mentiras sobre você para afastá-la do Edward. Ainda não consigo entender que o cretino acreditasse nela, nem que se casasse com ela. Por não falar do bebê. Nasceu só sete meses depois do casamento.

Senti cada gota de sangue fugir do meu rosto, mas mesmo assim sorri.

— Esqueça-o, papai. Tudo isso pertence ao passado — disse tentando animá-lo — Casaram-se e agora têm uma filha. Espero que seja feliz.

— Feliz? Depois da forma como te tratou?

Edward. Lembrar-me do meu ex-noivo ainda era doloroso. Edward tinha sido tudo na minha vida. Jamais tinha acreditado que fosse possível amar tanto alguém. Ele não tinha se declarado, mas eu tinha certeza que meus sentimentos eram recíprocos. Entretanto, quando pensava nisso, pude dar conta de que ele nunca me amou. Era apenas desejo.

Sim, porque ele acreditou tão facilmente na mentira que a Tânia inventou, de que eu o traia com Billy Black em troca de que ele pagasse minha faculdade.

Ele realmente pagava minha faculdade, mas era devido à gratidão a meu pai. Charlie era o chefe de policia na época e uma vez ele havia entrado em confronto a paisana com um assaltante na casa do Sr. Black. Por sorte o meliante era jovem, o que facilitou que meu pai o imobilizasse, mesmo o ladrão estando armado.

Mamãe brigou tanto com meu pai por ter arriscado a vida...

Devido a meu pai ter “salvado” sua vida, como o próprio Sr. Black dizia, ele custeava meus estudos em forma de agadecimento.

Depois de dois anos, eu ainda podia ver seus olhos verdes, seu cabelo bronze e sua fina boca. A imagem permanecia fresca em minha memória apesar de termos cancelado o casamento no dia anterior a data marcada.

Encerramos o fatídico assunto e papai foi me levar à rodoviária. Peguei minha pequena mala e me dirigi ao local de embarque enquanto Charlie foi comprar a passagem. Estava olhando em volta quando o vi. Lindo e elegante. Foi com esforço que eu consegui olhar nos olhos dele. E eu não estava disposta a mostrar fraqueza apesar da dor.

Edward me olhava sem emoção.

— Olhe só — comentou, observando-me — Tinha ouvido que estava aqui. Suponho que o pintinho tenha voltado para casa, verdade?

— Não penso ficar aqui — respondi com frieza — Vim visitar meus pais e volto à universidade, no Arizona.

— De ônibus? — perguntou — Seu amante não pode pagar uma passagem de avião? Ou te deixou de mãos abanando quando partiu à França?

Sem pensar muito, lhe dei uma bofetada forte. Ele apenas esfregou o local.

— Que pena que não uso botas militares com ponteira de aço como algumas das garotas com as que estou na universidade — espetei — Se voltar a me falar assim, a próxima vez te quebrarei uma perna.

Então me afastei dele.

Meu pai acabava de comprar o bilhete de ônibus. Tinha presenciado a cena e estava disposto a sair para arrumar as contas com o Edward, eu consegui evitar.

— Esperaremos aqui ao ônibus, papai — disse, eu certeza que estava com o rosto avermelhado pela fúria. Charlie olhou Edward com frieza.

— Bom, ao menos parece que começa a controlar seu mau gênio. No ano passado não teria ido embora — comentou seu pai — Espero que o tenha machucado.

Sorri.

— Não acredito. Não se pode machucar a alguém que não tem sensibilidade. Espero que Tânia pergunte pelo acontecido.

Dei um ultimo abraço em meu pai e entrei no ônibus.

Segundos mais tarde, o ônibus saiu da rodoviária. Fechei os olhos tentando esquecer a dor de ter visto Edward de novo.

Flash Back off.

Tânia morreu em um acidente de carro. Mas eu não tinha enviado nenhum buquê de flores nem entrei em contato com ele para lhe dar os pêsames, porque o falecimento tinha ocorrido três anos depois do acontecimento. Um tempo muito curto para esquecer a amargura do acontecido.

Geralmente eu visitava meus pais uma vez ao ano, no feriado de ação de graças. Sempre que nos víamos ele me olhava de forma estranha, mas nunca se aproximava. A ultima vez que nos “falamos”, havia sido no enterro de minha mãe, há dois anos. Na verdade nem chegamos a conversar. Edward apenas me abraçou e murmurou um vago “sinto muito”.


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No outro dia eu assinei a minha carta de demissão no colégio e disse a Rosálie que Charlie precisava de mim em casa.




— Não disse nada quando retornou de sua ultima visita — disse Rosálie com desconfiança.


— Porque estava pensando nisso — menti, sorrindo — Está muito sozinho. Chegou o momento de retornar e enfrentar meus fantasmas. Estive fugindo durante muito tempo.

— Mas, o que vai fazer?

— Conseguirei um trabalho como professora substituta. Meu pai disse que uma das professoras de primário esta grávida e que não contavam com pessoal para substituí-la. Forks não é como Phoenix. Não é tão fácil encontrar professores que queiram viver no fim do mundo.

Rosálie suspirou.

— Eu sentirei falta de você. – disse com um sorriso fraco.

— Eu também Rose. – a abracei. — Mas você tem Emmett. - referi-me ao seu namorado - agora noivo.

Ela sorriu orgulhosa.

—Posso te ajudar em algo?

— Sim, claro. Pode me ajudar a fazer as malas. – sorri.



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Notas finais do capítulo

Olá? Alguém ai? rsrs
Espero de coração que tenham gostado :)
comentem por favor!
bjos



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