No meio de uma floresta de uma cidade da região de Sinnoh, Dawn andava de um lado para o outro pensando no que ia dizer á Ash. Seja o que for ela parecia aflita e o assunto era urgente.

DAWN – O que devo dizer?

Ao mesmo tempo em que andava de um lado para outro se lembrava do que tinha acontecido mais cedo no CP (Centro Pokémon).

FLASH BACK

Depois de falar com sua mãe, através do vídeo fone, Ash se juntou á Dawn que estava conversando com a enfermeira Joy.

ASH – O Brock ainda não chegou?

DAWN – Ainda não. Ele ainda deve estar paquerando a oficial Jenny. (rindo) – Portanto vai demorar.

ASH – Tem razão. (ele olha para Joy) – Prepare-se enfermeira Joy, pois você é a próxima.

JOY – Pode deixar. (sorrindo)

DAWN – Ei Ash! Depois que descansarmos, vamos treinar nossos pokemons?

ASH – Claro que sim. Não podemos perder tempo. Nós dois vamos realizar nossos sonhos.

DAWN – É isso aí.

Eles batem um na palma da mão do outro e ao observar aquela cena, Joy não se conteve.

JOY – Dá para ver que são bem unidos. (eles sorriem para ela) – Enquanto seus pokemons descansam, vocês podem aproveitar esse tempo para namorarem.

ASH e DAWN – O que?!

JOY – Ora, o que ouviram. Sabiam que ficam bem juntos.

Joy seguia sorrindo inocentemente deixando Ash e Dawn bem corados com aquela insinuação de que eram namorados. Ash resolve se manifestar.

ASH – De onde tirou essa idéia de que eu e Dawn somos namorados?

DAWN – É isso mesmo!

JOY – Não são?! Mas que pena. Eu pensei que fossem pelo modo como entraram no CP.

DAWN – Que modo?

JOY – O jeito como ele te segurava a mão dela e...

ASH – Dawn é uma amiga minha. Eu estava segurando a mão dela porque ela estava triste com uma derrota que sofreu.

DAWN – Ash é só um grande amigo meu. Nada mais.

JOY – Se é o que dizem.

Joy deu as costas aos dois jovens treinadores para em seguida soltar um sorriso escondido por não acreditar que um não tenha percebido o sentimento pelo outro. Ash e Dawn permaneciam corados com aquela situação e por estarem um tanto constrangidos, eles vão um para cada lado.

FIM DO FLASH BACK

Desde essa cena, Dawn não tinha coragem de encarar Ash, pois as palavras de Joy a fizeram perceber os seus verdadeiros sentimentos por Ash. Enquanto andava de um lado para o outro, ela ficava tentando entender quando começou a gostar de Ash e naquele momento ela escuta uma voz familiar.

ASH – Dawn.

DAWN – Ash?! (ela para de andar e fica corada diante dele) – O que foi?

ASH – Brock já chegou. (ele se aproxima dela) – Por que veio para a floresta?

DAWN – Por nada. Só vim aqui para espairecer as idéias.

ASH – É por causa do que a enfermeira Joy falou?

DAWN – Claro que não. Aquilo é bobagem pura.

ASH – Sei.

Ash ficou um pouco triste da forma como Dawn falou de um eventual namoro deles, pois as palavras de Joy tiveram nele o mesmo efeito do que em Dawn. Ele começou a perceber o que sentia pela jovem companheira.

ASH – Então vamos voltar ao CP e...

DAWN – Ash.

ASH – Sim?

DAWN – Agora que você tocou no assunto sobre o que a enfermeira Joy falou, eu pensei em algo.

ASH – No que?

DAWN – Não acho que ela pensou naquilo só por nos ver de mãos dadas.

ASH – O que quer dizer com isso, Dawn?

DAWN – Acho que ela pode ter visto outros sinais involuntários e confundido as coisas.

ASH – Sinais involuntários?! De quem?

DAWN – Nossos. Talvez ela tenha visto algo assim. E se isso aconteceu é capaz também de você ter percebido algo parecido.

ASH – Dawn, mas...

DAWN – Por isso quero esclarecer essa situação.

ASH – Não há nada para esclarecer, Dawn. Somos apenas amigos.

DAWN – Olha Ash. Eu prezo muito a nossa amizade. Não quero que um mal entendido estrague tudo. Desde que nos conhecemos, você tem me ajudado muito. Eu cresci muito como coordenadora por sua causa.

ASH – Eu também cresci muito como treinador por sua causa, sem falar que você salvou o Pikachu. (ele respira fundo) – Se eu fiz alguns desses sinais involuntários que despertaram essa desconfiança na enfermeira Joy, saiba que não foi minha intenção e te peço desculpas por esse constrangimento e...

DAWN – Você não precisa pedir desculpas por algo que não aconteceu.

ASH – Não seria a primeira vez.

Ash soltou um sorriso fazendo com que Dawn sorrisse também. Eles ficavam mais descontraídos quando sorriam e aquilo era preciso naquele momento. Depois de pararem de sorrir, eles observam a Lua e reiniciam a conversa sem um olhar para o outro, pois seus olhos miravam a Lua.

DAWN – Eu nem acredito que estamos tendo essa conversar. Achar que haveria alguma coisa a mais entre nós além de amizade.

ASH – Isso é ridículo mesmo. Isso é coisa da cabeça paranóica da enfermeira Joy. O que importa é que sentimos a mesma coisa.

DAWN – Estamos unidos para realizarmos nossos sonhos. O meu de me tornar uma Top coordenadora.

ASH – E o me de me tornar o Mestre Pokémon. (ele olha para ela) - É só isso que importa.

DAWN – Isso. (ela olha para ele) - Nada mais importa.

Os dois ficam se olhando por alguns segundos e instintivamente seus rostos se aproximam a cada segundo de silêncio até que seus lábios se tocam, realizando um beijo singelo e terno. O silêncio permanece depois de afastarem seus rostos.

DAWN – O que foi isso? (ela parecia mais assustada do que ele)

ASH – Dawn, me desculpa.

DAWN – Melhor voltarmos para o CP. Brock deve estar preocupado.

Dawn se afasta de Ash, que permanecia parado depois do beijo. Ele não acreditava na reação da companheira ao vê-la se afastando. Dawn também estava confusa. Queria se afastar, mas de repente, colocou os dedos nos lábios ao se lembrar do beijo que tinha acabado de dar. Foi seu primeiro beijo e foi como ela queria. Foi mágico. Sentiu-se flutuar sob a luz da Lua. Por isso, ela deu meia volta e correu em direção á Ash e lhe tascou um longo, vagaroso e apaixonado beijo que a deixou extremamente vermelha. Logo em seguida, para que Ash não a visse totalmente corada, Dawn correu para o CP deixando Ash parado no lugar. Ele, por sua vez, não conseguiu conter o sorriso que aparecia em seu rosto, pois tinha certeza que Dawn o amava tanto quanto ele a amava. Dali por diante, tudo seria diferente entre os dois treinadores. Tudo por causa daquele beijo sob o luar.

FIM