Pov. Percy

Tive que me forçar a me mexer, senão poderia ficar parado lá para sempre e virar comida de aracnídeo (N/A: Aplicando minha aula de ciências nas fics agora u.u).
Nunca que aquilo era um bestante ou coisa parecida, aquilo era um típico monstro do Meu mundo. O escorpião possuía três metros de comprimento, sem contar o ferrão, por dois de largura. Era coberto por uma carapaça negra e brilhante, que eu tenho as minhas dúvidas se poderia ser perfurada, mesmo por bronze celestial.
Talvez eu tivesse a sorte que aquele monstro não me achasse, e que eu poderia ficar imóvel onde eu estava até ele desaparecer. Mas como sempre, "sorte" não está no dicionário de um meio sangue. A criatura veio andando diretamente até mim, batendo as pinças em um "Click! Click!" medonho. Em um pulo saí da vala e saquei minha espada. Pensei rapidamente em como iria sair daquela situação. Se eu fosse para a campina teria mais espaço para lutar, porém as árvores me davam uma proteção extra. Destruir aquela coisa seria praticamente impossível, minha única alternativa seria fugir para longe, porém mesmo assim teria que arranjar uma distração.
--Argh! Hera, eu definitivamente te odeio!- falei encarando a besta á minha frente.
Ouvi um relâmpago ao longe, que poderia ser obra dos Gamemakers ou a mera reação de uma deusa psicótica (N/A: Se eu demorar demais significa que eu fui transformada em um pavão como castigo, porque né?)
Me afastava devagar enquanto o escorpião se aproximava. Ele investiu em uma velocidade assustadora pra cima de mim. Desviei para ao lado em um movimento, sentindo o ferrão afiado passar a alguns centímetros de distância. Como eu esperava, nem mesmo bronze celestial perfurava aquele bicho. Quando ataquei por cima, a espada soltou faíscas ao entrar em contato com o tórax, que agora eu tinha minhas suspeitas que era feito de algum metal assim como o resto do corpo. Porém aquilo não parecia nenhum robô, muito pelo contrário, parecia muito vivo. Me defendi de cada ataque e investida como pude, com alguns golpes de espada. Tentei não enlouquecer de pânico ao ver a boca daquela coisa espumando com uma substância verde que, a cada vez que pingava no chão derretia qualquer coisa que estivesse no caminho, até só sobrar um círculo de areia. Que ótimo. Aquilo era ácido, imagina o veneno de verdade? Poderia me matar em questão de segundos. Enquanto desviava de mais uma estocada, tive uma ideia. Aquelas placas que recobriam o corpo do escorpião com certeza têm encontros, sem proteção. Se eu pudesse atacar naquelas falhas, talvez eu tivesse alguma chance. O problema de ficar pensando muito, é que nós nos distraímos. E digamos que se distrair enquanto está lutando com um monstro que tem o dobro do seu tamanho, não é lá muito inteligente. Pois é, dá pra ver que eu passaria longe de um filho de Atena. No meu momento de distração, a criatura atacou. Se eu não fosse tão rápido provavelmente estaria morto agora. Pulei rapidamente para o lado, o que resultou no ferrão do escorpião completamente fincado na árvore em que eu estava encostado há menos de um segundo atrás. Mesmo tendo me salvado, não saí ileso. Meu braço havia sido machucado por aquela coisa, de modo que agora tinha um grande corte com alguma fórmula amarelada, provavelmente veneno. Joguei diversas maldições e torci para que aquilo demorasse a fazer efeito. Passei os olhos pelo dorso procurando uma falha. Lá está! Uma pequena linha sem nenhuma cobertura, tinha provavelmente 2 cm de largura. Não hesitei nem um pouco, logo o monstro estaria solto e eu perderia minha - talvez única - oportunidade. Levantei minha espada e finquei no espaço. O escorpião soltou um barulho esganiçado - escorpiões gritam? - ao mesmo tempo que minha visão ficava turva e eu sentia um gosto amargo na boca. O efeito estava apenas começando. O monstro conseguiu se libertar, porém estava mais lento por conta do ataque anterior. Me aproveitei disso e ataquei na única parte que não tinha proteção além das falhas: a boca.  Não era seguro fazer aquilo, já que eu não tinha certeza se a espada sobreviveria ao ácido, porém mesmo assim eu fiz. O escorpião fez um som que soou como um engasgo, e logo depois explodiu em areia amarelada, deixando para trás uma espada empoeirada e o inconfundível cheiro de enxofre no ar.
Eu respirava ofegante enquanto sentia meu rosto se ensopar de suor. Minhas pernas começaram a ficar dormentes e eu comecei a ficar tonto. Nem pensar em desmaiar agora, eu pensei. Me forcei a voltar para onde estavam as minhas coisas. No caminho ouvi uma voz que de um tempo pra cá tem me dado raiva: "Bom trabalho, Perseu Jackson. Se saiu bem neste combate, mas não se esqueça: o teste está apenas começando". Se eu não fosse um cara educado, responderia algumas coisas àquela deusa que provavelmente fariam eu me transformar em poeira. Ao chegar no ponto fui rapidamente na garrafa de água. Tomei praticamente todo o conteúdo, o que foi uma atitude errada já que eu não sei quando terei água novamente. Me ajudou um pouco, a tontura e a visão turva cessaram. Porém o corte no meu braço ainda doía muito. Usei o resto da água para limpar a ferida. O sangramento parou e o corte foi se fechando lentamente até não restar mais nada além de um arranhão. Comi dois dos biscoitos de baunilha enquanto pensava em algumas coisas. Eles não iriam apresentar isso na TV. Hera iria manipular a névoa de forma que eles prestem atenção em qualquer coisa que não.seja um tributo lutando contra...bem, eu não sei o que eles viriam se me vissem lutando.
Peguei a adaga de bronze celestial que eu tinha descoberto a origem nos meus sonhos. A arma de Annabeth. Estava muito bem conservada, dado que nós vivemos há mais de mil anos. Estava tão bem cuidada que parecia que estivesse sendo guardada, mas por quem? (N/A: Não se esqueçam dessa parte da história. Será importante para alguns eventos que acontecerão bem, bem mais á frente) Isso teria que ser descoberto depois.
Arrumei as minhas coisas e adentrei mais na floresta. "Será mais um grande, grande dia!"