– Diego algum problema? - Então me afastei um pouco dele.

Mas ele se levantou e veio em minha direção, e me jogou contra a parede me prendendo com seus braços me tirando qualquer rota de fuga.

– Não! Não está tudo bem, já passou à hora de você saber realmente como me sinto.

–Como você se sente?! O que quer dizer com isso? E outra, me solta!

–Leo, já faz muito tempo, mas nunca consegui te dizer isso. Eu também não demonstrava, não queria terminar a amizade... Só que agora... Não consigo mais me segurar, preciso te dizer. –Ele fixou os olhos em mim.

–Pare com isso! –Empurrei-o- Deixe eu me trocar, depois nos falamos. –Não voltei a olhar para ele.

–Tudo bem... Vou embora, em outra hora... É será melhor em outra hora. –E ele se retirou do meu quarto.

O que ele queria me dizer com tudo aquilo, eu não entendia -será que ele...? Não claro que não- Agora, eu deveria falar com ele? Tentar entender o que ele queria me passar. Pensando melhor, era mais fácil deixar aquilo de lado, não tocar mais no assunto. A situação estava estranha de mais para perguntas ou esclarecimentos. Se caso for o que realmente eu estava pressentindo... Eu nunca mais falaria com ele.

Sentei na cama e fiquei ali parado por um tempo. E então me levantei e fui me trocar.

Resolvi que iria sair um pouco tentar relaxar e entender bem o que estava acontecendo, mas sair sozinho logo me peguei pensando em chamar o Diego pra sair comigo; Sério?

Eu não poderia mais contar com ele para essas coisas, talvez fosse melhor assim. Não é?

–---- Alguns dias depois -----

Já faz mais ou menos duas semanas que não falo com ele, também comecei em um novo emprego, as pessoas de lá são legais apesar de que a maioria do pessoal é homem, eu trabalho em uma cafeteria perto do shopping na cidade. Ah já vi a Helena várias vezes por lá com ele claro -Não que eu tenha ciúmes, longe disso; Apenas imaginava como seria se tivesse dado certo, se a gente estivesse junto.

Eu tentava focar nos estudos agora. Tentar uma faculdade talvez; sempre pensei em direito, mas nunca fui atrás o tempo voa e logo eu teria que decidir não poderia ficar de vida fácil para sempre.

A noite no trabalho recebi uma mensagem do Diego, ele pedia para que nos encontrássemos em um barzinho ali perto. Pensei bem, e resolvi ir, não poderia deixar a situação daquela maneira éramos amigos a muito tempo e acabar a amizade assim não fazia sentido. Ainda mais que eu nem sabia ao certo o que ele queria, ou o que ele “sentia” como ele mesmo me disse.

Saí do serviço lá pelas 10horas da noite e fui até o barzinho, quando na mesma calçada do bar trombei com a Helena.

Eu não sabia se conversar, brigava, xingava ou até batia nela meu ódio pelo o que ela fez comigo ainda não havia passado minha mãe me dizia para esquecê-la, mesmo assim era difícil esquecer tudo aquilo, tudo o que passamos e no final ser apunhalado pelas costas pela pessoa que você mais ama.

Fui no caminho mais fácil a ignorei, ela ficou me olhando, mas não dei a mínima afinal ou eu seguia em frente ou o passado me consumia.