Separados Por Uma Vida escrita por Tony


Capítulo 4
Capítulo 4 - Gravidez


Notas iniciais do capítulo

Outro capítulo! Espero que esteja do agrado de meus leitores!



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 -Helena, eu vou te ajudar... Espero que isso te ajude mesmo... –Olhei no fundo de seus olhos, e ela estremeceu.

Ela me olhou, parecia estar com medo. Não vou abandoná-la. Naquele momento eu sabia que seria difícil tomar essa decisão, mas ela iria precisar de mim, eu sabia disso.

-Helena, eu te amo e sempre te amei. Vou assumir seu filho, não importa o que os outros digam. – Ela ia contestar, mas eu coloquei meu dedo indicador sobre seus lábios, impedindo-a de prosseguir. – Não fale nada, só saiba que eu te amo. – Ela me beijou de surpresa e eu retribui, com todo amor que tinha no coração.

-Casa comigo? –As palavras saíram de minha boca como mágica.

-Sim!Sim!Sim! – Ela se jogou em meus braços e eu a beijei.

-Temos de falar com seus pais e os meus... –Eu olhei para baixo.

-Tem razão... Eu nunca vou poder te pagar por isso.  – Pagar?

-Me pague com amor. – Era só o que eu queria.

-Sim, e isso já esta acontecendo. - Abri um sorriso.Afinal, ela estava retribuindo meus sentimentos que ficaram sendo esmagados por todo esse tempo, então me amar era o que bastava.

-Vamos então? – Agora era certo que nossos pais não ficariam felizes com a notícia. Tudo bem que a família dela me tratava como filho, mas aquilo seria a gota d’ água para eles.

-Vamos... O que eu falo? – Ela estava mais preocupada do que eu.

-A verdade. Que o filho é do Bruno, mas eu vou assumir. Simples assim. – Olhei nos fundos dos olhos dela e ela estremeceu e agarrou meu braço enquanto eu ligava o carro.

 Dei partida e fomos primeiro na casa de Helena.Chegando lá, fomos recebidos pelos pais dela, logo os chamando para um diálogo não muito prazeroso. A conversa foi atordoante. Seu pai era muito bravo e estressado, o que só piorava a situação. A mãe dela me compreendeu e me agradeceu, enquanto o pai estava mais preocupado em dar uma boa surra em Helena. Só não o fez porque foi impedido pela mulher, que se colocou de pé na frente da filha, protegendo-a.

Enfim. Depois de toda aquela confusão, fomos para minha casa. Enquanto dirigia,fui pensando no que iria dizer. Helena estava abraçando meu braço e aquilo me reconfortava.O caminho parecia tão longo...

Logo cheguei em frente a casa e desliguei o carro, mas não abri a porta. Eu estava com medo. Não medo da responsabilidade, mas sim, medo de meu pai. Afinal, ele não era uma das pessoas mais agradáveis desse mundo. Muito pelo contrário.

-O que foi? Algum problema? – Helena estava preocupada. Ela interrompeu meus pensamentos e, quando olhei para seu rosto de anjo, percebi que era aquilo mesmo o que eu queria. Eu ia criar aquele filho como meu e daria a ele todo o amor que eu pudesse, assim como fiz com Helena. Todos esses anos em que eu a amei iria valer a pena. Eu mostraria a ela o quanto a amava.

-Nenhum. Só estou tomando um pouco de coragem... – Sorri para disfarçar o nervosismo.

-Não precisa assumir isso. Tudo que aconteceu é culpa minha! Você não tem que fazer parte. – Ela me olhou quase chorando.

-Tenho sim! E se isso vai te fazer feliz, eu faço, Helena. Eu faço tudo por você, independente do que seja. Seria muito melhor se este filho fosse meu, mas como não é, vou criá-lo como se fosse meu mesmo. Esse menino, ou menina, vai ter todo o amor que eu puder dar. – Uma lágrima escorreu por meu rosto, uma lágrima de felicidade. Ela limpou minha lágrima com um beijo, fazendo-me sorrir.

-Bom, vamos. Vai dar tudo certo! – Ela tentava me animar, mas sem sucesso.

-Certo... – Sorri.

Tirei a chave do contato e abri a porta. Corri até o outro lado do carro e abri a porta para ela, logo após ativando o alarme assim que a mesma saiu. Eu estava confuso. O que seria de mim? Se meu pai me bateu por eu estar chorando naquela vez... O que dirá agora?! Assumir um filho que não era meu seria o fim da picada para ele. Sim... Eu estava morto.

Fui andando até a porta de casa. Helena pegou em minha mão e aquilo me acalmou um pouco. Abri a porta para ela entrar primeiro, adentrando o local logo após. Assim que entrei, dei de cara com meu pai sentado no sofá, assistindo a um jogo de futebol americano.Seu time favorito – O Nicks – estava perdendo. Aquilo era um mau sinal... Só podia ser.

-Pai... Posso conversar com o senhor? – Eu estava tremendo. Analisei os fatos: Nicks perdendo + pai estressado... Aquilo não acabaria bem.

-Não me atrapalhe moleque! Não vê que eu estou assistindo?! – Ele me olhou com advertência, mas eu deveria continuar.

-Pai! É uma conversa séria! Será que pode deixar de lado um pouco esse maldito jogo?! – Gritei. Pronto... Era meu fim.

-Maldito jogo. Maldito jogo?! É o jogo da final e se você não sumir daqui eu vou tacar a televisão em cima de você! – Olhei para a TV de 42 polegadas, estremeci.

Helena puxou meu braço discretamente. Ela me advertiu – era um aviso e eu seria inteligente de segui-lo, mas mesmo assim decidi que iria continuar. Olhei para ela e sorri, enquanto a mesma olhou para baixo.

-Pai! – peguei o controle na mesinha de centro e desliguei a TV – Me escuta! Pelo menos uma vez na vida presta atenção em mim e me ouve! – Eu estava gritando e meu pai me olhou muito irritado. Ele nunca perdera nenhum jogo de seu time favorito... Mas a questão agora era outra.

-Ficou doido garoto?! Está pedindo pra morrer, é isso?!  - Ele se levantou e veio em minha direção – Senta aí! – Apontava para o sofá – Agora! – Ele foi até a cozinha chamar minha mãe.

Fui até o sofá, chamei Helena e nos sentamos. Agora era só esperar. Escutei os passos de meus pais vindo em direção à sala, o que só me deixou ainda mais nervoso.

-Fale com seu filho! – Meu pai retrucou para minha mãe.

-Agora ele é só meu filho... – Ela revirou os olhos – O que você aprontou, Leo? – Minha mãe olhava com carinho para mim. Eu sabia que ela iria entender, mas um passo em falso acabaria com tudo. E ela estava ciente disso.

-Mãe... É uma coisa importante. Podem se sentar? Por favor... – Abaixei a cabeça enquanto os mesmos atenderam ao meu pedido e se sentaram nas poltronas ao lado do sofá.

-Fale logo menino! Ainda tenho cinco minutos antes de o jogo acabar! – Meu pai resmungava.

-Vou falar rápido, então... Helena está grávida, Bruno é o pai, mas ele não quer assumir, então eu vou assumir! – Coloquei tudo para fora de uma vez, mas eles entenderam. Eles tinham que entender. 


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