How Things Began... escrita por RitalinLove


Capítulo 17
Holding on


Notas iniciais do capítulo

Rsrsrs, entããão... Não sei se vocês sabem, mas Lerda e Idiota são meus nomes do meio!
Eu escrevi esse capítulo toda fofamente, e eu jurei que tinha postado ele hoje às 4h da manhã... Acontece que eu colei ele aqui e esqueci de apertar o "Salvar história" ><' #facepalm
Enfim, pelo menos ele está aqui, não é? :D
PS.: Minhas últimas provas (ALELUIA! o/ *Todos comemora*) são nessa semana, então acho que não vai dar pra postar mais nada até terça que vem /: mas eu juro que assim que ficar livre da escola, eu vou voltar com tudo e vou postar horrores, viram? Isso é amor demais por vocês, gente! Awn rsrs
Espero que gostem do capítulo :3



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/253592/chapter/17

Sabe...

Eu adoraria poder acordar abraçado à ele - sei que provavelmente falo coisas do gênero até demais mas… E daí? É a verdade -, porém, hoje quando abri os olhos me deparei com… Nada? Hã… David?

 Certo que já era cedo e ele sempre volta pro seu quarto nessa hora, mas eu sempre acordo quando ele levanta pra sair. Vamos dizer que David não é exatamente o cara mais discreto do mundo - Vamos dizer que ele é extremamente barulhento para se levantar -...

 Então… Certo, onde David tinha ido parar? 

 Bom, essa minha dúvida não demorou muito para ser saciada, porque assim que eu ergui a cabeça para dar uma olhada pelo quarto e perguntar vários "David's", pude ouvir uma risadinha cômica, já tão conhecida, na altura das minhas pernas. Revirei os olhos cansadamente antes de retirar o cobertor e encontrar um David - muito parecido com o que eu estava procurando, diga-se de passagem - encolhido, parecendo uma bolinha. Parecendo mais infantil.

 Então, hey! Nossos papéis haviam voltado ao normal.

 - Hã… O que está fazendo aí, meu anjo? - Perguntei com a maior doçura do mundo, tentando ignorar a dor de cabeça violenta e a boca extremamente seca que eu sentia. David continuou a rir abobado.

 - Nada. - Ele levantou o olhar e mostrou-me um sorriso sapeca. É, eu realmente não conseguia ficar bravo com ele.

 - Vem ficar aqui comigo. - Dei tapinhas no espaço - pequeno, porém perfeito para um David daquele porte - vazio do meu lado.

 - Não. - Ele disse simplesmente, enquanto brincava com m fio solto do lençol.

 - Por que não? - Mais uma prova de que eu sou um completo masoquista idiota. Porque eu estava insistindo nisso?

 - Não quero.

 - Não quer ficar comigo? - Olhei-o com olhos tristes e ele apenas riu de novo. 

 - Agora não.

 Resolvi - finalmente - não insistir. Eu já sabia muito bem que discutir com uma criança não ia me levar a lugar algum. Então me virei pro lado contrário a ele, fechando os olhos em uma tentativa frustrada de dormir de novo.

 Mas enquanto eu fingia que dormia, pude sentir um certo corpinho se deslocando até colar-se no meu e beijar minha nuca.

 - Achei que não quisesse ficar comigo. - Falei me virando, ainda emburrado, encarando aqueles lindos olhos esverdeados.

 - Mudei de ideia. - Ele deu de ombros.

 - E… - Comecei a acariciar os fios do seu cabelo rebelde inconscientemente, olhando para baixo - Você faz muito isso?

 - Sim, eu faço muito isso. - Continuei encarando a colcha da cama e ele provavelmente percebeu a que eu me referia - Eu sou estável, você sabe, Pie… - Pousou a mão no meu queixo, forçando-me a encarar seu rosto de novo - Mas, sabe, tem esse cara… E eu gosto muito dele, entende? E eu não pretendo ir a lugar algum enquanto estiver com ele. - Me sorriu de canto e eu não pude conter um sorriso ainda mais brando - O único problema é que ele anda ficando tão dramático, céus! - Ele revirou os olhos - Achei que a rainha do drama fosse eu, mas ele também está assim agora!

- É o que a convivência faz, David. - Ele riu concordando e eu abracei-o mais forte.

 Ele se aconchegou no meu abraço e começou a me contar do sonho que teve. Envolvia naves espaciais, pôneis alados e David sendo o herói do mundo - olha, uma prova que foi só sonho! - de um terrível Viking vestido de rosa.

 - Você é maluco! - Falei ainda rindo de toda aquela besteira que ele havia me falado.

 - Você que é! - Ele logicamente usou o argumento mais infantil que encontrou, acrescentando uma línguinha que ele me mostrou. Ri ainda mais.

 - Sou mesmo! - Comecei a espalhar centenas de beijos pelo seu rosto de surpresa - Por você eu sou! 

 - Pierre! - Ele passou a mão, limpando a baba do rosto - Você faz isso pra me provocar? - Sim, obviamente - Seu… Espera, você ouviu isso? - E antes que eu pudesse responder qualquer coisa, ele se  jogou de volta para o fim da cama se cobrindo com o cobertor.

 Daí foi tudo muito rápido.

 Jeff entrou no quarto gritando - Ok, ele não estava gritando pra valer, mas eu estava com ressaca. Qualquer barulhinho conta como gritaria nesses momentos - e abrindo a porta com força. Meu olhar correu arregalado até a ponta da cama e eu não sei bem o que David fez lá - ele se espremeu entre as minhas pernas - mas nem se notava ter outra pessoa naquela cama. Ouvido incrível o dele, aliás.

 - Pierre! - Jeff falou da porta, aonde ele continuava parado, me encarando.

 - Jeff! Hã… Jeff? 

 - Pierre! - Ah, não, a gente não ia ficar nessa o dia inteiro, ia? - Faz alguma ideia de que horas são?! - Ok, agora ele realmente gritou. Filho da puta.

 - Hã, não, mas aposto que você vai me falar daqui a pouco. - Coloquei as mãos na cabeça. Ah tá, como se a dor fosse passar por isso. - Aliás, ia te doer muito parar de gritar, inferno?! Eu estou com ressaca. - Jeff riu cômico.

 - Sim, eu sei que está. Justamente por isso estou gritando! - Ele começou a gargalhar muito, muito, muito alto. Argh - E já passa das 13h! Nós temos um show hoje, cara! Já temos que nos aprontar e ir pra lá daqui a pouco! Anda. anda, anda! - Eu. Curado. Jeff. Morto.

 - Argh! Quê? O show é de noite, não? Porque já temos que nos aprontar? - Eu comecei a ficar muito preocupado quando percebi que David estava muuuito quieto. David e silêncio, não combina. Dei um chutinho de leve aonde pareceu ser a coxa dele e o que eu recebi em troca? Um beliscão muito forte na perna - Ai!!

 - Hã? - Jeff me olhou desconfiado e por meio segundo ameaçou ir até mim.

- Nada! - Berrei sem pensar nas conseqüências pra mim erguendo meus braços em sinal para Jeff parar. Aquilo estava ficando rídiculo. Senti David sorrindo na minha pele. Claro, pra ele isso é ótimo. 

 - Ok… Hã, então… Temos que ir logo porque o show é em Virginia Beach, dá umas 3 horas de viagem de van até lá, então anda logo! - Ele já ia sair quando virou bruscamente - Ah sim! Você viu o David? 

 Então foi aí que tudo desandou. 

 David é lindo, maravilhoso e eu sou louco por ele, tudo bem. Mas acontece que ele é um ser das trevas também. Um completo de um sádico. 

 Ao ouvir seu nome, ele começou a rir, abafando o barulho na minha perna e… Ele levou sua mãozinha linda e delicada um pouco acima.

 Não satisfeito em apenas me tocar - como se fosse "apenas", mesmo - ele decidiu que, sei lá, seria legal começar a massagear o tal lugar por cima da minha calça. 

 Minha calça. A única peça de roupa que eu estava usando.

 - Mmmm… - Eu mordi meu lábio com muita força - P-por…Que? 

 - Porque ele não está no quarto… Passei lá pra acordá-lo antes de vir aqui e não o encontrei… Hey, cara, tudo bem? - É, eu provavelmente estava com uma cara bastante estranha. 

 Então David, não satisfeito, começou a movimentar a mão cada vez mais rápido e forte. Eu sei que eu deveria estar gostando disso. Mas ele estava fazendo por ser a linda peste que ele é. E tudo que eu poderia fazer era reprimir os gemidos que lutavam para sair da minha boca.

- Hã… Ahh! É, é, é… Uh, Aw, ér… Sim? Tu-tudo b-bem. - Muito convincente da minha parte, claramente.

 - Hã, certo… - Jeff mudou a expressão desconfiada para um par de olhos arregalados - Mas você tem alguma ideia de onde ele pode estar?

 - SEI LÁ JEFF! - Ele precisava sair de lá de uma vez, de outra forma eu acabaria entrando em colapso nervoso - Talvez ele tenha saído, dado uma volta! Ele é o DAVID, ELE FAZ COISAS ESTRANHAS E IMPRÓPRIAS! 

 Certo, Pierre, talvez essa não tenha sido a coisa mais esperta a se falar. David apenas começou a me provocar ainda mais e a morder minha coxa várias vezes. Quer dizer, várias vezes até decidir parar em apenas uma mordida. Uma mordida muito forte. Até que ela virou um chupão. 

 - Ok, hã… Vou deixar você sozinho consigo mesmo… Você, hã, deve precisar de um tempo de privacidade, né? - Ótimo, agora Jeff tinha uma imagem completamente conturbada de minha pessoa, tudo graças ao suposto anjo da minha vida.  

 Então Jeff finalmente foi embora.

 E então uma cabeça risonha surgiu na altura do meu peito.

 - Anda Dav, a gente tem que se arrumar pra ir pra Virginia Beach ainda hoje. - Falei  tirando-o de cima de mim e já me levantando e indo pegar uma roupa na mala.

 - Ficou zangado? - Me virei pra olhá-lo. Ele estava sentado de pernas cruzadas na cama com um bico nos lábios. - Eu estava apenas brincando.

 - Sim, eu sei. - Suspirei indo até ele, colocando as duas mãos firmemente em seu rosto - E eu realmente adorei a tal brincadeira, mas eu gostaria se você escolhesse uma hora mais apropriada para fazê-la, ham? - Soltei-o voltando a escolha das roupas.

 - Ah, mas em outra hora não teria graça.

 - Ahhh, acredite David, teria muita graça. Eu me divertiria muito mais! - Ele apenas riu concordando e se levantou da cama - Acho bom você correr para o seu quarto e arranjar uma desculpa por ter desaparecido!

 Ele saiu e eu tenho certeza que inventou alguma história completamente ridícula - talvez tenha contado o seu sonho, ham? - , porque Jeff desencanou comigo e voltou a fazer o que mais gosta: Provocar o meu pequeno. 

 […]

 Não sei da onde Seb tirou que seria uma boa ideia, mas depois do café da manhã, antes de entrarmos na van, ele comprou um pacote com balões de gás hélio para encher pro David. Não sei, mas hélio mais hiperatividade não parece ser uma soma muito esperta. 

 Eu ainda estava supostamente "zangado" com ele então quando me pediu para dar nós nos trilhões de balões que ele enchia sem parar eu neguei. Mesmo com bico e tudo ele não me convenceu.

 - Pat, Pat! Me filme! - Ele falou enquanto "desenchia" um dos balões sugando todo o ar para si - Hey, nós estamos indo para Virginia Beach, isso vai sem ótimo! O dia está lindo e logo estaremos de volta! Vemos vocês lá, ciao, ciao! - David disse com a voz fina de roedor que o hélio surtia efeito. Certo, nem se eu realmente conseguisse ficar bravo com ele conseguiria não rir com aquilo.

[…]

 E então o show realmente foi incrível! Foi simplesmente fantástico! As pessoas tinham uma energia tão boa  e lá estava tão cheio… Eu nunca vou me acostumar com isso, com esse tanto de gente que vem para nos ver… É… É simplesmente bom demais! 

 Durante o show, bom, David acabou por descobrir que eu não estava realmente chateado nem nada assim. Na verdade, foi provavelmente o nosso melhor show até agora. Não sei bem o que aconteceu nem exatamente por que, mas David eu começamos a brincar muito um com o outro durante o show. Brincar e se provocar. Foi uma coisa meio patética, e talvez se tivéssemos ficado com vergonha ou algo assim, teria ficado bem claro, mas não. A gente simplesmente se divertiu um com o outro. Como dois palhaços. 

 Eu realmente me acho um completo idiota com relação a essa história toda com David. Juro que acho. Então não sei se foi a idiotice, ou se foi porque realmente é uma coisa boa… Mas eu sorri tanto com isso. Com o fato de nos sentirmos tão à vontade com o outro. De que a gente se diverte tanto junto. De, sei lá, o fato que apesar de ser meu namorado - não estou reclamando, é a melhor coisa que poderia me acontecer, mas - , ser também meu melhor amigo.

 Eu fiquei tão bem, tão satisfeito com o fato de estarmos juntos ser o que mais importa agora. Que ficamos tão soltos em cima daquele palco, tão livres e sem vergonha alguma… Que conquistamos nossa liberdade juntos. Que talvez as coisas são tendem a melhorar… Que agora vai ficar tudo bem. Que tudo está bem e é assim que tem que ser, quem sabe… Pra sempre

 É, eu sei que estou soando como uma daquelas adolescentes tontas que se apaixonam e já fazem juras de amor eterno ou algo assim… Mas é diferente, sabe? Eu nunca me senti assim antes.

E eu sei que eu sou muito jovem ainda, de qualquer jeito, mas é como se algo aqui dentro me dissesse que… Bom, que eu não quero sentir isso de novo. Que eu não quero ter outra pessoa qualquer para me apaixonar, que seja. Eu quero apenas ele. O que eu sinto por ele… Vai ser só com ele. É como se eu tivesse tanta certeza disso que nada pudesse mudar.

 Porque hoje, em cima daquele palco, enquanto David brincava com seu baixo, e todos nós pulávamos freneticamente no início de Addicted, ele sorriu pra mim. E não foi nenhuma surpresa. Acho que já vi aquele sorriso mais vezes do que já me vi no espelho ou vi os cabelos de Jeff caírem. Mas naquele momento que ele sorriu, diretamente pra mim… Cara, ele é tão lindo. Não que eu já não soubesse, mas ele estava mais lindo ainda - e eu nem sabia que era possível -. Naquele momento que durou menos de cinco segundos, eu finalmente percebi, com todo a certeza do mundo, que… Eu o amo. 

Eu senti uma necessidade tão grande de correr até ele, parar tudo e dizer em alto e bom som o quanto eu o amava… Claro, eu não pude fazer isso, mas só por perceber esse fato tão ridiculamente óbvio e sentir tanto vontade de contá-lo naquele mesmo instante. Bem, eu já me dei por satisfeito.

 Eu sinto orgulho da gente. Eu sinto orgulho da minha relação com David. 

 Isso é perfeito. 

[…] 

Desde que acabamos o show, eu não tive um momento a sós com David. Nem na van, de volta pra Nova York, eu consegui falar qualquer coisa, porque assim que entramos nela, David dormiu um sono pesado, já que ele ficou cuidando de mim na madrugada passada, ele deveria estar mais do que cansado… Isso me fez sentir um bocado culpado. Mas não muito, porque no fim das contas, todos nós acabamos por dormir até chegar no hotel.

 Eu acabei por decidir que falaria isso para ele em outra hora. Por que sabe, na minha mente estupidamente apaixonada, isso deveria ser um momento importante. Eu ia acabar sendo um daqueles bregas piegas, mas tudo bem, porque o que iria importar realmente seria o romantismo. Sem querer me gabar, mas eu sei ser um ótimo romântico.

 Os meninos logo subiram para seus devidos quartos, e eu ia fazer o mesmo também, mas David disse que iria pra sala de TV - umas das cortesias do hotel. Talvez ele fosse chique demais para a gente - assistir algum filme.

 Não que eu não fosse segui-lo - porque eu ia -, mas foi legal quando David puxou minha mão para si, me impedindo de fazer qualquer outra coisa que não fosse ir junto dele.

[...]

 Foi durante a madrugada que o celular começou a soar estridente, terrivelmente alto. Assim que abri meus olhos, de forma preguiçosa,  me dei conta que havíamos dormido na sala. David dormia esparramado pelo sofá - que não era exatamente espaçoso, mas David era pequeno o suficiente para ficar confortável - e eu estava espremido na poltrona minúscula ao lado.

 A mesinha onde o celular - que me dei contar ser de David - estava, se encontrava muito mais perto do loiro, então ele esticou o braço preguiçosamente e, ainda de bruços, atendeu-o sonolento.

 - Hmm 'lô? - Ele murmurou no meio de um bocejo gostoso que me contagiou na mesma hora. Sorri com aquela adorável cena, me levantando para sentar ao seu lado. 

 Ele parecia ouvir atentamente, ainda sem entender a pessoa do outro lado da linha - Uhmm? Ah, sim, sou eu… Uh… - Ele continuava com a voz sonolenta e arrastada. Ri de novo e assim que me notou tão próximo, em um pulo, já estava no meu colo. Circulei sua cintura fininha em um abraço e não me contive ao começar a distribuir uma fileira de beijinhos e mordidas por seu pescoço. David se esforçava muito em tentar compreender a tal pessoa ao telefone, eu podia notar isso. Se não bastasse, ainda tinha que se segurar para não desatar a rir pelas cosquinhas que deixava. Ele tentava me parar com empurrões leves (talvez não tão leves em sua cabeça).

 - Hã? Como é? - Levantei meus olhos, que se encontravam bastante concentrados na pele - já sensível - do pescoço de David, para a repentina reação dele. Eu realmente me apavorei quando o vi completamente assustado, mais pálido que o normal. Arqueei minhas sobrancelhas em uma pergunta muda para ele, mas ele estava tão espantado que era como se eu tivesse desaparecido daquela cena. 

 David começou a tremer no meu colo e eu o segurei firmemente, preocupação exposta. - Ai meu deus… - Ele disse, seus olhos parecendo triplicar de tamanho quando colocou as mãos na boca. Olhei bem fundo em seu rosto, tentando arrancar qualquer informação que me dissesse o que diabos estava acontecendo com meu namorado, mas nada. - Eu… Eu… V-vou ten…Tentar ir praí… A-ago-gora mesmo… - Ele respondeu entre soluços, mas seus olhos ainda estavam completamente secos. Ele parecia em choque demais para começar a chorar ou algo assim, era como se… Se não estivesse acontecendo com ele. Meu coração estava à mil de preocupação e tudo que eu queria era que ele desligasse aquela porcaria de telefone e me contasse o que estava acontecendo.

 Depois de alguns minutos, ele finalmente se despediu apreensivo, estranhamente agradecendo antes de desligar o aparelho e praticamente jogá-lo em cima da mesa de volta. David estava arrasado e a pior parte era que eu não sabia o que fazer, não sabia de nada que se passava. Ele estava muito atônito para conseguir iniciar qualquer frase, então eu simplesmente achei por bem, me calar também, abraçando bem forte contra meu corpo, beijando sua têmpora, tentando de alguma forma acalmá-lo. 

 - Anjo… - Falei bem baixinho depois de longos minutos apenas acariciando-o. Logo seus olhos esverdeados se viraram ao encontro dos meus castanhos - O que foi? - Sussurrei enquanto beijava seu rosto mais uma vez.

 Ele pareceu finalmente se despertar do transe em que se encontrava, o que me aliviou, mas não por muito tempo:

 - Julie…

 Foi tudo que David disse antes de começar a chorar compulsivamente.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Obrigada ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "How Things Began..." morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.