Rebel Toy. escrita por Porcelain


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Desculpem pela demora pra postar! Estou muito entusiasmado escrevendo uma versão alternativa de "My Last Memory". Caso tenham curiosidade, é só procurar essa fafic no meu perfil (:
Espero que gostem do capítulo, ele está cheio de reviravoltas e descobertas (;



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Já faziam mais de seis horas que Yasei estava trancado em seu quarto. Ele não comera nem bebera nada durante esse tempo, e sua cabeça ainda latejava. “Que idiota, se pensa que me deixar trancado é um grande castigo, está enganado.

A frase que Tokoha disse, “agora você conhece o verdadeiro lado de Yasashi”, lhe fizera pesar durante esse tempo todo. Então o lado verdadeiro de Yasashi era de um homem violento e irritado?

Yasei suspirou. Estava com fome, sede, e sua dor de cabeça ainda não passara. A única coisa que lembrara na noite passada era que iria ajudar Yasashi à roubar uma joia amarela em troca de o mesmo parar de assediá-lo. Após isso, sua memória falhara e sua cabeça latejava mais ainda quando tentava se lembrar.

Yasei apenas ouviu a chave invadindo a fechadura e a porta sendo aberta e já se levantou, alterado.

— ATÉ QUE ENFIM, SEU ESTÚPIDO. – Ele gritou, e então se deparou com Tokoha com a chave da porta.

— Isso, seu idiota, grita mais alto pro Yasashi acordar e ver que eu abri a porta! – Tokoha disse, nervoso. – Eu trouxe algo pra você comer. O Yasashi acabou dormindo no sofá e eu aproveitei.

Tokoha colocou uma bandeja com macarrão, torradas, um copo, uma jarra de suco e outra de água e um pequeno pudim em cima da cama.

— Você envenenou a comida? – Yasei perguntou. Tokoha virou-se para o mesmo com uma expressão séria.

— Envenenar a comida de alguém que está morto de fome seria uma crueldade imensa. – Tokoha disse. – Não sou tão ruim à ponto disso, seu ingrato. Só estou te alimentando por quê sei o quanto é ruim ficar sem comer por dias. Você só ficou algumas horinhas sem comer, então estou sendo mais caridoso do que deveria.

Aquele cheiro delicioso de macarrão pairava no ar. O pudim estava apetitoso, com bastante calda de chocolate. As torradas estavam frescas, com pitadas de orégano e manteiga derretida. O suco era de graviola, o preferido de Yasei. A água estava cristalina e agitava-se dentro da jarra.

O homem virou-se para o adolescente que ainda o fitava com uma expressão séria.

— Obrigado.

— De nada. Ah, mais uma coisa. – Tokoha saiu do quarto, e voltou segundos depois com Teeth nos braços, tentando morder-lhe. – Acho que ele ficaria melhor contigo. Não quero que ele fique perto de mim.

Teeth pulou dos braços de Tokoha e foi em direção à Yasei, cheirando-lhe. Logo depois, Tokoha saiu do quarto e trancou-o novamente. Nesse instante, Yasei avançou na bandeja, comendo o macarrão com hashis.

[...]

A campainha tocara. Tokoha despertava-se de sua leitura e se dirigiu até a porta para atender. Assim que abriu a porta, sentiu seu sangue subir e seu coração disparar. O homem de longos cabelos loiros estava à sua frente, acompanhado de uma bela mulher de cabelos castanhos escuros e olhos castanhos claros, com lábios vermelhos e a bochecha rosada.

— Olá, novo vizinho! – O homem diz, com um sorriso desafiador no rosto. Tokoha, por instinto, retirou uma faca de seu bolso, mas o loiro segurou seu braço antes que o mesmo tentasse algo. – Pode se acalmar aí.

Tokoha queria gritar e fazer o maior escândalo, mas a vontade de não incomodar o sono de Yasashi era maior.

— Shizuo Koyama. Nesta idade e ainda querendo irritar o Yasashi? – Tokoha perguntou, impulsionando seu braço para que o mesmo o soltasse. – E como se não bastasse ainda trás uma vadia desconhecida por nenhum motivo aparente.

— Vadia desconhecida? – A mulher esboçou uma expressão de raiva. – Para sua informação, sou Kuroi Hina, filha de Miharu Hina e uma herdeira das Empresas Hina.

Tokoha tentou manter sua expressão de indiferença, mas por dentro estava surpreso.

— Sinto muito se você tinha a intenção de se gabar, pois continuo te achando desconhecida já que não conheço essas Empresas Hina. E você, Shizuo, é muito inteligente em usá-la.

— Me usar? – Kuroi perguntou, irritada. – Garotinho, acho que sua fralda está suja e está irritando seu bumbum. Só deve ter esse motivo pra você ficar se irritando à toa.

— Acho que você está de TPM e pra ela não piorar recomendo que você vá embora antes que eu te chute até o portão. – Tokoha ameaçou.

— Não tenho medo de você. Só quero saber se meu irmão está bem. – Kuroi disse. – Fiquei sabendo que ele está morando com vocês.

— Quem diabos é seu irmão? – Tokoha perguntou, irritado.

— Yasei Hina, o homem que irá herdar a maior parte das Empresas Hina. – Kuroi disse com satisfação. No mesmo momento, Tokoha não conseguiu disfarçar sua expressão de espanto e surpresa. Estava dando abrigo ao homem em que planejava roubar sua herança.

Tokoha estava tão perplexo que não conseguia dizer nada. Fitou o rosto de Kuroi que estava com o rosto sério.

— E então, garoto? Ele está aqui ou não? – Ela perguntou impaciente.

— S-sim... Ele está dormindo. Você não quer incomodá-lo, quer? – Tokoha ergueu uma sobrancelha.

— Não, eu só queria saber se ele está bem. Enfim, vamos Shizu-kun? Estou cansada. – Kuroi disse, ajeitando a gravata do mesmo, que sorriu.

— Vamos sim, Hina-chan. Até mais, Tokoha-kun. – Shizuo disse, bagunçando o cabelo do mesmo.

— Não toque em mim. – Tokoha bateu em sua mão, irritado. Os dois saíram e o garoto fechou a porta.

Então o Yasei é herdeiro das Empresas Hina?”.

[...]

— Nossa! Nunca dormi tanto assim! – Yasashi despreguiçava-se no sofá. Tokoha cochilava no outro sofá. O maior fitou-o por alguns instantes e então levantou-se. Abriu silenciosamente a porta do quarto de Yasei, onde o garoto dormia na cama. Mas uma coisa chamou-lhe a atenção: Uma bandeja com algumas tigelas e jarras vazias em cima.

O Tokoha deve ter dado comida para ele, tenho certeza”.

Yasashi bateu a porta com força, fazendo Yasei acordar. O garoto levantou-se de sua cama e abriu a porta.

— Você deu comida à ele? – Yasashi gritou, puxando Tokoha pelo colarinho de sua camiseta.

— Por acaso eu deveria? – Tokoha perguntou, soltando-se de Yasashi. O homem fitou Yasei com raiva. Foi em direção à ele e prensou-o na parede.

— Você está sendo uma vadia muito mal criada. – Ele disse, puxando Yasei pelo queixo. O garoto estava com enormes olheiras e a pele um pouco pálida.

— Mal criada mesmo, já que nem comida vocês me dão. – Yasei empurrou Yasashi, soltando-se. – Você vai me tratar assim, então? Esse é seu verdadeiro lado? Agora estou em dúvida sobre qual me irrita mais.

— Tenho certeza que nenhum dos dois te irrita. – Yasashi aproximou-se novamente de Yasei. – Já que você gosta deles. Quando coloquei o estimulante, você me disse várias coisas.

— Engraçado que eu não me lembro de nada desse dia. – Yasei retrucou. – Você devia aprender a fazer mentiras mais convincentes.

— Você também.

— Será que o casalzinho está muito ocupado ou eu devo me retirar? – Tokoha perguntou impaciente. Yasei desviou de Yasashi e foi até seu quarto.

— Eu vou embora daqui, cansei de vocês. Vou comprar outra casa, já que a que eu vivia vocês destruíram. – Abriu seu guarda-roupa, retirou suas roupas e jogou-as na cama. Yasashi ia atrás, porém Tokoha segurou-o no braço.

— Pra quê faz tanta questão de mantê-lo aqui? – Ele perguntou. – Você não cansa de ser rejeitado?

— Não devemos desistir até conseguirmos. Lembra? – Yasashi virou-se para Tokoha e fitou-o nos olhos. Aqueles olhos castanhos, aquele queixo másculo e a barba por fazer, o cabelo levemente arrepiado e o sorriso sedutor que Yasashi mantinha eram as coisas que mais excitavam Tokoha.

— L-lembro, mas... – O menor suspirou, e quando notou Yasashi já tinha entrado no quarto.

— Vai me impedir de ir embora? Tudo isso só pra ficar me assediando? – Yasei estava impaciente, e colocava suas coisas em sua mala. – Da próxima vez vá estimular o Tokoha, que deve gostar bem mais que eu.

— O que o Tokoha tem a ver com isso? – Yasashi coçou a cabeça em um sinal de dúvida. O garoto de cabelos castanhos claros entrou no quarto e fitou Yasei com um olhar fatal.

— Nada. Mas, enfim. Adeus. – Yasei pendurou sua bolsa nos ombros e pegou sua caixa de mangás. Foi até a porta, com Teeth seguindo-o e abriu-a.

— YASASHI, NÃO DEIXE ELE IR. ELE É YASEI HINA, HERDEIRO DAS EMPRESAS HINA. ELE VAI CONTAR TODO NOSSO PLANO!! – Tokoha gritou. Yasashi olhou tenso para Yasei, que podia sentir suas costas serem metralhadas pelos olhares dos dois mafiosos. Pensou em correr, mas quando deu por si estava em cima do sofá, com Yasashi sobre ele.

— Pelo visto sua máscara caiu.


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Notas finais do capítulo

Gostaram? Não se esqueçam do review ^^



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