Capítulo 1 - A caçada

Chegou a hora totalmente esperada, eu e Georgia estavamos em uma excursão da faculdade. Algumas pessoas iriam, outras não. Mas naquele momento, a tal infernal faculdade se tornou útil. Certas pessoas podiam não saber, mas eu tinha uma quedinha pelo professor. Ele era apenas 3 anos mais velho que eu, isso não importa. O que importa é que se é amor de verdade, ele pode superar barreiras. Naquele dia (3 de Julho de 2007), era totalmente conhecida a palavra "histórico". Mas pra mim, o que era conhecido mesmo era que aqueles dias de excursão vão ser históricos. Não vai ser o mesmo para alguns... Ou seja, para o Lucas. Esse menino é "apaixonado" por mim desde a quarta série, quando a classe inteira descobriu que eu era filha de uma empresário um pouco riquinho. Mas cá entre nós, eu não gosto dessa histórinha de ser filha de pessoa rica não, todas as pessoas são tão falsas com a gente. Mas a única pessoa que ficou sempre ao meu lado, na probreza e na riqueza foi minha amiga, amiga não. Melhor amiga Geo!

Voltando ao assunto, eu não quero me passar de menina mimada. Mas pelo amor de Deus, esse Lucas me dá nojo. Além de ser falso, metido e mentiroso ele acha que tem alguma chance comigo. E mesmo assim não desconfia que eu sei dos "planinhos" deles. Um de seus amigos me contou, legal isso. Naquele mesmo momento sentada no banco do avião, por pura coincidência ele estava no banco da frente do meu. E sabe o que é foda? Ele e seus amiguinhos estavam falando bem baixinho e olhando pra mim. Até que em um dos olhares, foi diretamente pros meus olhos e logo depois pros meus seios. Eu fiquei tão sem graça e fui logo perguntar o que estava acontecendo. - O que foi? Algum problema?Naquele momento Georgia segurou na minha mão e disse pra me acalmar, mas eu estava calma o bastante. E não precisava tolerar algumas coisas idiotas vindas deles. Até que um deles virou pra trás e disse:
- Está falando conosco? Disse o Brito. - Sim, eu estou falando com o Lucas. Brito deu uma pequena risada e disse:- Olha aí, a sua amada está nervosinha. Parabéns, que legal. O menino deu um tapa tão grande na cara de Brito, que eu até senti. Mas mesmo assim voltei ao que estava fazendo. - Sabia que você é um menino tão idiota? Pra que ficar olhando os peitos das meninas? - Oi?
- Isso mesmo que tu ouviu...- Mas mesmo assim, eu não ouvi o que você falou. - Disse ele com um tom irônico.- - Não ouviu? Eu vou repetir!- Você é tão idiota, só sabe ficar olhando pros peitos das meninas. É isso. - Dei um leve sorriso e levantei uma sombrancelha. -Qualé. - Respondeu rindo tão alto, que todos do avião olharam. - Eu sou homem e ...Eu enterrompi ele porque ouvi a palavra "homem" em sua pequena frase.- Homem? Você chama isso de homem? No máximo você é um muleque que solta pipa com os amiguinhos. Homem de verdade olha os olhos da mulher, e não o peito e a bunda. 
- Olha, sinto muito Srt. Bruna, mas eu não lhe devo satisfações de como eu sou e como eu vou deixar de ser. Se me der a honra de terminar a frase, eu posso até tentar explicar. Mas como é mesquinha o bastante pra interromper a fala das pessoas, peço muita desculpa. - Mesquinha? - Naquele momento, sinto que tinha levantado as mãos pra dar um belo tapa na sua cara. -- Calma menininha mimada. - Porque segurou minhas mãos? Eu te dei autorização pra fazer isso? Presta atenção abestado. Ele chegou bem perto de mim parecendo que ia me beijar e no meio disso eu ouvi a frase "Você é tão linda, que qualquer olho pira." saindo de sua boca, mas nenhum de seus amigos ouviu. Então, respectivamente ele não fez aquilo pra chamar atenção. 
Eu me senti tão confusa com tudo isso e Georgia me fez sentir mais confusa. - Você ouviu isso dona Bruna? Ele tá louquinho por você. - Comentou ela, com os olhos brilhando. -- Louco por mim? Ele só quer namorar comigo por causa do dinheiro do seu pai. - Para com isso Brubs, você tem que parar de pensar que todas as pessoas querem ser suas amigas ou amigos por causa da riqueza da sua família. Naquele tom, fiquei tão envergonhada que tentei mudar de assunto. Mas não deu, estavamos pousando. Eu me levantei e peguei minha mala e minha bolsa. Fui andando devagarinho segurando minha mala e com minha bolsa pendurada em meu ombro. Descí e vi aquele vento em meu rosto, parecia liberdade, na verdade tinha gosto de liberdade. - Tá vendo isso Georgia? Isso sim é o gosto da liberdade. - Comentei com um sorriso no rosto. -- Que idiota, parece que nunca viajou pro exterior. - Disse a patricinha da classe, Juliana. -Logo avistamos um taxi e eu e Geo fomos as primeiras a pegar ele, claro que com a autorização do professor e com o endereço.Enfim chegamos no devido local... O hotel em que ficariamos parecia uma mansão. Até que comentou uma coisa que me deixou frustada. - É, o dinheiro a mais que você deu pra pagar o hotel em que ficariamos valeu a pena. - Disse esperando a moça da recepção. -- Até que enfim que a mulher chegou, já era hora. - Qual o nome de vocês? - Perguntou ela -- Bruna e Georgia. - Estão em excursão com a escola BRB não?- Sim, estamos sim. - O quarto de vocês é o 127. - Disse entregando a chave pra gente. -
As escadas eram enormes, parecia coisa de filme. Mas chegamos a porta de nosso quarto. O corredor também era enorme, só mais um comentário. Abrimos a porta e nos espantamos. No quarto tinha até banheira com rosas. Parecia mais um motel do que hotel...- Legal, eu fico com a cama maior. - Disse Georgia -- Tanto faz...Naquele momento eu me joguei na cama, e fiquei pensando na vida. Como se nada me afetasse.