Porque Nada é tão Fácil escrita por CuteMari


Capítulo 11
Sequelas Físicas ou Psicológicas




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Então, retomei a consciência mas ainda me sentia estranha. Eu parecia não ter autonomia sobre meu corpo. Não conseguia me mecher e nem sentia dor em nada, o que era estranho por eu ter acabado de sair de um acidente de carro. Meu único sentido que funcionava era a audição. Ouvia perfeitamente o barulho dos aparelhos que indicavam meus batimentos cardíacos, que pareciam estáveis, e também alguns murmúrios lá fora. Eu parecia estar sozinha no quarto. Tentei mais uma vez abrir meus olhos, mas não tive sucesso.

Então resolvi tentar isolar minha mente do que acontecia ao meu redor. Eu queria simplesmente apagar e só acordar quando estivesse tudo bem ou então não acordar nunca mais. E não estava brincando. Não sentia vontade de voltar para o mundo do qual o acidente tinha me desligado momentaneamente.

Pensar em Luís ainda me trazia várias dúvidas. Sei lá, ele parecia tão bem comigo. Eu o amava tanto. Ele era tudo com que eu me importava. E parecia não me faltar nada.Mas as palavras de Líliam tinham sido como um tapa na cara que me revelasse toda a realidade. Ele realmente me tratava estranho, mas pode ser apenas impressão. Ele parecia me amar. Eu estava muito confusa, minha cabeça girava em pensamentos. Não sei quanto tempo passei ali, mergulhada em pensamentos. Eu não iria tirar nenhuma conclusão precipitada sobre o Luís, eu ainda gostava dele e sei que ele me daria uma explicação. Mas de uma coisa eu tinha certeza, eu tinha errado com a Lih. E torcia para que ela me perdoasse.

- Ficará tudo bem Dona Joice. - Uma voz desconhecida me surpreendeu no quarto.

- O que aconteceu Dr.? Quando ela terá alta? Terão sequelas? - Era a voz de minha mãe preocupada, prendendo a respiração para ouvir a resposta. Eu fiz o mesmo.

- Tenha calma senhora. - Começou o médico usando o tom formal e calmo que eles usavam para acalmar parentes nestas situações. - A data em que terá sua alta é ainda desconhecida, mas no máximo em duas semanas estará em casa. Não foi nada muito grave com ela, o maior impacto foi do lado esquerdo do pai, atingindo mais ele. Sua filha sofreu apenas umas fratura no braço e no pulso esquerdo e alguns cortes. O mais grave foi no seu pescoço, do lado esquerdo atrás da orelha. Ele já foi tratado e já demos os pontos mas o ferimento ainda pode se abrir e ela perdeu muito sangue, por isso ficará mais um tempo aqui conosco.

- E quando retomará a consciência?

- O efeito da anestesia já está passando e logo ela retomaria a consciência completa, mas sofreria demais com as suas dores por isso reaplicaremos a dose até que ela melhore. Peço que a senhora me acompanhe agora, ela vai precisar de mais descanso. O anestesista já está a caminho.

Então o doutor se retirou junto com minha mãe que provavelmente já estava mais calma. Tentei "desligar" minha mente mas não consegui. Realmente o efeito estava passando e no intervalo de tempo da chegada do anestesista eu comecei a sentir meu corpo formigar e a insana dor se apoderar do meu braço.

Quando eu já estava quase enlouquecendo no leito o anestesista entrou silenciosamente no quarto. Creio que era uma mulher pela delicadeza com que pegou meu braço e aplicou logo a dolorida injeção. Nem me lembro de tê-la ouvido falar antes de ficar desacordada de novo.

 

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Cheguei ao hospital logo que amanhecia e lgo encontrei Joyce que esperava aflita alguma notícia de Jenn. Minha mãe insistiu para que eu voltasse para casa com ela mas eu convenci ela a me deixar ficar. Estava preocupada demais com a Jenn e queria saber uma das primeiras a saber de notícias.

Estava quase me arrependendo da decisão depois de passar umas três horas ouvindo a mãe dela culpar Dr. Júlio pelo acidente e pelo fato de "a filhinha dela estar aqui, presa nesta cama horrível de hospital" quando o médico chegou e chamou-a para o quarto de Jenn.

Ela voltou com um humor melhor, dizendo que estava tudo bem com a Jenn e que logo ela estaria acordada. Mas então ficou séria ao falar de Júlio.

Ele já não se deu tão bem, ainda está em cirurgia, parece que uma parte dos ferros quebrados pelo acidente causou um grave ferimento em seu fígado e uma de suas colunas estava comprometida. Os danos permanentes ainda não podem ser previsto.

Eu permaneci calada pensando em quando Jenn acordaria. Se eu conseguiria enfrentá-la, se ela ainda me trataria com hostilidade. Mas também rezei por Dr. Júlio, pois se ele morresse, Jenn não sairia desse hospital realmente recuperada.

 

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É, eu tinha que fazer a Jenn fcar bem né? Ainda não está na hora dela. Mas e quanto ao pai dela? Ficaria tudo bem? E ela perdoaria/seria perdoada pela Liliam, sua fiel amiga que espera melhoras suas?

Obrigada por todos que acompanham a Fic a judam ela a crescer me motivando a escrever! Espero que estejam gostando, não quero decepcioná-los!


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