Era a noite mais iluminada que já presenciei. Estava eu, Gilbert Grissom, no casamento de Conrad Ecklie! Inacreditável!

        Talvez você esteja se perguntando agora, quem se casaria com Conrad? E a resposta é: Sofia Curtis!

        Sempre achei que faziam o par perfeito...

        Enquanto a preocupação maior deles agora é a cor do papel de parede, a minha se estende para um estado emocional...

        Eu vim sozinho ao casamento.

        É um baile de máscaras... Os únicos que podiam vir sem máscaras eram os noivos, mas na festa eles colocaram também! Eu achei a idéia inusitada! Mas, quem sou eu pra falar de Conrad?!

        Estavam todos lá: Sara, Greg, Nick, Warrick, Jim, Hodges, Wendy... E por ai vai!

        Eu achava que faltava um brilho naquela festa... Uma pessoa que fizesse do ambiente calmo e elegante, um antro de beleza e boa assunto. Não que meus amigos fosse chatos ou caretas, mas estavam todos acompanhados!

        Sentei-me na mesa onde meus amigos estavam, mas logo me enchi dos assuntos e fui tomar um ar.

        O lugar da cerimônia foi muito bem escolhido e decorado. Eu estava perto de uma fonte, na lateral da grande casa onde acontecia a festa.

        Estava em meus devaneios mais extraordinários, quando vejo uma bela dama a sentar-se do outro lado da fonte. Não pensei em mais nada a não ser falar com tal dama.

- Boa noite... – cumprimentei de forma gentil e amena.

- Boa noite... – ela me respondeu da mesma forma.

- Sozinha? – indaguei esperando uma resposta afirmativa.

- Sim... – ela disse de forma ainda calma.

- Posso lhe fazer companhia? – perguntei, esperava não estar sendo muito inconveniente.

- Acho melhor não... Penso que talvez seja impróprio... Porém... O que pode haver de mal em um acompanhante, não é mesmo? – ela disse alegremente.

        Ela estava de máscara, como eu, porém pude notar suas madeixas loiras, e olhos azuis que fariam os céus morrerem de inveja.

- Podemos caminhar? – perguntei.

- Claro!– ela me respondeu.

        Caminhamos pelos jardins da mansão, e ela falava pouco, só quando eu lhe perguntava algo, eu não tinha reparado até então, mas ela estava com um vestido que mais parecia com uma cauda de sereia. E era vermelho...

- Posso saber seu nome bela dama? – perguntei, parando de repente.

- Catherine... – ela disse com um receio.

- Permita que eu me apresente: Gilbert Grissom... – eu disse sendo educado e beijando sua mão.

        Ela riu.

- Por que o riso? – perguntei levantando as sobrancelhas em sinal de indagação.

- Por que tanta formalidade?

- Por que gosto de ser educado!

        Ela riu novamente.

- Desculpe! – eu disse num tom calmo – Não era minha intenção parecer bobo!

- Desculpas aceitas! – ela disse continuando a andar. – onde você trabalha Sr. Grissom?

- Antes de te responder, por favor, me chame de Gil!

- Onde você trabalha Gil?

- LVPD! – eu disse calmo.

- Acho que vamos trabalhar juntos! – ela disse empolgada.

- Você trabalha lá?

- Começo amanhã! – ela disse parando e colocando o dedo indicador sob meus lábios. – eu amo essa música! – ela disse.

- Então você... Gostaria de dançar comigo? – eu lhe perguntei e ela assentiu

        Começamos a dançar, tocava American Mouth – Flightless Bird. Dançávamos num ritmo lento de acordo com a música. Por uma vez a rodopiei no ar. A música cessou e continuamos a nos mover bem lentamente. Ela tinha a cabeça sob meu ombro e nossas respirações estavam ritmadas.

- Parece que a música acabou... – disse eu tirando minha máscara de Zorro.

- Verdade... – ela falou, me olhava de forma estranha, me admirando. – pra mim a festa acabou também... – ela dizia andando até a área onde ficavam os carros da festa.

- Eu te acompanho! – eu disse indo com ela.

        Chegamos onde o motorista dela se encontrava e pairou um silencio funesto sobre nós.

- Obrigada pela noite, embora tenha sido por pouco tempo.... – ela disse com a cabeça baixa.

- Foi a melhor pra mim! – eu disse levantando o rosto delicado da dama a minha frente.

        Dito aquilo me virei, mas ela me parou pousou a mão sob meu ombro e eu me virei. Ela tirou a máscara e pude ver sua face. O rosto mais angelical e delicado que eu já havia conhecido.

        Eu não me contive e a puxei para um beijo, que não durou mais que alguns segundo, mas concerteza foram os melhores da minha vida...