Cap.09 – Sozinha?
O caminho que Riza lhe indica, levava para uma área mais distinta da cidade.
- Riza...
- Sem perguntas, Roy.
- Mas eu não estou entendendo nada, como você quer que eu te ajude assim?
- Se você for continuar a fazer perguntas pode parar esse carro e ir embora. – ela olhava para frente, mas não via o que tinha a sua frente –
- Suspira – Tudo bem, eu não vou fazer mais perguntas, por enquanto.
- Você não devia nem estar se metendo nessa história.
- Para onde agora?
- Dois quarteirões a frente e vire a direita.
Roy estranhou aquela indicação, sabia perfeitamente onde aquele caminho terminaria e não estava entendendo.
- Chegamos.
- Eu conheço essa casa...
- Seria estranho se não conhecesse.
Roy entra com o carro através do imponente portão e para perto da entrada da grande casa.
- A porta está aberta?
- Não tive muito tempo de fechar a porta.
Os dois descem do carro e entram na casa. Com Riza empunhando a pistola.
- O seguro morreu de velho.
A casa estava silenciosa. E aparentemente não havia ninguém ali...
- suspira – Graças a kami...
Black haiate entra correndo na sala. Estava eufórico por reencontrar a dona. Toda aquela agitação da noite anterior havia deixado um medo imenso de que Riza não voltasse.
- afagando o pequeno – Eu sei... Eu sei... Também fiquei com medo, mas pelo menos o...
- Então você sabe quem fez isso com você...
Aquilo não havia sido uma pergunta, mas sim uma afirmação.
- Com fominha, bebê? Mamãe vai colocar comida para você! _ Riza levanta-se carregando Black no colo e vai para a cozinha –
- Você não precisa ter medo, ele terá menos chances de fazer alg contra você, se você denunciá-lo!
- Come tudinho! Depois mamãe volta para brincar mais com você!
- Vamos Riza, pare de ser manhosa.
- Vou trocar de roupa, fique a vontade.
- Teimosa.
Riza sobe as escadas para o segundo andar deixando Roy com muita raiva. Esse que volta para sala, que estava do mesmo jeito que se lembrava desde a primeira vez que pôs os pés ali. Até o cheiro era mesmo, dava a impressão de que seu mestre apareceria a qualquer momento.
- deixou o corpo cair sobre o sofá – Se teimosia matasse...
O celular do moreno toca, dando-lhe um susto.
Ligação on
- Maes?
- Eu mesmo, man!
- Descobriu alguma coisa?
- Oi para você também e minha família está ótima.
- Maes, eu estou com uma mulher que foi atacada por um maluco e você quer que eu te pergunte como está sua esposa? Eu sei que elas estão bem, agora desembucha!
- Você tem razão. Olha, não descobri muita coisa. A ficha dela tem muitos pontos brancos, parece que tem gente que esconde muita coisa.
- Como assim?
- Tem alguém dos altos querendo esconder alguma coisa, ou mesmo quem ela é... Nem o nome dos pais está na ficha.
- O que Riza tem para esconder?
- Seja o que for é grande.
- Tente um daqueles seus informantes... Ela não quer falar, então preciso descobrir alguma coisa para ajudá-la.
- Ok...
Ligação off
Deixa o corpo afundar no sofá. E põe as mãos no rosto.
- Se lembra da primeira vez que veio aqui?
Riza estava no alto da escada, agora vestida descentemente. Uma calça jeans, uma blusa de gola alta e mangas compridas e uma sapatilha.
- Eu devia ter uns nove anos...
- Sei pai era amigo do Richard-sama, parece que o peso de consciência fez com que ele fizesse algo para anular um pouco a culpa.
- Como você sabe disso?
- Sabendo.
- Riza, eu nunca contei para ninguém que sabia quem era meu pai. Para todos os efeitos, todos só sabem que sou filho adotivo da madame Christhimas.
- Na verdade, filho de uma das meninas dela que morreu no parto, com um general do norte. Ele era casado e não podia te assumir. A madame não aceitou que ele te mandasse para um orfanato, ameaçando expor essa história. Como não podia ter filhos... Te adotou.
- Riza, nem o Maes sabe tanto.
- Sou uma mulher bem informada.
- Por que mora aqui? É alguma parente distante do meu sensei? Você conhece a filha dele? Sabe onde está?
- Você é curioso demais. Espere, tudo a seu tempo.
- Irritante! Essa sua mania de meias palavras é irritante!
- Não te pedi para estar aqui. Vou tomar café, vai querer?
- Não adianta dar patada, você sempre esteve ao meu lado, agora que precisa de mim, não vou te deixar.
- suspira – Faça como quiser...
- Quando você vai entender que não está sozinha?
- Panquecas?
- Riza... Riza...
A loira pega algumas coisas no armário e começa a cozinhar, sendo observada por Roy que estava sentado a mesa, com o rosto sobre as mãos.
- Então quer dizer que a tenente Hawkeye sabe cozinhar?
- E o que tem haver eu ser militar e saber cozinhar?
- Você não tem cara de que gosta de passar horas no fogão.
- Aff... Só porque não ajo como uma histérica quando vejo um sapato da Dolce e Gabanna não quer dizer que eu não seje feminina.
- Não ponha palavras na minha boca. Eu não disse isso, eu só disse que você não tem cara de quem sabe ou tem tempo de cozinhar.
- Tempo, realmente, não tenho muito, mas gosto de comer bem.
- Mas e a comparação com o sapato?
- Não fico histérica, ligo para a loja e reservo o sapato. – a loira dá um pequeno sorrisinho –
- Esperto. – a loira caminha até a mesa colocando a travessa com panquecas e mais algumas coisas sobre a mesa – Agora vamos ver se o gosto é tão bom quanto a aparência.
- É.
O moreno põe um pouco de geléia na panqueca e corta um pedacinho. Analisa o pedacinho e põe na boca.
- Então...
- Não está ruim...
- Então quer dizer que está bom?
- Se não está ruim, é o que deve ser.
- virava um copo de suco – Pode ir comendo, vou ver se as janelas estão abertas... Não quero levar outro susto.
- Como assim mais tarde? Riza, você não vai ficar sozinha aqui até seja quem for, for pego.
- E o que você quer que eu faça?
- Volte para minha casa comigo. – ele falava com a maior tranquilidade –
- Nem pensar. Eu agradeço sua boa vontade, mas não precisa. Se for o caso, ligo para o meu avô e ele manda uma escolta.
- Então você está com medo?
- Eu acho que tenho bons motivos para perder o sono.
- Riza, não seja orgulhosa, seja quem for, não vai atrás de você, enquanto você estiver comigo.
- “Ou talvez, atice mais o Gabriel!” Melhor não, garanto que quanto mais longe de mim você ficar, mais seguro será.
- Você fala como se eu tivesse algo a ver com a história.
- Olha, eu não posso falar muita coisa ainda, mas garanto que você vai entender quando eu puder falar tudo.
- E que diferença vai fazer você falar agora ou depois?
- Muita.
- Eu não vou te deixar sozinha.
A loira se da por vencida visto que não tinha outra opção. Roy não iria desistir.
- Se eu falar que vou, você para de me encher de perguntas? Eu prometo que esclarecerei todas as suas duvidas na hora certa.
- Tudo bem. Eu vou ser paciente.
- Obrigada.
A loira sorri e sai da cozinha. Deixando a mente do moreno trabalhar a mil.
-
-
Riza aponta no alto da escada com uma pequena malinha.
- Vamos?
- Eu preciso pegar algo na biblioteca.
- Tudo bem. – Riza desce as escadas com cuidado e deixa a mala sobre o sofá –
Riza caminha até a porta do cômodo desejado e para. Tanta coisa já havia acontecido dentro daquele cômodo, e ambas as coisas não haviam sido agradáveis.
- põe a mão sobre a dela que estava na maçaneta – Você não está sozinha.
Continua...
Gente, é provável que no próximo cap. o segredo dela seja revelado. Assim a história está entrando na fase final.
Espero que gostem e deixem reviews!
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Vamos ajudar os pingüins da Austrália!
Kiss