The Secret escrita por Anny Taisho


Capítulo 7
Fragilidade




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Cap.07 – Fragilidade


Dentro da casa que ficava na calçada do poste, alguém acorda com o barulho da freada. Essa pessoa dormia no sofá, havia bebido “um pouco” antes de dormir e agora estava com dor de cabeça.


- Quem é o idiota que me acordou? – passou a mão sobre o rosto e o cabelo – Fala serio... Deve ser um inconveniente que bebeu demais.


Constata ao se debruçar sobre a janela e ver o jipe parado a centímetros do poste.


- Esse vai ouvir! – o moreno ajeita a camisa e sai de casa – Beber e sair por ai dirigindo...


Não que nunca tivesse feito isso, mas pelo menos nunca acordara ninguém. Massageando as têmporas caminhava pela rua fria. Quando estava perto do carro identificou que se tratava de uma mulher.


- Só podia ser... Mulher e loira.


Mas qual não foi sua surpresa ao identificar quem era  a mulher debruçada sobre o volante. No primeiro momento achou que o álcool tinha afetado seu cérebro, mas ao esfregar os olhos viu que não se tratava de uma alucinação.


- bate no vidro – Riza?


Riza estava com a cabeça levemente virada para o lado da calçada, mas não havia visto o moreno, estava tão zonza com tudo que já havia se anestesiado esperando o pior.


Dá um pulo ao ouvir seu nome, esperava que fosse Gabriel. Num primeiro momento, tudo o que faz é ficar atônita, olhando de olhos arregalados a figura na janela.


- Riza? – Roy começa a ficar preocupado –


- reage – Roy? – abre a porta – O que aconteceu?


- Eu é que te pergunto. Riza, o que aconteceu com você?


Apesar da penumbra, conseguia ver algumas marcas.


A loira se vê acuada, o que diria a ele? Ao olhar para o retrovisor, vê o carro negro que a seguia recuar. Provavelmente havia visto Roy e ele não queria testemunhas.


- Riza...


- Nada. Não aconteceu nada. – ela segurava firmemente o volante – Desculpe te acordar.


- Não seja orgulhosa Riza!


- Eu já disse que estou bem! Saia, por favor, eu vou voltar para casa!


- Você aparece na porta da minha casa quase batendo o carro, machucada, visivelmente assustada, um tantinho descabelada e tudo o que sabe me responder é “Nada!” ?


- Roy, por favor, eu te garanto que é não é nada. – ela novamente se debruça sobre o volante –


- QUER SABER... – respira fundo – Eu cansei desses seus “nadas”!


Roy sai do carro, dá a volta e para na frente da porta do motorista abrindo a porta.


- Vamos Riza, desça daí.


- por favor... – sua voz saiu num sussurro –


- Riza Hawkeye, desça daí agora! – sua voz assumia um tom autoritário –


- ...Eu não... Eu não posso.


- Argh!


O alquimista das chamas se cansa daquele joguinho e a puxa com força do carro, fazendo-a soltar um gemido devido ter segurado em uma área machucada e desequilibrar devido ao tornozelo torcido com a batida.


- a segura – Gomen... Eu vou querer explicações.


Roy a pega no colo, fecha a porta com o pé e a carrega para dentro. A loira bem que tentou resistir, mas estava tão fragilizada, precisava de cuidado, não queria mais se sentir sozinha.


Com cuidado a colocou sobre o sofá e sentou-se sobre a mesa de centro que ficava a frente do sofá. Assim pôde ver melhor as marcas que estavam distribuídas sobre a pele clara. O que tinha acontecido? Não era comum vê-la tão frágil, chegava a ser assustador.


Só uma coisa estava em sua mente: Se soubesse quem fez aquilo, incineraria.


- Vou buscar algumas ataduras.


Não demorou muito para voltar com a caixa de primeiros-socorros. Sentou-se novamente sobre a mesinha e com cuidado, levantou a perna esquerda da loira e enfaixou se tornozelo. Quanto ao resto, não havia muito o quê fazer, eram hematomas.


- Então, Riza... O que foi que aconteceu? Quem fez isso com você? – ele olhava profundamente nos olhos dela –


- Nada... – foi um sussurro quase inaudível –


- levantou o rosto dela – Confie em mim, me conta o que aconteceu.


- Roy, é muito mais complicado... – cenas de anos atrás vêm a sua mente – Não me faz lembrar coisas que eu prefiro esquecer...


Ela não agüenta e cai no choro. Estava com medo, assustada... Queria consolo, mas estava sozinha. Como sempre.


E Roy não sabia o que fazer. Não gostava de ver uma dama chorar, principalmente, quando a dama em questão era Riza Hawkeye. Num impulso, tudo o que conseguiu fazer foi abraçá-la.


Encostou seu delicado rosto em seu ombro e passou o braço em volta da cintura fina.


- Eu não sei o que aconteceu, mas seja o que for eu estou aqui. Basta você confiar em mim.


Demora algum tempo até que ela consiga parar de chorar e se acalmar.


- Eu vou trazer um chá para você.


Ele se levanta com cuidado e vai para cozinha. Estava atordoado, geralmente era ela que cuidava e não o contrário. Seja o que fosse, era barra pesada. Porque derrubar alguém que esteve em Ishibal e não foi fraco como ele fora ao voltar, era uma missão impossível.


E com esses pensamentos, percebeu que não sabia muito mais dela. Haviam se conhecido pouco antes de Ishibal, se reencontrado lá e desde então, ela nunca mais saiu do seu lado.


- Aqui... – o moreno não pode deixar de sorrir ao ver que ela havia adormecido no sofá – Parece que eu não vou ter respostas hoje.


Cuidadosamente, pegou-a no colo, dessa vez notando o delicado perfume de jasmim, e a levou para o quarto de hospedes. Era tão linda, tão delicada, tão frágil, tão diferente da imagem que passava no Quartel.


Ela não era aquela rainha do gelo que todos achavam, era apenas alguém que guardava muitos segredos, muitos que não parecia fazer-lhe bem.


Tirou com cuidado uma mecha do cabelo que havia caído sobre o rosto e observou as marcas na pele clara da jugular. Uma raiva estrondosa invadiu-lhe as entranhas... Era bom que quem tivesse feito isso, não aparecesse na sua frente.


Mas agora iria dormir, a dor de cabeça que havia sumido com a preocupação, voltara. Na manhã seguinte, descobriria o que aconteceu e a ajudaria a resolver.


Continua...


 


 


 


 


 


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Notas finais do capítulo

Hi babys!
Voltei com mais poste!
Que tal deixar um coment e me fazer feliz!
Assim eu continuo mais rápido!
Kissus



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