A semana tinha passado muito rápido, eu e Justin estávamos tão bem, e estávamos mais próximos ainda. Hoje já era sexta, e Justin me ligou avisando que estava vindo pra cá. Me arrumei, e desci, minha mãe tava sentada no sofá conversando com uma mulher.
- Mãe?
- Filha que bom que você desceu. Tem visita pra você.
- Quem é? – perguntei olhando para a pessoa sentada no sofá.
- Vem cá – disse minha mãe me aproximando.
 Então uma mulher alta e magra se levantou, e se virou. Ela era bem bonita, o rosto dela não me era estranho, mais não consegui me lembrar direito.
- Oi Tifanny, tudo bem? – disse a mulher, estendendo sua mão para me cumprimentar.
- Oi, tudo bem, quem é você? – perguntei
- Sou Elizabete.
- Ham, e o que você quer comigo?
- Ei mocinha, não fale assim, ela tem uma proposta pra te fazer – disse minha mãe.
-Desculpa, que proposta? – disse a olhando
- Vamos sentar? – falou minha mãe, sentamos e fiquei esperando ela falar.
- Então Tifanny,eu sou do Brasil e lá temos uma parceria com a sua escola aqui, e precisamos de alunos daqui para fazer um intercambio pra lá.
- Como assim? Não entendi.
- Precisamos de você, estamos fazendo um projeto e precisamos de alunos.
- Entendi, e por que eu?
- Porque você sabe português, já conhece a língua, e ficaria mais fácil.
- Ah, mais quanto tempo?
- 3 anos.
- Três anos? é claro que não.
- Mais por que Tifanny? É um futuro promissor, você vai ter benefícios, vai sair com um diploma, vai ser muito bom pra sua carreira – disse ela tentando me convencer.
- Não, não e não, não tem como – disse me levantando
- Mais por que minha filha? – perguntou minha mãe.
- Porque não mãe.Eu tenho uma vida aqui, meus amigos estão aqui, meu namorado está aqui, a senhora esta aqui, eu acho que nem sei mais falar português – menti.
- Mais filha, é pro seu futuro – disse minha mãe tentando me fazer mudar de idéia.
- Mãe não insiste, não e não.
- Vem cá que eu quero falar com você – disse minha mãe me puxando pra sala de jantar.
- Tifanny, não vou deixar você estragar seu futuro por causa de um menino – disse ela baixinho.
- Que menino mãe?
- Por causa do Justin. Ou você aceita, ou eu te proíbo de namorar com ele. Está nas suas mãos.
- Mãe você bebeu hoje? Você não pode fazer isso comigo, não pode – disse já com os olhos cheios de lagrimas.
- Você está jogando fora o seu futuro, não posso deixar você fazer isso.
- Mãe, você sabe como eu fico quando me obrigam a fazer as coisas né? Então para! Você não pode fazer isso comigo mãe, se eu não ficar aqui com o Justin ai mesmo que eu não vou ter futuro, vou jogar minha vida fora pela janela.
- Essa é uma grande chance pra você, eu já disse. Ou é isso ou o Justin.
- Mãe, isso não se faz, não se faz mesmo.  Cadê meu pai? Ele me entende, e não me obriga a fazer nada.   – disse já chorando.
 Subi correndo para meu quarto, não podia ficar sem o Justin, só de pensar em me separar dele de novo, meu coração doía. Entrei dentro do quarto nervosa, fechei a porta apaguei a luz e fui deitar, estava com muita raiva. Minha mãe não podia fazer aquilo comigo, não podia.
Depois de uns 20 minutos minha mãe bateu na porta.
- Filha abre a porta por favor? – disse ela gritando, me levantei e abri.
- O que a senhora quer? – perguntei deitando novamente na cama
- Falar com você.
- Fala.
- Olha pra mim? – disse ela sentando do meu lado
- Não to afim mãe, fala o que a senhora quer
- Te falar que não vou te obrigar a nada, você vai se você quiser
- Está falando sério? – falei olhando pra ela
- Estou, não quero te obrigar, e você tem razão seu pai não te obrigaria, então também não vou, já falei com a Elizabete, mais ela falou que se você mudar de idéia é pra você ligar pra ela.
- Ai mãe por isso que eu te amo, muito obrigada mãe, de verdade – disse a abraçando.
 No fundo no fundo eu sabia que ela não ia fazer isso, ainda mais quando falei do meu pai, ela não gosta muito quando eu escolho ele.
- Agora vou deitar um pouco ta? – disse ela me dando um beijo no rosto
- Tá mãe. – sorri.
Nessa mesma noite, Justin não dormiu aqui. Ele dormiu em casa, e eu não fiquei em paz. A Jasmine ainda estava lá, e isso me matava.