Era manhã de sábado, eu estava em meu quarto colocando tudo dentro da caixa para a mudança, não queria me mudar de jeito nenhum, eu nem sabia para aonde iria, algumas lágrimas caiam do meu rosto enquanto eu arrumava tudo, não queria ir, não queria sair de casa, lá eu construi meus sonhos e tive uma boa infancia, se eu saise de lá nada mais existiria, tudo oque sonhei, tudo oque planejei, tudo estaria acabado, estava encarando uma foto minha com meu melhor amigo que era meu vizinho, quando fui interrompida pelo barulho da porta, era minha mãe

–Filha? Posso entrar -ela disse com os pés para dentro do quarto.

–Já entrou não é mesmo, fala logo oque você quer? -estava muito brava para falar calmamente

–Minha filha, sei que você não quer sair daqui, nem eu quero mas você vai adorar a nova casa e o lugar também, você vai encontrar amigos novos -eu não queria amigos novos, só queria o Tom (meu melhor amigo)- e além do mais é seu ultimo ano na escola, vai ser divertido

–Mas eu não quero amigos novos, não quero casa nova, não quero cidade nova, quero o meu melhor amigo Tom e minha casa -estava gritando para até a senhora Lurdes que morava na rua de baixo ouvir, parei de gritar e falei me acalmando - falando em último ano, eu não tenho boas noticias para você mamãe.

–Lá vem, pode falar - ela disse passando a mão na testa

–Eu repeti o ano - dei um sorriso forçado

–Denovo Mariana? é a segunda vez já

–Eu sei mãe, mas é que não consegui me concentrar nos estudos com aquela vadia dando em cima do Matheus...

–Pare de falar -ela me interrompeu- não quero mais você com Matheus, termine isso logo, mas enfim, oque você fez com a famosa "vadia"?

–Meti um soco na cara dela e tentei limpar o chão do refeitorio com a mesma - dei um sorriso ironico

–Oque? Mariana Beccker, isso é coisa que se faça?

–Mas mãe, ela beijou o Matheus...

–Mariana, se ela beijou ele é porque ele quis, ele podia ter evitado isso

–Você acha mesmo? -falei olhando para o chão

–Sim, agora termine de arrumar suas coisas que já estamos indo -ela me mandou um beijo já saindo

–Ok, já estou descendo -falei com lágrima nos olhos, me sentei na cama e logo senti meu celular vibrar, era uma mensagem, de Matheus

"Quero te encontrar agora Mariana, Beijos Matheus" -eu então fiquei preocupada, ele nunca me chamou de Mariana

Entrei no banho e demorei a sair, estava confusa, meus pensamentos não estavam naquele quarto, muito menos na terra, quando sai recebo outra mensagem

"Linda, preciso falar com você, me encontra aqui na calçada" era uma mensagem de Tom, então me aprecei e comecei a me arrumar, coloquei uma roupa basica do dia a dia (

http://www.polyvore.com/cgi/set?id=55190925&.locale=pt-br) meu cabelos estava naturais e eu estava mais cheirosa foque nunca, pois seria a ultima vez que eu iria ver Tom, então desci desesperadamente as escadas e fui até a calçada de minha casa, lá me deparei com Tom sentado no jardim que tinha em frente da minha casa, deu um tapinha em suas costas e ele rapidamente se virou, seus olhos estavam avermelhados e sua cara de resaca, certeza que ele tinha bebido muito ontem a noite

–Tom? Porque você está assim? Oque aconteceu? -arregalei os olhos, segurando suas bochechas, fazendo ele fazer um biquinho

–Primeiro me larga -logo estranhei, Tom nunca falara assim comigo- segundo que estou chorando -logo me assustei, Tom nunca chorava- e terceiro, porque você não me falou nada?

–Te falar oque? Não tem nada importante para falar para você

–Nada importante Mariana? Então você ir embora da cidade sem me avisar não é le importante para você? -ele chorava cada vez mais, me sentia culpada por cada lagrima

–Mas Tom, como você soube? -me levantei, oque fez ele levantar junto- eu ia te contar, mas não sabia como..

–Mari, isso é verdade? É verdade que vai me deixar?

–Tom, não queria dizer isso mas... é verdade, mas não exatamente te deixar

–Não exatamente? Mari, nós nunca mais vamos nos ver e isso nao é nada para você?

–Tom, para com isso, agora, porque senão vou sem me despedir de você -apontei o dedo na cara dele

–Tabom Mari, desculpa, mas é que você é minha melhor amiga, você é tudo pra mim, não quero te perder, tenho medo.

–Eu sou tudo pra você? -meus olhos brilharam- jura?

–Juro, não sei oque faria se te perdesse

Quando eu percebi meus olhos já estavam concebtrados nos olhos dele, seu olhar era profundo, seus traços perfeitos e seu corpo escultural, eu não parava de ver seu "tanquinho" e sim, ele estava sem camisa.

–Tom, eu não sei como explicar mas é uma coisa estranha, é um sentimento diferente -eu ainda olhava para seu "tanquinho" enquanto bava- eu não sei expli..pli..pli..

–Mariana -ele gritou- tá tudo bem?

–Sim -dei um grito mais alto ainda enquanto voltava para a realidade- nada de mais, só gaguejei um pouco

–Hahaha -ele riu- eu sei para aonde você estava olhando, está com saudade disso não é mesmo?

–Para! -dei um tapa nele- Sim, eu sinto falta e vou sentir muita falta quando for embora

Ele me puxou pela cintura e fixou seus olhos nos meus, eu então fiz o mesmo, não podia evitar, seus olhos me deixavam louca, quando percebi meus lábio já estavam nos seus (novamente), era irresistivel ficar sem beija-lo, tinhamos essa amizade a 14 anos e sempre que podiamos davamos uma fugida em "amizade" e iamos para "safadeza" ou como ele dizia "amizade colorida com purpurina" estava indo tão bem quando fomos interrompidos pelo toque do meu celular, era uma mensagem de Matheus novamnete

"Mariana, me encontre no Café Da Praça, Beijos Matheus"

–Preciso ir Tom, vou me encontrar com Matheus -falei olhando para meu celular fazendo biquinho

–Ok, mas você vai voltar pra cá né?

–Sim -risos-

–Quando você vai em bora? -ele fez beicinho

–Ainda hoje -uma lágrima saiu

Fui correndo para o Café Da Praça, quase fui atropelada masoque eu não fazia pelo Matheus? Pois é, fazia tudo por ele e ele ainda beijou aquela vadia, mas não ia ficar barato.

–Hey Math -dei um sorriso

–Oi Mariana..

–Oque você quer falar?

–Temos que terminar

–Como é? Você quer terminar?

–Isso mesmo

–Porque? -já estava chorando-

–Não esta dando certo, estou apaixonado pela Nathaly -não estava acreditando que ele estava com aquela vadia-

–Você transou com ela né?

–Oque? Não amor, oque é isso -risos-

–Não me chame de amor, sei que você transou com ela

–Tá, eu transei com ela, mas não importa, acabou de vez agora, não vamos mais nos ver e não gosto mais de você, agora vá.

–Tá, mas você vai lembrar de mim e vai me ligar e eu já vou estar com outra pessoa.

Então me levantei e sai abalada, não seria facil esquecer um amor assim tao rapido, mas eu não ia me abalar...