Rich Boy and The Geek escrita por O Livro de Eli


Capítulo 13
Bruce's party


Notas iniciais do capítulo

Gente, pra quem não lembra, Anthony Garcia era o prefeito de Gotham no filme do Batman e franquia. Gambol era aquele homem moreno que ofereceu 500 mil doláres para que matassem o Coringa - o mesmo se fingiu de morto e enfiou uma faca nele - no filme TDK, e Lau era aquele que tinha o dinheiro dos mafiosos e tinha fugido para a China.
E o Oswald vcs sabem quem é u.u
Enjoy this chap ~



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– Tem certeza de que nós não nos perdemos? – Jonathan sentia estar andando em círculos com Marony ao seu lado, mas claro que toda vez que comentava que já tinham passado por tal casa, o primo mais velho dizia que sabia onde estava indo. E será que sabia mesmo?!

O vento gelado daquela noite assoviava, fazendo Jonathan tremer. E por mais que tentasse se concentrar em achar o caminho para casa de Bruce, ele estava apavorado. Sem contar que estavam perdidos. Mas claro que Marony não ia admitir que estivessem perdidos até se encontrarem em uma situação extrema.

Oh, como Marony era imaturo!

– Pela milésima vez, a gente já passou por essa casa! Olha ali o cachorro que avançou em nós! – Jonathan apontou para o Pitt Bull que mostrava os dentes, irritado, com a presença dos dois intrusos naquela rua tarde da noite. – Será que dá pra deixar o orgulho de lado e perguntar pra alguém onde nós estamos?

– Fica frio, maninho. – Marony revirou os olhos – Nós estamos chegando.

– Estamos andando em quadrados.

Marony ficou confuso.

– Estamos o quê?

– As ruas são paralelas cortadas por retas – Jonathan fez uma reta horizontal tentando explicar – Então nós não estamos andando em círculos, estamos andando em quadrados. – Foi a vez de Jonathan revirar os olhos. Será que Marony não havia estudado o Teorema de Tales ainda?!

– Ok, que seja. – Marony levantou as mãos, como se estivesse se rendendo e voltou a andar.

A rua estava muito silenciosa, e os dois eram alvos fáceis. Claro, se um assaltante estivesse entre assaltar uma casa ou dois meninos que caminhavam tranquilamente por uma rua deserta, certamente que ele optaria pela segunda opção!

O silêncio que pairou de repente começou a ficar constrangedor. Era como se sentia sempre que estava com Marony: constrangido.

Por quê?

Por que qualquer um que passasse por eles diria que Marony era mais esperto e mais corajoso, já Jonathan era o medroso que se escondia atrás de dele.

Mas não era verdade!

Não era só por que Marony era mais bonitão que ele seria mais corajoso!

Porém as pessoas sempre julgam por aparência...

– Marony – Jonathan chamou baixinho, receoso em falar – O quê o tio Falcone vai fazer no Narrows?

Marony, que estava bem na sua frente, parou de repente, fazendo com Jonathan esbarrasse com o corpo do mais velho. Ele praguejou baixinho e ajeitou os óculos, que com a pechada, quase caíra.

– O quê você sabe sobre isso? – Marony puxou o colarinho de Jonathan, encarando-o com os olhos temerosos.

– Eu não sei de nada – O mais novo arqueou uma sobrancelha – Já você parece saber muita coisa!

– A única coisa que eu sei, e que posso te falar, é que é bem melhor você ficar longe desses assuntos. E nem mencionar nada do tipo perto do tio. – Marony olhou em volta, certificando-se de que ninguém os ouvira – Ele fica meio irritado quando lhe fazem perguntas demais.

*

– Você errou as notas de novo! – Anthony gritou perto do ouvido de Bruce. O barulho ensurdecedor do rock pesado que saia das caixas de som da TV do jogo Guitar Hero enlouquecia qualquer um. – Tente de novo.

O som cessou por um momento enquanto o jogo carregava. Bruce, embora emburrado, entregou sua guitarra para Eddie, pois havia errado feio a metade das notas.

O jogo era seu e nem sabia jogar direito!

Sentou ao lado de Oswald, Gambol e Lau – que convidara de ultima hora – e começou a jogar cartas com os meninos.

Lau era chinês, aluno de intercâmbio. Estudava de noite, mas iria mudar para o mesmo horário de Bruce.

Após Lau ganhar duas partidas diretas – o menino era bom com tudo que era relacionado a números – eles cansaram. Eddie e Anthony ainda pareciam divertidos no jogo de vídeo game. Já John devia estar assaltando sua geladeira, por ele havia sumido completamente do quarto há vários minutos.

E nem um sinal de Jonathan.

Bruce desceu as escadas, a procura de John e percebeu que ele estava ajudando sua mãe a lavar a louça. Oh, que menino exemplar!

– Ei, John! – Bruce chamou e o menino olhou por cima dos ombros enquanto secava um garfo – Jonathan não apareceu ainda?

– Ah, Bruce! – Marta, que guardava alguma coisa no armário, viu o filho e o chamou – Eu não queria incomodar você e seus amigos, mas se desse pra abaixar só um pouco o volume daquelas músicas pesadas, eu agradeceria!

– Tudo bem, mãe.

– Jonathan não apareceu, acho que ele não vem. Quer que eu ligue? – John perguntou puxando seu Nokia antigo do bolso.

– Seria ótimo. – Bruce agradeceu e ia subir as escadas, quando sua mãe o segurou pelos ombros.

– Ajude-o a lavar a louça!

*

– Nós estamos perdidos! – Marony começou a dar chilique no meio da rua deserta, era só o que faltava! Um primo em pânico! – Meu Deus, nós vamos morrer!

– Fica quieto Marony! – Jonathan pediu, encostando o dedo indicador nos lábios na tentativa de fazer o mais velho calar a boca – Não chame a atenção!

– Eu não faço a mínima ideia de onde nós estamos! – Ele puxou os cabelos e começou a andar apressadamente. – Vem cá, você que é tão inteligente e vivia me dizendo que em situação de incêndio na panela era só por um pano com água molhada por cima... – Ele soou paranoico, Jonathan franziu o cenho – O que nós fazemos agora?! Rolamos no chão?!

– Não! Isso é só se você, acidentalmente, pegar fogo! – No bolso de Jonathan, seu celular começou a tocar a música de toque, Nightmare do Avenged Sevenfold, o quê só fez o momento parecer mais assustador. Marony gemeu baixinho e abraçou a si mesmo. – Alô?!

Ei Johnny, aqui é o Blake! – Jonathan suspirou – Você vai vir ou não?!

– Eu e meu primo nos perdemos no caminho, não sei onde estamos. – Jonathan falou e do outro lado da linha, Blake riu.

Onde vocês estão?

– Se eu soubesse eu sairia daqui, né!

Vocês não entraram no Alley, né? – Jonathan olhou em volta. Não, definitivamente, não estava no Alley.

– Não!

Seu celular não tinha GPS? – Ah, é mesmo. O celular tinha GPS. Interessante como num momento de pânico nós conseguimos esquecer que a solução de como fazer as coisas voltarem ao normal pode estar bem debaixo do nosso nariz!

Jonathan ligou o aplicativo, que informou que eles estavam próximos ao Narrows.

– Estamos perto do Narrows. – Jonathan engoliu em seco, percebendo que Marony estava encarando o longe.

Eu e o Bruce vamos ai buscar vocês, não estão muito longe! – Jonathan abraçou o telefone e sentou-se na calçada ao lado do primo, que tremia freneticamente.

– Eu estive a um fio de morrer e não estava tão apavorado quanto agora. – Jonathan comentou baixinho, tentando descobrir o que o primo encarava. Percebeu que na outra rua, Jack Napier estava em uma sacada, olhando para alguma coisa. – Ah, era só o que faltava! – Ele jogou os braços para o alto, se perguntando por que essas coisas só aconteciam com ele – Ele é o monstro do meu filme de terror!



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