Riot - Tumulto Em Vidas escrita por an0nymous


Capítulo 7
007.




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Estava estranhando, pois quando Justin ficou comigo na praia, eu não conseguia ler a mente de ninguém. Nem a dele. Porcaria. Eu gosto de ler mentes, mas seria bom se acontecesse como “um de cada vez”. Ai meu Deus, Justin ainda não havia pedido o presente e já são mais de uma da tarde.
– Eu tô com fome. - eu disse.
– Eu também. A gente tá chegando num restaurante e daí a gente come alguma coisa. Por minha conta.
Alguns minutos andando e nós chegamos ao restaurante. Ele pegou na minha mão e entrou. Era mais ou menos parecida com aquelas cafeterias de filme. - Aqui tem ótimos sanduíches naturais, também tem self-service, que é uma delícia. - ele chamou a garçonete, que nos deu o cardápio. Depois de olhar por trinta segundos, achei um prato que me satisfaria completamente.
– O que desejam?
– Eu vou querer um mega-bife com fritas e pra beber eu quero um copo médio de suco de uva. - a moça arregalou os olhos, se perguntando como uma pessoa que tem um porte como o meu (1,62 de altura, 45 quilos) comeria tudo aquilo. Justin também ficou impressionado.
– Ual. Eu quero um hambúrguer simples com meia-salada e pra beber, quero um suco de laranja. - a moça saiu. - Desse jeito você vai me falir garota.
– Desculpa. - dei um sorriso amarelo. -Justin, você não vai me pedir o presente?
– Quando você menos imaginar, eu vou.
– Ah tá. - poucos minutos depois, a comida chegou e sinceramente: comi igual uma monstra. E Justin? Comportou-se feito uma princesa. Fiquei com muita vergonha. Depois que saímos do restaurante, Justin ficou rindo da minha cara por que a garçonete perguntou se eu e ele tínhamos trocado de corpo. Tá, ok, situação engraçada, mas ele estava rindo como se não tivesse amanhã. Sentamos um pouco na areia e ficamos observando a paisagem.

Enquanto estávamos voltando da praia, Justin comprou uma orquídea pra mim. Há algum tempo atrás, fiz um trabalho de biologia sobre o significado das flores e na orquídea, dizia: “traduz a delicadeza e graciosidade, representando o amor, beleza, requinte e força”. Fiquei bastante feliz com isso. Eu lhe dei um beijo no rosto e ele sorriu feliz pra mim. Chegamos a casa e Justin decidiu colocar uns filmes para nós assistirmos. Fiz pipoca e tirei umas latinhas de refrigerante pra nós. E ficamos assim, a noite inteira, até cairmos no sono.
Justin colocou o despertador para 06h e 15min e eu comecei a colocar as coisas na minha mala para voltarmos para a minha triste realidade em Stratford. Não que Liam e Charlie não fizessem a minha alegria, mas ver Justin e Elizabeth juntos no almoço é a pior coisa que se pode existir na minha vida de pessoa apaixonada. Entramos no carro e 06h e 45min já estávamos saindo de lá.
Em três horas, eu já estava em casa, dormindo novamente e nem desarrumei a mala. Quando acordei, minha irmã, Spencer, estava ao meu lado. Ela é mais velha que eu. Ainda.
– Você não precisa perguntar como foi a viagem. Ou você acha que eu não notei? - eu falei.
– Eu sei que você notou. Só não precisava ter me ignorado.
– Ah, ia ser uma experiência no mínimo estranha eu falar com minha irmã morta do lado do garoto que eu gosto. - falei, resmungando.
– Ok, mas eu apareci no seu quarto e você estava sozinha.
– Eu não te vi. - ela entortou a boca. - Se não quiser acreditar, beleza, mas se eu estava sozinha e te visse é óbvio que eu ia falar contigo. Fora que você e a Lexxi são as únicas que me visitam, por enquanto.
– Não vamos deixar de te visitar. Papai está vindo. - ela evaporou e me deixou sozinha.
– Bom dia, flor do dia! Vim ver se você estava acordada.
– Estou. - ri.
– Vim te perguntar como foi a viagem. Você voltou do mesmo jeito que foi né?
– Sim pai, não aconteceu absolutamente NADA entre mim e qualquer garoto na viagem. Eu realmente não gostaria de ter essa conversa com o senhor. - sim, a conversa sobre sexo e tudo mais. Como a mamãe morreu, ele se sentiu na obrigação de falar isso comigo. - É sério, não precisa. - ele respirou aliviado.
– É, eu acho que você é bem responsável mesmo.
– Ainda bem. O que a gente vai fazer hoje?
– O que você quiser filha.
– O senhor fez almoço?
– Não. Vamo naquele restaurante que você adora?
– Aquele restaurante que eu amo se chama The Parlour e é óbvio que eu vou. - me troquei rápido, desci e nós fomos ao meu restaurante de domingo preferido.



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