Acordei, tomei um banho, e me vesti determinada a acabar com Elizabeth. Não sei se eu deveria fazer isso, eu não era assim, mas ela já me infernizou tanto que eu realmente queria ver ela no chão. Ninguém ia ficar orgulhoso ou feliz por mim além de minha pessoa, mas valeria a pena. De repente, minha irmã apareceu na minha frente.

– Não faz isso!

– Por que não Heaven? Olha todas as coisas que ela já fez comigo com a Charlie, com o Liam. E a Hailee nem se fala! Eu não vou fazer só por mim, mas por todos em quem ela já pisou

– Presta atenção, garota idiota, se você se vingar, você se iguala a ela. Você sabe de tudo que já aconteceu com ela, cada vírgula e até os três pontinhos. Faz tudo que você quiser, mas vingança não!

– Eu já estava fazendo, sem nem perceber. Ok, eu sei mesmo tudo da vida dela mas eu QUERO pagar na mesma moeda.

– PARA COM ISSO! VOCÊ NÃO É ASSIM.

– Tchau Heaven, tô atrasada. - fechei a porta do meu quarto, tentando fazer ela desaparecer e parar de encher o meu saco. Corri pra casa do Liam e logo depois fomos pra escola.

No almoço, foi um grande alvoroço. Embora todos já soubessem, muita gente veio me perguntar o que houve com o Justin. Preferi preservar o meu silêncio. Josh Deeps sentou na mesa que eu estava e perguntou se eu me vingaria de Elizabeth. Assenti. Hailee sentou-se na mesa dela, onde Elizabeth estava bufando de ódio, por que seu "namorado" estava sentado ao meu lado. Todos na mesa estavam felizes por causa da popularidade e da notícia da tal vingança, porém preocupados por causa de Justin. Falando nele, iria visitá-lo depois da aula.

O almoço acabou e fomos para as aulas. Estava tudo normal, até eu sentir uma dor de cabeça e pedir pra ir à enfermaria. No caminho, encontrei Hailee e Elizabeth.

– Oi Cat!, Hailee acenou.

– O que eu perdi? - Elizabeth se meteu.

– Nossos pais estão namorando, Elizabeth, falei.

– Pare de se intrometer na minha vida Elizabeth! Cansei de ser sua cadelinha! - então Hailee foi embora.

– Você roubou meu namorado, minha amiga... O que mais você quer? - Elizabeth rosnou.

– Que você pare de pisar nos outros.

– Como assim? - ah não, ela se fez de desentendida.

– Você pensa que eu não sei que foi você que colocou bebidas no armário da Claire Rompikns, aquela que te infernizava tanto... E sobre Jason Godvin? Você é imunda, Elizabeth. Seu passado é mais sujo que esgoto... Preciso mencionar Gabe Farrew? Acho que não, né?

– Como você sabe disso? VOCÊ NEM ESTUDAVA AQUI! SUA BRUXA!

– Ridícula essa sua preposição. - ri ironicamente. - Se me der licença, eu vou ali. Mas não se esqueça de mim... Eu volto, tá querida? - soltei um beijinho e fui pra enfermaria, explodindo de dor de cabeça. Tomei um remédio forte e resolvi ir pra casa. Mandei uma mensagem para Liam, se ele quisesse eu iria buscá-lo depois. Ou voltar com a Charlie.

Acabei dormindo e vendo que Liam ia com a Charlie. Coloquei uma calça e uma blusa e fui ao hospital, visitar Justin. Quando eu cheguei ao quarto, o médico estava fazer uns testes, pra ver se ele respondia aos estímulos. Nada. Depois que o médico saiu, eu fiquei lá, conversando com ele.

– Oi meu amor. Eu estou aqui. Sabe, hoje eu comecei a tal 'vingança' contra Elizabeth. Você tinha que ver o quanto ela ficou apavorada.- ri. - Eu sei que você está com a minha mãe, tenho certeza que ela vai te cuidar bem. Você faz falta no colégio. Seu ciúmes dos garotos do futebol ia funcionar bem hoje. Todos perguntaram como você estava. Eu não respondi, desculpe. Se eu falasse, ia começar a chorar. Você sabe que eu odeio chorar. Bom, meu pai tá me ligando por que são SETE HORAS DA NOITE. Jesus! Tenho que ir,me desculpa não passar mais tempo aqui contigo. Eu te amo. - Dei um beijo na testa dele e fui correndo pra casa, por que meu pai ia simplesmente me matar.

Passaram-se alguns dias e eu estava cada vez mais isolada. Tudo bem, meus amigos me faziam rir por algumas horas, fazendo piadas e tudo, mas eu estou começando a duvidar do meu amor por ele. Isso mais parecia uma obsessão. Não quero isso, mas algumas coisas ficam vazias quando a sua razão de ser feliz a maior parte do tempo entra em coma no dia em que você começa a namorar com ele. Tinha que procurar outras alternativas pra ser feliz, nem que fosse por alguns segundos.

– Oi Cat! Então, você anda meio desanimada... Tipo, vegetando todos os dias... Que tal você sair comigo? Como amigos, claro. Eu quero te levar pra um lugar legal. - ele nunca tinha sido tão conveniente.

– Onde e quando?

– Tem uma pracinha perto daqui. Me encontra lá hoje, às 10.

– Tudo bem. Nos vemos lá.

– Ok. - Embora fosse conveniente, eu não sei. Já ouvi falar que lá tem boca de fumo e bebidas. Mas vou me arriscar a encontrar algumas pessoas que não convém com o tipo de pessoa que eu sou.

– Você não vai. Lá tem gente barra-pesada Cat. NÃO VAI

– Eu... Pode ser legal.

– Mas prometa que não vai fazer nada de errado. - fiquei calada. -PROMETA CATHERINE FÜLLER.

– Ok, prometo. - então ele ficou mais calmo. Mas no fundo, eu sabia que eu ia fazer alguma coisa. A escolha era só minha.

Cheguei em casa, fui dormir. Acordei perto de sete.

– Pai? Eu posso sair com uns amigos?

– Pra onde?

– Eu vou ali na pracinha perto do colégio... É que lá tem tipo um luau sabe?

– Lá também tem pessoas drogadas e bêbadas.

– O senhor sabe que eu não fumo e que eu não bebo. E também que eu não sou influenciável. Mas a culpa não vai ser minha se a minha roupa chegar mal-cheirosa.

– Eu confio em você filha. Pode ir. Mas volte cedo.

– Tudo bem. Acho que vou jantar perto do hospital.

– Vai visitar o Justin? Vou com você.

– Ok, vamos. No meu ou no seu carro?

– No meu. Aqui em casa não tem nada pra comer. Faz tempo que eu não visito meu genro também...

– Ele só vai ser seu genro se a gente se casar.

– Ok. Meu genro. - Nós rimos. Chegamos ao hospital e tinha acabado o horário de visita. Voltamos pra casa e eu fiquei assistindo TV até dar a hora de ir pra pracinha. Peguei meu carro e fui.