(Dez anos antes...)

Dante nunca tinha visto aquele olhar. Como se não tivesse dúvidas que não iria perder. Ele não gostou disso. Menina muito ousada era ela.

Sofia olhava o rapaz mais velho que ela, e que apresentava um ar convencido. Os olhos dele eram lindos, mas ela mudou seu foco para aquela expressão de ser superior, iria acabar com isso dele.

(...)

A plateia que antes estava inerte aplaudia com fervor. Sofia Walter tinha ganhado, já o Dante ganhara em segundo lugar. Pessoas o aplaudiram, a tia do garoto o parabenizou como a mãe orgulhosa de Sofia. Mas onde está o pai da menina?

Ela procurou em vários lugares, porém nada. Fazia um tempo que seu pai agia de um modo estranho, mas sua mãe sempre com um sorriso rosto dizia: Ele está só com alguns problemas no trabalho.

Suspirou. De algum jeito, mesmo acreditando na palavra da mãe, ela sentia algo no comportamento do pai.

— Na próxima vez, irei ganhar de você pode ter certeza! — falou Dante Blackbird, perdendo toda sua compostura por aquela garotinha irritante.

Seu jeito fofo e formal mudou para um que ria debochada, pronta pelo desafio desse rapaz.

— Se assim seja, irei aceitar. Espero que não se arrependa quando eu acabar com você!

Ele queria sair dali, aquela garota o irritava mais que tudo. Seria pelo rosto bonito, mas com a cara cínica e maldosa? Seria os cabelos negros? Ou o sorriso lindo que ela tinha, mas com um significado de desafio, deboche, sarcasmo? Como ela poderia ser assim.

Um fotografo o pegou pelo ombro, fazendo este se aproximar da garota com seu troféu maior do que o dele. Assim uma foto dos vencedores foi feita.

— Não esqueça de mim, porque não esquecerei de você! — ela sussurrou na orelha do rapaz, causando arrepios. Ele olhou para ela e acenou em concordância.

Aquela garota iria perder, algum dia, dele.

(...)

(Dez ano depois...)

Emilly curou o ombro do Lord Cat, enquanto Night posicionava seu corpo para o próximo ataque. O gato guerreiro riu, pois o humano estava sendo honesto na luta.

“Vamos ver se você ganha, Dante!”

Como término da cura, L.C correu rapidamente e NightMare fizera o mesmo. Ambas as espadas se colidiram, causando um tilintar dentre as espadas. O impacto foi tão grande que ambos cuspiram sangue, depois sorriram de uma forma demoníaca.

Faziam jus aos seus apelidos; Guerreiro Demônio e Death Reaper. Hitsuagaya sorriu com a cena, mas voltou-se para Raiden que quase o atacou pelo seu descuido.

— Então Raiden... está afim de morrer — aquilo não foi uma pergunta, mas o mago das cimitarras sorriu desafiador.

Assim fogo e gelo colidiram, fazendo uma proporção de magia no ar terrível e bonito. Lilith olhou para Emilly que somente assistia, seu urso Holly estava protegido em uma bolsa de colo, dormindo como um bebé.

A barda acariciou seu pet. Em seguida começou a cantar silenciosamente, anulando em seguida o poder da sacerdotisa de curar. Era a primeira vez que usava esse feitiço de nível alto e seria um teste para a batalha de verdade.

Raiden foi atingido por um pedaço de madeira bem no peito e quando este foi pedir ajuda da Emilly, essa não pode ajudar. Ambos olharam para a barda que sorria junto com Hitsugaya.

— Bem pensado, Lilith! — o mago do gelo afagou a cabeça da menina que bateu nele em seguida.

— Obrigada, mas essa demonstração de carinho não quero!

— Claro! Namorada do Arthur! — ele sorriu e a barda o fuzilou, em seguida bufou.

Com a conversa paralela de ambos, Emilly olhou para Cole que entendeu o recado do olhar. Ambos correram para seus respectivos inimigos, naquela batalha. Raiden estava próximo do mago de gelo e Emilly da Lilith.

Porém, eles foram devagar deixando a barda e o mago se prepararem a suas defesas. Lilith forçou uma barra protetora e Hitsuagaya lançou uma magia contra o fogo, assim nos dois últimos segundos eles viram o semi-tigre e a semi-cão esboçando um sorriso como se estivessem pego suas presas. E pegaram.

Lilith foi pega de surpresa pelo Raiden que usou suas cimitarras contra ela, fazendo esta cambalear e cair no chão de terra. Sangue escorria pelo peito como o do Raiden, que apenas queimou suas cimitarras e passou na ferida aberta. Trincando os dentes pela pequena dor que o jogo proporcionava.

Já Hitsugaya recebeu um veneno pela adaga da Emilly, pois como está é uma sacerdotisa, ela tinha a noção do que é cura e veneno. Assim ele perdeu seus poderes por um tempo; tempo o suficiente para Raiden o golpeá-lo.

Ele tinha o subestimado, como sempre o mago do gelo fazia. Subestimar. Agora vendo que a indefesa sacerdotisa, não era tão indefesa assim, aprendeu sua lição com uma derrota amigável, junto com Lilith que foi golpeada pela Emilly.

Lord estava em cima de uns galhos. Sua respiração era desconcertada, sangue jorrava no seu ombro que abrira de novo, memória de sangue em seu corpo o fazia tremer. Este trincou os dentes e se levantou em cima dos galhos realmente resistentes, olhando para seu amigo/inimigo NightMare que ria como um demônio.

Sua sobrancelha estava cortada, vazando sangue de lá, era melhor do que um olho inchado, porque assim Night poderia ver. L.C percebia o que significava ter um olhar assassino para os outros, Night tinha um, mas de alguma forma não era comparado com o que vira antes, era um olhar diferente... quase como: sorriso de triunfo e esperança. Não sabia como explicar, mas sabia que de assassino não era..

Sua observação foi seu fim. Dante estava perto do L.C, como um ninja habilidoso, e com sua espada acertou o peito do gato guerreiro de uma forma profunda. Essa era o primeiro treinamento de quatro.

(...)

Imagine que depois de muito tempo, Night venceu do Lord Cat, três vezes seguidos. Ambos estavam sentados no chão, protegidos do sol por causa dos galhos de folhas. O resto do grupo foi passear fora ou dentro do OWO.

— Eu não acredito nisso! Você ganhou de mim...

NightMate riu, vendo a cara de mal perdedora da Walter.

— Três vezes seguidos e no mesmo dia. Hmm.. desse jeito eu acabo me tornando o melhor guerreiro.

Lord gargalhou incrédulo.

— Não sonhe alto, ou pode cair! — disse acariciando seu amigo Kuro que estava apoiando as costas dos guerreiros.

— Se você acha!

— Você mudou muito... antes era um completo imbecil por causa da sua arrogância de ser superior — os olhos felinos fitaram Night.

— Já você nunca mudou. Continua a mesma garota irritante de sempre.

— Que você gosta! — Lord soltou um sorriso convencido, fazendo o rapaz revirar os olhos.

A conversa foi interrompida por uma mensagem que Lord fez questão de ler e sorrir em seguida, deixando o guerreiro humano curioso.

— Que tal um encontro?! — disse Sofia, assim corada em seguida, porque percebera o sentido do que pedira.

— Que?

— Estou te convidando para um encontro amigável, sacou, ou eu preciso desenhar? — ela revirou os olhos, bufando.

— Estou fora, só se pedi com delicadeza.

Ela suspirou derrotada.

— ÓTIMO! Irei chamar o Mike! — ela/ele disse olhando para as mensagens do seu menu.

— Sofia, isso não me afeta!

Sofia riu muito.

— Não me importo. Como eu disse irei ter um encontro com você ou sem.

Ele a fuzilou e ela como Lord Cat riu debochada como a cara de Dante com esse encontro que renderia um bom humor.

.......

(Dez anos antes...)

James com seus 8 anos de idade brincava no parquinho perto de casa, junto de seu irmão Luke de 6 anos, que naquela época era mais sociável e se divertia muito no parquinho. Seu pai como sempre – herói, como dizia os dois Hasher – foi para a delegacia bem cedo, e demoraria por ter que entrevistar um garotinho.

James era sempre paparicado pelas mães que vigiavam seus filhos nos parques. Só por causa daquele cabelinho preto rebelde, seus olhos azuis bem claros como de um anjo e, claro, as covinhas salientes que herdara da mãe.

Mas James soube que não era o único daquele lugar, olhou para um balanço onde havia duas crianças gêmeas se divertindo. Eram louros e possuíam olhos verdes.

Cada um tinha uma bermuda de pano e camisa verde, combinando. Um deles apresentava um cabelo mais curto que o outro. Eles olharam para James que os fitava.

Um dos gêmeos, que aparentava ser o mais engraçado, saiu do balanço e sorriu, gritando.

— Eu e o Enzo estamos afim de brincar. Estão afim?!

Os irmãos com cabelos negros sorriram e confirmaram o pedido dos gêmeos louros. Um louro de cabelo longo olhou para James e disse.

— Oi, eu sou Arthur!

(10 anos depois)

— Arthur, eu preciso sair!

Lilith falou querendo sair desse aperto dos irmãos arqueiros que a levaram para o treinamento da guilda do Luke, como sempre o bruxo não gostou do plano.

— Vou dizer mais uma vez para a cabecinha de vocês entenderem, não aceito ninguém de outro grupo olhando nosso treinamento!! — Luke falou meio que alterado, mostrando uma aura assassina e quase evocando sua magia negra ‘sem querer, querendo’ naqueles rostos de sabidos e louros.

Arthur revirou os olhos e disse:

— Sabe você poderia viver mais... deve ter sido uma criança muito infeliz.

— Prefiro ser antissocial do que bater cabeça com loucos.

— Loucos que sabem jogar. E adorei ter chamado a gente de louco. Prefiro ser louco do que ser uma pessoa normal que acredita que uma sociedade dessas é perfeita — o arqueiro mais novo refletiu, fazendo Eliza rir da cara perplexa da barda e do bruxo.

— Você... — Lilith gaguejou, fazendo o arqueiro rir.

— Não é porque sou louro, que já me denominam de burro. Não é porque sou palhaço ou tarado que pensam que sou um ignorante. Lilith, eu sou diferente, então em vez de me julgar, pergunte se sou assim ou não. É mais inteligente.

— Por que é assim?

— Hmmm... sei lá! Acho que pode ser da minha natureza, e acaba também sendo parte de me proteger. Dificilmente encontrou gente que pensa igual a mim, por isso tem o Enzo para me ajudar.

Enzo sorriu em resposta. Lilith ficou admirava, mas então se lembrou do encontro que teria.

— Preciso ir! Estou atrasa...

— Pode ir, se você não me quer mais. Pois é, né, é a vida! — Arthur fingiu chorar. Enzo dramatizou, afagando as costas do irmão.

Lilith riu. Eles realmente não eram normais.

— Tenho que ir, até mais rapazes!

Então a garota deslogou. Elizabeth cautelosa olhou para Arthur que estava olhando para o nada.

— Você deveria contar!

Arthur mudou sua expressão para um sorriso triste.

— Quem sabe. Quero conhece-lo primeiro, além do mais preciso fazer aquilo.

A prima franziu o cenho e balançou a cabeça em protesto.

— E o que seria? Sua prima...

O arqueiro riu maldoso, olhando para sua prima e depois para Luke.

— As gêmeas acabarão com o encontro da Mallu e James. Que pena, né!

— Você não...

— Eu devo, sim! E seu namorado ciumento está tendo um ataque, caso a gente não treine.... será que ele morre?

— Arthur!! — Eliza segurou a cintura e fez uma cara contrariada.

O elfo de vestes verdes riu e Enzo respondeu.

— Não custava tentar!