Turnaround escrita por Mystic Falls Brasil


Capítulo 28
Final




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Acordei num leito de hospital. Isso de desmaiar e acordar em um hospital estava ficando manjado pra mim. A primeira pessoa em que pensei foi no Stefan. Assim que virei a cabeça lá estava ele cochilando em um pequeno sofá que havia no quarto. Estava desajeitado, presumo que passou a noite lá enquanto eu ainda estava desacordada. Fiquei admirando-o enquanto ele despertava e vinha em minha direção.

– Elena? Você se sente bem? Está com dor? Pode falar? – Fez uma série de perguntas e em seguida me abraçou como se nada mais importasse. – Me diga que está bem, por favor. Eu não me perdoaria se não estiver.

– Estou bem, Stef. De verdade.

– Que bom, linda. Que bom.

– Mas o que aconteceu depois? Katherine? Onde ela está?

– Tudo está resolvido. Eu a trouxe pro hospital e em seguida fui ao apartamento, onde ela estava. Ela me pareceu bem arrependida e.. – Fiz uma careta e Stefan sorriu em resposta. – Sei que não é possível imaginar a Katherine numa versão arrependida mas ela estava. Me pediu perdão, arrumou suas coisas e foi embora. Nunca mais nos incomodará, Elena. Nunca mais.

– Fico aliviada. Agora só preciso sair desse hospital e aproveitar o máximo que eu puder contigo.

– Isso mesmo. Agora descanse, anjo. Receberá alta em algumas horas. Vou ao apartamento tomar banho e comer algo.

– Vai lá. – Ele abaixou-se e deu um beijo em minha testa. Quando ele se foi, voltei a dormir.

Acordei e quando olhei ao meu redor não estava mais no hospital. Pior! Não sabia onde estava. Quando tentei levantar notei que estava amarrada a uma cadeira. Senti o desespero tomar conta de mim rapidamente. Havia um lenço preso em minha boca e eu sentia dificuldade ao respirar. Estava tão ocupada tentando imaginar o que estava acontecendo que não percebi quando uma sombra apareceu atrás de mim.

– Ora.. Ora.. – Reconheci aquela voz de imediato. Senti cada pelo do meu corpo arrepiar-se. Katherine. – Você não achou que eu iria embora tão fácil assim, achou? Que ingênua. Acha mesmo que eu abriria mão do Stefan? – Ela continuava falando embora eu não pudesse responder. – Admito que meu plano foi um fracasso. Uma hora ele descobriria. Mas como toda boa vadia tem sempre um plano B.. Aqui estou. – Ela tirou o lenço da minha boca mas permaneci em silêncio. – Não tem nada a dizer antes de morrer?

– O que você pensa que está fazendo?

– Bom, imagina o quão Stefan vai ficar triste ao saber que sua namoradinha morreu queimada em um acidente que vai parecer tão real que não haverão dúvidas de que fui eu que planejei. Continuando, ele ficará devastado, acabado.. E quem vai estar lá para consolá-lo? Isso mesmo, Elena! Eu! Seremos felizes para sempre.

– Você é maluca! Não pode fazer isso!

– Oh, eu posso docinho.

– Não, Katherine.. Você.. Não está pensando direito. Apenas vá embora e deixe o Stefan viver feliz. Isso é doentio!

– Sabe o que é doentio? Eu ver o amor da minha vida com uma vadia magrela que não tem potencial algum pra fazê-lo feliz! Isso é doentio, Elena.

– Você não está bem, Katherine.

Um som de telefone celular nos distraiu. Eu reconhecia aquele som. Era do meu celular.

– Cara, 23 mensagens de voz dele. Ele está muito preocupado. Que tal se eu respondesse com uma mensagem dizendo “está tudo acabado, a verdade é que eu amo o Damon”? Hein? Isso acabaria com ele.

– Não, por favor..

– Chega de conversas e vamos começar, de acordo? – Ela deu um sorriso irônico nem me dando chances de responder.

Começou a jogar gasolina no chão ao meu redor. Agora eu havia percebido que estávamos em um estabelecimento abandonado. Sabia que não adiantaria nada eu implorar para que não fizesse aquilo. Estava chorando não por morrer mas por deixar que Stefan fosse enganado por ela. Então eu morreria. Morreria nas mãos daquela imprudente. Daquela maluca. Eu não podia acreditar no que estava acontecendo.

– Bom, querida.. Só espero que não volte pra puxar o meu pé enquanto durmo com o seu namorado.

– Vai pro inferno, vadia! – Falei soluçando e chorando ao mesmo tempo.

– Francamente, não sei o que ele vê em você. Te acho tão.. Sem graça.

– Talvez ele tenha visto algum senso de realidade em mim. Você é louca!

– Ok.. Ok.. Adeus, Elena.

Ela tirou uma caixa de fósforos do bolso e foi em direção a porta. Fechei os olhos e vi um filme de toda a minha vida passar em minha cabeça. Rezei pra que minha morte não fosse tão dolorosa, o que é irônico já que eu seria queimada por uma doida que ficaria com o amor da minha vida. Mas era só o que me restava.

– O que você está fazendo aqui? – Ouvi a voz de Katherine soando desesperada.

– SUA LOUCA! – Ouvi a voz dele. Do meu Stefan. E em seguida o vi na porta do estabelecimento. – Como teve coragem de fazer isso? – Ele a olhava com desprezo. – Levem-na! – Ordenou para alguns policiais que estavam atrás dele. Depois correu eu minha direção. – Elena, me perdoe! Eu devia ter ficado com você. Desculpe-me. Mandei rastrearem seu telefone celular.

– Não foi sua culpa, Stefan. Me tira daqui, por favor.

Eu ainda estava em choque. Quase morri. Stefan me desamarrou e apoiou o meu braço em seus ombros. Cambaleei um pouco já que tinha ficado sentada por muito tempo. Do lado de fora vi meus pais e meu irmão. Bonnie, Kol e Caroline também. Todos correram em minha direção e jogaram um monte de perguntas como “você está bem?” “estava preocupado(a) com você!” exceto por Caroline que falou “se eu fosse uma vampira já teria sugado todo o sangue daquela vagabunda!” o que me fez rir. Eu só queria ir pra casa e estar com aqueles que eu amo.

Uma semana se passou e as coisas estavam perfeitamente normais. Tudo estava bem. Stefan havia feito um jantar em sua casa e convidou-me. Disse que era importante e especial. Vesti-me adequadamente para a ocasião e fui em sua casa.

– Oi, linda. – Ele deu-me um beijo leve e sorriu.

– Então?

– Vamos com calma. – Ele falou fazendo bico.

Sentamos e começamos a comer. Conversámos sobre um monte de besteiras até que ele foi direto ao ponto.

– Bom, quero começar dizendo que lamento por todo o sofrimento que Katherine lhe causou. Soube que ela seduziu os policiais que a levaram e fugiu. Acho que vai fugir e ficar longe por um tempo mas se voltar, vou dar uma surra naquela vadia. – Eu ri do jeito de como ele falou “vadia”.

– Não vamos falar dela, por favor.

– Tudo bem. Só saiba que eu lamento. Mas de alguma forma, tudo isso me fez pensar. Me fez pensar que você é muito importante. Muito especial. Não conseguiria passar mais nenhum dia sem você ao meu lado. É você quem eu quero.

– Eu também quero você. Mas não entendo, por que está dizendo tudo isso?

Ele levantou-se e pediu para que eu ficasse em pé. Depois ajoelhou-se e tirou algo do bolso. Um anel. Um sorriso estampou-se em meu rosto.

– Elena, você quer casar comigo?

– Um segundo pra pensar.. Um. Sim! – Ele levantou-se e me abraçou sorrindo. Girou-me e me deu vários beijos por todo o rosto. Estávamos em êxtase.

– Teremos um feliz para sempre? – Eu disse sorrindo.

– Só se você jurar de dedinho.

– Eu juro. – Disse segurando o seu dedo mindinho no meu.

Damon’s POV.

Eu estava decidido. Precisava mesmo ir embora. Expandir novos ares. Esquecer ela. Fui ao aeroporto e comprei uma passagem para a França. Nada melhor que uma viagem para me distrair. Já havia me despedido da Elena e de todos que conheci em Mystic Falls. Estava indo embora sem olhar para trás. Era o melhor a se fazer. Sentei-me em um banco para esperar meu avião. Uma mulher sentou ao meu lado e sorriu. Sorri de volta.

– Seus olhos são lindos. – Ela disse.

– Obrigada. Os seus também.

– Mas os seus são exóticos. São lindos mesmo, de verdade.

– Não exagera. – Sorrimos juntos.

– Pra onde vai?

– França. E você?

– Ainda estava decidindo para onde ir. Mas França.. Me parece uma boa ideia. Vou comprar minha passagem. Se importa?

– Não, claro que não. Será ótimo.

– A propósito.. Qual o seu nome?

– Damon. – Estendi minha mão e apertei a dela. – E o seu?

– Me chamo Katherine.



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