Bom, aqui é onde minha vida virou de ponta cabeça e as coisas começaram a dar errado, se bem que eu gosto de minha nova vida.

Meu nome é Alexandra D'Avila, mas por favor me chame apenas de Alex, tenho 14 anos, moro em um orfanato chamado “Sunshine” em NY, nunca conheci meu pai e minha mãe (Rosalie) morreu quando eu era mais nova. Estudo em uma escola chamada “Escola Roosevelt”, apesar de ter déficit de atenção, hiperatividade e dislexia eu tenho boas notas, me dedico aos estudos apesar de minhas dificuldades.

Como é a minha aparência? Bom... você não vai querer saber, enfim, sou alta, pele um pouco morena clara, olhos verdes, cabelo castanho bem escuro e ondulado.

O despertador me acordou ás 6:00 a.m. para a aula, estava morrendo de sono, coloquei o travesseiro em cima de minha cabeça para não ouvir o despertador, mas como sou a lerdeza em pessoa de manhã, tratei logo de me levantar.

Fui ao banheiro, lavei o rosto, escovei os dentes etc. Coloquei minha calça jeans rasgada, uma blusa básica preta e um casaco leve por cima* http://www.polyvore.com/cgi/set?.locale=pt-br&id=55292741. Peguei minha mochila, uma maçã e fui indo para o inferno, digo escola.

Quando cheguei á minha “escola”, havia um menino que eu nunca tinha visto no colégio antes, tinha cabelos castanhos, olhos cor de mel e anda de um jeito engraçado, um jeito desengonçado, deduzi que não iria fazer amizades, então como não sou nada popular, porque bem... eu sou um pouco diferente (á quem eu estou querendo enganar? Sou uma garota muito diferente e estranha), fui falar com o novato.

–Oi, novo por aqui?

–Oi, sim, prazer meu nome é Dylan! – Disse o garoto simpático.

–O prazer é meu, me chame de Alex.

~le sinal para as aulas~

–Acho que a sua primeira aula é a mesma que a minha, então vamos indo.- Digo olhando os horários das aulas dele, ele apenas assente e vamos rumo á sala de aula.

A primeira aula é história, a minha preferida, mas o professor anunciou que teria uma palestra surpresa. A turma se dirigiu ao auditório. De início achei estranho ter uma palestra assim do nada, mas depois esqueci essa ideia.

A mulher que dava palestra tinha a pele morena, parecia uma daquelas mulheres do oriente médio, mas tinha costumes um tanto quanto peculiares. Ela usava um turbante na cabeça, escondendo seus cabelos e óculos escuros, a mulher cujo nome eu não sei, já tinha certa idade, mas tenho certeza que um dia já fora bela. Eu nem estava prestando atenção na palestra, é difícil já que tenho déficit de atenção e blá blá blá.

A palestra havia acabado, então fui me retirar junto com Dylan, mas a palestrante me pediu ajuda para organizar os materiais, então falei para que Dylan me esperasse fora da sala.

–Ok então – Dylan respondeu.

Tentei puxar assunto com a estranha senhora.

–Qual o nome da senhora mesmo? É que no lugar onde eu estava não deu para ouvir muito bem.

–Meu nome é Emelyn, mas pode me chamas de “Eme”!

Essa tia era muito estranha, mas estranho mesmo foi quando eu tinha acabado de ajudar Eme.

–Bom, eu acabei aqui, se você permitir eu vou voltar para a sala de aula. – Falei indo em direção á porta. Mas com um movimento muito rápido para uma tia dessa idade ela me bloqueou.

–Onde você pensa que vai mocinha?- Perguntou Eme.

–Ahn... para a sala – Respondi como se fosse obvio – Ou você esperava que eu fosse para a praia? – Uma das coisas que eu sou é irônica, ironia torna tudo tão... simpático.

–Não, você não vai á lugar nenhum! – Pause, quem essa tia pensa que ela é? Afrodite?- Sou um dos monstros mais eficientes da Grécia Antiga, petrificadora de homens. Não posso deixar uma meio-sangue tão poderosa como você escapar!

Foi só ligar os pontos, monstro, Grécia Antiga, petrificadora de homens, além de Eme ou seja M.

–Medusa! – Arrisquei, neste momento ela tirou seu turbante revelando um emaranhado de cobras e em seguida quando ela foi tirar seu óculos, eu fechei meus olhos e gritei por Dylan como se dependesse de minha vida, e de fato dependia.

Pela lógica eu deveria virar para o lado contrário e correr, foi o que eu fiz. Mas deu errado, pois me esqueci de que havia cadeiras no local e derrubei tudo, tropeçando e caindo no chão (nem sou desastrada). Bela heroína eu.

Foi então que ouvi passos, não exatamente passos, pareciam trotes, tipo de burro ou algo parecido, será que estava ficando louca?

Ainda ás cegas me levantei.

–Dylan, me ajude!- Supliquei.

Eu tinha que pensar em um plano e rápido, mas não é fácil quando se tem uma tia problemática, mal comida que queria me matar. Escutei cobras sibilando á minha esquerda, peguei uma cadeira, reuni toda a minha força e acertei Medusa, que pelo barulho tinha caído no chão.

Era a minha chance, arrisquei abrir os olhos de leve, avistei á saída, corri em disparada, mas antes vi Dylan tateando o ar, de olhos fechados e... com pernas de burro?? No momento só queria escapar das garras da Medusa.

–Dylan, abra os olhos e vamos para a saída agora.

Foi o que ele fez, quando chegamos á porta Medusa estava se levantando e se recuperando, me vendo escapar ela pegou uma das cadeiras e jogou em nossa direção, eu me esquivo, como eu sei disso se ela me transformaria em pedra se eu olhasse diretamente para ela? Bom, dava pra ver no reflexo da parede polida. Peguei a chave no ladro de dentro da fechadura, fechei e tranquei a porta com uma Medusa nocauteada e furiosa lá dentro.