Promessas Inquebráveis - HIATUS escrita por Firefly Anne


Capítulo 1
Promessas Inquebráveis


Notas iniciais do capítulo

Olá! Estreando uma o/s bem doce e leve. Isso é realmente bem diferente do que eu estou acostumada a escrever primeiro que é escrito em primeira pessoa, e eu ainda estou aprendendo a lidar com isso. Espero que vocês gostem!
.
Boa leitura. :)



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Promessas Inquebráveis

[...]


O dia estava terrivelmente ensolarado.

Mamãe havia me levado até um parque que ficava em Port Angeles. Eu não estava muito contente com a escolha dela — preferia continuar em casa e brincar com as minhas bonecas, ou quem sabe ir até a casa de Alice para ela me deixar tão bonita quanto às suas bonecas Barbie. Mas quando se tem apenas treze anos, é um pouco complicado negar algo para alguém que — legalmente falando — você deve respeito e obediência.

Esticando minhas pernas pelo chão gramado, curvei o meu troco para trás, apoiando o pescoço na madeira do assento ao qual eu estava sentada. Meus longos cabelos — cor de chocolate, como papai havia “alcunhado” a tonalidade do meu cabelo — caíam como a mais bela cascata de uma cachoeira, espalhando-se no banco.

Nunca presenciei em toda a minha vida um dia tão quente como esse em Port Angeles, geralmente o clima nessa região é terrivelmente frio — como em Forks, onde eu moro. Contudo, era do meu conhecimento que no verão a temperatura tendia a esquentar, e era o que estava acontecendo naquele seco dia de verão.

Olhei de um lado a outro, tentando procurar Renée, mas não a encontrei em lugar algum. Liberei o ar pela boca, e cruzei meus braços em torno do meu peito, em claro sinal de impaciência.

Mamãe estava demorando!

Enfiei a mão dentro do bolso da minha bermuda jeans — por sorte encontrando alguns dólares. Coloquei o dinheiro dentro da palma, e caminhei até uma barraca de sorvete próximo ao gramado.

— Bom dia — saudei bem educada. Ofereci também um sorriso. Renée me ensinou a ser sempre sorridente e simpática, mas eu ainda estava trabalhando nisso. Eu costumava ser antissocial antes da minha mãe voltar de sua viagem — de seis anos pela França.

— Bom dia, criança — o homem respondeu-me. Ele não era cortês como eu supus. Pareceu-me que ele estava sendo um pouco gentil apenas por que lhe cabia essa obrigação de tratar bem aos seus fregueses.

— Eu quero um sorvete de morango — pedi, mordendo os lábios, uma mania que eu contraí ao ficar nervosa.

O homem esticou suas grandes mãos, e eu permaneci parada sem mexer nenhum músculo do lugar.

— Me dá logo esse dinheiro! — usou o tom mais rude que eu já escutei em minha vida, surpresa com a incivilidade dele, eu estiquei — amedrontada — a minha palma que continha uma nota de dois dólares. Ele apanhou o dinheiro sem nenhum cuidado, enfiando-a em seu bolso da bermuda, ou calça — o balcão que ele estava escondido não me deixava ter essa certeza.

Deixei meus braços caírem inertes pela lateral do meu corpo, realmente entorpecida com a ignorância ao qual eu fui tratada por um homem que eu jamais vi em toda a minha vida. Algum tempo depois, ele me entregou o meu sorvete, e eu agradeci. Ele nada me respondeu.

Caminhei até o banco em que estava sentada, mas para a minha infelicidade ele estava ocupado. Nele havia uma menina loira — a cópia exata de Lucy, a boneca mais bonita de Alice. Os cabelos dela eram loiros, e estavam presos por um enorme laço cor de rosa. Ela era linda.

Intimidada, eu caminhei até o outro lado do parque — procurando sempre não me afastar muito do local em que minha mãe havia me deixado. Quando tentei atravessar o campo — havia alguns garotos jogando futebol e, talvez por eu ser azarada demais, a bola me atingiu a testa em cheio. Assustada com o golpe, eu acabei tropeçando em meus próprios pés.

Tudo o que eu lembro é de ouvir várias pessoas escarnecendo a minha queda — como se ninguém nunca houvesse caído na vida. E, para completar a minha situação, meu sorvete havia derramado completamente em cima da minha blusa preferida.

Querendo chorar, mas sem conseguir erguer a cabeça, eu quase não ouvi que tinha uma pessoa gritando, pedindo para pararem de dar risada da minha falta de equilíbrio. Apenas vi, segundos depois, uma mão ser estendida em minha direção.

Aceitei prontamente a mão que me foi ofertada, apoiando-me nele para conseguir me levantar.

— Obrigada — murmurei ainda tímida.

— Eu que peço desculpas. Desculpe-me por ter acertado a bola em você.

— Tudo bem, eu deveria saber que seria arriscado atravessar o campo.

— Geralmente as pessoas evitam esse lado do campo, por isso que não ficamos prestando atenção se está passando alguém, antes de chutar a bola.

— Tudo bem — repito.

Ele é o garoto mais lindo que eu já vi em toda a minha vida. Nem mesmo Mike Newton, com aquele cabelo castanho e os olhos azuis como o oceano era tão belo quanto aquele menino. Ele era mais alto que eu, seu corpo não era magro, mas ele também não era como aqueles atores dos filmes, muito menos gordo como o Professor Aloprado. Não, ele era bonito, muito.

E eu estava deslumbrada.

Limpando as mãos no short que usava, o garoto misterioso estendeu-me sua mão, eu prontamente aceitei, apertando meus dedos entre os seus.

— Eu sou Edward — informou com um lindo sorriso em sua face.

— Bella — respondo sem desviar meus olhos daquelas esmeraldas brilhantes que estão me encarando de volta.

— Bella de Anabella? — questionou sem nunca soltar meus dedos.

— De Isabella — corrijo. Sinto minha bochecha esquentar e eu logo sei que estou corando.

— Eu realmente sinto muito — sua feição desmorona, e eu me sinto infeliz por ser a causadora da sua tristeza. — Sua blusa está manchada.

E então eu olho para baixo, observo minha blusa branca, e vejo que ele tem razão. Desespero-me com a possibilidade de Renée me encontrar toda melecada de sorvete, e esse pensamento me faz tremer.

Tento inutilmente tentar tirar a mancha do sorvete com a mão, mas isso apenas piora o estado da minha blusa.

— Desculpe-me — ele pede novamente.

— Eu já disse que está tudo bem! — irrito-me com a constante culpa dele. A culpa na verdade era minha, que não prestei atenção que havia garotos jogando bola.

— Edward! — escuto alguém chamar pelo garoto.

Ele vira seu rosto em direção ao portador da voz, ele faz um sinal de pausa com as mãos, mas a pessoa não está completamente convencida.

— Cinco minutos! — grita novamente.

— Já estou indo! — ele grita em resposta.

— Você precisa ir — não é uma pergunta. — Estou atrapalhando você.

— Venha — colocou as mãos na base da minha cintura, levando-me em direção a um banco recentemente desocupado.

— Obrigada — digo logo ao sentar-me.

— Você não é de Port Angeles — ele diz, especulando-me com seus olhos transformados em duas fendas.

— Como sabe? — pergunto, erguendo as sobrancelhas com a petulância dele.

— Se você morasse por aqui, eu certamente saberia disso.

— Eu moro em Forks — respondo.

— Não conheço Forks — ele diz. Impressão minha, mas o seu sorriso desmanchou?

— Fica há duas horas daqui — respondo.

— De bicicleta ficaria mais distante — ele diz de repente.

— Você pretendia ir visitar-me? — inquiro.

Ele surpreendentemente cora. E eu fico fascinada com o tom que atinge as suas bochechas.

— Sim. Não. — ele mexe nos cabelos, como se estivesse desconfortável.

— Você nunca me disse a sua idade — pergunto disposta a mudar de assunto. Ele suspira. Ele está aliviado com a troca.

— Quinze anos — responde orgulhoso com a sua idade. — E você?

Sou mais nova que ele.

Por dois anos, eu sou mais nova.

Não sei como ele reagirá ao saber disso, mas eu acabo revelando a minha idade. Insegura, mas eu revelo.

— Eu tenho treze anos.

[...]

Nós ficamos conversando por mais algum tempo, mas logo Edward precisou sair para voltar ao jogo. Ele me fez prometer que iria assistir à partida e, que tão logo fizesse um gol, ele seria dedicado a mim. Eu realmente fiquei emocionada e envergonhada com o seu ato, mas Edward fez um bico irresistível quando eu fiz uma tentativa de negar.

Minha saída foi aceitar.

Edward fez três gols.

Todos foram dedicados a mim.

As garotas me olhavam, tentando entender quem eu era e o porquê de Edward estar dedicando seus gols para mim.

Nem eu mesma entendia, mas também não o questionei sobre isso.

Queria procurar um buraco e me enfiar dentro, muito era a minha vergonha.

Quando o jogo terminou, ele correu em minha direção — ainda suado — perguntando se eu tinha gostado do jogo.

Para não magoá-lo — apesar de não entender nada de futebol — eu disse que gostei. Ele ficou radiante. O sorriso que ele ofereceu-me valeu pelo pequeno embuste.

— Você poderia vir sempre aqui, todo sábado eu venho aqui para jogar — ofertou.

— Tenho que falar com mamãe sobre isso, ela não costuma vir à Port Angeles com grande frequência.

— Eu só poderia visitá-la em Forks se eu ficasse na casa do meu pai — disse com os ombros caídos.

— Seu pai mora em Forks? — pergunto não contendo a curiosidade. Talvez eu o conhecesse.

— Sim, meus pais são divorciados. Eu tenho uma irmã, mas na separação acabou que Alice ficou na responsabilidade de Carlisle e eu com a minha mãe.

— Carlisle? Alice? — pergunto, mas nunca obtive a sua resposta.

Quando abri a boca para responder, escuto o grito de Renée.

— Isabella! — viro-me para fitá-la. Ela está correndo em minha direção. — Onde você estava? — ela pergunta, ignorando completamente o garoto que me fez companhia.

— Eu estava aqui... — respondo muito baixo.

— Estive procurando você por toda a parte, e nunca a encontrando. Sabe como eu fiquei com medo de você ter sido sequestrada? — ela pergunta tocando meu queixo.

— Desculpe — murmuro.

— Tudo... O que aconteceu com a sua blusa?

— Sem querer eu derrubei Isabella, senhora — Edward responde por mim.

Minha mãe — finalmente notando a presença de Edward — vira-se em direção ao garoto.

— Sem problemas — diz apenas, contrariando às minhas expectativas de uma discussão. — Nós já estamos indo embora, Isabella — minha mãe informa e eu fico completamente rija.

Percebo que Edward também está tenso.

Aquela pode ser a primeira e a última vez que nos vemos.

— Estou te esperando no carro. Não demore — Renée diz, enquanto se afasta.

Noto que Edward está triste.

— Eu preciso ir embora — digo, mesmo estando sem nenhuma vontade de sair do seu lado.

— Eu irei visitá-la, Bella.

— Isso é verdade? — pergunto sentindo uma felicidade me atingir.

— É uma promessa — ele diz firme.

E eu apenas acredito. Porque eu sou boba e ainda sonho com o meu príncipe encantado. Talvez, só talvez, ele seja Edward.





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Notas finais do capítulo

E então? Gostaram? Odiaram? Não estranhem o final vago haverá dois ou três extras. Mas, para isso, vocês precisam comentar! Aquela troca básica, vocês conhecem? Eu escrevo > vocês comentam > eu posto mais!
Até breve!