– Clove, Clove, nossa pequena grande tributo do distrito 2. – diz Caesar quando chego ao centro do palco e aperto sua mão – Então Clove sente-se – ele diz se sentando enquanto eu repito seu movimento e me sento também. – Diga-me minha querida você está confiante para esses Jogos?

Olho para ele ainda sorrindo – Sim, estou extremamente confiante, acredito que tenho muitas chances de vencer eu treinei duro e esperei minha vida toda por isso. Se eu fosse um telespectador apostaria todas as minhas fichas em mim. – dou uma risada que é acompanhada pela gargalhada de Caesar.

– Confiante. Você está muito confiante né minha querida. – assinto ainda sorrindo – E você poderia nos revelar um pouco do que nos pretende fazer na arena para estar tão confiante dessa maneira?

– Eu bem que queria mais não posso – digo – descrição é tudo se eu sair por ai revelando o que pretendo fazer os outros irão encontrar uma maneira de me vencer.

– Entendo, entendo. Como você se sentiu sendo a segunda pessoa a ter a nota mais alta sendo que a garota que conseguiu a nota mais alta é do distrito 12 e ela vem nos surpreendendo muito, o que você tem a dizer sobre a nota 11 inédita dela? – Ainda meio confusa pelas palavras de Cato e viajando em minha mente não entendo o que Caesar diz.

– É, oi? – dou uma risada – me desculpe Caesar não ouvi direito, o que foi que você disse?

Ele gargalha – O que você achou da nota 11 da garota do distrito 12 a única nota maior que a sua? – a notícia me pega desprevenida, pois pelo fato de Hazel ter surtado nem tive tempo de ver a nota dos outros mais então sem deixar transparecer minha cara de espanto eu sorrio.

– Bom ela deve ter impressionado muito os jurados, mais não quer dizer que vá me impressionar na arena – digo – duvido muito que ela possa me vencer.

– Wow. – Caesar diz – Com certeza você é a mais confiante de todos nesses Jogos, foi um prazer minha querida. – ele segura minha mão e me faz levantar junto com ele, ele ergue meu braço e grita – Essa foi Clove Chamberlain do distrito 2 – ele abaixa minha mão, então saio do palco sorrindo e acenando para as pessoas.

***

Olhando para a tela vejo Cato ao lado de Caesar ele já esta no final de sua entrevista. Sinto a presença de alguém próximo a mim então olho para traz e vejo Charles.

Ele sorri para mim então estende sua mão, estendo meu braço para apertar a mão dele então ele segura minha mão e toca seus lábios nas costas dela, me surpreendendo um pouco pelo cavalheirismo – É um prazer conhecê-la, Cato já teve ter lhe dito que me chamo Charles e sou seu novo mentor. Você se saiu muito bem na sua entrevista, tenho certeza que vão surgir muitos patrocinadores e tudo que eu puder fazer para te ajudar na arena eu farei, não sei quais são suas habilidades mais confio em você. Te dou apenas uma dica não deixe que os sentimentos manipulem seus atos. – Ele sorri e então sai, me deixando sozinha refletindo sobre suas palavras, volto a encarar a tela.

– Você tirou uma nota 8, digamos que é uma nota baixa para um tributo do 2 o que você tem a dizer sobre isso? – Caesar pergunta para Cato.

Ele sorri maliciosamente então diz – Uma nota baixa não significa que eu não tenha uma estratégia e se parte de minha estratégia tenha sido tirar uma nota baixa para os outros não dêem importância para mim? Não tirei essa nota baixa por acaso foi proposital... – ele solta as palavras no ar.

– Muito esperto de sua parte como fez uma de nossas vitoriosas uma vez, mais bem, você acabou revelando e agora... –antes de terminar ele é interrompido.

– E quem disse que revelar não faz parte do plano – o sorriso malicioso se torna um sorriso maligno.

Caesar olha para ele e sorri – Gostei de você meu jovem, tenho certeza que você se dará bem na arena – ele se levanta erguendo o braço de Cato e faz o mesmo que fez comigo. Vejo Cato vindo em minha direção então meu coração acelera não sei o que farei quando ele se aproximar, não sei o que irei lhe dizer, não sei quais são as palavras que ele irá me dizer, não sei o que fazer, a única coisa que sei é que tomei minha decisão e não posso mudá-la.

– Clove – ouço a voz grave de Cato soando ainda a alguns metros de distância – sobre o que eu disse agora pouco, foi... foi um pouco precipitado, sem falar que isso acontecer nas condições que estamos é meio impossível, espero que entenda

Engulo seco então sorrio – Claro – digo assentindo – entendo perfeitamente.

– Que bom – ele sorri então passa seu braço sobre meus ombros me deixando extremamente próxima a ele – Vamos subir.

***

Ouço batidas em minha porta, me sinto um pouco tensa a hora de ir para a arena se aproxima, levanto-me da cama e vou até a porta quando a abro me deparo com Cato.

– Oi – ele diz.

Saio da frente para que ele possa entrar, ainda está um pouco cedo então me pergunto o que ele está fazendo em meu quarto.

– Já está na hora de irmos? – pergunto.

– Ainda não, mais nós vamos um pouco mais cedo.

Nós nos sentamos em minha cama e ficamos conversando por um longo tempo, Cato parece ser legal e simpático ele possui um bom papo, então isso deixa minha cabeça mais confusa e volto a me perguntar ele está somente interpretando ou esse garoto realmente é o Cato de verdade?

– Então você já está pronta? – Cato pergunta.

– Ainda preciso trocar de roupa e tomar um banho rápido você me espera aqui?

– Claro.

Vou para o banheiro e tomo um banho um pouco mais demorado que o de costume, deixo que a água morna molhe todo o meu corpo deixando ele aquecido e me fazendo relaxar, lavo meu longos cabelos negros, então após alguns minutos saio do banho totalmente relaxada, seco meu corpo e coloco a roupa que deverei usar na arena.

Quando saio do banheiro me deparo com Cato segurando a seringa de sedativo em suas mãos ele olha para a seringa e após isso me encara por alguns segundos – Então Hazel estava certa? Foi você quem sabotou meu teste Clove.