74 Edição Dos Hunger Games escrita por Felipe M


Capítulo 4
As lembranças começam a aflorar


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente gostaria de pedir desculpa pela demora, minhas aulas voltaram e eu não estou tendo tempo para escrever. Para vocês terem noção eu estou tendo aula até aos sábados, mais prometo tentar me esforçar para postar o outros o mais rápido possível.



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Deito-me na cama, ainda com o sorriso estampado no rosto, se eles pensam que podem me enganar estão totalmente errados, pois após todos esses anos de treinamento não aprendi apenas a controlar meu corpo, aprendi a mascarar minha língua e meus sentimentos para deixar eles a meu favor, aprendi que posso manipular as pessoas e fazer delas fantoches em minhas mãos. Aprendi que seres humanos assim como animais se deixam levar pelos instintos, ou como gostam de chamar... sentimentos.

Fecho os olhos e deixo que a escuridão tome conta de minha mente. Quando abro os olhos os primeiros raios de sol da manhã já estão entrando em meu quarto. Pego minha roupa tomo meu banho matinal e coloco meu uniforme de treino, hoje é o último dia de treino e preciso aproveitar ao máximo. Sou a primeira a chegar para tomar o grande e farto café da manhã que é oferecido todos os dias, quero estar aqui quando Cato e Hazel chegarem, quero olhar nos olhos deles e sorrir, fingir que já cai no jogo deles, quero ver a felicidade no rosto deles, para depois quando descobrirem a realidade fiquem perplexos e vejam que eu fui mais inteligente, vejam que sou eu quem vou ganhar, pois mesmo que Cato seja inteligente eu ainda estou um passo a sua frente e isso me traz muitas vantagens.

Começo a comer um waffel então Hazel aparece e senta-se na mesa em minha frente, ela sorri, observo seus grandes olhos azuis e sei como ela venceu a sua edição dos Jogos, foi fazendo estratégias manipulando os outros tributos, ela era esperta e era bela, mais ela não é a a única que pode fazer isso.

– Onde está o Cato? – pergunto para ela com o sorriso estampado na face.

– Estou aqui – ouço a voz grave de Cato chegando em meus ouvidos.

Olho para ele e dou um sorriso radiante, como se não nos víssemos e anos e tivéssemos um amor mais forte que todo esse tempo, então o calor invade meu corpo e meu coração acelera assim como todas as vezes que vejo Cato, já não sei mais o quanto de mim está interpretando e o quanto está dizendo apenas a verdade. Ele se senta em meu lado e retribui o sorriso.

– Bom como vocês sabem hoje é o último dia de treino, e nós temos que aproveitar ao máximo, temos que pensar no que vocês farão amanhã, – diz Hazel – pois vocês precisam tirar uma nota descente para conseguir mais patrocinadores, já que a ralé do 12 impressionou todos no desfile e tirou toda a glória de vocês.

– Eles ficam sempre juntos, trabalham em equipe, nós precisamos fazer o mesmo – diz Cato.

Olho para ele com um sorriso bobo e digo – Você tem razão precisamos nos unir mais.

Vejo a troca de olhares entre Hazel e Cato, vejo um mini sorriso se formando no canto de suas bocas, nós terminamos de tomar nosso café juntos, discutindo qual será nossa estratégia para recebermos uma nota alta.

Quando eu e Cato terminamos o café, saímos da mesa e vamos até o elevador, nós descemos até a sala de treinamento, quando chegamos lá os tributos dos distritos 1, 3, 5 e 8 já estão lá, vejo os tributos do distrito 1 e penso... Glimmer!

– Cato – digo – você não acha que devíamos nos juntar a eles? – digo apontando os dois

Ele olha pra mim e sorri – Nunca dei essa idéia antes, pois achei que você não ia gostar – diz.

– Bom quando mais ajuda melhor né.

Nós vamos até os dois e combinamos de que na arena iremos nos unir, como as pessoas gostam de nos chamar, seremos os tributos carreiristas. Começo a treinar, eu preciso incorporar a personagem então pego um arco e olho para Cato.

– Cato você pode me ajudar? – digo – Sabe nunca usei um desses. – sorrio quando ele se vira em minha direção, é claro que eu sabia usar, minha mira no arco e flecha era tão precisa quanto minha mira com as facas.

– Claro. – diz ele quando chega próximo a mim, ele fica atrás de mim e posiciona minhas mãos sobre o arco – Primeiro você deve segurar assim. – ele coloca as mãos sobre as minhas e me mostra como se deve encaixar a flecha, sinto seu corpo rosando o meu, sinto sua respiração quente em minha nunca, sinto seu corpo envolvendo o meu e uma vontade louca de jogar esse arco no chão virar e beijá-lo toma conta de mim, sinto vontade de tê-lo, de dizer que o amo. Mais não posso, não posso me dar esse luxo, preciso ganhar esses Jogos e voltar para meu distrito e isso inclui matar Cato – Agora é só você mirar e atirar. – ele diz, sua voz grave próxima a meu ouvido, seu corpo rosando o meu, sua respiração próxima em minha nuca é como uma droga que me vicia mais a cada momento. Mas o que? Por que estou pensando isso? Cato está tramando contra mim ele quer me matar tudo isso é uma mera encenação, a raiva invade meu corpo e solto a flecha ela atinge o meio do alvo, e então eu olho para ele. – Bom, parece que você já aprendeu – ele diz.

– Obrigada pela ajuda – sorrio.

Vejo Cato indo em direção a Glimmer, isso é ainda melhor do que eu esperava, eles estão rindo e treinando juntos, pego um flecha coloco no arco e miro exatamente no ombro de Glimmer a flecha passa de raspão fazendo um corte em seu ombro, o liquido escarlate começa a escorrer de seu ombro, ela olha para mim com uma feição de estrema raiva. A garota começa a correr em minha direção então no meio do caminho pega uma faca e joga em mim antes que eu possa me abaixar para me desviar da faca ela passa raspando em minha testa fazendo meu sangue escorrer assim como o dela, o liquido contorna meus olhos e escorre por toda a minha face. Após isso corro em direção a ela também, ela tem uma espada em sua mão e eu estou sem nada nas minhas, quando estamos quase frente a frente Marvel segura a garota e puxa ela para trás, Cato chega até mim e me segurar para me impedir que eu vá até ela, enquanto Marvel está arrastando Glimmer para fora dali, ela pega uma pequena bola metálica que usamos para fazer arremessos e atira em minha direção a bola acerta minha cabeça e eu caio no chão desmaiada.

O desmaio é momentâneo, a escuridão ainda toma de minha mente, mais já consigo a voz de alguém ecoando no fundo de minha mente... a voz de Cato. Quando escuto a voz dele uma lembrança chega em minha mente...

Garotas e garotos mais velhos que eu estão em volta de mim, eles riem de mim enquanto eu tento sair de dentro do latão de lixo, meu nariz sangra e uma dor excruciante toma conta de meu pequeno corpo “Vamos tampinha, você não alcança a saída do lixo?” escuto alguém falando, sinto as lágrimas escorrendo de meu rosto o odor está terrível e minha roupa está rasgada, quando finalmente consigo sair do lixo um garoto me empurra no chão e pisa sobre mim “Tem alguém aqui perto de mim? Eu não consigo enxergar aquela anã” Eu dou vários gritos de dor, os hematomas da semana passada ainda estão em meu corpo e eles fazem com a dor fique mais intensa. O garoto sai de cima de mim e diz “Opa eu não te vi tampinha, foi mal.” Começo a me levantar então ele me joga no chão novamente, quando chego ao chão escuto a voz de um garoto dizer “Por que não mexe com alguém do seu tamanho?” quando paro de chorar e o foco de minha visão retorna vejo um garoto loiro, de olhos azuis ele é dois anos mais velho que eu ele parte para cima do outro garoto...

– Clove? Clove? Acorda! – retorno para o sala de treinos com Cato gritando meu nome e chacoalhando meu corpo, minha visão retoma o foco, novamente vejo aqueles lindos olhos azuis, os mesmos olhos de quando era criança eles não mudaram em nada. Quando olho diretamente para ele, ele sorri e diz – Você está bem, não se preocupe irei cuidar de você – por um segundo me sinto bem, me sinto segura, quando me lembro de Cato está tramando contra mim tudo vai embora, o sentimento de segurança, as lembranças ainda confusas e incompletas em minha mente. Lembro que Cato já não é mais aquele garotinho, ele mudou e está totalmente transformado, ele foi treinado para não sentir compaixão, percebo que invés de manipulá-lo eu é quem estou sendo manipulada por meus sentimentos, sou que quem estou me tornando um fantoche nas mãos de Cato, sou quem estou me tornando um selvagem deixando-me ser guiada pelos meus sentimentos do passado.

Saio dos braços de Cato e fico sentada no chão, olho para o rosto dele e ele sorri para mim – Você está bem – ele diz – os médicos já estão vindo te atender. – Sorrio para ele e uma idéia passa por minha cabeça, por mais que Cato faça parte do meu passado nesse momento ele é meu inimigo e eu preciso prejudicá-lo, e por isso começarei amanhã sabotando o teste dele, afinal nenhum patrocinador irá querer patrocinar um tributo com notas baixas certo?



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Notas finais do capítulo

Bom espero que tenham gostado :D Não esqueçam de comentar o que acharam.



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