Pov. Bella

Sai do quarto da suíte de Esme com passos firmes querendo sorrir e ao mesmo tempo gritar. Beijar o Edward foi muito mais do que eu esperava. Foi quente e suave, amargo e doce, não sei explicar. Nunca senti meu coração bater tão forte antes. Infelizmente era Edward. Poderia ser qualquer um, e foi ser logo com Edward. O arrogante pretencioso que acha que tem um rei na barriga não poderia arrancar suspiros tão pesarosos do meu peito. Já na minha suíte me joguei na cama e sem respirar, viu tudo se passando em minha cabeça como um flashback. As caricias, a proximidade do meu corpo ao dele, o “beijo”. Lembrei que deveria respirar e o suspiro saiu mais alto do que de costume.

– DOGRA BELLA, É O EWARD! NÃO PODE SENTIR ISSO POR AQUELE... AQUELE... IDIOTA! – disse gritando feito uma louca para mim mesma.

Sem que percebesse a porta se abriu e levantei em um pulo ao ver que Carlisle estava em minha suíte.

– É... desculpe-me Bella. Eu deveria ter batido. – Sem graça e com um sorriso meio torto no rosto como o filho pôs as mãos no bolso. “Tal pai, tal filho”.

– Tudo bem Carlisle, não tem problema. Então... – ele se aproximou um pouco fechando a porta.

– Bem, vim falar de James, ele quebrou mesmo umas costelas. – Fiquei aérea, ouvia e ao mesmo tempo não ouvia o que ele dizia.

– James? – perguntei, deixando Carlisle surpreso.

– James foi agredido. Deus Bella, como não se lembra? – fiquei envergonhada e tratei de dar logo uma explicação.

– Não... Eu quis perguntar como ele esta. Me desculpe, e que estou muito eufórica, já soube da novidade? – mudei de assunto esquecendo totalmente de James.

– Você e Edward estão juntos? – sorriu e abaixou a cabeça.

– O QUE? NÃO! – sorri sem graça e rindo como uma louca.

– Desculpe, supus errado então. Qual a novidade? – perguntou Carlisle curioso.

– Você vai ser vovô. – seus olhos quase saltaram de suas orbitas e seu sorriso não cabia mais no rosto.

– Não brinca? Esta gravida? – perguntou brincalhão sabendo que iria ficar irada.

– CARLISLE! Claro que não! É Alice sua nora lembra? – ele sorriu e sinalizou com a cabeça.

– Eu sei. Só estou brincando. – Ficou feliz. – Bem vou falar com Jasper. Ah, James quer muito que você vá vê-lo no hospital precisa conversar com você.

– Tudo bem. Vou sim. – Acenou com a mão e saiu meio que correndo do quarto.

“TA ESSE MOMENTO FOI MUITO ESTRANHO! Por que ele acha que eu estou com o filho dele? Deve ser por que eu realmente demonstro isso. Não quero que as pessoas vejam que estou tão interessada. Já chega, operação ante-edward em ação”.

“Mais por que querer fugir do que eu tanto quero?” “Ah, quer saber? Vou é aproveitar o momento daqui a alguns dias eu nunca mais vou ver ele mesmo”.

Troquei de roupa, me produzi um pouco e sai da suíte com intenção de ir ao hospital que James estava. Sai pelas portas do hotel e peguei o primeiro taxi que passou. Queria ir logo ver aquele encosto e saber o porquê dele ter apanhado. Estava feliz por James não mexer nem um pouquinho comigo, não mais.

Pov. Edward

Procurei-a em todo o lugar, dei uma volta no hotel todo e nada de “Swan”. Já estava ficando preocupado. Será que meu beijo foi tão ruim assim? Depois de ficar horas procurando-a sentei no restaurante por volta das cinco e meia da tarde. Carlisle que já estava sentado ficou falando meia hora do quanto estava gostando da ideia de ser avô, e eu quase não o ouvia.

– Edward? – Meu pai me fitou por segundos antes de começar a rir. – Esta parecendo a Bella.

– Bella? O que tem ela? – minha atenção agora era toda para ele já que o assunto me interessava.

– Esta tendo algum tipo de relação com ela filho? – Não fiquei tão surpreso com a pergunta já que realmente algo entre mim e ela estava acontecendo.

– Não pai, eu e a Bella somos... Apenas conhecidos. – Conhecidos... Não gostei da ideia.

– Sei, Acho que esse “conhecidos” vai mudar a qualquer momento. – sorriu.

– Não pense bobagens Bella e eu... – senti uma mão apertando meu ombro com força.

– O que tem eu? – Swan falou entre dentes.

– NADA! – disse meio que gemendo já que a neurótica apertava meu ombro com força.

– Não se preocupe Bella, Edward não gosta nem um pouquinho de você. – Carlisle usou um tom tão irônico que nem uma pessoa surda não perceberia que ele queria dizer totalmente ao contrario.

– Sei. James estava meio drogado mais me contou o que ouve. – disse se sentando em uma cadeira. “JAMES”?

– Você foi ver o James? – perguntei sem pensar. E a vi me olhar sem graça.

Deu de ombros.

– Então Carlisle, ele me disse que uns homens o confundiram com um tal de caçador que anda por Las Vegas pegando as mulheres casadas. Bem a cara dele. – seu sorriso me tranquilizou.

– Os policias disseram-me que foi uma briga em um bar. Ele estava dando encima de uma mulher comprometida. – Meu pai fez um sinal com a cabeça de reprovação.

– Ele vai ficar alguns dias lá, acho que sai antes do casamento da Alice. – Bella levantou-se.

– Vai embora? – Ela me olhou nos olhos e depois olhou para Carlisle. Supresos com a pergunta os dois me olharam.

– Estou um pouco cansada. Vou descançar. Boa tarde. – saiu quase que correndo. Meu pai com um sorriso malicioso no rosto me encarava.

– Vai embora? Edward? Meu Deus filho esse garota te tira mesmo do chão. Não pode demonstrar grandes interesses, se não elas fogem como ela acabou de fazer. – sorri debochado.

– Quer mesmo ensinar o padre a rezar missa? – ele sorriu sem ter o que dizer.

Mesmo sabendo que ele tinha razão o que eu poderia fazer, estava louquinho por ela. Queria ter minha Swan a todo instante.

“Ok! Se concentra, não pode demonstrar tanto interesse, cara. Indiferença mata qualquer garota. Então, sem dar muita ideia para Bellinha, ela merece um castigo”.

Sai do restaurante e fui direto para minha suíte. Jasper estava jogado na cama com um sorriso babaca no rosto. O que me fez rir.

– Você esta parecendo um idiota sabia? – disse me jogando na cama ao lado.

– Quando virar papai vai se sentir um idiota também. – disse com a voz meio mole. – Então queria ter pedir algo, agora que a Alice esta gravida queria informar que a Bella vai dormir com você toda a noite. Decisão da Alice, acho que ela esta contando para Bella agora.

– Acho que a Bella não vai gostar. – Jazz olhou para mim desconfiado. – Ela é complicada demais cara. Eu a quero com todas as minhas forças, mais ela simplesmente se recusar a deixar o orgulho de lado.

– Você esta apaixonado? – Jazz foi se sentando bem devagar. – VOCÊ ESTA APAIXONADO, EDDIE. SEU GAY!

– Claro que não Baitola. Eu só falei... Ai merda. – Ele gargalhava como uma hiena.

– Não fala desse jeito desde... desde o colegial. JESSICA! – ele gargalhava como um louco. – Foi com ela que você perdeu a virgindade né?

– Para Jazz não me faz lembrar a estranha da Charlene. Aquele canhão fez tudo direitinho? – Ele deu um pulo da cama onde estava para a minha, e começou a me dar socos. Eu ria freneticamente.

Depois de dez minutos brincando como duas crianças, estávamos exaustos jogados no chão.

Pov. Bella.

– Não Alice. Eu vou ficar com Rosie, ela vai deixar. Emmet fica com Edward. – disse sentada na cama, não aceitando muito a história.

– Bella, vai ficar super chato. Rosie quer ficar com o namorado e eu também. Deixa de ser chata! Se não dormir no quarto do Eddie vai dormir no do James. – Boa ideia.

– É, ele esta no hospital eu posso pedir a chave para ele, enquanto ele não volta. – disse feliz e infeliz com a ideia.

– Ah claro, ele vai adorar saber que você vai estar esperando ele na cama seminua. – rir, mas Alice estava seria.

– Ninguém vai ficar seminua Lice. Só vou dormir lá alguns dias. – ela bufou.

– Pode até ficar seminua, mais não no quarto do James. Jamais! Não estraga tudo... – Levantei vagarosamente.

– Estragar o que. – Ela ficou sem palavras. – Alice?

– Ai, esta todo mundo vendo que você e o Eddie estão doidos um pelo outro, dá pelo amor de Deus para você colaborar. APROVEITA MULHER! – Gargalhou, e eu fiz o mesmo.

– Você é muito suja! Ok, mais diz que insisti até a morte para que a troca não acontecesse. – Ela fez sinal que sim, sorrindo feito uma boba.

(...)

Depois arrumar tudo que podia na mala, fui saindo pelo corredor com a cara mais enfezada do mundo, para parecer que não queria estar ali. Entrei na suíte de Edward que estava com a porta aberta e sentei na cama perto da janela. Acomodei minha mala ao lado da cama.

– Bem-vinda a humilde residência. – Olhei para a porta do banheiro e Edward saiu ainda um pouco molhado com uma calça jeans e sem camisa, segurando uma toalha. Automaticamente minha boca entreabriu. Me virei olhando para janela e vi ele se aproximar.

– Só para informar, eu fui totalmente contra essa troca. – Notei com o canto do olho que ele já tinha se sentado em sua cama e eu estava de costas para ele.

– Fui informado, Alice me disse isso umas trezentas vezes. Bem, boa noite vou me deitar, o dia não foi muito bom. – Como assim não foi muito bom? Você me beijou seu otário.

– Boa noite. – abri a mala tentando fazer o máximo de barulho possível. Peguei um shortinho bem curto de dormir azul e uma regata meio curta. Fui em direção ao banheiro.

O banho foi demorado. Me sequei e vesti a roupa para dormir. Em frente ao espelho soltei os cabelos. “Ele vai esta dormindo, aposto”. Sai do banheiro e atravessei o quarto bem devagar. Para minha surpresa Edward me observava atentamente, com uma cara meio abobalhada.

– Não conseguiu dormir é? – ele sorriu torto e sentou-se na cama.

– Você faz muito barulho. – sentei de frente para ele. Nossos joelhos se tocaram.

– Vou ficar bem quietinha agora, ok? – sussurrei me erguendo em direção a ele, que ficou surpreso e sem ação.

Posicionando meus joelhos um de cada lado encachei minhas coxas em seu quadril. Ele chegou um pouco para trás melhorando a posição em que eu estava. Entrelacei meus dedos em seus cabelos perto de sua nuca e ele fez o mesmo, alisando minhas costas até chegar em meus cabelos e então beijei de leve sua orelha esquerda, dando pequenas mordidinhas. Suas mãos estavam agora firmes em minha cintura. O empurrei devagar para se deitar na cama e fiquei me apoiando em cima dele. Me afastei um pouco, e o encarei. Estavamos serios olhando nos olhos um do outro, encontrando na cor o desejo incontrolavel de estarmos juntos, assim, sentindo o halito quente um do outro. Seu cheiro era agradavel, seu corpo era quente. Segurando na minha nuca ele puxou um pouco meu rosto para o dele e nossos narizes se tocaram, ouviu um grunhido saindo de seus labios e isso fez-me arrepiar-se. Enfim, nossos lábios se encontraram, o beijo foi suave, provocante como o de mais cedo, senti o ritmo acelerar, lentamente senti ele tomar a frente da situação, fazendo eu me sentir vuneravel. Agora Edward estava mais ágil e me acaricia com vontade, me girou na cama se posicionando encima de mim, suas mãos percorriam meu corpo como se fosse propriedade sua. Uma de suas mãos desceu até minha panturrilha e segurando-a com força puxou-me para si, nossos quadris se juntaram rapidamente o que deixou as coisas ainda melhores, agora o beijo era rápido mais ainda sim cara vez mais provocante. Eu tinha tudo em mente mais não sei se conseguiria. Desviou seus lábios dos meus e sugou de leve meu pescoço, deu beijos suaves e então, eu lembrei o que tinha que fazer. Empurrei-o para o lado e me levantei. Tentando esconder ao máximo o quanto estava ofegante, fiquei de pé a sua frente.

– Você tem razão... O dia não foi muito bem. Nem para mim nem para você. Vamos dormir. – Ele que estava pasmo por eu ter o empurrado agora estava rindo. Pôs o travesseiro no rosto ainda deitado.

– Você sabe ser mal quando quer. – O som saiu como um grunhido, abafado pelo travesseiro. Sorri com a afirmativa.

– Eu sei. – disse toda metida.

Fui em direção à cama, me deitei. Virei para a janela e fechei os olhos. Ele que antes ria descontrolado agora só suspirava. Alto, me deixando sabe... Bem atiçada. “Ai Deus”.

– Boa noite Bella. – Sua voz era suave, carinhosa. “Ai que vontade de dormir naquela cama coladinha com ele”!

– Boa noite, Eddizinho. – A minha voz saiu meio baixa, quase um sussurro, ainda sim meio debochada. Ouvi-o rir baixinho.

Não sabia dizer o que estava realmente sentindo, só sabia que Edward era o que eu tanto procurei depois de ter ficado seis meses me culpando. Uma distração. É estranho falar assim, mas o nosso futuro era muito incerto. Provavelmente ele voltaria para a Philadelphia e eu para New York. Viveríamos nossas vidas e só nos veríamos em datas comemorativas, e olhe lá. Não poderia arriscar me sentir abandonada de novo. Ele estava me distraindo, e fazendo-me sentir as melhores sensações do mundo. Realmente ele me tirava do chão. Era do que eu precisava, me sentir desejada.

(continua)