Acordei no outro dia confusa e vi Gemma conversando com o médico. Estava enchergando tudo meio embassado e com uma voz fraca e lenta chamei Gem.

– G-Gemma...

– Kristin? Que bom que você acordou...

– Aonde eu estou?

– Num quarto de hospital...

– Ah.... - suspirei triste

– O médico disse que você não pode sofrer graves emoções mas eu tenho que te falar isso... Ele confundiu os exames, você não tem aidis! - sorrindo

– N-NÃO! AI MEU DEUS - sorrindo - QUE BOM! ISSO ERA A ULTIMA COISA QUE E...

– Mas você tá gravida, de 2 semanas, e é uma gravidez de risco. - me interrompeu dizendo na lata.

– GRÁVIDA? COMO ASSIM? GRAVIDA? GRAVIDEZ?

– É Kris... Grávida, gravidez, bebê, você, Harry, mamãe, papai. Parabens cunha! - sorrindo e acariciando minha barriga.

– PARABENS? GEM, VOCÊ TÁ LOUCA? Eu terminei, TERMINEI com o seu irmão, a gente não tem mais NADA! Ao não ser essa criança...

– Mas vocês não podem terminar assim! Cara, vocês mal começaram uma história! Vocês se amam, de verdade! Só eu sei o quanto Harry sofreu durante todo esse tempo que vocês se distanciaram e...

De repente Drew chega com uma cara não muito boa.

– Parabens, mamãe. - diz irônico

– Drew.... Vem aqui.

– Bom.. Eu acho que é melhor eu deixar vocês conversarem sozinhos porque o clima aqui não tá muito bom né? Tchau boos. - diz se despedindo

– Drew... Vem cá, eu...

– Você? Você é apaixonada por aquele idiota que só tá te fazendo sofrer que ainda te trai e te abandona com um filho na barriga, só. Coisa basica, né? - se aproximando da cama

– Não fala assim dele.

– E VOCÊ AINDA DEFENDE ELE? DEPOIS DE TUDO O QUE ELE FEZ? - num tom alto e irritado

– Drew... - pegando em sua mão - olha pra mim. Olha pra mim!

– O que é?

– Me desculpa e muito obrigado.

– Obrigado? Pelo quê?

– Por me aguentar, por ainda estar ao meu lado, por me esperar... Eu te amo.

– Mas não me ama como você ama aquele cara.

– Drew...

– Olha Kristin, eu tento mas eu não consigo. Não consigo parar de me importar com você, não consigo parar de me preocupar...

– Ei! Para...

– Parar de te amar? Bem que eu tento mas não consigo.

Nós apenas ficamos em silêncio por alguns segundos até que Harry bateu na porta.

Drew saiu bravo com suspiros irritados e tristes ao mesmo tempo.

Harry entrou na sala com um buquê de flores e se aproximou da cama.

– Oi Kris... - sorriu sem jeito

– Oi. - disse seca

– Olha... A gente tem muito o que conversar, e mesmo que não seja pra nós voltarmos, a gente precisa manter contato, por causa dessa criança. - disse soltando um leve sorriso e olhando para a minha barriga

– Não. Eu não quero. Eu não quero que essa criança saiba que tem um pai.

– Mas ela vai se perguntar, vai sentir falta, vai... Eu me sinto no direito de assumir.

– Mas eu não quero. A mãe dessa criança sou eu, ela está dentro de mim e eu decido o que quero ou não fazer com ela!

- Kristin, você está falando de uma CRIANÇA, não um objeto. É o nosso filho.

- Harry... Me deixa sózinha. Eu vou pensar.