E bem mais do que possa imaginar. escrita por ScissorsandCoffee, BeckandJade FC


Capítulo 1
Único.


Notas iniciais do capítulo

Então, espero que não me odeiem por não fazer o final "lá essas coisas..." Eu tentei de todos os modos, mas eu acho que não consigui achar algum bom de verdade para a história, obviamente se eu me inspirar novamente, eu venho aqui e mudo algumas coisinhas no futuro.
Boa Leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/252057/chapter/1

Eu nunca pensei que você

Seria aquele a segurar o meu coração

Mas você surgiu

E me tirou do chão desde o começo

Você colocou seus braços ao meu redor

E eu acho que é mais fácil você me deixar ir

Mas você coloca seus braços ao meu redor

E logo eu estou em casa

Espero que você veja por entre minhas barreiras

Espero que você me segure, pois eu já estou caindo.

--

Aquela briga obviamente me matou. Tudo foi na escola, no final das aulas, era eu, Beck e Cat. Ela começou a falar algo sobre “romance e felicidade...”Um filme que havia visto no sábado, eu revirei meus olhos e bufei.

- Algo que eu nunca fui capaz de experimentar. – Olhei para o Beck ameaçadoramente, então depois eu me arrependi. Ah, droga! Eu não queria dizer isso, realmente... Eu sempre fui feliz com ele, mas então o vejo hoje flertando com uma garota, logo depois de quase beijar Tori, é claro que eu não posso mais fazer nada... Ele não é mais meu. E isso me deixa com raiva... Mas, é impossível que ele já tenha me superado. Não tem como esquecer em um mês, um namoro de quatro anos. Não tem! Não é mesmo?

E o pior de tudo, é que o ver tão bem assim, enquanto eu estou destruída dói.

Ele dizia que me amava...

- Olha, temos mais coisas em comum do que imaginávamos. – Beck resmungou, enquanto olhava friamente para mim. Engoli a seco.

- Cale a boca. – Gritei, sem argumentos para vencer essa conversa. Cada vez que meu coração batia, eu sentia uma dor.

- Não. Sabe o por quê? Eu não quero mais ver minha ex agindo como uma cadela para cima de mim toda vez que alguém fala sobre romance, ou alguma coisa do gênero em nossa frente. Qual é o seu problema, Jade? Acha que consegue me enganar, ou enganar os outros tão fácil assim? Pois você está errando terrivelmente. – O tom dele foi áspero, como se lixasse as partes mais sensíveis do meu coração.

Segurei as lágrimas que estavam ameaçando transbordar, como ele ousa?

Isso me machucava. Senti a mão da Cat em meu ombro, ela disse algo sobre pararmos de discussão e continuarmos a andar. Eu precisava virar o jogo. Esse orgulho de vencer é meu.

- O meu  problema é ter um idiota flertando com todas as vadias o possível na minha frente, tentando de alguma forma me fazer ciúmes, sendo que também falha terrivelmente. – O imitei na última frase. Beck  olhou bem fundo nos meus olhos, eu olhei nos dele... E por um momento me perdi.

Me perdi na completa distração, felicidade e paz que eu poderia ter agora. Me perdi nos melhores devaneios e lembranças de minha vida... Me perdi no amor mais uma vez.

Eu queria que as coisas fossem diferentes, que eu pudesse ter ele de volta, ou começar minha vida do zero... Nunca ter me apaixonado. Qual era o meu problema? Cinco anos atrás “amor” era a última coisa que eu queria...  Até conhecer ele.

Ele me amou, me fez feliz, ele se tornou TUDO para mim, me colocou no alto e segurou meu coração com suas mãos... Depois, ele o despedaçou e o jogou no lixo junto a mim. Ele jogou minha vida fora, meu mundo... Minha felicidade. Ele jogou fora nosso amor.

Era como se ele estivesse me usado.

E eu ainda o amo apesar disso.

- Chega! Qual é o seu problema?- Ele perguntou, se aproximando. Mentalmente nos três demos graças a Deus pelo corredor e provavelmente a escola toda estiver vazia.

- Eu me pergunto o seu. Um dia, “Tudo bem, meu amor, eu te amo.” no outro me deixa do lado de fora da porta. Como você ainda pergunta o meu problema? – Eu gritei, falando coisas que estavam querendo sair a muito tempo.

- É quando você do nada muda. Muda completamente.Não é mais o que era. – Ele respondeu duramente. COMO ASSIM? Mudei? Não. Eu ainda sou eu, eu faço e falo habitualmente as mesmas coisas e ainda amo café e tesouras. Sou eu!

- E no que eu mudei, OLIVER? – Gritei. – Diga-me, já que sabe mais do que mim do que eu própria.

Ele suspirou, andando um passo para trás. Beck sussurrou, e pelo volume só eu pude ouvir. – Nossos momentos.

--

Aquilo ficou batendo em minha cabeça a tarde inteira, depois de ter me respondido Beck foi embora, era como se ele tivesse levado minha alma junto a ele. Como assim nossos momentos?

Realmente eu não me lembro de ter algo doce o suficiente com o Beck a um bom tempo, só lutas, lutas, brigas, brigas e discussões. Não temos aqueles momentos de paz a tantos tempos... Eu nem me lembro mais os últimos, sempre ocupados com a Vega vencendo tudo, e minhas reclamações sobre isso, depois gurias flertando com ele e eu brigando a noite inteira, fomos ficando cegos pela saudade do que éramos antes  em nossos peitos.

Aulas, provas, problemas,ensaios, inimizades, sexo, risos e discussões. Nada mas. Isso foi a nossa rotina durante meses.

Nada doce, romântico, fofo ou que mereça ser contado aos nossos filhos no futuro. Eu debochei, como se fossemos ficar juntos para termos filhos.

Abaixei minha cabeça, me encostando na janela... Permitindo meu corpo se esfriar com o gelo que tinha no vidro. Toquei minha testa em meus joelhos, enquanto meus braços envolviam minhas pernas. Eu estava tão vazia. Eu precisava dele. Eu necessitava dele... Por mais que as coisas fossem ruins... Com ele, elas melhoravam.

Ele tem razão...

Eu me tornei apenas a fantasma da garota  que eu era.

E isso foi por perder aqueles momentos com ele.

As lágrimas começaram a molhar minha calça.

- Por que não está aqui? Por que você teve que ir? POR QUE NÃO ESTÁ AQUI COMIGO? EU PRECISO- Solucei em meio aos meus gritos.- ... De você!

- TENTOU BEIJAR ELA POR QUÊ? – Gritei para o vazio. – O que tem nela que você não viu em mim?  Você a ama mais? Ela é perfeita não é?

As lágrimas transbordavam sem parar, eu não conseguia fazer aquela dor sair de mim junto com elas.

- Eu me lembro... – Solucei. – Eu me lembro que você me dizia que eu era perfeita... Que eu era perfeita de mais para você... Será que é isso? Será que você não me merece...? – Sorri tristemente, enquanto balançava a cabeça em negação. – É claro que não. Sou eu que não mereço alguém como você.

- Mas de a chance a uma louca como eu. De a chance para mim, eu faço tudo de novo... Eu prometo... Eu não brigo mais, eu não me enfureço... Poderíamos fazer o que você quiser, eu seria gentil... Só não me deixe sofrer.

--

A campanhia tocou alto. Uma, duas, três vezes. Suspirei e gritei.

- THOMAS ATENDE A PORTA! – Mas ai me lembrei que não tinha ninguém em casa. Acabei de vestir minha blusa e passei um pente rapidamente por  meu cabelo meio molhado por causa do banho, olhei para o relógio. 23: 31. Droga, quem seria?

Me aproximei da janela  e a chuva ainda caia forte lá fora, odeio isso... Deveria ser apenas trotes imbecis de doentes. Desci as escadas gemendo, enquanto procurava pelo menos transparecer um sorriso.

Eu li uma vez em um canto, que para mostrar aos outros o quanto é forte, sorria sempre por mais que as coisas estejam difíceis.Sei que é um clichê enjoativo, mas eu preciso usá-lo como dilema de vida para seguir em frente.

Já que ele não me quer mais...

Ou então não querer ver mais meus sorrisos.

Abri a porta furiosamente, com uma carranca no rosto pronta para gritar o que o imbecil tava fazendo a essa hora tocando minha campanhia. Mas minha boca ficou entreaberta e os meus olhos se arregalaram. Eu fiquei sem ações.

Era ele lá.

Molhado, lindo, em minha porta. Ele tinha seus olhos vermelhos, choro talvez? Uma dor me atingiu, logo depois o frio na barriga. O que ele queria?

- E-Eu... – Ele não sabia o que falar. - ... Sinto muito.

Abri um meio sorriso. – O que faz aqui?

Ele tirou da cobertura do casaco o que eu deduzi como uma caixa de bombons e uma tesoura nova. – É para você.

Sorri pegando o presente. – ... Obrigado.

Ele sorriu de volta. – Eu amo esse sorriso.

Corei, mas ai me lembrei de nossa situação. Eu queria que ele entrasse e passasse a noite comigo. Mas, eu tinha um orgulho lembra? Ele que me deixou do lado de fora da porta. Minha voz voltou fria. – O que você quer?

Ele engoliu a seco. Olhei atentamente para ele... Parecia tão bonito. Uh! Jade o que você está falando? Não, não. Ele te deixou do lado de fora, lembra? Ele quis que você ficasse em casa e nunca mais voltasse para ele.

- Você. – Beck suspirou. – Eu quero você.

Sorri. Parte por felicidade extrema que estava transbordando do meu coração, e outra parte por indignidade. Tentei forçar mais o de indignidade, para ele ver que eu não estava me derretendo com isso.

- Como? – Eu me fingi de desentendida, precisava ouvir isso de novo.

- Eu quero você. E me desculpas pelo que eu fiz... – O interrompi.

- Agora você acha que é assim? Chega de noite, ensopado em minha casa,com presentes e diz que me quer de volta. Como se nada houvesse acontecido antes? Como se você não tivesse jogado o nosso amor fora?

- Não fale assim... Eu sei que foi estupidez minha e que- O interrompi novamente.

- É claro que foi. – Meu tom engrossou. – Você jogou tudo fora, acha que pode voltar? Acha que depois de tanto tempo sofrendo, depois de toda a ilusão você acha que pode me ter de volta como quiser? Eu não sou um brinquedo Oliver. Você tem a Tori para isso, esqueceu?

- Jade, por favor. Não fale assim, dói ouvir isso. Tori? Você acha mesmo que eu quis ou quero alguém como ela? Jade, você sabe que não. Eu te amo, eu te amo tanto e nunca parei. – Ele suspirou. – Eu apenas não queria continuar te machucando, nos machucando com aquelas brigas estúpidas. Precisávamos ficar separados para pensar.

- E você acha que foi o bastante? – Gritei. – Acha que se voltarmos não brigaríamos? Você não terminaria de novo? Esperando eu voltar melhor, nós voltarmos melhores?

- Não é isso... Mas, por que não tentamos agora? Por favor. Podemos ver no que vai dar... Podemos tentar todos os dias, podemos voltar ao que éramos antes – Ele disse. – Ficar sem você, é impossível.

- É o que?

- EU PERDI VOCÊ. É ISSO! – Ele gritou, me surpreendendo... Eu não imaginava. – EU FUI ESTÚPIDO O SUFICIENTE PARA TE PERDER, JADE, O INFANTIL NESSA RELAÇÃO FUI EU, SEMPRE EU!

Ele suspirou, olhei em estado de descrença. O que?

- EU TE AMEI, EU TE AMO.Eu não aguentava as brigas, meu amor... Eu não conseguia mais suportar... Eu achei que se déssemos um tempo, não estaríamos tão ruim no futuro.

- Então por que simplesmente  não falou comigo? Teve que me humilhar na frente de todos? Me deixar naquela varanda fria, com lágrimas nos olhos e o maldito do meu coração ferrado? Você acha que isso melhoraria nossa relação?

- ...Eu não teria coragem de terminar com você, não por que você é cruel ou pode me assassinar em uma madrugada fria... – Ele sorriu secamente. - É por que eu não conseguiria fazer isso com você, comigo, com nós. – Ele deu um tempo. – Eu não teria como fazer isso. Eu percebi que você é a única que eu gostaria de passar o resto da minha vida, Jade... Olhe só para mim, eu não aguento nem um mês longe de você. Mesmo que às vezes eu diga a mim mesmo que posso viver sem você, lá no fundo eu sei que é uma mentira... – Ele olhou nos meus olhos. - Aproveitei nossas brigas, e no dia em que você disse aquilo...No último número, eu desisti.

- Desistiu de nós e agora quer reatar? – Eu perguntei.

Ele assentiu. – Desculpe-me pelo que fiz.

Voltei um passo para trás, com as pernas bambas. Ele estava me pedindo desculpas.

- Você quis a Tori, você beijou ela.

- Quase beijei.

- Se ela não tivesse te impedido. – Rosnei. Ele suspirou.

- Eu fui tolo. – Beck sorriu fracamente. – Eu pensei que assim, de alguma maneira, tendo a Tori comigo, pudesse te fazer ciúmes e então você voltaria para mim.

- Com a Tori com você? – A descrença pingava de minha voz.

- Ela é uma amiga, como uma irmã para mim... Seria horrível ter ela mais do que isso, Jade... No último segundo, antes de ela me impedir, eu tive em mente que isso seria loucura e insuportável, que eu não conseguiria fazer isso, e que esse não era o melhor jeito de ficarmos juntos.

Resisti a vontade de sorrir e revirei os olhos. – Bom para você.

Ele chegou mais perto de mim. – Eu amo você. Por favor, volta para mim?

Suspirei e eu estava indo fechar a porta, na cara dele. Quem ele pensa que é para fazer isso? O amor da minha vida. Sim, mas não significa que eu não jogarei duro e acertarei até o último lance. Ele primeiro precisa pagar para me ter de volta. Sorri com o pensamento de que ele ainda me amava, agora eu tinha algum motivo para sorrir antes de dormir, sempre tendo esperanças de que no dia seguinte poderia voltar para ele. Antes que eu pudesse ter a noção de algo, ele foi rápido e me puxou pela mão, senti meu corpo sendo puxado com força e ao mesmo tempo delicadeza . Então eu tropecei em meus próprios pés, e sem equilíbrio, caímos da varanda. Começamos a rolar na grama fria e molhada, enquanto a terra nos sujava e a chuva caia na gente.

Riamos sem parar. Eu estava tão feliz. Com aquela sensação boa preenchendo meu coração, e me deixando satisfeita ao saber que eu estava completa mais uma vez, mesmo ainda não formando um casal.

Sentir seus braços ao meu redor, me puxando para ele, para o corpo dele. Sentindo o cabelo dele, as mãos dele, a respiração dele. Sentindo a vida dele. Senti o calor de seu corpo me esquentando, minha alma voltando para mim.

Em um momento depois, eu estava tão encharcada quanto ele, e ambos estavam sujos de lama. Logo que paramos de rolar pelo chão e rir, meu corpo estava em cima dele e suas mãos me puxando para perto pela minha cintura, nossos rostos estavam a milímetros de distancia,  os olhos dele caíram sobre os meus e os meus nos dele.

Eu me perdi novamente no amor.

Ele se inclinou e me beijou.

Um beijo intenso e apaixonado, com toda a saudade e a  felicidade que poderia existir, com tudo que queríamos dizer naquele momento, mas não poderíamos, com toda a vontade de ficarmos juntos mais uma vez. Com toda a esperança de ter um futuro só nosso.

Ele começou a passar as mãos ao redor de meu corpo, enquanto eu explorava sua boca, e minhas mãos bagunçavam seu cabelo molhado, eu sentia o beijo ficando ardente, e ele intensificando cada vez mais. Agora o desejo um pelo o outro invadia nossas mentes.

Beck se levantou e me pegou no colo, tão perto de mim em que nenhum momento quebrou o beijo. Ele murmurava algo sobre me querer de volta, que eu voltasse para ele, pois ele não aguentava mais. Quando a falta de ar veio, ele selou pequenos beijos em meu pescoço, fazendo-me sentir viva mais uma vez. Gemi quando ele depositou um chupão em meu pescoço, certamente ficaria uma marca vermelha lá por algumas semanas, mas eu nem me importei. Seguimos em direção ao meu quarto, mesmo sabendo que poderíamos fazer em qualquer canto da casa.

Beck me encostou na parede, enquanto entrelacei minhas pernas em sua cintura, ainda o beijando. Continuamos nossa ida até meu quarto, e nossos beijos ficaram cada vez mais quentes. Eu arranhava as costas dele, e ele passava a mão por debaixo de minha blusa.

Senti sendo jogada de uma maneira selvagem na cama, sorri enquanto o puxei pelo colarinho da camisa. Antes que ele pudesse tomar o controle sobre mim (mais uma vez) eu me virei e fiquei em cima dele, sussurrei em seu ouvido.

- Nesta noite, você é meu e eu sou sua...

                                                                  --

Acordei com o sol iluminando meu rosto. Sorri ao me lembrar imediatamente da noite passada, e senti apenas a camisa do Beck em meu corpo. O cheiro dele era tão bom...

Um outro sorriso se formou em meus lábios, e me virei para o lado na esperança de vê-lo.

- Bom dia, baby... – Ele beijou minha testa. Sorri para ele.

- Bom dia. – Encostei minha  cabeça na curva de seu pescoço, e ele passou uma mão em minha cintura, encaixamos nossos corpos e suspiramos em felicidade. Tudo parecia tão perfeito para ser verdade.

Ele ficou tenso. Eu olhei para ele.

- O que foi?

Beck levou a borda da sua camisa que eu vestia, para cima revelando minha cintura com alguns arranhões e marcas vermelhas.

- Jade! – Ele se inclinou, me olhando seriamente.

- O que? – Eu perguntei confusa.

- Eu te machuquei, por que não me disse isso? – Ele parecia preocupado.

Eu ri e dei de ombros. – Eu não me importava.

- Mas olhe só... Você... Eu te arranhei. Por que não avisou? – Ele perguntou.

- EU também te machuquei. – Eu apontei para o peito dele com marcas das minhas unhas. – E isso aqui. – Apontei para minha cintura. – Não é nada...

- Como não é? – Ele perguntou. – Eu te machuquei, você deveria ter me avisado... Não percebi que estava causando isso.

- Estava muito ocupado se divertindo não é? – Ri maliciosamente. Passei minha mão no cabelo dele. – Tudo bem, eu estou bem e logo isso passa.

Ele suspirou, sabendo que havia perdido a discussão. Beck sentou-se e me puxou para ele, ficamos assim mais alguns minutos.

- Eu ... Estou feliz, que tudo tenha voltado como era antes. – Eu admiti. Senti ele sorrindo, pela alteração da sua respiração em minha nuca.

- Eu senti saudades de você. – Beck beijou o topo da minha cabeça, sorri em agradecimento.

- ... Pensei que nunca mais te teria... Obrigado. – Eu fechei meus olhos, pude sentir ele pegando em meu cabelo, brincando com os cachos.

- Pelo o que? – Ele perguntou.

- Por não desistir tão fácil de mim... – Sorri. Ele também sorriu e beijou novamente minha cabeça.

- Eu nunca desistiria de você. – Grunhi quando ele disse isso.Ele sorriu. – Bom, não mais... Na verdade, eu nunca desisti... Apenas precisei de um tempo

- Um tempo que poderia ter pedido apenas falando comigo. – Fui fria dessa vez.

- Jaade... – Ele suspirou. – Já conversamos sobre isso. E alias você nunca aceitaria.

- Como sabe?

- Eu te conheço. – Ele riu. – Sei que não permitiria eu me afastar de você.

Corei. – Claro que não é verdade. Como ousa dizer isso Oliver?

Ele riu pela milésima vez hoje, senti uma de suas mãos por cima da minha. Aquele sim era um momento que eu estava lutando para conseguir... Ou que então, estávamos precisando a um bom tempo. Novamente, aquela perfeita manhã fria, em que eu me aconchegava nele e ele passava a mão em meu cabelo, dizíamos coisas fofas um para o outro, até dormimos novamente com um sorriso no rosto. Eu sei, isso é tão clichê... Mas a culpa não é minha, é apenas o Beck que me torna assim... E eu estou tão feliz por estar sendo clichê novamente.

- Senti falta de rolar na grama com você. – Ele sussurrou.

Ri. – Fazíamos isso sempre que caímos no chão, em qualquer lugar.

- Automático.

Concordei. – Automático.

Ficamos mais um tempo em um silêncio confortável, era tão bom. Dizíamos que estávamos bem com isso, apenas com gestos ou ações. Não abríamos a boca para falar algo, ou dizer o quanto estava bom. Era um de nossos momentos doces, raros, porém vividos sempre quando estávamos juntos.

-  Eu te amo. – Finalmente falei, era algo que eu precisava dizer. Estava entalado em minha garganta desde o dia em que terminamos.

Ele sorriu. – Eu te amo. E bem mais do que possa imaginar...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam disso?
Espero dicas e reviews. Okay?
Até mais ♥