O Pesadelo escrita por Fenix
Freddy volta a superfície,ele olha para janela a cima.
- Pode pular – Diz Freddy.
- Ai meu deus... – Diz Narayani, passando a perna para fora da janela, Tammy a segurava pela cintura.
- Anda logo – Diz Freddy.
Aline enxuga o cabelo em frente ao espelho, ela vira-se e agacha para pegar a roupa, portanto avista uma sombra passar devagar por debaixo da porta, ela vira um pouco a cabeça estranhando.
Narayani está sentada na janela olhando com medo para piscina, Freddy está alerta olhando para os lados. O vento frio movia o cabelo longo de Narayani, ela respira fundo.
- Calma, é só prende a respiração – Diz Tammy – Você consegue!
- E se ele estiver lá embaixo? – Pergunta Narayani.
- Ele não vai estar, mas precisa pular agora – Diz Tammy, controlando seu desespero.
- Cadê o Felipe? – Pergunta Narayani – Ele pode estar em perigo.
- Eu vou pegá-lo, agora pule – Diz Tammy.
Narayani põe a mão no nariz e salta, ela cai em frente a Freddy, desesperada tenta voltar a superfície, Freddy submerge e a ajuda.
- Calma, vamos sair – Diz Freddy, puxando-a para borda.
Tammy vira-se rapidamente para porta, correndo até ela, abre a porta e vai para o corredor, Tammy chega ao quarto de Felipe, não havia ninguém, suspeitando de que ele estava debaixo da cama, ela corre até a cama e agacha-se.
- Felipe! – Ela murmura ao puxar a coberta.
Não havia ninguém lá, ao levantar-se o tronco, Felipe está em pé atrás dela. Ela o avista pelo reflexo da janela, antes que pudesse fazer algo, ele atravessa o facão em sua garganta, Tammy arregala os olhos, põe a mão na ponta da faca e cai morta no chão, Felipe fica parado por uns instantes. Aline põe seu vestido branco com detalhes verde claro até um pouco acima dos joelhos, enquanto penteia o cabelo, leva seu olhar para seu celular, que estava com a tela piscando, Aline o segura.
“1 mensagem não lida”
Embaixo o número do celular de Tammy, ela abre a mensagem.
“Saia da casa,tem alguém aqui”
Aline arregala os olhos rapidamente, sua respiração fica forte, devagar vai olhando para porta, ela da um passo para frente, estica a mão e segura a maçaneta, em seguida a gira devagar. Do corredor, a porta abre cautelosamente, Aline analisa e não avista ninguém.
Logo sai do banheiro, depois de alguns passos, depara-se com Cláudia no chão e uma poça de sangue saindo de sua boca.
- AAAAAAAHHHHHHH – Grita Aline, horrorizada, ela vira-se ofegante e encontra sua mãe no chão – Mãe... – Ela corre até ela, chegando, observa o corte em seu pescoço, logo afasta-se – Não... Não...
Ela olha para trás ouvindo passos, logo levanta-se e corre para o quintal, ela avista Narayani e Freddy correndo até ela.
- O que houve? – Pergunta Aline, chorando – Quem está aqui?
- É um garoto... Ele matou todo mundo – Diz Narayani chorando.
- MÃÃÃÃÃE – Grita Freddy ao vê-la.
- Rápido, rápido, saiam daqui – Diz Aline, levando-os até a porta.
- Mas e você – Pergunta Narayani – O Felipe e a Tammy estão lá em cima.
- Droga! – Diz Aline – Eu vou buscá-la, saiam daqui e peçam ajuda... Rápido!
Freddy puxa Narayani, eles saem correndo da casa gritando por ajuda. Aline fecha a porta e vira-se para a escada. Logo a sobe correndo e chega ao corredor, Aline observa a porta de seu quarto aberta, então corre em sua direção, ela não avista o corpo de Tammy no quarto de Felipe.
Aline põe a mão em sua porta e a empurra cautelosamente para parede, ela observa a janela aberta e corre até ela, olhando para baixo analisa a piscina, quando vira-se depara com Felipe na porta.
- Felipe?! – Ela corre até ele e o abraça – Você está bem? Porque está usando essa máscara?
Ele fica quieto lhe encarando.
- Felipe... Eu to falando com você seu idiota! – Diz Aline, nervosa.
Felipe segura seu braço na altura do ombro e enfia o facão em seu abdômen.
- AAAHHH – Grita Aline, ela arregala os olhos.
Felipe retira o facão, Aline fica ofegante com a mão na ferida que sangrava bastante, ela olha para ele.
- Seu bastardo, retardado – Grita Aline.
Ela o empurra para o lado e corre para o corredor, sempre com a mão no abdômen, Aline bate contra a parede chorando muito, ela vai se apoiando devagar, depois de alguns passos, olha para trás, Felipe sai do quarto.
- NÃÃÃÃÃÃÃOOOO – Grita Aline, desesperada.
Ele caminha até ela, Aline vai se arrastando devagar, ele passa o facão em suas costas.
- AAAAHHHHH – Grita Aline com o corte.
Em seguida ele passa novamente, Aline fica de joelhos com muita dor, o sangue vai escorrendo por suas costas. Felipe passa o facão várias vezes, ela apoia os braços no chão.
- AAAAAHHHHHH – Grita Aline, chorando – AAAHH... AAAHHHH...
Seu corpo estava todo escorrido de sangue, ela não para de chorar de tanta dor. Felipe enfia a faca em suas costas, ela cai no chão chorando, até que sua mão para de mexer.
Ele a observa por alguns segundos.
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Na mesma noite, Felipe está sentando na escada em frente a casa comendo bombom quando a polícia chega. Os policiais observam o garoto sentando com uma expressão tranquila, eles entram correndo e observam todo o massacre.
Minutos depois todas as redes de televisão já estavam no local, a casa é cercada por uma fita da polícia.
- Está gravando? – Pergunta o repórter – Está noite, um garoto de 14 anos conseguiu matar toda a sua família... Muitos acreditando que ele teve um surto psicótico depois de tantos maus-tratos... A polícia deixará o garoto, conhecido como Felipe Machado, preso em um hospital psiquiátrico... 6 pessoas morreram brutamente esfaqueadas e torturadas...
Felipe vai sendo levado para dentro do carro da polícia, ele olha para o repórter.
- Esse garoto precisará de muita ajuda!
Felipe da um sorriso de canto.
2007
27 de Outubro - Faculdade Universitária de Santa Bárbara.
Uma garota de cabelo castanho, blusa branca com casaco curto rosa, calça jeans e botas curta preta, caminha em direção a porta da universidade.
- Ei Nara!
Narayani vira-se e observa Kerry se aproxima correndo.
- Tudo bem? – Ela pergunta, abraçando-a.
- Sim! E você?
- Estou tentando arranjar o trabalho de hoje – Diz Kerry.
Narayani da uma risada, elas caminham para dentro da universidade.
- Esqueceu de novo?
- É só sociologia... Ninguém liga pra essa matéria – Diz Kerry.
- Ta bem, você que sabe! – Narayani sorrir – Vai estudar hoje a noite?
Elas param em frente ao armário, Kerry encosta-se de costas, Narayani o abre e guarda sua mochila.
- Não... Eu estou marcando de passar a noite com o Drake!
- Com o Drake? – Pergunta Narayani.
- É... Dizem que ele faz loucuras na cama – Kerry da uma risada.
Narayani sorrir negando com a cabeça, ela pega um livro e o fecha.
- Agora já sei por que não fez o trabalho.
- Não foi por isso – Diz Kerry, rindo – Ta, talvez sim... Mas não com o Drake!
- Qual é? Tudo pra você é sexo?
- Não... Sociologia não é!
Narayani da uma risada, Freddy vira o corredor e caminha até sua irmã.
- Bom dia garotas – Diz Freddy.
- Oi! – Responde Kerry.
Ele passa por elas com um sorriso, Kerry o admira.
- Seu irmão é um gato – Diz Kerry.
- Ke-kerry!
- Que foi? – Elas riem.
- Que isso?! – Narayani vira-se, Kerry a acompanha.
Jonathan sai da sala de aula e caminha até Narayani.
- Oi amor! – Eles se beijam.
- Oi Jonathan – Diz Kerry, acenando.
- Oi Kerry – Ele ri.
Jonathan põe o cabelo de Narayani atrás da orelha, ela da um sorriso.
- Nara eu... To te esperando na sala – Diz Kerry – Tchau Jonathan!
- Tchau! – Ele sorrir de canto.
Narayani fica admirando aqueles olhos azuis claros, ele envolve seus braços em sua cintura e a puxa para perto.
- Então, como foi a noite?
- Chata! – Ela diz – Não tinha nada pra fazer, nada de bom na TV!
- Porque não me ligou? Eu podia dar uma passada na sua casa – Diz Jonathan.
Ela sorrir.
- Não... Jonathan combinamos que não íamos fazer agora – Diz Narayani.
- Tudo bem, tudo bem... Você que sabe – Ele levanta os braços, depois os abaixa – Eu não vou te pressionar.
- Obrigada! – Ela o beija – Vamos pra aula!
Eles caminham pelo corredor de mãos dadas.
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Nathan está na sala do diretor, sentado na cadeira em frente a sua mesa.
- Será possível? – Diz Keron, inconformado.
Nathan folga-se na cadeira.
- Bomba no banheiro das meninas? O que você tem na cabeça? – Pergunta Keron – Olha Nathan, sei que esses últimos dois meses não tem sido fáceis pra você, mas isso não é jeito de superar.
- Admita foi engraçado – Diz Nathan.
- Não vou tolerar outras de suas graçinhas moçinho – Diz Keron, ele senta na cadeira – Outra de suas piadinhas e estará fora desta universidade!
- Tudo bem... Eu não farei – Diz Nathan.
- Assim espero! – Keron passa a mão na cabeça – Agora saia daqui!
Nathan se levanta, pega a mochila e retira-se da sala.
- Esses moleques – Diz Keron.
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Narayani senta na última cadeira da sala perto da janela, ao olhar para o lado, Bruna Mozzi senta ao seu lado.
- Oi – Ela diz.
- Oi!
- E ai?! Vi você falando com o Jonathan hoje – Diz Bruna.
- É!... Ele tocou no assunto de novo – Diz Narayani.
- Você não pode ficar se protegendo toda hora Nara... Liberte-se, divirta-se... – Diz Bruna – E aproveite para agarrar o gato que está namorando!
- E como está o Nathan?
- Ele foi pra sala do diretor, soltou bombinhas no banheiro feminino – Diz Bruna.
- Ele fez o que? – Narayani da uma risada.
- Pois é... Mas falando sério, ele ta um pouco abalado agora... – Diz Bruna.
- O que houve?
- A mãe faleceu faz dois meses e ele ainda não superou – Diz Bruna.
- Imagino... Sei como ele esta se sentindo – Diz Narayani.
A professora entra na sala de aula, ela põe a bolsa na mesa e pede para que todos abram os livros. Narayani agacha-se e pega seu livro de história, ela o põe na mesa. Kerry chega atrasada na sala.
- Desculpa professora – Ela corre para cadeira em frente a de Narayani.
Drake a observa correr e sentar.
- Me atrasei um pouco – Murmura Kerry.
Narayani inclina-se para frente.
- Porque chegou atrasada?
- Tava ouvindo uma conversa dos garotos – Diz Kerry – E parece que Freddy não vai passar a noite em casa.
- Olha, o que o Freddy faz... Quero dizer, ele é meu irmão, mas não ligo pras coisas dele – Diz Narayani.
- Então posso pegar ele?
- Kerry não... Você não!
- Por quê?
- Eu te conheço e sei como você é... – Diz Narayani.
Kerry sorrir.
- Freddy vai ficar super protetor com você nessas próximas semanas – Diz Bruna.
Narayani e Kerry olham para ela, Drake ouve a conversa.
- Por quê? – Pergunta Kerry.
- Daqui a alguns dias, vai completar 5 anos que aconteceu o massacre em Santa Bárbara, foi um dos piores massacres da história... – Diz Bruna – Dizem que o garoto ainda está vivo!
Narayani respira fundo, encarando as amigas com aflição.
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