<!-- @page { margin: 2cm } P { margin-bottom: 0.21cm } -->

—JÁ VAI-Eu berrei da cozinha onde fazia meu café

 Fui abrir a porta,porque eu fui dormir com um pijama curto bem essa noite?

 -Oi Luísa eu vim é-Ele me encarou da cabeça aos pés-Ver o Eduardo ele já acordou?

—Já sim ta lá no bercinho pode subir-Eu tentei parecer simpática

 Pov's Thomas

 Eu não devia dizer ou pensar isso,mas o corpo da Luísa dentro daquele pijama minusculo mexeu com minha imaginação,principalmente quando a chave da porta caiu e ela se abaixou pra pegar,pedi licença pra subir antes que a coisa ficasse feia ali.

 Pov's Lulu

 Terminei de passar o café sorrindo,fiz um suco de laranja,abri o armário,peguei uns pacotes de biscoitos e coloquei em vasilhas,piquei algumas frutas e pus a mesa

 -Dona Silvana,Thomas o café ta mesa

—Tem pão integral meu bem?-Ela mal entrou na cozinha e já começou

—Tem mais é de forma serve?-Eu dei um sorriso falso pegando o pão no armário e pondo na mesa

—Serve mais poderia providenciar um de padaria pra mim?

—Eu vou providenciar sim-Disse séria

—Bom dia titia-O Thomas veio com o Dudu no colo e deu um beijo na tia dele

—Senta Thomas-Eu disse terminando de esquentar a mamadeira do Dudu

—Não eu não vou ficar pro café não,prometi que ia lá na minha mãe tomar o café da manhã com ela-Desculpazinha esfarrapada duvido que ele não tinha comido nada ainda as nove da manhã-Posso levar o Edu?Eu trago ele antes das três prometo

—Pode levar deixa só eu dar mamadeira ele-Eu disse pegando ele do colo do Thomas pra dar mamadeira

—Tem certeza que a mamadeira está no ponto meu bem?

—Tenho dona Silvana e ah acho que ainda não falei meu nome é Luísa

—Que nome lindo Luana-Eu apertei meus olhos e quando reabri o Thomas estava rindo

 Dei mamadeira ele,subi dei banho pus uma roupa confortável (pelo menos parecia confortável) e o entreguei pro Thomas

 -Cuida dele direitinho e olho aberto o tempo inteiro

—Pode deixar Luísa vou devolver nosso filho inteirinho-Nosso filho tão forte dizer isso

—Três horas Thomas em ponto

—Relaxa mamãe-Ele disse fazendo voz de bebê e olhando pra Eduardo

 Quando ele saiu com meu bebê eu senti um aperto muito forte no coração,como se fosse um pressentimento,pedi a Deus pra protege-lo e quando entrei fiquei tonta e cai no sofá

 -Luana meu bem aconteceu alguma coisa?Você ta pálida-Eu senti um toque sobre minhas mãos

—Eu to bem dona Silvana só uma tontura

—Ah pode me chamar só de Silvana eu vou pegar uma água pra você

—Não precisa eu to bem-Disse abrindo os olhos

—Bom já que o Thomas levou o Eduardo eu vou aproveitar pra passar o dia com uma amiga minha volto a noite ta bom?-Ho Glória eu ia ter paz

—Tudo bem sem pressa-Disse sorrindo

 Arrumei a casa,fiz o almoço e como no dia a dia almocei sozinha,me sentei pra ver o jornal do almoço e a campainha tocou

 -Oi Pedro Lucas-O abracei forte

—Que foi?-Ele me apertou apenas com braço

—A tia do Thomas ta me deixando louca o Edu ta nervoso porque eu to nervosa e chorou a noite inteira eu não preguei o olho-Eu disse o puxando pra dentro

—Ta tão tensa assim a situação?

—Tensa é apelido-Eu ri-Que que você ta escondendo ai

—Ontem o Edu fez três meses eu não pude aparecer então trouxe rosas pra você hoje-Ele me estendeu um buquê-E uma lembrancinha pra ele-E me entregou duas sacolas-Um meu e outro do Koba que não pode vir

—Anw vocês são muito fofos obrigada pelas flores e pelos presentes,vocês vão deixar o Edu mimado assim

—Sabe como que é sobrinho menino-Ele disse rindo

 Me sentei no sofá pra abrir,primeiro o cartão das flores

 

“Há três meses você mostrou ser uma guerreira que venceu uma batalha colocando o Eduardo no mundo,lembre-se que por mais difícil que seja a situação to com você tipo arroz com feijão (foi pessima essa eu sei)

 

Te amo irmã

Pedro Lucas”

 

   -Como você me faz chorar a essa hora da manhã?-Ele riu

 Abri os outros presentes,o do Pe era uma jaqueta linda e um mini tênis de esqueitista,o do Lu era um cachorro de pelúcia e uma calça vermelha

 -HAHA vocês são fofos agradece o Lucas por mim

—Pode deixar tenho que ir agora vim só dar uma passada

—Quer almoçar?

—Acho que aceito uma marmita já que la em casa só entra congelado

—Na hora que congelar o cu e morrer sossega

 Fiz uma “marmita” pro preto,e ele foi embora,guardei os presentes no quarto do pequeno e estava descendo pra sala quando a campainha tocou de novo

 -Esqueceu alguma coisa Pedro?-Eu gritei antes mesmo de abrir a porta-André?Que você ta fazendo aqui

—Eu esperava um oi que saudade

—É só que eu não esperava por essa surpresa

 André é um amigo colorido de trabalho,nos meus momentos de fraqueza durante a gravidez a gente acabava trocando uns beijinhos aqui,outros ali,mas só nunca evoluiu e depois que o Eduardo nasceu e eu tirei minha licença eu não o vi

—A empresa ta vazia sem você nós sentimos sua falta e parabéns pelo trabalho que você mandou na sexta mandou muito bem como sempre

—Obrigada,quer entrar?

—Quero conhecer o pequeno-Ele disse sorridente

—Ele ta com o pai,mais não vão faltar oportunidades-Eu estava começando a ficar sem graça

—E vocês se acertaram estão juntos?

—Nos acertamos na medida do possível né,não brigamos mais nosso assunto é só e exclusivamente o Edu não estamos juntos

—Luísa posso te fazer uma pergunta?-Eu assenti-Você sente minha falta?-Que tipo de pergunta é essa meu Deus?

—Sinto André mais não se preocupa mês que vem eu volto pra empresa-Me fingi de boba

—Eu to falando de uma maneira carnal Luísa,da maneira como eramos a um tempo atras,você sente minha falta?

—Como assim André eu...eu-Eu não sabia a resposta

—Deixa que eu explico

 Ele me beijou,me segurando forte pela cintura,no começo fiquei um pouco receosa mais,acabei me entregando ao beijo.

Ele passou a mão por dentro da minha blusa e sua mão fria entrou em choque com minha pele quente fazendo com que eu me agarrasse ainda mais a ele,na intensidade do momento acabei tirando sua blusa,fazendo com que ele entendesse meu pedido mudo.

Ele acariciava meu corpo com respeito e curiosidade ao mesmo tempo e quando ele me penetrou foi como se o nosso corpo tivesse uma sintonia,mas faltava algo,faltava o amor,o amor que eu só senti na cama do Thomas,nos braços dele,eu tinha carinho pelo André só carinho.

Tomamos banho juntos,e quando eu sai do chuveiro ficamos abraçados na sacada do meu quarto mesmo assim algo me encomodava.

Nesse momento meu telefone tocou e meu coração gelou quando vi 9 chamadas não atendidas e o nome “Thomas” piscando

 -Aconteceu alguma coisa

—Corre pro São Luís Luísa por favor-Sua voz era tremula

—O que aconteceu com meu bebê Thomas?

—Quando você chegar aqui te explico vem logo

 Eu desliguei meu telefone na cara dele mesmo,vesti a primeira coisa que vi na frente peguei minha bolsa e saí correndo

 -Aconteceu alguma coisa Luísa?

—O Eduardo no São Luís eu não sei direito-Eu já estava chorando enquanto falava e andava pro elevador

—Me espera Luísa eu vou trancar a porta e vou com você,não dá pra dirigir nesse estado

 Fiquei segurando o elevador aqueles 20 segundos que ele demorou,pareceram uma eternidade,minha vista já estava embaçada pelas lágrimas quando entramos no carro dele sem dizer nada um ao outro.

 ______

 -Thomas cadê meu filho ele ta bem?- Disse andando rápido pelo corredor ao encontro de Thomas

—Ele começou a chorar Luísa e logo em seguida percebi que ele tava quente então trouxe ele pra cá e agora tão fazendo exames nele

—Porque não me avisou antes

—Eu tentei mas você devia ta ocupada né?Bem ocupada alias-Ele encarou o André

—Esse assunto é de vocês eu to indo embora me mantém informado tá?Quando for embora se quiser me ligar pra te buscar

—Ta bom-Demos um selinho por impulso-Obrigada

 Fiquei olhando o André ir embora,quando o Thomas me tirou do transe

 -Bela mãe você na cama com qualquer enquanto seu filho ta no hospital

—Olha aqui cala boca ta?Você não sabe nada dá minha vida pra me julgar desse jeito o André é um amigo meu

—Namorado?Desde de quando?

—Desde ho.. a quer saber não te interessa não te devo satisfação,você vive pra cima e pra baixo cada dia com uma puta diferente e não te pergunto esse tipo de coisa

—Lava a boca antes de falar isso ta?

—Queridos será que podem falar mais baixo isso é um hospital-Uma enfermeira de meia idade nos interrompeu

—Eu não tive nenhum homem por completo depois daquela noite já você teve várias mulheres-Eu disse agora quase num sussurro

—Isso não ta em questão Luísa a questão é você estava na cama com um homem enquanto te ligava pra falar que nosso filho estava no hospital,eu acho que você devia pelo menos se preocupar em atender minhas ligações afinal temos um elo maior que qualquer coisa nesse mundo,um filho

—Temos temos sim só que você como um belo pai que é contribuiu pra ele estar num hospital agora-Eu sentei numa cadeira e abafei meu rosto com a mão-O Eduardo é meu bebê só meu ta legal?Você não tem maturidade o suficiente pra ser chamado de pai eu preferia que ele não fosse seu filho

—Mais é-Ele disse me olhando de cima-E assim que ele sair desse hospital eu vou entrar com um pedido de guarda dele

—Experimenta porque ai sim você vai conhecer a mãe leoa que tem dentro de mim-Eu disse levantando e mesmo com lágrimas nos olhos o enfrentei de frente

 A rapidez com a qual eu me levantei fez com eu ficasse muito próxima de Thomas,próxima até demais pra falar a verdade,nossas respirações se misturavam e começamos nos aproximar quando nossos lábios se tocaram.

Um beijo de cumplicidade,um beijo que naquele momento me pareceu cheio de mágoa,cheio de empecilhos e mal entendidos,mas que mesmo assim me pareceu certo,certo para aquele momento.

 -Oi papai,oi mamãe-Uma voz doce soou pelos meus ouvidos e me separei do beijo de Thomas era minha mãe com meu pequeno no colo

—Mãe?Dudu meu Deus-Eu disse quase arrancando ele dos braços dela e aconchegando-o nos meus

—Você não atendia e no desespero o Thomas ligou pra mim,eu fui perguntar noticias dele no pronto atendimento e me disseram que ele estava bem era só uma febre normal de um bebê que esta com a gengiva enxada pra receber os primeiros dentinhos e que já podia ir pra casa-Ela disse sorrindo

—Brigado Tia-O Thomas disse sorrindo pra ela

—Brigada mãe-Sorri pra ela em meio as lagrimas

—Por nada quer uma carona pra casa filha?

—Quero sim-Disse e já ia saindo com ela quando o Thomas segurou meu braço

—Esse beijo não muda nada do que eu disse,eu vou tirar meu filho de você

—Pra mim também não e como eu disse experimenta eu não tenho medo nenhum

 Contei tim-por-tim dos acontecidos pra minha mãe,ela disse que por mais que ele tentasse,juiz nenhum tira um filho de três meses de uma mãe,me despedi dela quando chegamos no meu condomínio peguei o Dudu e fui pro meu prédio.

Nada como estar em casa,meu cantinho e do Eduardo,dei banho nele,madeira e o coloquei no berço mesmo sendo seis horas ainda ele quase não havia dormido a noite devia estar cansado,o telefone fixo tocou e eu fui atender

 -Alô

—Oi Luzia eu fiquei sabendo o que aconteceu o Eduardo ta bem?

—É Luísa,Silvana sim ele está bem está em casa

—Foi o que eu disse meu bem,eu estou em um táxi indo embora ok?

—Ok

 Liguei pro André pra dar noticias,pra Bianca pra Michelle,pro Pedro Lucas e pro Lucas,aproveitei pra agradecer o presente,a Bia acabou se alto convidando pra dormir aqui,tomei banho vesti pijama e fiquei jogando tempo fora no twitter quando pensamentos vieram me afrontar.

Aquele beijo mexeu comigo não posso negar e agora mais essa de tirar meu bebê de mim,comecei a chorar quando braços me envolveram eu esperava qualquer abraço menos aquele