"Ficamos no estúdio até a hora do almoço, e eu já estava progredindo. Ajudei Alfredo com as músicas e Justin com a voz (na verdade, eu só falava pra ele "foi ótimo, vamos repassar mais uma vez", ou dava algum conselho bobo, do tipo "puxa o ar mais longe do microfone, pra ele não captar sua respiração"). Fomos para um restaurante próximo dali, que parecia ser bem caro.

Entramos no mesmo e eu simplesmente não acreditei no que vi."

-J-Jus-tin... - Falei enquanto o cutucava. Ele não me respondeu, só saiu andando. Já ia se sentar, mas antes cumprimentou aquela figura com cabelos cacheados, sorriso perfeito e olhos penetrantes que quase me fizeram desmaiar. Eu o olhava completamente pasma. Justin apontou para mim e senti meu rosto ferver e meus membros amolecerem, estava com as pernas totalmente bambas. O garoto andou até mim e estendeu sua mão. Sem pensar duas vezes, em um pulo, eu o abracei (lê-se agarrei).

-Qual é seu nome, princesa? - Falou rindo, sem se separar de mim. Não encontrava palavras para respondê-lo. Após alguns suspiros percebi que ainda não havia dito.

-J-Jullia. - Disse o descolando de meu corpo. - H-Harry Styles... Ah meu Deus... - Controlei-me para não desmaiar ali mesmo. Eu nunca fui directioner de verdade, mas sempre curti One Direction, e tinha uma quedinha,  em especial, pelo Harry.

-Hahaha, você cora,  que fofo... - Falou me abraçando novamente.

-Você é mais lindo ainda pessoalmente... - Disse sem, ao menos, pensar. Ops. Corei mais ainda.

-Então, nós viemos aqui para comer, Jullia. - Falou Justin, emburrado.

Soltei Harry, que logo segurou minha mão e me guiou até a mesa, sentando-se ao meu lado. Eu quase tive um enfarte quando ele colocou seu braço envolta do meu ombro, nos aproximando mais ainda. Eu sabia que ele travava suas fãs muito bem, mas eu não era, exatamente, uma fã. Pelo menos, não até agora.

Todos conversavam, comiam, riam, mas eu não conseguia me concentrar em mais nada além de Harry. Nunca havia percebido realmente o quão grande era sua perfeição. Tentava não parecer uma boba, mas o fato de eu quase babar ao ver suas covinhas em cada sorriso que ele dava não estava ajudando. 

O tempo passou voando, perdi a noção da hora, tanto que quando todos estavam prestes à ir embora, eu percebi que nem tinha tocado na minha comida. Preocupei-me mais em observar o Deus grego sentado ao meu lado.

-Então gente, eu vou ter que ir embora agora. Os produtores ligaram para avisar que vamos ter que começar com as gravações. - Falou Harry. Logo o sorriso desapareceu do meu rosto. "Como assim? Ele já vai embora?!" Pensei comigo mesma. Harry olhou para mim e segurou meu queixo com uma de suas mãos, afagando meus cabelos com a outra. - Mas não pense que eu não vou querer seu telefone, princesa. - Ele praticamente sussurrou, para que só eu pudesse ouvi-lo.

Meu coração acelerou. Naquele momento, minha única preocupação era se Harry conseguia, ou não, ouvir meus batimentos, de tão altos que estavam. Somente assenti e abri minha bolsa, pegando uma caneta logo em seguida. Segurei a mão de Harry, com a maior delicadeza do mundo, e escrevi o número do meu celular na mesma. Ele sorriu e depositou um beijo em minha bochecha. Corei novamente. Com certeza voltaria toda vermelha para o estúdio.

Já eram 6 horas e meia, e eu, tia Clarisse e Scooter estávamos indo para minha casa. Chegamos, e eu estava morta de fome, já que nem tinha almoçado, por conta do cacheado-sedução-Styles (o apelido que eu havia dado a Harry). Clari disse que iríamos comer pizza de jantar, então foi pedir a mesma.

-Acho que o Bieber não gostou muito da sua nova paquera, viu, Jullia. - Falou Scooter.

-O que? Do que você está falando? - Não lhe dei chance de responder. - Primeiro: Harry não é minha "paquera". Segundo: Justin não diz quem eu devo ou não namorar. Terceiro: Ele tem namorada; não exige maiores explicações.

-Hey, da próxima vez me avisa quando tiver de TPM, ok? - Debochou.

-Ah, foi mal, é que... - Suspirei. - O Harry é tão legal... Mas eu não quero magoar ninguém. Eu sei que ele é do tipo que pega todas, mas eu senti que vai acontecer algo entre nós. Deixa pra lá, você não entenderia... - Bufei.

-Jullia, se você gosta desse garoto, eu posso te ajudar. - O fitei curiosa. - Se você diz que ele é do tipo que pega todas, você só tem que dar uma de difícil. Sabe, provocá-lo... - Sorri de canto - Tenho certeza que ele vai gamar em você. - Ri pelo nariz.

-Ok, até que não é uma má ideia.

-Eu sei, mas devo alertá-la... Tome cuidado para ninguém sair machucado nessa história. - O encarei confusa. - Ah... Você sabe o que eu quis dizer.

-Obrigado Scoot.

-De nada, querida.

A pizza chegou; eu comi cinco fatias: duas de mussarela e três de pepperoni. Tia Clarisse e Scooter haviam saído para ir à balada, e, como eu não tinha planos, eu acabei ficando em casa.

Subi para o meu quarto e abri a varanda. Fiquei observando as crianças brincando de pique-esconde na rua, alguns casais namorando, a lua cheia, mais linda que o normal, brilhando à minha frente, a briza batendo no meu rosto... Que sençações maravilhosas eram aquelas. Entrei novamente no quarto e peguei meu violão, sentando na cama logo em seguida. Comecei a tocar a música que havia composto mais recentemente:

"Viewpoint

You know,

Sometimes it feels like depressing

I mean,

What life does it's just terrifying

Maybe,

I'm wrong

Maybe,

Life is scary

However depends

On the viewpoint

After all, all fall

But only remains

On the floor

Who wants

Depending on the viewpoint,

Life doesn't seem so scary

However depends

On the viewpoint

Like the love

This can bring us as much joy

As much pain

This can bring us as much happiness

As much repentance

But at the end

What matters

Is the viewpoint

However depends

On the viewpoint

(oh oh oh oh)

I know how hard it can be

But if you struggle a bit

You will get to see the worst

From another viewpoint

However depends

On the viewpoint

(oh oh oh oh)

I really know how hard it can be

But if you struggle a bit

You will get to see the worst

From another viewpoint

(oh oh oh oh)

However depends

On the viewpoint."

(n/a: Fui eu quem compûs esta música de verdade, então se estiver ruim, me desculpem, é que foi às pressas que eu a fiz. Deixem comentários sobre ela nos reviews, por favor.)

Parei de tocar ao ver a hora no relógio. 10 da noite. Como eu não ia sair de casa, optei por já vestir o pijama. Sentei na cama, virada de frente para o closet, e tirei meus saltos, então minha calça, minha jaqueta e lembrei que não precisaria trocar a blusa, pois ela já era de dormir. Peguei um shorts qualquer e o vesti, calçando uma pantufa logo em seguida.

Eu realmente estava no maior tédio. Então tive a brilhante ideia de ligar o meu aparelho de som no volume máximo, para ouvir a música "Mr. Crowley", do Ozzy. Comecei a cantar, dançar, pular, rolar, enfim, eu só não voei por que era realmente impossível. Eu parecia uma maluca possuída. "Espero que eu não receba reclamações dos vizinhos.", pensei comigo mesma.

De repente, escutei um barulho vindo de trás das cortinas do meu quarto. Entrei em desespero achando que era algum assaltante, então peguei meu violão e comecei a bater no local. 

-PARA! - "Eu conheço essa voz", pensei. - JULLIA, PARA! SOU EU, JUSTIN! - O que o Justin Bieber estaria fazendo atrás da minha cortina?!

-E EU, RYAN! - Gritou outra voz. Correção: O que o Justin Bieber estaria fazendo atrás da minha cortina com o Ryan?! Ai, ai, nem falo nada...

-O QUE VOCÊS ESTAM FAZENDO AQUI?! - Exclamei, furiosa. Esse é aquele momento em que agente pensa: "Então, onde é que tá o buraco pra eu enterrar minha cabeça, mesmo?" Queria ser um avestruz.