Ela sentia uma forte dor de cabeça e cada músculo do seu corpo doía como se tivesse passado dois dias inteiros na academia. Tentou abrir os olhos, mas aquilo pedia um esforço grande de mais, um esforço que Sakura não estava disposta a fazer. Qual era a ultima coisa que se lembrava mesmo? Sentiu uma pontada no peito e algo sentiu um tremor passar pela coluna ao perceber que não tinha idéia de onde estava.

            Tentou novamente abrir os olhos e percebeu que estava deitada no chão. Sentou-se e tentou reconhecer o local. Era um quarto – ou alguma coisa do tipo – era um lugar sujo, não havia janelas, apenas uma porta de ferro que parecia enferrujada. Ela pensou em levantar-se e ir até lá, ou até mesmo gritar, mas sentiu uma forte pontada na cabeça e desistiu. Percebeu também que não havia móveis de nenhum tipo, nem roupas ou comida. Sentiu medo.

            “Onde é que eu estou? Ah, Kami, por que eu não me lembro de nada?”

            Sakura estava começando a se apavorar quando ouviu um barulho na porta. A garota não sabia se ficava tranqüila ou se apavorava ainda mais. O que estava acontecendo, afinal? Ela prendeu a respiração quando viu a porta ser aberta, e se sentiu muito confusa ao ver aquele rosto. Primeiro pensou que fosse Gaara ali, mas percebeu que o homem não tinha os belos orbes verde-desbotado ou a tatto do amigo. Perguntou-se novamente o que estava acontecendo.

            -Como está se sentindo, pequena flor? – ela viu ele se aproximar e se agachar na sua frente. Pequena flor? Pequena flor? Quem diabos era esse cara? E por que diabos estava chamando-a de pequena flor?

            -Quem é você? Onde estou? Por que estou aqui? O que é que está acontecendo? – perguntou ela tudo de uma vez e sentiu a cabeça rodar.

            -Calma doce Sakura. Uma coisa de cada vez. Ainda não é hora de você saber quem sou. Mas posso lhe dizer que está em segurança, ainda.

            -Como assim ainda? Que papo é esse moço? – a cada segundo Sakura ficava mais confusa.

            -Minha flor, você foi seqüestrada. – ele tinha um sorriso estranho e assustador no rosto. – Esperamos que logo você seja libertada, mas por enquanto vai ficar aqui. – a cor sumiu totalmente do rosto de Sakura – E se você se comportar, nada de mal acontecerá com seu lindo rosto, ou corpo – ele disse com um sorriso ainda mais assustador, quase maníaco, no rosto.

            Depois disso, apenas se levantou e saiu do local. Sakura estava em completo choque. Como assim, seqüestrada? Ah, meu Deus. O que ela iria fazer? O que os amigos estariam pensando? O que Itachi estaria pensando? Ela tinha que dar um jeito de sair dali. E rápido.

-x-

            Itachi estava quase arrancando os cabelos, havia procurado por Sakura em todos os cantos da casa, dos jardins e dos arredores. Ele e os outros não sabiam mais o que fazer. Era tudo culpa dele. Ele sabia que não deveria ter feito aquilo. Mas, depois de tantos anos escondendo seu amor por Sakura, achou que finalmente ela iria entender, ou pelo menos ignorar. Agora, fugir? Isso nunca havia passado pela cabeça dele. “Droga!”

            Quando a viu correndo para fora da casa até pensou em segui-la, mas achou melhor dar-lhe um tempo para pensar, até ele precisava colocar as idéias e sentimentos em ordem. Mas agora, ele sabia. Deveria tê-la seguido. “Droga!”

            -Ela não lhe disse nada, Itachi? – perguntou-lhe Sasuke. “Mas que merda!” pensava Itachi, ele já estava ficando de saco cheio desse cabeça-de-galinha-preta. Quem ele pensava que era pra falar nesse tom?

            -Você acha mesmo que se ela tivesse me dito, eu estaria preocupado desse jeito, Sasuke? – rebateu Itachi.

            -Ok, vamos parar com a demonstração de afeto. Os dois. – disse Temari – Sakura nunca fugiria por causa de um beijo... Eu acho... Ou melhor, sinto que tem alguma coisa de ruim acontecendo.

            Todos olharam para Temari e Itachi sentiu uma pontada no peito. Sakura corria perigo e ele sabia disso. Tinha que salvá-la, não tinha idéia de como faria isso, mas ele precisava protegê-la. Esse era seu dever. Sempre fora.

-x-

            Já faziam doze horas desde que Sakura desaparecera e ninguém sabia o que fazer. Eles haviam comunicado a polícia e esperavam por notícias. Aquilo era horrivelmente desesperador. Desesperador e doloroso.

            A sala estava totalmente silenciosa quando eles ouviram uma melodia. Era o toque do celular de Sakura.

‘I’m so tired to being here. Suppressed by all my childish fears…’

            Sasuke estava mais perto do telefone, então foi quem atendeu. Ele nunca tinha ficado tão frustrado por ficar sem notícias de Sakura, se surpreendeu com a urgência que atendeu a chamada.

            -Alo? – disse ele.

            -Ela está segura, por enquanto. Mas só depende de você para que ela continue assim. – respondeu uma voz masculina e calma do outro lado da linha.

            -Quem é você? Onde está ela? – Sasuke parecia extremamente ansioso, se odiou por isso. – O que você fez com ela?

            -Calma, meu querido. Nossa pequena e frágil flor está bem. Por enquanto, como eu disse. E eu não fiz nada com ela. Mas se você a quer intacta vai ter que cuidar de uma coisinha pra mim. – respondeu a voz.

            -O que você quer? – disse Sasuke entre dentes

            -Uchiha Sasuke é o que queremos.

-x-

Nháá.

Estou de volta, Dudes!

Felizmente eu já resolvi alguns dos meus problemas pessoais então resolvi voltar a escrever. Até o fim dessa semana estarei postando 'Casamento Arranjado' também.

Me desculpem se  o capítulo tiver muitos erros, eu não revisei... Mas ele saiu do forno agr mesmo... hahaha

Quero agradecer por terem me esperado.

E então, mereço Reviews?