Falsas Memórias. escrita por ana way


Capítulo 3
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Então gente. Tenho que falar uma coisa. Bom, um monte de gente veio me perguntar se essa fic tem algo a ver com a fic "Love found in a coma", que foi traduzida pela bruna. Não, não tem nada a ver. Gerard não acorda do coma, e tenta achar o frank porque ele sonhou com uma vidinha ao lado dele enquanto estava dormindo. Não tem nada a ver, mesmo. Love found in a coma é LINDO. se vocês quiserem ler peçam pra mim que eu passo pra vcs, vale a pena, é uma das minhas fics favoritas. Eu tirei a ideia dessa fic quando eu acordei na manha de natal e tive a sensação de que nada existia, enfim. A minha nota da autora ja ta grande. Obrigada pelos comentarios, vcs são uns amores, mesmo. Espero de verdade que gostem, porque eu super me dedico a essa fic. Obs: Vai ter leve sitação de Waycest (relação entre Gerard/Mikey)



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“Mentiras perfeitas para um ódio perfeito.”                                

                                The No Seatbelt Song – Brand New.


 Era sete e meia da manhã e Gerard já estava acordado. Estava quase morrendo, em cada lugar que encostava cochilava um pouco, quando estava quase sonhando sua mãe passava e lhe dava um tapinha de leve no ombro, o acordando de novo.

 - Mãããe! Me deixa dormir. Olha aqui, são sete da manhã, nem no hospital eu acordava tão cedo. E olha que era consideravelmente cedo, tipo, hoje eu estou quase madrugando. Se eu soubesse que eu ia acordar a essa hora nem teria dormido, era melhor ter passado a noite em claro, não faria diferença, eu dormi tipo, duas horas. – disse, andando pela casa atrás da sua mãe.

 Estava de pijama ainda, arrastando suas meias no chão, por pura preguiça de levantar os pés para andar.

 - Não faça drama, Gerard. Suba e vá se trocar, sua sessão vai começar em meia hora.
  Ele não fazia a menor idéia do que iria falar com a psicóloga, não estava sentindo nada nos últimos dias, e, pelo pouco que sabia, as pessoas iam ao psicólogo para falar sobre coisas que sentiam.

 Subiu as escadas e rumou para seu quarto que era no fim do corredor. Sentou na cama de baixo do beliche. Gerard antes dividia o quarto com seu irmão, mas, quando ele voltou seus pais estavam a fim de paparicá-lo, então resolveram deixar o quarto só pra ele.

 Não que isso fizesse Mikey se afastar, pelo contrario, ele vinha quase todas as noites dormir com o Way mais velho.

 Gerard quase pegou no sono de novo, mas antes que conseguisse, ouviu um barulho vindo do corredor, mas parecido com alguém correndo, identificou como Mikey, que logo abriu a porta do quarto e pulou em cima de Gerard.

 - Gee! Como você esta? Ansioso? Animado? Hein? Hein? É seu primeiro dia de terapia, deve estar pelo menos com medo.

 Gerard sorri, empurrando seu irmão de leve, tentando tira-lo de cima, obviamente não conseguindo, porque Mikey não iria sair dali tão cedo.

 - Ei, sai, sai, sai. Ta pesado. – ele disse, obviamente mentindo, Mikey era extremamente magro e leve. Gerard apertou algumas partes do corpo de seu irmão, sabendo que ali ele sentia cócegas.

- Não, ta frio, e você esta quentinho. E não é culpa minha se agora eu fico em um quartinho solitário, às vezes eu preciso de companhia. E me responda a pergunta. – Mikey aconchegou-se mais ainda em Gerard, puxando o cobertor que estava espalhado pela cama.

- Não estou com medo, muito menos ansioso, só não sei o que dizer para ela. Queria que você fosse comigo.

- Você sabe que eu iria, se a mamãe deixasse.
  Mikey tem sido um grande amigo para Gerard. Tem sido muito paciente com a sua falta de memória, muito carinhoso, também. Às vezes nem o via como irmão.

 Minutos depois, Gerard tinha cansado de tentar convence-lo a conversar com sua mãe, mesmo sabendo que ela não iria deixar ele ir para a terapia junto com Gerard, não custava nada tentar.

 - Gerard, já esta pronto? Você tem cinco minutos para se arrumar, nós temos que chegar pelo menos dez minutos antes. É falta de educação chegar atrasado no primeiro dia. – ela colocou apenas a cabeça pare dentro do quarto, não ligando muito para a cena dos irmãos juntos na mesma cama.

 Ambos arregalam os olhos. Gerard estava ainda de pijamas e seria quase impossível se arrumar em cinco minutos, até porque nesses últimos dias seu lado feminino estava falando mais alto, então ele andava demorando eras para se arrumar.

 - Michael, levanta daí e me ajuda com a roupa.

 Mikey se levanta correndo, abrindo o armário e pegando um monte de roupas, jogando-as em cima da cama em seguida.

 - Ei, me ajuda, o que mais você quer? Que eu ponha a roupa em você como se fosse sua mãe? – disse, brincando.  Gerard continuava sentado na cama sem se mover, como se esperasse que Mikey o vestisse mesmo.

- Se você quiser me trocar mesmo eu não vou achar ruim.

 Mikey lhe deu um tapa na nuca, fazendo-o grunhir de dor e frustração. Então ele se levanta finalmente, começando a tirar as calças largas de pijama. A essa altura faltava pouco tempo, Mikey estava começando a sentir raiva da lentidão de Gerard, resolveu ajuda-lo intensivamente

 - Senta ai gordo, e pega uma camisa, porque eu nunca vi alguém vestir uma calça tão devagar.

 Ele o empurra na cama novamente, o fazendo sentar. Puxando a calça de Gerard para cima e esperando que ele levantasse o quadril para facilitar a entrada da calça tão apertada, que, importante frisar, quase não estava entrando.

 Gerard escolheu demoradamente uma camisa entre o resto de roupa que seu irmão havia jogado na cama. Tirou sua camisa pólo branca, que usava como pijama e, quando estava prestes a colocar a camisa limpa, sua mãe entra novamente no quarto, sem bater, claro.

 Era uma cena bizarra de se ver, vista de um ângulo de mãe. Mikey estava ajoelhado no chão, tentando colocar a calça. Gerard estava com um de seus braços dentro da camisa, com a calça na metade da coxa.

 - Desculpa atrapalhar esse momento, garotos, mas Gerard, nós precisamos ir!

 O mais novo cora furiosamente, se levantando e coçando a nuca incomodamente. Gerard olha para a expressão de total indiferença da sua mãe, pensando se talvez cenas daquele tipo fossem normais antes. Depois, então, repara no quão cômico aquilo esta sendo, e começa a rir descontroladamente, fazendo Mikey corar mais ainda.

 - Acho que você pode se trocar sozinho daqui para frente, Gerard. – ele disse, enfiando as mãos no bolso e saindo dali rapidamente, como se tivesse cometido um crime ou algo assim.

- Mãe! Você é inconveniente, nós estávamos tendo um ‘momento’ aqui. – Gerard disse ironicamente, fazendo aspas com os dedos.

 Donna o encara perplexa, esperando que ele soltasse uma risada ou alguma coisa que provasse que ele estava só brincando. Ela tinha problemas com ironia, nunca sabia se estavam falando sério ou não. Gerard, no entanto, continuou sério.

 - Não esta falando sério, esta?

- Estou. Agora eu tenho que me trocar, licença mãe. A senhora não quer que eu me atrase né? – ele disse, irônico novamente, porem com a expressão séria. Então ele se levanta e vai até ela, com as calças ainda na metade das pernas, quase caindo, fecha a porta devagar, enquanto ela continuava parada ali.

 Minutos depois eles estavam no carro. Gerard estava sentado no bando do passageiro, com o cotovelo apoiado na porta. Ainda se sentia um pouco enjoado de andar de carro, e até mesmo sentia medo de acontecer um novo acidente ou algo assim.

 O dia estava nebuloso, uma vez ou outra o céu fazia um clarão, talvez um raio que não vinha acompanhado de barulho. Ia chover, talvez torrencialmente. Ele amava chuva, fazia com que o dia parecesse completamente confortável.

 Confortável seria obviamente se ele estivesse em casa, de baixo de suas cobertas, dormindo ou conversando com Mikey. Talvez até quem sabe ficar em baixo das cobertas com Bert. Mas já que não estava em casa, preferia que não chovesse, ou acabaria dormindo no diva da psicóloga.

 Em menos de cinco minutos já estavam no consultório. Donna disse a Gerard que quando acabasse a sessão, para ele ligar que ela o buscaria. Ele apenas assentiu, virando e encarando o lado de fora do consultório, sentindo algo estranho na sua barriga.

 Ele finalmente entra, dando de cara com um balcão onde dentro estava uma mulher, aparentemente a recepcionista. Gerard foi até ela. Abriu a boca, com intenção de começar uma conversa.

 - Gerard, certo? – Ela disse, antes que ele falasse qualquer coisa. Ela era jovem e loira, mascava seu chiclete com força, como se estar ali fosse para ela um enorme sacrifício.

- Sim. – Gerard disse simplesmente. Não havia gostado dela, achava completa grosseria da sua parte mascar o chiclete daquele jeito.

- Okay, você pode se sentar ali, que daqui a pouco a doutora vai vir te chamar. – Claire era seu nome, Gerard conseguia ver brevemente a plaquinha de metal colocada a cima de seus seios.  

 Não respondeu, apenas se sentou em um dos não muito confortáveis sofás, pegando uma revista desinteressadamente. Uma revista velha, de fofocas.  

Ouviu o barulho incomodo de alguém batucando os dedos em algum lugar de madeira. Levantou os olhos, tirando-os da revista. Foi ai que Gerard viu ele.

Ele, como Gerard, lia uma revista desinteressadamente, enquanto continuava batendo seus dedos na mesinha de madeira onde varias revistas estavam em cima. Ele parecia apreensivo e provavelmente não tinha notado sua presença ali.  

Sua franja comprida cobria parcialmente seu rosto. Aparentemente, agora ela estava atrapalhando sua visão. Ele levou uma de suas mãos, afastando-a dos olhos, contudo, ela ainda continuava cobrindo seu rosto parcialmente. De um jeito que Gerard pode chamar de adorável.  

Depois de colocar a franja incomoda para o lado, ele rumou sua mão para sua boca, mexendo em alguma coisa que Gerard teve que se esticar mais para conseguir ver. Lá estava o pedaço de metal, brilhando naturalmente.  

O garoto de pele branca e olhos cor de mel levantou os olhos, parecendo incomodado por estar sendo olhado tão fixamente. Jogou a revista de qualquer jeito para o lado, e ela caiu em cima do monte de revistas velhas.  

Era ele que encarava Gerard agora. Fixamente, parecendo se concentrar em algum ponto de seu rosto. Estava sendo inconveniente, mas estava apenas devolvendo os breves momentos que Gerard o encarou. Juntou a ponta dos dedos com a ponta dos dedos da outra mão, parecendo se concentrar mais ainda. 

Agora Gerard tinha certeza que seu rosto estava queimando. Estava com vergonha, morrendo de vergonha na verdade. Desviou seus olhos, fazendo o garoto a sua frente soltar um risinho, talvez irônico. 

Então, Gerard parou, seu corpo parou. Já tinha visto aquela cena, já tinha visto aquele rapaz, sabia que sim. Era estranho, não sabia ao certo o que estava sentindo. Levantou os olhos para encarar o garoto inconveniente uma ultima vez antes de ser chamado.  


- Gerard, a doutora vai te atender agora. – era Clarie o chamando com a sua voz aguda.


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