A Marca - Vingança escrita por Sweet Nightmares


Capítulo 29
Proposta (Rebeca)


Notas iniciais do capítulo

Er... Oi. Eu sei que faz, tipo, 5 meses que eu não posto nada. E eu sinto muito, mas eu andava desinspirada e desmotivada. Eu não sei se alguém ainda lê isso aqui, mas eu decidi retomar, então aí está.

Desculpa o capítulo não ser muito grande, eu realmente pretendia escrever algo maior.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/251381/chapter/29

Depois de pateticamente fugir do hotel chorando, fui parar numa praça qualquer, sentada num banco qualquer, e tomando, para me acalmar, suco de maracujá de caixinha que comprei em um mercado qualquer.

No começo, achei que James viria atrás de mim, mas talvez estivesse envolvido demais em qualquer que seja a história que Elliot tinha para contar.

Então... Annabeth foi o primeiro killster, os Hanaggan estão atrás de mim porque tem complexo de inferioridade, e Lucas está de caso com uma deles. É revelação demais em um curto espaço de tempo. Não fazia ideia de como reagir a tudo isso.

Por isso acabei naquela pracinha, tomando meu suquinho e tentando conter minhas lágrimas.

Não percebi o tempo passar. Quando notei já era escuro. Não havia mais ninguém na rua, e ventava forte. Abracei-me para proteger-me do frio. Levantei para ir embora, estranhando que a rua estivesse tão vazia.

Tive a sensação de estar sendo observada, o que me deixou aflita e assustada, por isso apertei o passo. Esperava parar o primeiro táxi que passasse, mas não passava nenhum. Aliás, nem táxi e nem ônibus, e nem carro. Alguma coisa estava errada ali, obviamente.

-Olá de novo, Becks! Vejo que ainda não desistiu de nos achar.

Virei-me, assustada pela aparição repentina, apenas para deparar-me com a branquela manipuladora de sonhos.

-Ah, é você. Significa que eu estou sonhando de novo, certo?

-Pode-se dizer que sim. – ela levantou as sobrancelhas em surpresa, como se finalmente tivesse percebido algo – Nunca cheguei a te dizer meu nome, certo? – sorriu – Anya Molokov. É um prazer conhecê-la. – estendeu-me a mão, mas ignorei o gesto.

-O que você quer dessa vez?

Ao perceber que eu não a cumprimentaria, Anya passou a mão no cabelo.

-Já disse: Vim porque não desistiu de nos achar.

-E o que pretende fazer? Inundar a cidade com sangue? Vá em frente. Se você quiser me chocar com mortes, não tem problema! Já me acostumei com isso.

Ela riu de forma sarcástica. Aquele olhar superior me dava raiva.

-Vim te fazer uma proposta.

Levantei a sobrancelha.

-Que proposta?

-Veja bem, Becky, minha irmã mais velha está muito ansiosa em te conhecer...

-Quer dizer me matar?

-É questão de ponto de vista. Bom, de todo modo, depois de uma pequena reunião de família, nós decidimos pedir educadamente que venha até nós.

Joguei a cabeça para trás, gargalhando. Aquilo só podia ser brincadeira.

-Você realmente espera que eu simplesmente me entregue? Por que eu faria isso?

-Temos um ataque programado para daqui a três dias. Você se entrega e nós cancelamos, se não, dezenas de pessoas morrem.

Bocejei.

-Pensei que negociar com você seria mais interessante. – disse.

-Não se importa com a vida dessas pessoas?

-É uma guerra, certo? – dei de ombros – Algumas vidas precisam ser sacrificadas.

Ela sorriu:

-Não esperava isso de você, Becky.

-Desculpe te decepcionar. – retribuí o sorriso – Se me querem tanto assim porque não me matam enquanto eu durmo? Pelo que eu entendi, sabem onde eu moro, não?

-É uma ideia tentadora, mas eu não posso.

-E por que não?

Anya mordeu o lábio inferior e olhou para o chão, parecia decidir se devia ou não me contar.

-Nos vemos em três dias. – ela disse, antes de desaparecer.

Acordei em uma mesa na praça. Tinha derramado o suco de maracujá é molhado os sapatos.

-Merda...

Ainda era cedo, cerca de quatro da tarde. As ruas estavam cheias de pessoas, e o trânsito fluía normalmente. Levantei dali e entrei no primeiro táxi que passou. Pensei sobre o que Anya disse, ou melhor, o que não disse: O porquê de não poder me matar. Lembrei-me da conversa com Elliot e a revelação sobre eu ser de uma linhagem diferente. Será que tinha a ver com isso? Talvez ela não soubesse como…

Quando cheguei em casa, a primeira coisa que fiz foi ligar para James.

-Rebeca? Onde você está? Está bem?

Suspirei.

-Sim, estou bem. Se estava tão preocupado assim, porque não me ligou?

-Você trocou de celular depois do assalto e não me deu seu número novo. Com toda essa coisa de Elliot acabei me esquecendo de pedir, sinto muito. Mas está bem mesmo? Sua voz parece meio abatida.

Sorri.

-Estou cansada, só isso. Peça desculpas a Elliot por mim. O que aconteceu depois que fui embora?

Ele pareceu hesitar por um momento.

-Nada importante. Tentei fazê-lo contar mais sobre si mesmo, mas consegui nada. Seja qual for a razão, ele fez todo o possível para manter-se um mistério. Responde as perguntas objetivamente, e desconversa. É ótimo manipulando o rumo da conversa, isso eu devo admitir.

-E o informante do Miguel?

-Não conseguiu nada. Disse que continuaria tentando, mas é como se o cara nem existisse.

Mordi a ponta do dedo, fazia isso sempre que estava apreensiva.

-Ele é suspeito. – eu disse.

-Eu sei. Acha que está trabalhando para os outros? Talvez seja um espião.

-Faz sentido. Explica porque somos os únicos que temos aquele livro, eles precisavam que encontrássemos o livro para que contatássemos Elliot...

-Então manipularam Miguel a comprá-lo?

-É possível.

-O que acha que devemos fazer? – suspirou.

-No momento, nada. Não temos certeza se ele está com os outros ou não. Espere se o informante do Miguel descobre alguma coisa. E enquanto isso, se prepare.

-Me preparar?

-É, para o confronto. Olha, se o Elliot for espião e levá-los até nós, precisaremos estar preparados para o confronto. E mesmo que isso não aconteça, é claro que no fim, vai ser como o coliseu. Ou nós os matamos, ou eles nos matam.

-Você... Rebeca, corrija-me se estiver errado, mas está me dizendo para matar alguém?

-É exatamente o que estou pedindo. Você sabe que é o único jeito de recolhermos energia. Sabe de uma coisa? Fica por sua conta. Mas lembre-se que, no caso de um confronto, o Miguel e seu novo amigo não vão poder se proteger. Alguém vai ter que lutar por eles, e esse alguém não serei eu. Tenho outras pessoas para proteger, sinto muito.

-Outras pessoas? Tipo seu amigo traidor?

Trinquei os dentes. Não gostei do jeito que falou de Lucas. Desliguei sem responder.

Estava cansada. Ainda era muito cedo, mas o dia tinha sido longo. Então resolvi tomar um banho e adiantar meu sono. Não tive nenhum pesadelo perturbador dessa vez.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Então... Me digam o que acharam e... é. ^^ Muito obrigada por esperarem!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Marca - Vingança" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.