Capítulos Soltos - The Couple Book escrita por Lily Jaune, Luna Glenstid


Capítulo 4
Capítulo IV - Arrependimentos E Revelações


Notas iniciais do capítulo

Olá, caros leitores! o/
Como prometido, esse capítulo é POV Jin. Tenho algumas coisas importantes pra comunicar, mas eu faço isso nas notas lá debaixo.
É importante que vocês leiam, diz respeito a essa fanfic. Nos vemos nas notas finais. Boa leitura! ^^



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(POV Jin)

Eu não acreditava que aquilo havia acontecido. Na verdade não só aquilo, vamos retomar do início: fui obrigado a fazer uma poção, brigar com o meu amigo, descer um barranco rolando, cair com a Amy no chão, parar num lugar completamente desconhecido e aguentar não um nem dois, mas TRÊS infelizes se insinuando pra Amy na minha frente??

Como se não bastasse, ainda briguei com ela, sendo que a culpa não era dela... Apesar do fato de que ela adora receber atenção, e isso não dá pra negar... E eu também não devia ter beijado ela, por mais que eu quisesse mostrar pra todo mundo que eu a amava e eu não permitiria que qualquer um me passasse pra trás, por mais que tenha adorado abraçar ela e até quisesse provar pra ela que eu podia ser melhor que todos os outros... Eu devo ter deixado ela estupidamente confusa e assustada.

De quebra ainda me declarei e, tenho que admitir, foi um peso que eu tirei das costas. Mas com que cara eu vou encarar ela de novo? E como nós vamos voltar pra Grand Chase agora? Eu ainda mato a Arme por me obrigar a fazer isso... Depois de achar a Amy e descobrir um jeito de voltar pra lá.

Já se passaram dois dias desde o incidente. Depois de umas 2 horas, eu voltei a procurar ela, mas ela não estava mais onde eu a havia deixado naquele dia. Passei o resto do tempo procurando-a, mas minha cabeça estava em branco, eu não conseguia me lembrar de nada daquilo que eu havia mapeado tão cuidadosamente.

Só de pensar onde ela podia ter ido e com quem, eu já sinto uma onda de preocupação e de raiva por tê-la deixado lá e feito a besteira de me perder dela. Me perder com ela já era ruim o suficiente, porque eu tinha que estourar e me perder dela?

Não sei onde ela esteve, mas eu consegui me esconder nesse lugar até hoje. Eu ficava num lugar que, segundo uma placa, se chamava terraço, já que ao final daquela feira de aberrações uns caras com camiseta de segurança jogavam o povo pra fora. Tentava ver ela de lá de cima, mas não conseguia ver muita coisa. Nesses últimos dois dias, como no primeiro, teve esse evento tumultuado. Esse é o terceiro dia nessa dimensão, e pela segunda vez, eu acordei com o barulho e fui à procura da única pessoa que me interessa por aqui: a Amy.

Meus dias se resumiam a andar pra lá e pra cá a procura da menina de cabelos cor-de-rosa. De vez em quando eu via de relance alguma coisa dessa cor, mas eram vestidos, bolsas... Nunca o que eu realmente procurava, eu estava ficando desesperado. Eu estava comprando alguma coisa pra comer (consegui algumas notas de pessoas que elogiavam o meu ‘cosplay’, seja lá o que for isso) quando vi a saída do local. Como eu não havia reparado nisso?! Terminei de comer e fui naquela direção. Lá fora era bem menos lotado, tinham alguns comércios e era tudo forrado com uma espécie de pedra cinza, não tinha planta quase nenhuma.

Passei um tempo vasculhando as redondezas e perguntando se alguém a havia visto, mas ninguém sequer a viu sair de lá de dentro, e eles afirmaram ter trabalhado todos os três dias que estivemos ali. Tentei voltar pro prédio, mas não me deixaram: eu até tinha o dinheiro para entrar, mas não tinha um pacote plastificado de arroz que todos os convidados entregavam na entrada. Co-mo-eu-sou-bur-ro, MEU KAMI-SAMA!!

Roubei um pacote de um cara extremamente mal encarado e entrei antes que ele percebesse. O que eu não faço por você, Amy, O QUE?! Logo depois que entrei o sujeito começou a fazer escândalo na portaria. Ele apontava pra mim e berrava um ‘ele roubou meu arroz, me deixem entrar!’. Na verdade eu fiquei realmente bravo quando ele conseguiu entrar correndo e veio atrás de mim. Eu não teria me arrependido de dar uns socos naquela cara de babaca dele, mas não podia chamar mais atenção, e acima de tudo, não aguentava mais ficar longe dela.

Foi uma perseguição relativamente boa, porque percorri caminhos que não havia percorrido antes, caminhos que reconhecia, mas que não encontrei nos últimos dias. Entra num corredor, pula uma escada, sai por uma sala... Eu achei, então, uma porta muito estranha. Demoraria pra despistar o cara, ele era rápido e me dava nos nervos, mas os seguranças já estavam atrás dele... Ou atrás de mim, mas espero que não.

Entrei rapidamente pela porta e a tranquei pelo lado de dentro, deslizando para que não me vissem pela janelinha que havia nela. Não sei dizer se fiquei absurdamente feliz ou desesperado quando percebi que aquela sala era a sala para a qual eu e Amy fomos transportados. Ok, eu estava alegre, porque vi a Amy, que me encarava com o rosto vermelho e um olhar surpreso.

O único problema era que dava para vê-la pela janela daquela bendita porta. Eu corri até ela, pegando-a nos braços e a fazendo protestar, encostando-nos em seguida na parede, onde não dava para nos ver. O maluco mal encarado batia na porta como se o mundo estivesse acabando. Amy tentou falar, mas coloquei a mão na boca dela e fiz um ‘shh’ com o indicador nos lábios.

Depois de um tempo eu pude ouvir ele sendo arrastado pelos seguranças enquanto falava ‘mas aquele maldito tá lá dentro!’ ou alguma coisa assim. Enfim eu e Amy pudemos respirar aliviados. Eu e Amy... Ela estava no meu colo... E eu prendia a boca dela com a mão... Não era lá uma situação muito... Acolhedora...

Soltei ela e ela se sentou ao meu lado. É, eu precisava falar alguma coisa, definitivamente.

- Amy... E-eu peço desculpas por ter brigado com você – dizia desanimado e triste, olhando pro chão – sendo que não é sua culpa você ser tão... Ahn... B-bonita e... Bem, me desculpe por ter te deixado sozinha por dois dias, eu juro que te procurei. E também...

- Por favor, não peça desculpas por me beijar de novo – como ela adivinhou o que eu ia dizer?! Olhei pra ela e me surpreendi: ela estava com os olhos inchados, como se tivesse chorado bastante, e uma expressão magoada. Como eu pude fazer isso?... – Não se preocupe, eu não chorei por sua causa... Pelo menos não só por isso – POUTZ, O QUE FOI QUE EU FIZ?! – Eu chorei porque fiquei... Pensando se a-aquele beijo que você me deu foi realmente tão ruim pra você... A ponto de você se desculpar... E também estava com fome, mas me virei com o tio do yakissoba, além de ter tentado e tentado e não consegui imaginar como voltar pro acampamento – Ela começava a chorar baixinho.

É, a Amy estava muito triste, e era como se eu me sentisse machucado com a dor dela também. Puxei ela pra perto de mim e ela encostou o rosto no meu peito, me molhando em seguida com as suas lágrimas. Esperei um pouco pra ela se acalmar, então enxuguei suas lágrimas com os polegares e encarei aqueles dois olhos dos quais eu senti tanta falta.

- O beijo não foi ruim, quanto a isso... Não preciso se preocupar – Ela já parecia mais calma, e deu um sorriso triste pra mim – Mas mesmo assim... Não é fácil saber que acabei me perdendo de você e fiquei ausente por dois dias, te deixando nesse lugar estranho sem ninguém – Abracei ela forte, queria passar a sensação de que eu estava ali pra colher qualquer outra lágrima que ela deixasse escorrer – à partir de hoje, não vou mais sair do seu lado... Você querendo ou não.

Dei um meio sorriso e pude sentir que ficava estupidamente vermelho. Então ela me surpreendeu de novo: virou-se de frente pra mim, sentando no meu colo, já que era a única forma de me encarar, e lentamente encostou nossos lábios. O jeito que ela afagava o meu cabelo... Não consigo nem explicar como era bom. Eu a abracei e ela me abraçou. Eu queria poder ficar ali pelo resto da minha vida, sentindo ela nos meus braços, mas ela afastou seu rosto do meu para me encarar com um sorriso envergonhado e as bochechas rosadas. Ela era tão linda. Enquanto eu recuperava o fôlego, ela se manifestou:

- E-eu fiquei pensando por muito tempo, Jin... E você sempre esteve ao meu lado, sempre cuidou de mim e teve paciência comigo. Além de eu te dever muitos favores, não posso dizer que não gosto bastante de você. E-eu também te amo... – ela olhou pro chão e colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha. Aquilo era uma declaração pra mim? Eu não posso me esquecer de abraçar e agradecer a Arme infinitamente quando nós voltarmos pra casa.

Não aguentei e me levantei, pegando-a no colo e a colocando em pé junto comigo. Encostei-a na parede e a beijei, assim como da primeira vez, abraçando-a forte. Era quase mágico quando eu a beijava, eu sentia uma felicidade que nunca senti com mais ninguém na vida. Depois disso nos separamos e começamos a bolar planos para voltar ao acampamento. Não conseguimos, devo completar... Tentamos de tudo, desde o Abracadabra até o Abre de Sésamo.

Já escurecia, nós já havíamos comido alguma coisa no pátio e voltado pro quarto escuro antes de suspeitarem. Amy encostava a cabeça no meu ombro, olhando tristemente pra um ponto qualquer da sala. Ela fez menção de abrir a Pandora para tirar alguma coisa, mas hesitou.

- O que você ia pegar, Amy?

- Eu ia ver se tirava um lençol ou alguma coisa assim daqui – ela disse abrindo a bolsinha. Por um momento ela encarou a bolsa, então ficou de pé num pulo. Olhava para a Pandora muito, mas MUITO feliz e fazia uma dancinha boba. Eu me levantei também.

- Há há há! O que foi Amy? – Encostei-me na parede e cruzei os braços.

Ela me olhou com aqueles olhos profundos e brilhantes e disse:

- Bem, eu não abri mais a Pandora desde que cheguei aqui, sabe. Mas tinha a impressão de que ela estava aberta quando nós caímos lá no vale. Então... olha só o que tem aqui dentro – ela disse me mostrando o interior da bolsa.

Lá se encontrava um pouco do pó verde esquisito que a Arme havia feito. Quando eu vi isso, soltei um ‘WOW’ que fez até meus ouvidos doerem. Nós rimos e nos abraçamos, então eu tomei a bolsa das mãos dela e despejei em cima de nós dois aquela farofa maldita enquanto beijava a testa dela.

- Ok, você nos meteu nessa furada, então nos faça voltar – disse ela rindo e imitando a maga roxa.

Ouvimos uma forte rajada de vento e eu senti que estava caindo. Amy apareceu caindo acima de mim um pouco depois... É, ela caiu de novo em cima de mim, que engraçado! Nós nos levantamos e ela me deu a mão. Nos encontrávamos no mesmo ponto do vale pelo qual saímos de Grand Chase.

Finalmente, eu ia poder tomar um banho e comer alguma coisa decente.


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Notas finais do capítulo

Oi de novo, gente feliz! o/
Como podem ver, muitas coisas se resolveram nesse capítulo (pra não dizer tudo, hahahaha). Fiquem tranquilos, a fanfic não acaba agora. Ela não é exclusivamente AmyxJin. O que me faz perguntar: de quais outros casais vocês gostam?? Nós escritoras já temos em mente o que vai rolar daqui pra frente, mas é legal fazer levantamentos e coisa e tal, he he! XD
Bem, como dito, não vamos postar com tanta frequência como nos 3 primeiros capítulos... E era isso que eu tinha que falar sobre o andamento da fanfic. =/
Mas ela continua!!! /o/
Isso é só pra manter a qualidade do texto e das nossas vidas pessoais também, he he... Especialmente das notas escolares e pra previnir as consequencias que elas podem trazer... ^^'
Acho que é isso. E aí, o que acham que vai acontecer de agora em diante? ;D
Nos vemos no próximo capítulo, mwahahahahaha! >.



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