Mudança De Planos escrita por Annabeth Chase, Lily Jackson


Capítulo 7
Capítulo 7




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CAPITULO 7
POV ELISABHET
Eu já estava no avião rumo a Nova York, um novo começo que talvez não fosse tão ruim dessa vez, ou talvez fosse pior, mas por enquanto eu não saberia dizer, dentro de um avião não se tinha muito o que fazer, eu até poderia dormir mas simplesmente não conseguia, e todas as músicas que eu colocava pareciam me fazer lembrar de algo do meu passado, algumas felizes, outras tristes, e algumas que eu nem queria lembrar. Mas fora algumas lembranças da minha infância que me chamaram a atenção.
Eu fui criada para ser a dama perfeita, uma grande merda na minha opinião, a partir dos 5 anos eu comecei a ter aulas de línguas e etiqueta, recebia a melhor educação possível, aos 7 anos eu tocava piano muito melhor que um adulto que praticava a mais tempo que eu, dizem que criança aprende mais rápido talvez seja verdade, e aos 9 anos começaram minha aulas de balé e ginastica rítmica, a maioria das coisas que me obrigavam a fazer eu detestava, poucas as que me chamavam atenção, então eu fugia dos meus instrutores e babás, me vestia como um moleque e ia brincar na rua, mas sempre me pegavam e eu voltava as minhas aulas idiotas, eu odiava os vestidos de babados que enfiavam em min, odiava estudar em uma escola aonde as pessoas eram extremamente falsas e só queriam ser minha amigas pelo dinheiro e influencia que os meus pais tinham, odiava as babás que me perseguiam, odiava os instrutores, mas principalmente odiava o fato de que meus pais nunca estavam em casa, de que eles só sabiam trabalhar, inclusive nos finais de semana, meu pai até que eu via e as vezes ele até me levava pro trabalho com ele, já minha mãe eu quase nunca via, ela saia de manhã e só voltava a noite quando eu já estava dormindo.
Até os meus 16 anos eu nunca tive um amigo de verdade e foi ai que eu conheci o Dan e a Ketty que são pessoas maravilhosas que sem nem me conhecer direito se tornaram meus amigos, e só depois eu fui contar quem eu era verdadeiramente e eles nem se importavam com quem eram os meus pais, continuaram agindo normalmente comigo e depois eu conheci a Sophie que se tornou meu anjo da guarda.
Ah mais uma coisa o avião ainda não tinha decolado, e sabe por que eu estava tentando me distrair a todo custo? Simples eu tenho medo de avião e de altura e isso aqui estava me dando nos nervos, e nada parecia me acalmar e lembrar-se da minha infância não ajudava muito, só me fazia fechar a cara mesmo e ficar emburrada. O bom é que não tinham muitas pessoas na primeira classe do avião.
Eu ainda tentava me distrair, quando uma menina com mais ou menos a minha idade sentou ao meu lado, ela usava roupas coloridas e alegres e estava com fones de ouvidos cantarolando uma musica qualquer, ela se virou pra min sorrindo.
-Oi sou Alice e você?-ela se apresentou e perguntou-me.
-Oi, sou Elisabeth-disse 
-Elisabeth, sabe é muito chato ficar horas em um avião sem fazer nada e não ter ninguém pra conversar e você me parece uma pessoa muito legal sabe? Então quer ser minha amiga?-ela começou a tagarelar e de uma forma engraçada ela me divertia, tinha algo nela que me fez gostar dela, talvez a energia positiva que emanava dela eu não sei
-Ah tudo bem, eu sei que é chato e estava tentando me distrair, e eu quero ser sua amiga sim-disse sorrindo docemente a ela.
-Ah que legal, eu já consegui uma nova amiga, quantos anos você tem?-ela perguntou toda eufórica, eu e respondi.
-17 e você?-perguntei
-Eu tenho a mesma idade-ela disse
-Está indo ou voltando pra Nova York?-perguntei
-Estou voltando, estava em um colégio interno no Canadá, mas agora meus pais acham que esta na hora de eu voltar pra casa, finalmente-ela disse sorrindo.
Ela nunca parava de sorrir e isso de certa maneira era engraçado, hoje em dia as pessoas eram todas turronas ninguém andava por ai sorrindo ou distribuindo comprimentos por pura educação, andavam de cabeça baixa e sempre desconfiados, não falavam uns com os outros, só se importavam consigo mesmo, não olhavam ao redor, eram masoquistas e não tentavam ajudar aqueles que precisavam, e Alice foi diferente ela se destacou, ela veio sorriu e puxou papo com alguém que sequer conhecia e foi educada o tempo todo, isso era admirável, ela era uma fofa, tinha estatura baixa com cabelos pretos na altura dos ombros e com cachos nas pontas, olhos castanho mel que brilhavam, e tão magra quanto eu, ela parecia uma fada com seu jeitinho meigo.
-E você Lise o que está indo fazer em Nova York?-ela perguntou
-Estou me mudando, minha mãe quer expandir o ateliê dela, ela é estilista-disse suspirando
-Nossa que legal- ela disse
-É legal sim-disse meio cabisbaixa
-Você não parece estar gostando muito-ela disse
-Hum, bobagem deixa pra lá-disse me desviando do assunto.
-Tudo bem, se quiser uma amiga pra conversar ou algo do tipo é só falar ta bom?-ela falou
-Ta-disse rindo 
Passei a viagem inteira conversando com Alice, descobri bastante coisa sobre ela, e até trocamos telefones, seria bom pra min começar conhecendo pelo menos uma pessoa aqui em Nova York, quando o avião aterrissou, despedi-me de Alice e segui minha mãe quieta até o carro que ela havia alugado, os empregados pegariam nossas malas. Fui o caminho inteiro observando a nova cidade em que eu moraria a partir de hoje, e confesso fiquei bastante encantada com ela que é linda, mas ainda me sentia triste.
Chegamos em nossa nova casa, e assim que o portão se abriu fiquei boba com meu novo lar, era uma mansão gigante, eu não era hipócrita sabia que minha mãe era rica, mas essa "casa" se é que podia ser chamada assim era um verdadeiro exagero, pois nós éramos apenas três e alguns empregados, então pra que uma casa tão grande? vai entender.
Desci do carro correndo não estava com fome havia comido no avião, e perguntei onde era o meu quarto, quando me responderam subi correndo, tive a impressão de ouvir minha mãe gritar meu nome mas não me virei pra saber se era realmente.
Entrei no quarto e quando olhei ao redor quase vomitei, minha mãe tinha feito a decoração inteirinha rosa, e ela sabia que eu odiava rosa, fala serio? rosa é cor de menininha apaixonada, isso é muita sacanagem comigo, ia deixar quieto, por enquanto, mas o meu quarto não ficaria assim de jeito nenhum. Isso aqui não tinha a minha cara nem aqui e nem na china.
Link do quarto:
http://homedesignlover.com/wp-content/uploads/2012/03/1-pink-room-a.jpg
Me joguei na cama de roupa e tudo sem me importar com nada, estava com a cabeça enfiada no travesseiro quando entraram no meu quarto, não me levantei e nem me importei com quem quer que seja, só fiquei quieta.
-Lise filha, eu sei que você não queria vir, mas vai ser bom pra nós, logo você percebera isso-era minha mãe, não respondi e ela perguntou-Gostou do quarto novo?
-Não, não gostei, você sabe que eu odeio rosa-falei meio embolado por estar com a cara enfiada no travesseiro, é eu não me dei o trabalho de me mexer. 
-Você sabe que eu me importo com você Lise, só achei que seu quarto precisava ficar mais feminino-ela disse
Não respondi fiquei quieta e deixei ela falando sozinha, ela vinha sempre com esse papinho de boa mãe mas isso não fazia mais nada comigo, eu não me afetava era imune agora, de tanto que ficou falando sozinha ela acabou se cansando e saiu do quarto, e eu fiquei sozinha, finalmente. Resolvi tomar um banho e ir dormir, amanha seria o verdadeiro inicio da minha nova vida, hoje foi apenas a minha primeira noite na nova cidade, apenas um pequeno prologo de tudo que estava pra acontecer e pra mudar, um novo começo, uma nova vida, e eu queria muito que dessa vez fosse pra muito melhor.


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Notas finais do capítulo

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