Oculus Pacem escrita por Divka Duch


Capítulo 1
Summo


Notas iniciais do capítulo

*O início
"Si prophetia non deduxit, nec caelum et maria ferre ira Ultor." -Custode Librorum
"Se a profecia não se realizar,nem os céus e os mares resistirão a ira de Ultor."- Custode Librorum



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Eu acordei como tinha que ser, espere! Não, não tinha que ser. Quando consegui abrir os olhos, confirmei no celular: Sábado, 8 horas.

– Mas o que? Humpf.- Reclamei.

Voltei a dormir. Quer dizer, tentei, pois existem pessoas que não conseguem viver sozinhas e precisam sugar a vida das outras para se sentirem bem. E no meu mundo esse papel cabia à Lucy e Lee, gêmeas, padrão de beleza desejável, ruivas, com olhos verdes, enfim, detestáveis. O mais incrível é que só precisei de um dia de pesquisa para constatar que realmente são detestáveis.

Se aquela conversa não tivesse acabado em meu punho na cara dele talvez eu ainda estivesse naquela escola, lá não era exatamente o paraíso, mas era mais normal do que aqui: Schola Petram. Sim, latim, daqui para frente minha vida vai se resumir a estudar latim, história, metam e potestame. Olha só, mais uma vez o latim, meta significa objetivo e potestame, poder.

Daí vocês tiram o quão estranho minha realidade parece.


SEXTA-FEIRA:


Logo que cheguei, me entregaram uma longa capa preta, o estranho é que não estava frio. Vesti mesmo assim, todos estavam usando.

A escola parecia um castelo dos filmes de terror, coloração escura, com corvos sobrevoando a torre mais alta. Bom, Petram se resumia a uma única torre, e no jardim da frente árvores deformadas com incríveis folhas pretas. Na verdade, tudo era preto ali.

– Até o céu parece estar de luto. - Murmurei.

– E então, novata, pronta para entrar em Petram? - Perguntou um cara alto, cabelos claros, olhos verde escuro, que me encaravam, assim como eu encarava aquela cicatriz que descia do seu olho esquerdo.

– O que? - Peguntei.

– A escola, o internato, a prisão, chame como quiser. Está pronta para passar um ano aqui?

– É... Um ano ou até me expulsarem. O que vier primeiro.

– Ah... Mas... - Ele ia falar quando o interrompi.

– Como sabe que sou novata?

– A capa. Preta e sem nenhum símbolo representa os novatos.

– Ah. Para quê esta capa? Nem faz frio.

– Quando entrarmos em Petram vai saber.

– Quando entrarmos? - Eu o olhei com aquele olhar do tipo "O quê cara, mas já estamos dentro". Olhei à minha volta e sim, conversamos e caminhamos o suficiente para alcançarmos a entrada principal, bem no estilo gótico. E até ali não parecia nada frio.

– Aqui? - Ele perguntou com tom de risada. - Aqui não é nem um sexto do que é a escola, é só o salão de eventos. Essas comemorações de inicio de ano e todas as outras em que o pessoal "de fora" precisa estar presente, acontecem aqui. Ou você achou que Petram se resume a uma torre?

– Ah, bem... - Falei meio envergonhada. - Óbvio que não né! Por favor, eu nunca pensaria que Protam é só uma torre. - Sim, eu sou irônica quando preciso me defender. Ah, vocês vão me conhecer ao longo desse ano.

– PETRAM! - Ele riu.- É Petram! - E continuou a rir.

Bom, eu devo ter ficado vermelha. Um cara bonitão estava rindo de mim.

– Emilly... - Gaguegei. - Meu nome...

– Oh, Jonathan. Ou só Jonh. Bem, está vendo aquela porta no final do corredor? Lá é o salão principal. Vá para lá, apresente seu nome e eles te darão um cartão com um número, é o armário onde suas malas foram guardadas. Por enquanto, permaneça lá, o acolhimento é rápido. Foi um prazer te conhecer Emilly. - E ele se foi por uma porta na esquerda. Eu fiquei parada no meio de um corredor enorme cheio de novatos.


Queridos, minha história começa agora.



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Notas finais do capítulo

Estou de volta com uma história que eu acho que ficará fantástica,uma mistura de quase todos os gêneros,vai desde o terror até a comédia pura.
O que acharam?Comente,deixem sua opinião.
Agradeço desde já!
Beijos!