He, She, It And The Thing escrita por Izzy Martiniano, Little_Roxy


Capítulo 1
Capítulo 1




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/25066/chapter/1

  Poderia ser mais um dia de escola normal. Não, isso é a mais pura mentira. Nenhum dia para elas era normal.

-         Você precisa falar com o Dougie. – Ordenou Roxy, colocando uma mão na sobrancelha e outra na cintura. (sim, isso é uma citação do oia)

-         Eu falo com o Dougie, se você falar com o Tom. – retrucou Summer olhando as unhas. Roxy a olhou e fez uma careta.

-         Cruel. – disse balançando a cabeça negativamente.

-         DANNY LAMBEU MINHA LÍNGUA! -  Havia uma criatura correndo pelo corredor. Ela tinha cabelos castanhos escuros que balançavam com o vento. Isso poderia ser sexy em outras condições, se não fosse pelo fato de que ela corria como uma gazela manca com tic nervoso. Roxy e Summer fizeram caretas de nojo.

-         Credo, dude, eu não me interesso por suas intimidades. – Disse Summer, Roxy assentiu com a cabeça.

-         Ele lambeu minha língua, me beijou, pegou meus cabelos... –

-         Te jogou na parede! – Interrompeu Roxy se abraçando. – E te chamou de lagartixa! – Gritou Summer com cara de criança feliz.

-         Não... – Lisa olhou torto para as amigas. – Danny não faz essas coisas. Ele é um homem, muito maduro e... –

-         Tarado. – completou Roxy.

-         Isso. O que? Não! Não dá pra conversar com vocês. – Lisa balançou a cabeça negativamente.

Nesse momento, um grupo, com quatro meninos passou por elas. Roxy, como a pessoas atenta que sempre é, tropeçou na lixeira enquanto caminhava para a mesa do refeitório. Summer segurou seu braço. Não houve estragos – físicos – exceto pelo fato de que todos olharam para elas no pior momento. Mas elas superam.

-         Você precisa presta mais atenção! – Repreendeu Lindsay que apareceu nesse momento atrás das meninas e sentou-se a mesa com elas. Na mesa que havia atrás de Roxy sentaram-se os respectivos ninfetos de cada ninfeta.

-         Ah, eu sou só um pouco estabanada... – Roxy falava balançando a mão que segurava o garfo que escorregou de seus dedos. Fechou os olhos. – Me diz que eu não acertei ninguém. –

Lisa esticou o pescoço para ver melhor. Voltou os olhos para Roxy com certo desespero, passando em seguida para Summer, que passou a mão no cabelo e virou para trás.

-         Dude, você acertou o prato do...-

-         Por favor não diga Tom. –

-         Ta bom. Você acertou o prato do Thomas. – Disse Summer com um sorriso satisfeito. Como coisas boas vem aos pares, umas das pulseiras de Summer ficou presa no elástico que prendia seu cabelo. Ela começou a puxar com força para soltar.

-         Vou pegar um guardanapo para você dude, já volto. – Disse Dougie, rindo como um porco. Ele afastou a cadeira que por pura sorte e ironia do destino estava bem ao lado da mão que Summer tentava puxar. No exato momento em que ele virou o rosto para o lado ela soltou a mão, que voou em uma velocidade e força, realmente incríveis para uma pessoa normal, bem na cara do pobre e desamparado Poynter.

-         OMG! Dougie! Desculpe! – Summer se levantou rapidamente, mas na pressa, acabou batendo a mão na bandeja que virou em cima de Lisa.

-         LISA! – Ela foi se virar e chutou a canela de Roxy que levantava da cadeira para pedir ajuda a Tom que estava em pé ao lado dela. Como algo bom tinha que acontecer, Roxy caiu nos braços de Tom. Se ela ao menos tivesse tido algum tipo de reação, teria sido bom.

Danny se levantou e correu para o lado de Lisa para ajudar. O problema foi que ela não o viu e levantou com tudo batendo com a cabeça no nariz dele, que começou a sangrar.

-         DANNY! Bebezinho, xuxuzinho, amorzinho, biduzinho, pitxuquinho! Fale comigo! – Dizia ela segurando o rosto dele. Ele não dizia nada. Só ficava com a mão no nariz.

-         REAJA HOMEM DE DEUS! – Lisa o segurou pelos ombros e o sacudiu.

Enquanto isso, os não prejudicados das mesas se olhavam. Ela indiferente, ele olhava um tanto...Intrigado. Harry sorriu para Lindsay. Ela pensou em retribuir por um segundo, mas algo a impediu.

-         Dude, você está com uma casca de feijão presa no dente.– Disse ela com nojo. O menino parou em frente à janela de vidro.

-         Oh man! – Ele começou a tentar tirar a protuberância dental com os dedos.

-         Nojento! –

 

[...]

 

  Depois de hematomas, narizes sangrando e roupas sujas de comida. Tudo ficou bem. Exceto pela chave do carro de Summer que magicamente desapareceu.

Mas enquanto isso em um carro não muito longe dali.

-         Dude! Eu já falei que eu não vou me atrasar! Mas que inferno. O que? Não ouse a tocar no meu baixo, Daniel Jones. Não faça isso seu usurpador, ladrão de sonhos, destruidor de lares! – Dougie gritava com o celular enquanto da ré com o carro.

-         O que? É mentira! Eu não comi o ultimo pedaço do... -  Dougie bateu em alguma coisa. – Eu já chego ai! – desligou o celular na cara de Danny que continuou falando.

-         Por favor esteja vivo, por favor esteja vivo, por favor esteja vivo. – Ele repetia enquanto saía do carro. Deu a volta e encontrou uma garota sentada no chão catando várias coisas do chão.

-         ELA VIVE! – ele gritou. Summer se assustou e olhou para trás.

-         Por favor não me estupre! – Gritou ela enquanto virava-se para ele.

-         Você! – disseram juntos.

-         Eu sabia que você estava com raiva de mim, mas não a ponto de tentar me matar. – Disse Summer enquanto voltava a catar suas coisas do chão. Haviam cadernos e roupas de ginástica para todos os lados. Ele riu e se abaixou para ajuda-la, pegou alguma coisas e passou para ela.

-         Não foi de propósito. E eu não estou com raiva de você. – Disse ele pegando algumas roupas do chão. Summer olhou o rosto do garoto, notou que tinha deixado uma mancha roxa ao lado de seu olho esquerdo. Levou sua mão ao rosto dele.

-         Eu fiz isso?! – Ele a olhou, surpreso. Ela recolheu a mão rapidamente e continuou a catar as coisas.

Não tem problema, não doeu tanto, não depois das duas primeiras horas. – Ele pegou um pedaço de pano rosa e preto, era menor que os outros. Ele o segurou com as duas mãos para poder dobrar. Quando percebeu o que era, arregalou os olhos e soltou uma risada abafada.

 

-         Wow! –

 

Dougie entregou a calcinha a Summer. Ela pegou a mesma e guardou-a em sua bolsa o mais rápido que pôde. Os dois ficaram de pé e se olharam. Ele colocou as mãos nos bolsos e se balançou nas pontas dos pés.

 

-         Então... Bela calcinha. –

-         Obrigada? Eu acho. –

 

Ela estava confusa e constrangida. Ajeitou a mochila no ombro e olhou para os lados. Ele abaixou a cabeça e riu, olha-a em seguida.

 

-         Olha, sério, desculpe. Pelo acidente e pela calcinha. –

-         Ah, não tem problema. Foi legal da sua parte me atropelar e depois ver a minha calcinha do porquinho. Sinto que agora estamos quites. –

-         Tem razão. –

 

Os dois riram.

 

-         Não, sério mesmo. Não tem problema, eu nem me machuquei, eu tenho que prestar mais atenção. Ai meu deus eu fiz isso? –

 

Ela levou a mão ao rosto dele, ao lado de seu olho direito, havia um pequeno hematoma. Retirou a mão rapidamente e voltou à mesma para a alça da mochila. Ele sorriu com a reação dela.

 

-         Antes de casar sara. Eu tenho que ir. Tenho que encontrar com os caras para... –

-         Ensaiar. Pois é, a sua banda. Que você toca, com o meu ex-namorado. –

 

Summer fez um careta, ele apenas semicerrou os olhos e depois sorriu.

 

-         Isso. Nós temos um show hoje no... –

-         Pub do centro. Desculpe. –

-         É... Você... Vai? –

-         Com certeza. Eu vou estar lá. Não que eu esteja te perseguindo ou coisa assim, eu jamais faria isso. Mas o Danny vai tocar e ele é namorado da Lisa, ela é minha amiga, enfim. Eu vou parar de falar. –

 

O rapaz riu da tagarelice da menina. Summer enfiou a mão na bolsa e dessa vez conseguiu achar a chave de primeira, agradeceu mentalmente por isso. Ela começou a se despedir enquanto andava.

 

-         Então, você vai lá para o seu ensaio, eu tenho que ir para casa porque... Eu tenho que esquentar o almoço. Se as meninas chegarem em casa e comida não estiver pronta, elas vão ficar realmente nervosas, e eu não quero isso. –

-         Até a noite. –

 

Ela abriu a porta do Empala preto (N/A: Sim meninas, eu tenho um Empala preto igual ao do Dean -D) e sentou no banco do motorista o mais rápido que conseguiu. Bateu a cabeça no teto do carro, fez de conta que nada aconteceu. Dougie fez uma careta na calçada. Antes que ele pudesse pensar em qualquer coisa ela já havia arrancado com o carro.

 

[...]

 

Roxy estava parada na frente do balcão. A atendente estava tendo uma conversa estranhamente melosa com o namorado, pelo telefone.

 

-         Oi? Moça? Olha, eu já acabei, está aqui o dinheiro. –

 

A mulher nem se deu ao trabalho de olhar para Roxy, que largou o dinheiro em cima do balcão e saiu do salão. (N/A: uuh rimei *o*) Depois de caminhar por alguns minutos, decidiu parar em algum lugar para tomar um café. Ela entrou em uma lanchonete e pediu um café puro. Alguns minutos depois o mesmo foi entregue a ela. Roxy se virou para ir embora, mas nesse momento, algo inesperado aconteceu.

 

Tom entrou no lugar, enquanto ele fechava a porta, uma pequena corrente de vento soprou, fazendo com que a ponta de sua camisa levantasse, mostrando um pedaço de sua barriga. Roxy mordeu os lábios e semicerrou os olhos.

 

-         Como pode ser tão cruel? –

 

Ela falou consigo mesma. Observou cada movimento que o rapaz fez e então finalmente conseguiu raciocinar. Lembrou-se que havia acabado de sair do salão, jogou os cabelos recém-escovados e cortados. Estufou o peito, empinou a bunda e começou a caminhar. O que ninguém contava era que o homem à frente dela resolveria se levantar da cadeira no exato momento em que o garçom passava um pouco mais à frente com uma bandeja cheia de copos com café quente. Roxy prendeu o pé na cadeira do homem e cambaleou até bater no garçom que segurava a bandeja. Todos os cafés viraram em cima dela.

 

-         Vem. –

 

Alguém a pegou pelo braço no mesmo momento. A voz era familiar, mas ela não conseguiu parar para olhar para ver quem era. Estava muito preocupada com o café quente em sua roupa.

 

Só então os dois pararam de andar. Ela levantou a cabeça para ver quem era, então se deu conta. Lá estava ele. Tom Fletcher, e ele estava ajudando ela. Respirou fundo três vezes seguidas enquanto ele entrava no carro e pegava um pedaço de pano e uma garrafa com água. Molhou o pano com a água e segurou a ponta da camisa de Roxy, começou a limpar a mesma, com cuidado.

 

Nesse momento, uma senhora passou pela calçada e olhou para os dois, horrorizada, Tom riu baixinho.

 

-         Ela deve pensar que estou te assediando. –

-         Eu não ligo. –

 

Roxy disse, ela tinha uma expressão de criança impressionada no rosto. Tom olhou-a com uma sobrancelha levantada.

 

-         Como? –

-         Nada! Me dá aqui, deixa que eu limpo. –

 

Ela pegou o pedaço de pano da mão dele e começou a limpar a camisa. Ele ficou observando a menina atentamente. Depois de alguns instantes ela desistiu. Decidiu tirar a camisa suja e ficar só com a camiseta que usava por baixo. Entregou o paninho ao rapaz e colocou a bolsa no capô do carro.

 

Quando Roxy começou a tirar a blusa, sentiu que estava um pouco frio demais, ela parou com a blusa ainda presa na cabeça, Tom tentava disfarçar, não olhando diretamente para a garota.

 

-         A blusa de baixo subiu junto com a de cima, não foi? –

-         Foi. –

-         Imaginei. –

-         Eu te ajudo. –

 

Ele puxou a camiseta dela para baixo. Roxy ficou tentando tirar a blusa de cima que estava presa em seus braços e cabeça. Tom ajudou-a a tirar a cabeça, mas seus braços ainda estavam presos.

 

Harry saia de um Mcdonald’s que ficava na calçada oposta. Tinha um copo grande coca-cola na mão e na outra segurava um hambúrguer meio comido, o saquinho de batata frita estava de baixo do seu braço direito. Assim que ele avistou Tom, escancarou a boca. Ele estava parado atrás do carro, indo para frente e para trás e havia uma garota descabelada com ele. Harry observou enquanto o amigo tirava a blusa da menina e em seguida acenou para ele.

 

O garoto caminhou boquiaberto até os dois, para de frente para eles, bebeu um gole do refrigerante e começou a falar:

 

-         O que vocês estão fazendo atrás do carro descabelados e suados, indo e vindo e tirando peças de roupas um do outros?! –

-         Não é o que você está pensando, temos uma explicação muito lógica para isso. –

-         Temos? –

 

Perguntou Tom a Roxy, ela fez uma careta de duvida.

 

-         Temos, eu apenas ainda não consegui formula-la. –

 

Harry deu uma mordida no hambúrguer e começou a falar.

 

-         Calados! Meros mortais. Eu não quero saber sobre seus atos sexuais públicos. Apenas não se sintam interrompidos com minha presença. –

 

Ele foi para o lado do banco do carona e abriu a porta com dificuldade. Quando ele estava quase sentado, voltou e colocou a cabeça para fora do carro, olhando para Tom.

 

-         A propósito, você escolhe bem, Tommy. Até mais tarde Roxy, e vê se arruma esse cabelo. –

 

[...]

 

-         Mais forte. Não tão forte! Isso, assim. Continua, não pára. Estou quase lá. ISSO! –

 

Danny e Lisa jogaram os controles do Nintendo Wii encima do sofá. Os dois se abraçaram, rindo. Ele beijou o rosto dela e depois os lábios, ela sorriu para ele.

 

-         Sabe no que eu estava pensando? –

 

Ele começou a beijar o pescoço dela.

 

-         Que eu sou muito melhor que você nesse jogo? –

-         Também. –

 

Os dois riram. Logo depois ele a abraçou e voltou a beija-la, ela sabia aonde aquilo levaria. Mas aquele não era o momento. Ela o empurrou de leve e começou a andar pela sala.

 

-         O que foi? –

-         Nada. –

-         Como assim nada? –

 

Lisa sentou no sofá e apertou uma almofada com as mãos. Danny se sentou ao lado dela e ficou olhando-a.

 

-         Nada, sério mesmo. Só que... Agora não é o melhor momento. Você tem que ensaiar daqui a pouco e... –

-         Você não tem certeza? –

 

Lisa estava ficando desesperada. Ela já havia visto aquela expressão no rosto de Danny uma vez, seus olhos brilhavam e suas bochechas estavam ligeiramente coradas. Sim, ele estava quase chorando.

 

-         Não! –

-         NÃO?! –

 

Danny arregalou os olhos com a resposta.

 

-         Quer dizer, sim! É claro que eu tenho certeza que é isso que eu quero mas, não agora. –

-         Mas tem que haver um motivo. Você não me explica nada direito eu fico achando... –

 

Lisa se levantou de repente e começou a gritar.

 

-         POR QUE EU NÃO ME DEPILEI! SATISFEITO?! –

 

Danny apenas concordou com a cabeça.

 

 

[...]

 

Tom havia deixado Harry na esquina do lugar onde ele cortaria o cabelo. Ele caminhava pela rua cantarolando quando a avistou. Lindsay saia de uma loja de roupas com algumas sacolas na mão. Primeiro, como que em câmera lenta, ele a observou andando, um pouco desajeitada com os peso dos pacotes. Ele sacudiu a cabeça e andou até a ruiva.

 

-         Hey Lindsay! Quer ajuda? –

-         Harry! Obrigada. –

 

Ele pegou alguns pacotes da mão dela e dois começaram a caminhar em direção ao carro. Ela abriu o porta-malas e ele colocou os pacotes dentro. Os dois se olharam e ela fechou a porta em seguida.

 

-         Bom, mais uma vez, obrigada. –

-         Ah, não foi nada. Hey, você vai hoje à noite? No show? –

-         Vou. Na verdade, eu comprei essas roupas para isso. -

-         E depois... Você gostaria de sair comigo? Não um encontro... Só sair, para comer alguma coisa, como amigos. Ou se você quiser pode ser um encontro, enfim, você quer? –

 

Harry a encarava com aqueles olhos azuis e perfeitos, o nervosismo era facilmente percebido em sua voz. Ela de verdade adoraria sair com ele, mas de fato não podia.

 

-         Ah... Eu não posso. Já combinei com outra pessoa. Mas, nós podemos sair outro dia... –

-         Não. Esquece, tudo bem. Você deve sair com o seu namorado hoje. Bom eu não sei se ele é seu namorado, pode nem ser um homem, pode ser uma menina, mas tudo bem para mim se você quiser sair com a sua namorada... Ou sua amiga. Eu estou atrasado. Até de noite. –

 

Ele virou a costas e começou a andar, ela ainda estava um pouco perdida com toda a tagarelice dele, por isso não conseguiu dizer nada.

 

[...]

 

Já havia anoitecido e as meninas já estavam na frente do pub. Deram seus nomes ao segurança que as deixou passar. Já estava perto do palco quando ouviram uma voz familiar.

 

-         Lisa! –

 

Lola, Mary, Alisha e Katy estavam sentadas na mesa na frente do palco. Lola acenava com um sorriso falso para elas. As quatro caminharam sem animo nenhum até elas.

 

-         Lindsay, Roxy e... Winter? –

 

Summer pegou uma bebida da badeja do garçom que passava por ali. Ela sorriu para Mary de maneira simpática. Levantou o copo enquanto falava.

 

-         Ótimo trocadilho. –

 

Summer revirou os olhos enquanto levava o copo a boca mais uma vez.

 

- Ah, mas que pena que vocês não chegaram mais cedo, não vão conseguir pegar um lugar perto do palco. -

 

Alisha disse fazendo cara de quem sente culpa. Roxy colocou a mão no ombro de Lisa.

 

-         Ah, mas é muita gentileza dês vocês se preocuparem com a gente. –

-         Mas o que acontece aqui, é que nós já temos lugares reservados. –

 

Lindsay disse sorrindo. Summer completou as amigas.

 

-         Pois é. O Danny, namorado da minha amiga aqui, Lisa, conseguiu que nós ficássemos naquela área ali, o bar do lado do palco. Como se chama mesmo? –

-         Área VIP, Sum. – Respondeu Lindsay.

-         Isso mesmo! Eu sempre esqueço esse nome. –

 

Os sorrisos dos rostos das meninas se tornaram ainda mais falsos, transparecendo isso em suas vozes.

 

-         Nossa, isso é maravilhoso. Aproveitem o show. – Disse Katy.

-         Aproveitaremos. E vocês também. –

 

Elas viraram de costas assim que Lisa terminou de falar. Quando estavam na escada Lisa olhou para amigas e disse:

 

-         Elas mal sabem que me show começa quando o delas acaba. –

 

[...]

 

-         Just daaaaaance. –

 

Dougie cantava de boca cheia. Tom e Danny estavam sentados no sofá. Danny afinava a guitarra e Tom olhava para a TV. Harry passou pela porta de óculos escuros, casaco preto, com o capuz por cima do boné. Dougie parou de comer e olhou-o de boca aberta.

 

-         Você é o homem invisível? –

 

Harry não disse nada. Apenas sentou na poltrona e ficou olhando para o nada. Tom levantou e colocou a mão no ombro do amigo.

 

-         Dude, você está bem? –

-         Harry? O que aconteceu? –

 

Danny perguntou ainda sentado no sofá. Harry ficou de pé sem dizer nada. Tirou o capuz e depois os óculos e o boné. Os três garotos fizeram diferentes caretas quando viram o rosto do amigo. Seus olhos estavam vermelhos e inchados e seu cabelo estava, bom seu cabelo não estava.

 

-         DUDE, VOCÊ TA CARECA! –

-         Jura, Dougie? Eu não teria notado, se não fosse você. Muito obrigado por me avisar. –

-         Grosso. – Ele colocou mais uma mão de batata frita na boca.

-         Eu vou te mostrar o que é grosso... – Disse Harry levantando o punho para Dougie. Tom o puxou pelo braço.

-         Hey! Calma, os dois. –

-         O que aconteceu? – Perguntou Danny se levantando do sofá.

-         Eu fui cortar o cabelo, mas ai no caminho, eu encontrei com a Lindsay, ela estava tão linda e... Eu a chamei pra sair...-

-         A LINDSAY FEZ ISSO COM VOCÊ?! – Dougie interrompeu, Harry o fuzilou com o olhar.

-         Não. Foi aquele monstro! É sério, jamais combinem em um gay com o cabelo arrumadinho. Eles são do mal. –

-         Um gay fez isso com você? – Perguntou Danny.

-         FEZ! Ele passou um negocio suspeito no meu cabelo, e eu tive uma reação alérgica. Eu tive que raspar meu cabelo e agora eu estou assim! – Lágrimas saiam dos olhos de Harry. Danny deu tapinhas no ombro do amigo, tentando consola-la.

-         Oh, dude, não precisa chorar. –

 

Harry virou para Danny e segurou o amigo pelos ombros. Começou a sacudi-lo e a gritar.

 

-         EU NÃO ESTOU CHORANDO! VOCÊ TEM ALGUMA NOÇÃO DO QUE É SER UM HOMEM COM LÁGRIMAS INVOLUNTARIAS SAINDO PELOS SEUS OLHOS POR MAIS DE TRÊS HORAS SEGUIDAS?! É REALMENTE MUITO FRUSTRANTE! –

-         Eu estou ficando tonto. – Disse Danny, Dougie se sentou na poltrona e resmungou.

-         Fresco. –

 

Aquele era o limite de Harry. Ele olhou para Dougie e pulou encima do amigo tão rápido que os outros dois não puderam nem pensar em para-lo. A poltrona virou com os dois e Harry prendeu a mão nos cabelos de Dougie. Tom tentou segurar Harry, Danny olhou a situação e levantou o braço.

 

-         Não se preocupe! Eu te salvarei! –

 

Danny ficou atrás de Dougie e envolveu os braços em seu tronco. (N/A: sem comentários u_u) Ele começou a puxa-lo para trás. Dougie tentava dizer algo.

 

-         Você está... –

-         O que? – Perguntou Danny.

-         Você está...-

-         O QUE?! –

-         VOCÊ ESTÁ SUFOCANDO ELE! – Gritou Lisa no momento em que abriu a porta e viu a cena.

-         Hã? –

 

Danny soltou Dougie, que caiu encima de Harry, que caiu encima de Tom, que caiu no chão.

 

-         Lisa! – Gritou Danny.

-         Danny! – gritou Lisa.

-         Harry. – Disse Tom empurrando Harry.

-         Tom. – Retrucou Harry empurrando Tom.

 

Dougie levantou, se espreguiçou, arrumou o cabelo, olhou em volta. Ele levou uma mão a barriga, suspirou e então arrotou.

 

-         DOUGIE! – todos gritaram juntos. Dougie apenas olhou com cara de assustado.

-         O que? –

 

[...]

 

Depois de algum tempo, Lisa se juntou as meninas, elas estavam discutindo algo.

 

-         Ah, mas é claro que você gosta dele! E ele gosta de você. Vocês se gostam, logo você não deve sair com esse cara hoje. –

-         E olha, eu testei e aprovei. –

-         Dude, quando você fala assim, ele parece um carro. –

 

Roxy repreendeu Summer. Sum levantou o copo e fez uma cara de quem se rende.

 

-         Se ele fosse um carro, seria uma Ferrari. Preta, reluzente, sexy e misteriosa. –

-         Quantos drinques desse, você já tomou? – Perguntou Lisa se sentando na mesa junto com as amigas.

-         Três. – todas olharam para Summer. – Sete. – Elas continuaram a encara-la. – Ok! Doze! Mas que coisa, uma mulher não pode nem se embebedar em paz. –

 

Todas riram e então elas ouviram os primeiros acordes de “Lies”. (N/A: Lies, lies, lies /METAL) Elas gritaram para os garotos, que começaram o show. Lindsay olhou para Harry curiosa. Ele estava de casaco e boné.

 

-         O Harry está bem? –

-         Eu sabia! Ela está preocupada com ele! – Disse Roxy e em seguida Summer completou:

-         É amor! –

-         Ele está careca. – Disse Lisa fazendo cara de pouco caso.

-         Eca! Eu nunca gostaria de um careca. – Roxy fez uma careta de nojo.

-         Dude, seu pai é careca. – Disse Summer, balançando a cabeça negativamente.

-         Ah... Mas ele é meu pai. Eu fui programada geneticamente para ama-lo. – Defendeu-se Roxy. Todas riram, mais uma vez.

 

Após algum tempo de show. Danny começou a falar. Ele manteve os olhos fixos em Lisa o tempo todo.

 

-         A próxima música, se chama Walk in the Sun, e eu escrevi... Para a garota mais maravilhosa e perfeita de todo mundo. Bom pelo menos para mim ela é. É a minha namorada. Lisa Lautner, ela veio aqui hoje, e eu tenho certeza que mesmo que eu estivesse tocando musica em uma esquina do lado de um latão de lixo, ela estaria comigo. Eu te amo Liss. –

 

Ela sorriu para ele com os olhos cheios de lágrimas e sussurrou um “eu te amo”. Summer começou a fungar e a lacrimejar, as amigas olharam para ela. Lindsay que estava ao seu lado passou a mão pelos cabelos da amiga.

 

-         Sum, você está chorando? –

-         Não. É que tem muita vodka nisso aqui. –

 

Todas sacudiram a cabeça negativamente.

 

[...]

 

Já passavam de 14:00h e Summer ainda estava deitada na cama, com a roupa da noite anterior, a maquiagem borrada, fazia seus olhos azuis parecerem mais claros. Ela levantou e passou a mão pelos cabelos embolados. Roxy abriu a porta e entrou no quarto pulando e cantando:

 

-         I feel so pretty!

 

Summer deitou na cama de novo e tampou o rosto com o travesseiro. Roxy pulou na cama da amiga e ligou o rádio que ficava ao lado da mesma. Colocou “Don’t Jump” do Tókio Hotel para tocar bem alto.

 

-         Acorde Summer! O dia está lindo na grande e animada Londres! Anime-se! –

 

Summer tirou o travesseiro do rosto e olhou para Roxy, ela estava sentada na ponta da cama com cara de criança feliz.

 

-         É páscoa ou coisa do tipo? –

-         Não. Eu apenas estou feliz. Levanta, cante comigo. –

 

Logo as duas já estavam de pé e pulando pelo quarto. Summer abriu a porta da varanda e começou a gritar a musica junto com Roxy.

 

-         PLEASE DOOOOOOOON’T JUUUUUUMP! – Elas olharam para o lado e gritaram em uníssono. – Harry! –

 

Harry estava na varanda ao lado, ele estava agarrado a grade da mesma com cara de quem está se concentrando em algo.

 

-         O que você está fazendo? – Perguntou Summer.

-         Eu vou pular da varanda. – Respondeu ele naturalmente.

-         Ah sim. Hey, por que você está na varanda da Roxy? –

-         Pensei que fosse a da Lindsay. –

-         Ah sim. E por que você vai pular da varanda? –

-         Porque eu vou me matar. –

-         NÃO VAI NÃO! –

 

Roxy interrompeu a conversa de repente. Os olhos azuis de Harry cintilaram. Alguém se importava com ele a ponto de não querer que se matasse. Roxy continuou a falar.

 

-         Não dessa varanda. Ai você vai cair encima das minhas flores. –

 

[...]

 

Lisa caminhava pelas ruas movimentas. Os grandes óculos Marc Jacobsl escondiam parte de seu rosto. Ela havia acabado de sair do salão, estava com tudo no lugar, cabelo, sobrancelha e depilação da virilha até os pés. Estava sem duvida preparada para a noite. Ela mexia os lábios no ritmo da música que tocava em seu iPhone.

 

Parou em frente ao grande portão do colégio de seu irmão. Colocou a cabeça para dentro e acenou para ele com um sorriso. Ele se despediu dos amigos e foi até ela.

 

-         Oi, Gabriel! – Disse ela sorrindo.

-         Oi, Liss! – Ele respondeu e os dois começaram a caminhar.

-         Hey, meu amigo disse que você tem uma comissão de frente nota 10. Onde nós vamos? Eu estou com fome. – Lisa sacudiu a cabeça com o bombardeio de informações que lhe foi dado.

-         Nós vamos a farmácia, depois vamos pegar meu carro e eu vou te deixar em casa. –

-         O que nós vamos fazer na farmácia? –

-         Você nada, eu vou comprar umas coisas. Vai ali na banca e escolhe alguma coisa. –

 

O menino obedeceu a irmã e foi para a banca, ela se certificou que ele estava no lugar onde foi mandado e entrou na farmácia. Colocou os óculos na cabeça e foi para o lado do balcão onde estavam várias camisinhas. Pegou algumas com a mão e as observou por algum tempo.

 

-         Por que inventam tantos sabores e tamanhos? Por que não fazer uma de saber e tamanho único? Isso não deveria ser tão complicado. – ela sacudiu a cabeça negativamente. – Ah, quer saber? Vou pegar uma de cada, uma dessas vai ter que dar. – Lisa pegou várias camisinhas com a mão de uma vez, quase deixou todas caírem no chão assim que alguém atrás dela falou.

-         Você está comprando camisinhas! – Lisa virou-se rapidamente para o irmão que olhou para sua mão. – Não, você está comprando muitas camisinhas! Você vai transar com o seu namorado! Papai vai ficar irado quando souber disso! – Ela tampou a boca do menino com a mão livre. Jogou as camisinhas encima do balcão. Ela colocou os óculos novamente, olhando em volta.

-         Você não pode contar pro papai. –

-         Eu posso sim. –

-         Sim você pode, mas você não deve. –

-         Dê-me um bom motivo para não contar. -

-         Eu sou sua irmã! Temos que nos ajudar. –

-         Não temos não. –

-         Te dou £20. –

-         Isso é uma mixaria. Você acha que pode me comprar com tão pouco? Não, eu tenho meus princípios. –

-         £50. –

-         Ok, mas isso não vai me manter calado para sempre. Você terá que fazer tudo que eu pedir. E vai ter que me tratar bem. –

-         O que? Nem pensar. Se for assim eu mesma conto pro papai. – Gabriel tirou o celular do bolso e discou o numero do pai, colocou o dedo no Send e mostrou para Lisa.

-         Então conte agora. -

-         Não! – Ela fechou o celular na mão dele.

-         Ok. Mas não vale abusar. –

-         Fechado. Foi ótimo fazer negocio com você. Agora, me leva pra comer alguma coisa. –

-         Ah, seu pestinha! – Ela levantou a mão para ele, que apenas mostrou o celular.

 

[...]

 

De fato, Harry estava começando a preocupar. Ele estava sentado na escada da entrada da casa das meninas. Estava lá há horas, esperando que Lindsay chegasse. Já eram 18:00h quando um carro vermelho parou enfrente a casa das meninas. Lindsay saiu de dentro do carro, os sapatos na mão. Ela se despediu animadamente do rapaz dentro do carro. Ficou na calçada acenando, até que o carro virou a rua e sumiu de sua vista.

 

Harry observou tudo de longe, um certo ciúme tomando conta dele. Lindsay virou-se para a casa e avistou o rapaz sentado nos degraus. Seus olhos não estavam mais inchados e ele estava até charmosinho com aquele cabelo. Ok, sem cabelo.

 

-         Hey! O que faz aqui, Judd? –

-         Estava... Te esperando. Como foi o seu encontro. – Ela abaixou a cabeça, sorriu e olhou para ele de novo.

-         Bom, não foi bem um encontro. Mike, é um cara bem legal, mas ele não é o meu tipo. Na verdade, acho que ele é gay. –

-         Mike? Grant? Do time de futebol? – ela assentiu com a cabeça. – Isso era algo que eu não esperava. – Os dois riram. – Bom, eu sei que as meninas vão falar com você, mas eu queria te chamar. –

-         Para onde? – Perguntou ela antes que ele terminasse de falar. Harry sorriu com o interesse da menina.

-         Nós vamos ao cinema hoje. Sabe, eu, o Dougie, a Summer, o Tom e a Roxy. Já que hoje o Danny e a Lisa vão ocupar nossa casa. – Harry fez uma careta. Lindsay riu.

-         Hoje é a grande noite. – Os dois riram juntos.

-         É. Mas então, você iria... Comigo? Quer dizer, você seria meu par nesse... Encontro de casais? – Ele falava com uma expressão confusa no rosto, tentando encontrar as palavras certas. Isso fez com que Lindsay soltasse uma leve risada.

-         Claro, eu serei sua... metade da laranja, tampa da panela ou coisa do gênero, hoje a noite. -  Eles riram juntos. - Então, eu te encontro no cinema do centro as 21:00h. –

 

Ele assentiu com a cabeça, os dois se despediram e enquanto ela procurava pela chave dentro da bolsa, pode vê-lo dançando na rua a caminho do carro. Ele tropeçou na lixeira, fazendo com que Lindsay parasse de rir.

 

-         Você está bem!? – Perguntou ela da varanda. Ele se virou com cara de assustado, colocou as mãos nos bolsos e olhou para os sapatos.

-         Você não deveria ter visto isso. Mas eu estou bem. – Ele acenou com a mão e voltou a caminhar. Antes de entrar em casa ela conseguiu vê-lo dando um pulinho e uma reboladinha ao lado da porta do carro.

 

Lindsay entrou em casa e encostou na porta. Roxy estava arrumando a bolsa e Summer estava sentada no penúltimo degrau da escada, calçando seu all star vermelho de cano médio.

 

-         Hey, veja quem apareceu! – Disse roxy.

-         E veja a expressão no rosto dela. – Completou Summer, ficando de pé em seguida.

-         Eu conheço esse olhar. – Roxy deu um passo para o lado de Lindsay.

-         É o olhar de um ser apaixonado. –

-         E  nós não estamos falando do nosso bonitão do time de futebol. Não, meus jovens, a noticia que vem a seguir é bombástica. –

-         Estamos falando do nosso baterista carequinha, Harry Judd. –

 

Lindsay olhou para as amigas com um ar de quem não pode acreditar no que vê. Cruzou os braços e ficou olhando para as duas. Summer pegou a bolsa que estava na mesa ao lado da porta. Pegou as chaves do carro e colocou a mão na maçaneta.

 

-         Onde vocês vão? – Perguntou Lindsay erguendo uma sobrancelha.

-         Vamos comprar umas coisas e depois vamos encontrar com você. –

-         Por que nós não vamos no meu New Betow? – Perguntou Roxy fazendo careta para as chaves nas mãos de Summer.

-         Porque meu Empala é sexy e clássico. –

-         Meu New Betow é sexy e novo. –

-         Calada, você não tem altura nem para entrar no brinquedo MacDonald’s. Não pode dirigir. –

-         Hey! Nós moramos na mesma casa, eu posso te atacar enquanto você dorme. Você é grande, mas não é duas. –

 

[...]

 

Danny verificava cada centímetro da casa, certificando-se de que tudo estava perfeito. Ele via se cada vela estava acesa, se cada pétala de rosa estava no lugar. Isso poderia ser um pouco clichê, mas ele queria criar um clima romântico. Era a primeira vez de Lisa – e dele também. – Queria que tudo estivesse perfeito. “Walk in the sun” ecoava pelos corredores da casa.

 

Ele escutou o barulho do carro de Lisa parando na calçada da frente. Olhou em volta mais uma vez e em seguida olhou-se no espelho mais uma vez, tudo parecia estar no seu devido lugar. Ele ficou parado no hall de entrada, esperando por ela. Prendeu a respiração assim que a maçaneta começou a girar. Lisa colocou a cabeça para dentro da casa e em seguida entrou, fechando a porta atrás dela. Ele soltou o ar quando a viu. Ela estava linda, com uma camiseta marrom perfeitamente ajustada em seu corpo e uma calça jeans escuro, nem muito apertada nem muito larga, estava do jeito que Danny gostava. Ele achava que nunca a vira tão linda na vida. Não estava arrumada demais, mas para ele, ela estava perfeita. Danny respirou fundo e caminhou até ela. Os olhos de Lisa brilhavam enquanto ela observava o lugar.

 

Quando Danny já estava na sua frente, Lisa ficou na ponta dos pés e Danny segurou seu rosto com as duas mãos, os dois deram um curto beijo e então ele a olhou. Tirou uma mecha de seu cabelo castanho que caia sobre a bochecha da menina, encostou sua testa na dela e acariciou seu rosto.

 

-         Você tem certeza? – Perguntou ele. Ela colocou sua mão por cima da dele e sorriu.

-         Tenho. – Lisa o beijou em seguida.]

 

Danny sorriu e então abaixou um pouco, pegou Lisa no colo e aproximou a boca de seu ouvido. Surrou baixinho:

 

-         Eu te amo. –

 

[...]

 

Summer já estava ficando nervosa. Ela estava dirigindo em um fim de mundo a mais de uma hora e nada de achar a tal loja que Roxy tanto falava.

 

-         Roxy, nós estamos perdidas, admita! –

-         Não estamos não, estamos quase chegando. –

-         Você disse isso a mais de uma hora atrás! Sabe o que aconteceu agora? Eu perdi uma oportunidade incrível de ficar com o Dougie! E tudo isso por que? PORQUE EU OUVI ROXANNE EVANS! –

-         AQUI! –

 

Summer parou o carro de repente com o grito de Roxy, as duas olharam para fora e viram a entrada da Sex Shopp. Summer estacionou o carro e as duas se olharam.

 

-         Vamos entrar, comprar e sair. – Sugeriu Roxy. Summer apenas concordou.

 

Elas saíram do carro e um homem na calçada as olhou de cima abaixo e disse:

 

-         É assim que eu gosto de garota! –

-         Como é? – Perguntou Summer.

-         Não entendi o que o senhor disse, vô. – Disse Roxy ironicamente.

-         Olha só, querido. Eu estou muito nova pra ficar limpando baba de velhos tarados, e a próxima fralda que eu vou trocar, vai ser do meu filho, e com certeza não vai ser com o senhor que eu vou ter um. – Elas jogaram o cabelo e entraram na loja, deixando o pobre homem sem ação.

 

[...]

 

Lindsay desceu do táxi e avistou Harry sentado no banco em frente ao cinema. Ela sorriu e caminhou até ele. Ele se levantou para cumprimenta-la.

 

-         Hey, cadê todo mundo? – Harry fez uma careta e depois sorriu para ela.

-         Eles não vem. – Lindsay pareceu confusa.

-         Como assim, eles não vem? –

-         Tom e Dougie estão na sua casa com Roxy e Summer. Eles meio que armaram isso. Bom na verdade, fui eu. Mas se você quiser voltar para casa e ficar com eles lá, eu não vou me importar, eu não devia ter mentido para você. – Ela colocou o dedo nos lábios dele.

-         Você realmente não devia ter mentido para mim. Mas nós já estamos aqui, eu me arrumei toda. Não quero ter que pensar que perdi tempo com isso. Então, o que nós vamos ver? –

 

O sorriso mais lindo do mundo tomou conta do rosto do rapaz naquele momento, ele riu e foi para o lado dela, levantou o braço, esperando que ela passasse seu braço por dentro do dele. Lindsay riu um pouco sem graça, assim que ela o fez, eles caminharam para dentro do cinema, ele tinha um ar todo pomposo e ela estava se divertindo com a situação.

 

[...]

 

-         Você tem certeza? – Perguntou Tom, nervoso. Ele e Dougie estavam parados na varanda da casa das meninas. Dougie havia aberto a porta da frente com a chave e estava entrando.

-         Claro! Como você acha que eu tenho a chave? –

-         Eu tenho certeza que você tem seus métodos para conseguir isso, meu caro amigo. – Dougie fez cara de quem concorda.

-         Ah, mas eu peguei a chave com o Danny, ele pegou a chave com a Lisa que disse que falou com as meninas e eu falei com o Harry, ele disse que o Danny falou com ele e é pra gente ficar aqui, esperando por elas. –

-         Não sei não. –

-         Vem! –

 

Dougie puxou Tom pela gola da camisa para dentro da casa e fechou a porta. Eles começaram a vagar pela casa. E logo Dougie chegou onde queria. Ele parou na porta da cozinha e sorriu. Abriu a porta do micro-ondas. (N/A: agora com hífen u_u) Pegou um pedaço da pizza que estava ali dentro sabe-se lá a quanto tempo. Tom chegou logo depois e correu para o micro-ondas.

 

-         Eu quero um pedaço! – Disse ele pegando a caixa vazia. Olhou para Dougie e estendeu a mão.

-         Hey, divide comigo, esse pedaço é grande. – Dougie virou de costas e mordeu mais uma vez a pizza.

-         Não! – Tom fez uma careta e então jogou a caixa - que ainda tinha pedaços pequenos da pizza dentro dela – encima de Dougie.

-         SEU MEANERTAL! VOCÊ AINDA NÃO CHEGOU A FASE DO HOMOSAPIENS? – Dougie gritou, revoltado. Tom começou a rir sozinho. Dougie olhou para o pedaço de pizza em sua mão e depois para a bermuda de Tom. Um sorriso maligno tomou conta de seu rosto. Ele correu na direção do amigo e puxou a bermuda junto com a cueca do mesmo, colocou a pizza e depois soltou. Dougie levantou a mão direita acima da cabeça e bateu na bunda de Tom com toda a força que conseguiu.

-         HÁ! – Gritou Dougie. Tom começou a pular balançando a calça, pedaços de pizza caíram no chão quando ele o fez. Ele se abaixou e juntou alguns, caminhou calmamente até Dougie que o olhava com cara de assustado.

-         Hey, dude, o que você vai fazer? Era só brincadeira. Não! – Demorou demais, Tom esfregou a pizza amassada no cabelo de Dougie.

 

Nesse momento, Roxy e Summer chegaram a porta da cozinha segurando sacolas vermelho sangue. Roxy acendeu a luz e olhou para os dois garotos cobertos de pizza, em seguida, ela olhou para cima e para o lado para falar com Summer.

 

-         Entramos na casa errada? – Summer por sua vez, colocou a mão no ombro da amiga e falou sem tirar os olhos dos meninos.

-         Sem duvida, essa é a minha casa. –

 

[...]

 

O filme já havia acabado e Lindsay e Harry caminhavam pela rua. Ele tinha uma mão no ombro dela, e ela uma na cintura dele. Os dois riam e conversavam de maneira calma e meiga, fazendo com que algumas garotas suspirassem de inveja, desejando estar no lugar dela.

 

Os dois pararam em frente ao carro de Harry e ele abriu a porta do carona para Lindsay.

 

-         Eu quero te mostrar uma coisa. –

-         Hã? Olha eu realmente não quero ver o que eu penso que você vai me mostrar, não ainda. – Harry soltou uma gargalhada e deu a volta no carro.

-         Eu não vou te mostrar isso, não ainda. – Ela fez uma cara de falsa ofensa.

 

Os dois entraram no carro e ele pegou um CD que estava no banco de trás. Ligou o som e colocou uma faixa do CD para tocar. Era uma musica animada e até um pouco engraçada. Lindsay sorriu.

 

-         Nós gravamos hoje. Não sei se está muito boa, mas é... Para você. Se chama “Please, Please.”

-         É pra mim? Quer dizer, é para mim, você acabou de dizer que é. Mas Harry... Você fez isso para mim. -

 

 

Ele sorriu e confirmou com a cabeça. Lindsay olhou para ele e colocou sua mão direita no rosto do rapaz. Alguns segundos depois os lábios deles se tocaram, em um calmo, primeiro beijo.

 

[...]

 

Summer estava sentada no chão do quarto, estava com seu coelho, Roberto no colo. Ela olhava para as peças de roupas recém-adquiridas espalhadas pelo chão. Estava completamente sem animo. Alguém bateu na porta e ela levantou a cabeça. Dougie abriu a porta devagar e colocou a cabeça com cabelos molhados para dentro do quarto. Ele segurava uma toalha úmida. Por sorte, haviam roupas limpas para eles no carro de Tom.

 

-         Onde eu penduro isso? – Perguntou ele.

-         Ah, deixa que eu penduro para você. – Summer tirou Roberto do colo e ficou de pé. Ela caminhou desanimada para Dougie e pegou a toalha da mão dele.

-         Eu vou ter que perguntar. –

-         O que? – Summer olhou para Dougie confusa.

-         Por que vocês compraram essas coisas? – Ele apontou para as lingeries espalhadas pelo chão. Summer não viu motivos para mentir. Já estava tudo perdido mesmo.

-         Para usar. –

-         Quando? –

-         Hoje. –

-         HOJE!? –

-         SIM! –

-         Mas como? Onde? Quando? Para quem?! – Ele estava ficando nervoso e fazia várias perguntas não deixando que Summer respondesse nenhuma. Ela ficou nervosa de repente. Summer jogou a toalha no chão e começou a gritar.

-         PARA VOCÊS! MAS SERÁ POSSIVEL QUE VOCÊ NÃO PERCEBA?! EU JÁ FIZ DE TUDO! VOCÊ NÃO NOTA! OU NOTA E FAZ DE CONTA QUE NÃO NOTA! –

-         DO QUE VOCÊ ESTÁ FALANDO, MULHER?! –

-         EU TE AMO DOUGLAS POYNTER! –

 

Summer arregalou os olhos e tampou a boca com as duas mãos. Dougie primeiro ficou parado. Logo depois os dois se olharam. Eles se agarraram com uma certa brutalidade e afobação. Os dois beijavam e cambaleavam pelo quarto. Summer fechou a porta do quarto com a mão e depois os dois tropeçaram até a cama. Caindo encima da mesma, fazendo um barulho incrivelmente alto.

 

[...]

 

Tom estava sentado no sofá amarrando o sapato enquanto Roxy descia as escadas. Os dois ouviram o barulho de algo caindo no andar de cima. Fizeram caretas de nojo e horror. Roxy caminhou até Tom e parou perto da porta da cozinha.

 

-         Hey, eu vou comer. Quer alguma coisa? – Como qualquer coisa seria melhor que ficar ali sentado ouvindo aquilo, Tom se levantou sem pensar duas vezes. Ele confirmou e os dois foram para cozinha. Tom sentou em um dos bancos da mesa que ficava no centro da cozinha. Roxy pegou as coisas de dentro da geladeira e eles começaram a conversar enquanto isso.

-         Então, como vocês conseguiram entrar? – Perguntou ela virando de costas para ele e abrindo o armário que ficava no alto.

-         Dougie tinha a chave. Danny deu pra ele. A Lisa não falou com vocês? –

-         Não, nós voltamos para casa porque achamos que já tínhamos, ai droga, perdido a hora do cinema. – Roxy se esticava e resmungava para pegar o pacote de pão que estava na terceira prateleira. Tom perdeu o rumo da conversa quando olhou para...

-         Bunda. – Disse ele sem mais nem menos. Roxy virou para ele confusa.

-         O que? – Ele levantou e andou até ela, esticando o braço e pegando o pão para ela.

-         Nada. Aqui, toma. – Ela pegou o pacote e foi para a bancada. Começou a preparar os sanduíches. Tom voltou a seu devido lugar e ficou observando a menina.

 

Ela parou de repente. Olhou para baixo e colocou as duas mãos na mesa. Falou séria:

 

-         Não dá mais. –

-         Eu também não consigo mais! Ainda bem que você falou! Eu fiquei com medo de dizer e você pensar que eu sou louco ou coisa assim. MAS EU NÃO CONSIGO MAIS VIVER ASSIM! – Ela virou de costas e começou a andar até a geladeira.

-         Calma. Tem mais requeijão. E foi só o meu pão que ficou sem... – Ela parou no meio da frase e no meio do caminho. – Não é do pão que você está falando, é? –

-         Não. – A voz dele soou como um sussurro. Quando ela se virou, ele estava parado na sua frente, seu rosto a pouco centímetros do dela.

 

Eles se encararam por alguns segundos e começaram a se beijar. Tom envolveu os braços na cintura de Roxy e depois colocou-a em cima da pia. Ela bateu com a cabeça em algumas panelas que estava penduradas.

 

-         AI! – Eles pararam o beijo e Tom a olhou.

-         Desculpe. – Se olharam e voltara a se beijar.

 

[...]

 

Seis meses se passaram, todos namoravam já havia algum tempo. Agora os meninos estavam morando na casa das meninas, e a tranqüila casa de quatro jovens mulheres, agora era um verdadeiro circo em chamas.

 

-         Eu adoro quando você faz isso. –

-         O que? –

-         Isso. –

-         Isso o que? –

-         Isso, isso ai que você está fazendo. – Summer levantou uma sobrancelha.

-         Você gosta quando eu prendo o cabelo? -

-         É. –

-         Você é estranho, Dougie. –

-         O que foi? É sexy! – Eles riram. Dougie envolveu os braços na cintura de Summer e beijou seu pescoço. Danny desceu as escadas nesse momento e olhou para os dois parados na porta da cozinha.

-         Own... – Danny fez uma cara de quem vê uma coisa fofa. – Dá licença? Eu quero falar com a aniversariante. – Danny empurrou Dougie que fez uma careta e saiu andando para a mesa.

 

Danny olhou para Summer e abriu um sorriso colgate. Abriu os braços e apertou em um abraço de urso.

 

-         Parabéns! –

-         Er... Obrigada. – Ele começou a sacudi-la de um lado para o outro.

-         Muitas felicidades, saúde, dinheiro e... – Tom e Harry se juntaram a Danny e agarraram Summer, quase sufocando-a.

-         MUITO SEXO! – eles gritaram juntos. Harry empurrou Tom e Danny e fez uma careta.

-         Sai! Eu tenho privilégios de ex-namorado. – Ele puxou um braço de Summer e a arrastou para fora da confusão. Nesse momentos as meninas entram correndo pela porta da cozinha. Harry soltou Summer e deu uns tapinhas nas costas dela.

-         Pensando melhor, fica para vocês. – Ele colocou a mão na cabeça de Summer e disse: - Que a forçar esteja com você. – Harry correu para perto dos amigos e as três meninas pularam encima de Summer, gritando várias coisas juntas.

-         Você tem 22 anos! – Gritou Lisa

-         Número do maluco. – Disse Roxy.

-         Ou dois patinhos na lagoa. – Completou Lindsay.

-   Ok, ok, chega. Pode parar! Vocês podem dizer que são os amigos, ex-namorados, ex-maridos ou o Papa! Mas eu sou o namorado. Sai! Passa fora. OIA! –

 

Todos riram e então começaram a tomar café. Tinham planejado um jantar surpresa para Summer. Iam sair para comprar as coisas e Dougie iria distrai-la enquanto isso.

 

[...]

 

Após terminarem o café, cada um seguiu seu destino. Usando sua própria desculpa esfarrapada para sair de casa no dia do aniversário de Summer. Combinaram que cada um faria uma parte. Roxy e Tom iriam ao mercado, Lindsay e Harry comprariam as coisas para a decoração, enquanto isso, Danny e Lisa comprariam o presente.

 

-         O que nós vamos comer? – Perguntou Tom, ele apenas empurrava o carrinho enquanto Roxy enchia o mesmo com coisas que nem ela mesma sabia direito o que eram.

-         Ainda não sei. –

-         Mas você está jogando um monte de coisa no carrinho, como você não sabe o que nós vamos comer? –

-         Essas são as entradas. –

-         Ah sim. Mas qual vai ser o prato principal? –

-         Provavelmente alguma massa. – Respondeu Roxy distraidamente enquanto olhava duas garrafas de vinho.

-         Qual massa? Você vai comprar esses vinhos? Eu estou com fome. Você está com fome? Vai demorar muito? Porque eu realmente quero comer. –

 

Tom resmungava e perguntava coisas sem parar nem para respirar. Roxy tentou se controlar. Fecho os olhos e contou até dez. Tudo bem, não deu mais. Ela explodiu.

 

-         TOM, PELO AMOR DE DEUS! CALA A BOCA! – Ela segurou o rosto assustado do garoto com as duas mãos. – Você nem me deixa pensar direito! –

-         Mas eu... –

-         NÃO ME PRESSIONA! –

 

[...]

 

-         O que vamos comprar para ela? – Perguntou Danny, ele e Lisa caminhavam de mãos dadas pelo Shopping.

-         Não sei. Um sapato. –

-         Mas isso é tão... Comum. –

-         Então dê uma sugestão, Danny. –

 

Ele parou e ficou pensando por algum tempo, mas como era esperado. Não chegou a nenhuma conclusão que prestasse. Lisa falou de repente, fazendo com que Danny voltasse a si.

 

-         Danny! Eu preciso comprar um vibrador! –

-         Como assim?! Já cansou do meu? Eu não te satisfaço? – Ele baixou a cabeça, decepcionado.

-         Não para mim! – Danny a olhou, parecia apavorado. Deu um passo para longe dela.

-         Nem vem Liss, eu não vou usar isso! Você não pode me pedir uma coisa dessas. Poxa, sabe que eu faria qualquer coisa por você, mas ISSO não. – A morena se aproximou do rapaz, rindo.

-         Ah Danny, eu pensei que você me amasse... – Ela o abraçou e fez biquinho. – Essa é a minha maior fantasia. – Ele a olhou, o pânico era visível em seus olhos.

-         Eu te amo Liss, mas é meu buraco, ele está ótimo assim. –

-         Danny, você estragou o momento. –

-         O que você queria que eu fizesse?! –

 

Ela soltou uma gargalhada e deu um selinho nele.

 

-         Não é para você, bebê! É para Sum. –

-         Eu tenho vergonha! –

-         Vergonha de que, homem? –

-         Ela vai me ver pelado, e eu não quero ela te beijando! Só eu posso fazer isso. – Ele a agarrou e ficou em “posição de defesa”.

-         DANIEL JONES! Não me diga que você imaginou... – Ela terminou a frase com uma careta.

-         E não é isso? – ele fez cara de inocente.

-         Não! Jamais, nunquinha, é para ela usar sozinha. –

-         Ou com o Dougie. –

-         Isso. –

-         Você não me explica as coisas! –

-         Anta! – ela deu um tapa na cabeça dele.

-         Own Liss, eu também te amo. Mas bem que seria legal ver você ficando com a Sum... – O olhar de Danny perdeu o foco por um instante.

-         Daniel Alan Jones, é bom você parar de pensar com a cabeça de baixo antes que você acabe ficando solteiro. –

-         É a segunda vez já. –

-         O QUE!? – Ela perguntou, apavorada.

-         É a segunda vez em menos de 10 minutos que você me chama de Daniel. Você sabe muito bem que eu não gosto. – Ele fez careta para ela.

-         Daniel, Daniel, Daniel, Daniel, Daniel, Daniel, Daniel, Daniel, Daniel, Daniel, Daniel, Daniel. – Lisa repetia o nome de Danny sem parar. Ele a puxou pela cintura e a beijou.

-         Calei a incalável. – Disse ele olhando para ela assim que terminaram o beijo. Ela deu um tapa no braço dele e os dois começaram a rir.

 

Eles andaram mais um pouco e entraram na loja. Danny estava horrorizado e maravilhado ao mesmo tempo. Ele imaginava Lisa em uma das fantasias expostas na loja. Uma vendedora se aproximou deles. Ela vestia um short curto e apertado e uma blusa decotada e curta. Lisa a encarou e logo depois puxou Danny pelo braço, ela colocou a mão na cintura dele, e desceu a mesma devagar. Apertou a bunda do namorado com toda força que pode.

 

Danny arregalou os olhos e deu um pulinho. Ele olhou para Lisa com uma expressão confusa.

 

-         Posso ajuda-los? – Perguntou a lojista.

-         Sim, procuramos um vibrador. –

-         Você. – Corrigiu Danny.

-         Eu o que? – Perguntou Lisa.

-         Você procura um vibrador. Eu só vim te acompanhar. –

-         Que seja. Ele é tímido. – A atendente sorriu para eles e continuou a falar.

-         Portátil, duplo, comum? –

-         Comum, eu acho. –

 

A moça saiu andando e logo voltou com uma variação de cores. Danny saiu do lado de Lisa e começou a vagar pela loja. Aquilo era vergonhoso demais para ele. Um homem alto e forte parou ao lado dele e o olhou de cima abaixo. Ele olhou para cima e sorriu. O homem lançou “aquele olhar” para ele. Danny escarrou e cuspiu na lata de lixo, cruzou os braços e fez pose.

 

-         Quando eu sair daqui. Vou tomar uma cerveja. – Ele bateu no balcão assim que terminou de falar.

-         Entendi, é macho. – O gigante virou de costas e saiu andando. Danny suspirou, aliviado.

 

Lisa estava olhando os vibradores de cores variadas, olhou para vendedora assim que ela falou.

 

-         De qual tamanho? –

-         Tamanho? Danny! – ela foi até o namorado e pegou o celular, discou e esperou que atendessem.

-         Alô, Dougie? –

-         Siiiiiiiim. –

-         Qual é o tamanho do seu Junior? –

-         Quer saber o que? –

-         O tamanho... Dele. –

-         Dele quem? –

-         Daquele que mora nas suas calças. – (N/A: euri :B JEIASOEJASIOJEAOI)

-         Não sei. Médio, eu acho. –

-         Ah ta, obrigada. – Ela desligou o celular e o devolveu a Danny, beijou o namorado assustado e voltou para a vendedora.

-         Um azul, GRANDE.

-         Ok. –

 

Lisa foi até o caixa e pagou. Saiu com a sacola, feliz e saltitante. Esticou o braço, esperando que Danny pegasse o pacote de sua mão.

 

-         Eu não vou levar isso! – Disse ele revoltado.

-         Fresco. –

-         Isso é vergonhoso poxa! Eu mal levo o meu, vou levar o dos outros também?! -

Os dois saíram da loja e Danny parou de andar de repente. Ele sorriu maliciosamente.

 

-         E se a gente não comprasse uma coisa para Summer, mas para o Dougie? –

-         Como assim? – Perguntou Lisa, confusa.

-         E se nós comprássemos algo para ele usar para ela? – Lisa olhou para Danny com um sorriso maléfico.

-         Você fica tão sexy quando tem idéias para a vida sexual dos outros. – ele colocou as mãos sobre o peito, arrumando a camisa no corpo. Fez cara de convencido e disse:

-         Obrigado. –

-         Pena que para nós dois, você nunca pense nessas coisas. – Ela sorriu, satisfeita com sua resposta. Beijou o bico que Danny fez. Ele sorriu de repente.

-         Você que pensa que não. Eu posso te imaginar claramente em vestes miúdas. Ou melhor, sem elas. – Lisa deu outro tapa na cabeça de Danny.

-         TARADO! – Ele levantou o dedo indicador e estufou o peito.

-         Tarado não. Realista. –

 

Ela balançou a cabeça negativamente. Os dois deram a volta e entraram na loja novamente.

 

[...]

 

  Harry e Lindsay estavam no carro a caminho da loja em que comprariam as coisas para decorar a festa. Harry dirigia, ele mesmo havia escolhido o lugar. O rapaz estava fazendo tudo para ter um dia perfeito com a namorada. Desde de pequenos detalhes como abrir a porta do carro e outras coisas maiores.

 

-         Harry, você sabe onde nós estamos? – Perguntou Lindsay, ela olhava as ruas vazias pela janela do carro.

-         Sei. –

-         Então por que é a terceira vez que nós passamos por aquela lavanderia? – Ele soltou uma curta risada.

-         Não é terceira vez. –

-         Tem razão, é quarta. – Harry fez bico e continuou a dirigir.

-         Acho que você deveria ter pedido uma informação. –

-         OK! Eu estou perdido. Satisfeita? –

-         Mas você nunca foi nesse lugar? –

-         Não. –

-         E como você conhece isso?! –

-         Eu vi na internet. –

-         E VOCÊ NEM SE IMPORTOU EM VERIFICAR SE HAVIA ALGUMA REFERENCIA?! – Lindsay deu um tapa no braço de Harry. – Você é um irresponsável! –

-         Ah me desculpe! Perdoe-me por ser tão idiota a ponto não achar um lugar! –

-         Não se faça de vítima! – Harry parou o carro em uma vaga qualquer. Ele respirou fundo e se acalmou.

-         Tem uma mapa do lado do seu banco. – Informou ele. Lindsay virou e puxou o pedaço de papel. Harry disse o endereço, e os dois seguiram pelas ruas desertas.

-         Pára um pouco. Eu vou perguntar para aquele cara se ele sabe onde fica. – Lindsay abriu o vidro e colocou a cabeça e as mãos para fora, nesse momento, um único garoto de bicicleta passou perto do carro e arrancou o mapa das mãos de Lindsay. Ela virou para Harry com uma expressão de pavor. Ele fechou o vidro do carro e trancou as portas.

-         O mapa foi. – disse ele.

-         EU VI! – Lindsay esfregou o rosto, nervosa. Ela começou a bater no painel do carro enquanto gritava. – AGORA EU ESTOU PERDIDA NA DESERTOLÂNDIA COM O MEU NAMORADO, QUE NÃO TEM NENHUM SENSO DE DIREÇÃO! NÓS NÃO SABEMOS ONDE É O MALDITO LUGAR E EU VOU ACABAR SENDO ESTRUPADA POR UM MALUCO COM UMA MÁSCARA DO HOMEM-ARANHA! –

-         E SE EU FOR ESTRUPADO!? – Harry começou a se desesperar, sentia dificuldade para respirar, ele apertou as mãos no volante e começou a ofegar.

-         Harry, VOCÊ ESTÁ FICANDO ROXO! – Lindsay soltou o cinto de segurança, ajoelhou no banco e virou o rosto de Harry para ela. – Vamos lá, se acalma. Respira fundo, afu. – ela fazia gestos enquanto falava, ele tentou puxar o ar e engasgou. Lindsay deu um tapa no rosto dele. – RECOMPONHA-SE HOMEM! – Ele a olhou com a mão no rosto, a respiração normalizando. – Hey! – Ela o abraçou. – Eu pensei que você morrer! – Ele afagou os cabelos dela e de repente viu um cartaz brilhante com letras vermelhas piscando. Lembrou-se da foto que vira na internet. Era assim o cartaz do lugar.

-         AQUI! – Ele gritou. Lindsay virou e olhou o lugar. Ela estava sentada no colo de Harry.

-         Aqui? – Ele assentiu com a cabeça.

 

  Harry abriu a porta e esperou que Lindsay saísse. Saiu em seguida, trancando o carro. Uma mulher... Um homem... Bom era difícil dizer o que era. Passou por eles nesse momento, olhou Harry de cima abaixo e sorriu. Ele arregalou os olhos e abraçou Lindsay. Ela sorriu e passou a mão no rosto dele.

 

-         Oh meu amor, não tem problema, nós já chegamos, eu te desculpo... – Harry puxou-a pelo braço para dentro da loja o mais rápido que pode.

-         Tudo bem. – Ele olhou para trás para ter certeza de que não havia sido seguido. Lindsay o cutucou e só então ele viu o interior da loja. (N/A: sim, mas uma sex shopp. Esses lugares são mágicos *o*) Haviam fantasias e brinquedos espalhados por todo lugar.

-         Foi essa a loja de decoração que você viu, Harry? –

-         Não! – Ele caminhou até o balcão e falou com um homem musculoso que estava lá. – Hey, você sabe dizer se tem alguma loja de decoração aqui por perto? – o homem levantou uma sobrancelha para ele e depois sorriu.

-         É aqui do lado. Mas ela não abre hoje, por que é domingo. – Harry fez uma careta de decepção.

-         Ok, valeu. – Ele virou para Lindsay e ela levantou os ombros.

-         Pelo menos agora a festa já tem um tema. –

-         Qual? – Harry colocou uma mão no queixo. Lindsay colocou a mão no ombro dele e mostrou a loja com a mão livre.

-         Cabaré? – Perguntou ele.

-         Você conhece essa palavra? – Lindsay o olhou, surpresa.

-         Claro! O que você esperava que eu dissesse? –

-         Bordel, puteiro, casa de prazer, loja da felicidade. Qualquer coisa. Menos isso. Você é mais inteligente do que parece. – Ela passou a mão pelo rosto dele, sorrindo e saiu andando. Ele sorriu, se sentindo o máximo, depois pensou melhor.

-         Hey! – Ele gritou e saiu andando atrás dela, indignado.

 

  Ela pegou algumas coisas para decoração e ele ajudou.

 

-         Harry, vai ali. – ela apontou para o lugar. – E pega algumas plumas. – Ela olhava dois lençóis distraidamente.

-         Eu? –

-         Sim você. –

-         Mas... –

-         VAI! –

-         Ta, eu já to indo, não precisa gritar. Mas que coisa. – Ele foi até onde ela pediu.

 

  Se aproximou da estante com várias plumas coloridas. Ele pegou um monte de uma vez com as duas mãos e ficou olhando.

 

-         Eu não sirvo pra isso, eu não sei quais cores combinam... – O desespero era visível nos olhos do rapaz. Um homem alto e atlético se aproximou dele.

-         Eu sei! – O homem pegou as plumas das mãos de Harry e juntou em pares que combinavam perfeitamente. Harry balançou a cabeça animado, como se estivesse ouvindo uma musica com o ritmo marcado.

-         Valeu, cara. – O homem sorriu para ele e mordeu o lábio inferior, Harry fez cara de assustado.

-         De nada, cara. – o homem piscou para ele. Harry sorriu, tentando ser simpático. Ele correu para Lindsay. Havia um homem parado ao lado dela.

 

-         Você gosta de brinquedos? – Perguntou o homem a Lindsay. Ela olhava distraída para duas coisas que ela nem sabia o que eram.

 

-         Aham. – Respondeu ela, indiferente.

 

-         Que tipo? –

 

-         Qualquer um. – o homem arregalou os olhos. Só então ela prestou atenção.

 

-         Hã? Não! Quer dizer, eu vou dar uma festa na minha casa hoje. – O homem pareceu ainda mais interessado. – É para minha amiga! – A cada tentativa ela piorava mais a situação.

 

  A coisa ficou pior ainda quando Harry apareceu, ele estava coberto de plumas coloridas.

 

-         Hey, Lindsay, peguei as plumas que você pediu. – Ela pegou as coisas da mão dele e colocou no carrinho.

-         Obrigada. – Ela deu um selinho nele. O homem que falava com ela fez uma careta.

 

  Notaram que haviam vários homens – gays – apontando na direção de Harry, rindo e cochichando. Lindsay olhou para ele, confusa.

 

-         O que aconteceu? –

-         Digamos que eu fiquei meio popular no... Meio. – respondeu Harry, o homem na frente deles gargalhou. Ele colocou uma mão no ombro de Lindsay e falou:

-         Poderia ser pior. Ele poderia ter ficado popular por trás. Mas não, ele ficou no meio, ele deu e recebeu. – Harry estufou o peito e encarou o homem – que era realmente muito maior que ele. –

-         Hey, se você tem algum problema comigo, é melhor falar diretamente. – O homem levantou a cabeça e o encarou também. Lindsay colocou a mão na cabeça e fez cara de decepção.

-         Ah meu Deus. Ele vai brigar, vai ficar todo quebrado e eu não sei voltar para casa. – Ela levantou a cabeça para falar com eles. Tarde demais. O homem havia dado um soco no rosto de Harry, que estava sentado no chão com a mão no nariz. – Harry! – Lindsay se abaixou e olhou o rosto de Harry, seu nariz sangrava descontroladamente. Um ódio repentino tomou conta dela. Lindsay ficou de pé e em menos de dois segundos ela já estava pulando em cima do homem. Ela o chutava e socava, xingando-o de coisas sem sentido.  Harry ficou de pé e a segurou.

 

-         Passou, passou. Amigo, amigo. – Ela deu um soco no queixo de Harry por acidente. Ele cambaleou e ela ficou rodando para encontra-lo, quando finalmente se localizou, ela correu para ele e segurou seu rosto.

 

-         Harry! Meu Deus! Onde dói? –

 

-         Se você me perguntar onde não dói, será mais fácil de responder. -

 

[...]

 

Já passavam das 14:00h Dougie e Summer estavam amontoados entre as almofadas da sala de TV. Ela estava com a cabeça apoiada no peito dele e ele fazia carinho em sua cabeça. O combinado era que Dougie distrairia Summer até que tudo estivesse pronto. A única coisa que ele não pensou, foi que seria muito mais fácil se eles não estivessem em casa.

 

-         Vou pegar alguma coisa para comer... – Disse Summer sentando, seu cabelo castanho estava levemente bagunçado, o que fez com que Dougie soltasse uma pequena risada.

-         Que foi? – Perguntou ela confusa.

-         Nada. Eu vou com você. – Ele ficou de pé e estendeu a mão para ajuda-la a se levantar. Os dois seguiram para a cozinha.

-         Eu odeio quando você faz essas coisas. –

-         O que eu fiz agora? – Perguntou ele segurando o riso.

-         Isso! Você fica rindo sem mais nem menos, me irrita. – Ela pegou um pacote de biscoito no armário de parou com as duas mãos na bancada que ficava no centro da cozinha.

-         Eu sei que você está rindo do meu cabelo Douglas Lee Poynter. E acredite. Não é engraçado. Você tem alguma noção do que eu passo só para deixar ele bonito? – O garoto gargalhava do lado oposto da bancada. – Ah, você ri? Eu queria ver se eu saísse por ai andando que nem uma macaca de vestido. – Ela abriu o pacote e comeu um biscoito. Dougie fez cara de pena e foi andando até ela de braços abertos.

-         Oh meu deus. Pobre da minha namorada. – Ele a abraço, envolvendo os braços em sua cintura. Ela tentou emburrá-lo, os dois riam enquanto isso.

-         Não. Sai daqui! Eu sou um monstro descabelado, eu posso te morder e te deixar careca, ai eu vou pegar todos os seus cabelos para mim e ficarei mais descabelada e cruel ainda. – Ela virou de frente para ele. Dougie deu um curto beijo em Summer e depois a olhou.

-         Você é o monstro descabelado comedor de cabelos mais lindo do mundo. – Summer riu.

-         Isso teria sido até romântico, se fosse pela parte do monstro e do cabelo. – Dessa vez quem riu foi Dougie.

 

Os dois começaram com um curto e inocente beijo, e mais um, e mais dois, três e assim seguiu, até que Dougie levantou Summer e a colocou sentada na bancada. Ele tirou a camisa dela, deixando-a só de sutiã. Enquanto o rapaz beijava seu pescoço, Summer tirou a camisa dele, jogando-a no chão. Depois desceu as mãos por suas costas, passando as mesma para sua barriga, desabotoou sua bermuda, e empurrou-a para baixo com as mãos. A bermuda ficou nos tornozelos de Dougie. Ele não estava com pressa para tira-la, queria aproveitar o momento.

 

Tom havia estacionado o carro e Roxy já estava pegando as compras no porta-malas. Harry, Lindsay, Danny e Lisa também haviam chegado. Os meninos estavam tentando tirar as coisas da decoração de dentro do carro de Harry, Lindsay e Lisa estavam ajudando. Roxy pegou as compras e entrou em casa.

 

Ela caminhou pelo hall de entrada, depois passou pela sala, e em seguida, chegou a cozinha. Arregalou os olhos e prendeu a respiração com o que viu. “Mantenha a calma e não faça barulho.” Ela disse a si mesma, mentalmente. Roxy deixou as compras sobre o balcão lateral da cozinha com todo cuidado que pode. Observou Summer prender as pernas na cintura de Dougie e descer as mãos para sua cueca. Se concentrou para não emitir qualquer som. Mas falhou. Ela esbarrou no armário em que haviam várias panelas. Algumas caíram, fazendo um enorme barulho.

 

Os outros que já estavam no meio do caminho, se apressaram para ver o que tinha acontecido.

 

-         Roxy?! – Summer virou a cabeça e viu a amiga agarrada ao armário. Tom foi o primeiro a aparecer.

-         Tom! – Gritou Dougie assustado. Ele foi tentar se vestir, mas esqueceu que a bermuda ainda estava em seus tornozelos, ele caiu para trás e levou Summer junto. Ela caiu sentada sobre ele. Logo Depois Danny e Harry chegaram.

-         Mas o que... Oh meu Deus! – Assim que Lisa entrou na cozinha, Danny tampou os olhos dela com uma das mãos.

-         Vocês já fizeram isso alguma vez? – Perguntou Lindsay a Harry, ela havia acabado de chegar. O rapaz apenas negou com a cabeça, sua expressão de horror era hilária.

 

Summer colocou a mão na testa e balançou a cabeça negativamente.

 

-         Er... Belos peitos. – Disse Roxy para Summer, ela queria preencher o silencio.

-         E eles são de verdade. – Summer colocou as mãos na cintura e sorriu, orgulhosa.

-         E como são... – Disse Dougie olhando a namorada fixamente. Summer deu um tapa em Dougie.

-         Ai! Hey, é você quem está seminua em cima de mim. –

-         Isso é verdade. – Disse Tom.

-         Mas é você quem está seminu embaixo de mim! –

-         Isso também é verdade. – Concordou Harry, Tom deu de ombros.

 

  Summer olhou para o rosto de Harry e fez careta.

 

- Dude, você meteu a cara na frente de um ônibus em alta velocidade? -

 

 

[...]

 

  Agora que a festa não era mais surpresa para ninguém, todos arrumaram juntos a decoração, mas Summer ficou no quarto o tempo todo. Lindsay queria que pelo menos uma coisa fosse surpresa. Assim que ela desceu, viu a casa toda decorada com plumas e lençóis vermelhos.

 

  Eles conversaram e riram por algum tempo, mas durante o “parabéns” Danny e Dougie desapareceram. Tom e Harry arrastaram Summer da cozinha para a sala de estar. Eles a puseram sentada no sofá de frente para porta de entrada, que estava fechada. Lindsay, Lisa e Roxy riam e cochichavam o tempo todo. Depois de alguns minutos, Danny entrou pela porta e começou a falar como um apresentador. Ele ligou o rádio e deixou “Stripper – Sohodolls” tocando.

 

-         Eu vou te dar o melhor presente de todos. – Danny começou a andar de um lado para outro e parou de repente. Ele colocou a mão na maçaneta e sorriu para Summer.

-         Summer Collins, eu, Danny Jones, tenho o prazer de lhe dar... – Ele abriu a porta e apontou. – Seu próprio Office boy! – Dougie passou pela porta vestindo uma cueca preta apertada e uma gravata borboleta no pescoço. Ele segurava uma bandeja com um embrulho vermelho equilibrado em cima. Summer gargalhou no sofá quando Dougie fez pose para ela.

-         E não é isso! – Danny começou a andar em volta de Dougie.

-         Ele vem com sistema musical embutido, peida e baba de verdade! – Dougie fez sinal positivou com o dedo. Danny fez Dougie ficar de costas para os outros.

-         Ele tem glúteos saradinhos e macios! Dá uma reboladinha. – Dougie colocou a mão livre na cintura e flexionou os joelhos, balançando a bunda no ritmo da musica.

-         Mas isso não é o melhor. – Dougie ficou de frente para os amigos de novo.

-         Ele também é um ótimo escravo sexual! – Todos caíram na gargalhada mais uma vez com as caretas de Dougie e Danny.

-         Ele é o Douglas Poynter! Modelo único, feito sob encomenda especialmente para Summer Collins! – Danny fez cara de sério. – Mas abuse dele com moderação. –

 

  Summer já estava chorando de tanto rir quando Lisa se levantou e começou a falar.

 

-         Agora é minha vez. – ela empurrou Danny e ficou em seu lugar, ao lado de Dougie.

-         O meu presente é um... Acessório para você usar com o presente do Danny. Ou sem ele. –

-         Ou nele! – Danny acrescentou, gargalhando.

-         Isso! – Lisa concordou. – Dougie, por favor. Entregue a ela. –

 

  Dougie caminhou até Summer. Ok ele não caminhou. Ele dançou até ela, fazendo-a gargalhar mais ainda. Ele ajoelhou e apoiou o braço com a bandeja sobre o joelho. Seu rosto ficou na mesma altura do de Summer. Ela colocou a mão no rosto dele e o beijou em seguida. Só que pode ser ouvido naquele momento foi a musica abafada por um ‘Ooooooown’ coletivo.

 

-         Ok, eu já vi mais do que queria hoje. Abre logo isso e depois vocês podem ir pro quarto. – Disse Roxy fazendo careta. Summer jogou uma almofada na cara dela.

-         Ai! – Ela colocou a mão no nariz. Tom virou para ela fazendo bico e falando como se ela fosse um bebê.

-         Oh, coitadinha, não faça isso com minha menininha. – Ele estava sentado no braço do sofá e a abraçou, Roxy se aconchegou nos braços do rapaz e em seguida sentou-se no colo dele.

 

  Summer riu e pegou o pacote da bandeja. Colocou o embrulho sobre as pernas e então puxou a fita. Ela virou o pacote de cabeça para baixo e então o vibrador caiu sobre suas pernas. Ela o pegou com as duas mãos, tinha uma expressão de criança feliz.

 

-         Foto, foto, foto. – Repetia Harry. Summer deu um sorriso exageradamente forçado e segurou o vibrador ao lado do rosto. Só então olhou para Dougie, ele tinha uma expressão de pavor no rosto.

-         Eu não vou usar isso! Não no meu buraco. – Disse ele. Danny deu um pulo e apontou para Lisa.

-         HÁ! Eu sabia que não era o único! – Todos riram, mais uma vez.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Essa é parte da primeira temporada. A segunda parte está quase pronta. Escrevi essa fic junto com as minhas amigas, portanto devo parte do crédito a elas.

se esbaldem

XoXo



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "He, She, It And The Thing" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.