Let Me Love You escrita por Caroles


Capítulo 2
Capítulo Um: Destruindo o Mercado




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Liam's POV

Cara, já havia se passado um ano desde o meu término com Carolina. E provavelmente uns três anos desde o dia que eu a conheci, e ela continuava frequentando aquele lugar imundo e lotado, que, não sei como, ainda tinha coragem de se rotular como lanchonete. E, como se não bastasse, ela estava sentada na nossa mesa, comendo um X salada acompanhado de uma limonada fresca. Realmente não havia mudado nada. Eu acho. Aposto que ainda, nos dias de frio aqui em Londres, veste seu pijama de ursinhos que eu costumava chamar de ridículo para a idade dela, e deita-se no sofá velho de seu apartamento, acompanhada de um cobertor macio e um bom livro.

Decidi, por impulso involuntário ou até mesmo voluntário subconsciente, que deveria entrar lá, em vez de ficar observando-a pela vitrine, com cara de bobo alegre.

Sentei-me num dos bancos de couro vermelho recém trocado, aparentemente a única coisa nova naquele local, um banco que ficava em frente ao balcão, não muito longe á mesa dela. Observei o local como não fazia á muito tempo... Aquelas paredes mofadas não haviam mudado, o cheiro de fritura impregnado no ar continuava bem ali, estava tudo ali... A velha televisão pendurada na parede que não saía do noticiário do canal 5, os velhinhos que pediam salada, as crianças mimadas acabando com a paciência de seus pobres pais, até a funcionária semelhante a uma bruxa continuava lá. Só faltava ecoarem as altas risadas minhas e de Carol na mesa 3 e tudo estaria perfeitamente igual...

Olhei para sua mesa e ela estava lá, sorrindo e acenando em minha direção. Não hesitei em devolver o sorriso e ir até lá, procurando forças para manter minhas pernas sob meu controle, e não deixá-las agirem por si próprias, correndo até a menina e demonstrando entusiasmo.

Foi aí que uma garota, que parecia ser amiga dela, entrou em minha frente, e se dirigiu mais rápido para a mesa dela. Fiquei sem jeito e desviei o caminho para o banheiro. Só conseguia pensar em como fui idiota em achar que ela estaria acenando pra mim.

Voltei-me ao salão já um pouco mais vazio e observei as duas. Elas conversavam animadamente. Resolvi então, deixar o local, e ir ao ensaio que havia combinado com os garotos.

Chegando lá notei pela cara de Niall que estava esfomeado, portanto, logo soube que teria que ir à direção do mercado.

— Liam... disse Niall ao se aproximar de mim.

— Que foi, Nialler?

— Meu, acabou a comida! Assim não dá, né? como eu esperava NIALL TER FOME! disse ele imitando uma voz de ogro que somente este sabia imitar, óbviamente rimos.

— Vamos ao mercado! exclamou Harry, levantando-se do sofá branco e estofado que tínhamos no meio do salão. Incrível, pois de momento Harry não estava com sua preguiça monstro presente.

— De novo cara? disse Zayn encarando Harry, com aquela cara de desânimo que só este tinha.

— Claro né, Zayn! O Niall acaba com TODA A COMIDA — Louis fez questão de dar ênfase em "toda a comida" TODA! Em menos de UMA HORA.

— Garotos, eu tenho fome, muita fome, e vocês sabem disso Niall como sempre se defendendo a favor da comida.

Chega! Vamos Harry, eu e você, você e eu, nossa vez de ir ao mercado estava na hora de terminar com toda aquela conversa, os garotos conseguiam deixar qualquer indivíduo fora de si e no fundo eu não possuía vontade nenhuma de ensaiar.

— Mas é a minha vez e de Louis protestou o de covinhas.

— Eu não vou, quero assistir TV.

— Viu? Eu e você hazza, chega de blá, blá, blá, cara! Harry abanou sua cabeça, não tinha o porquê de discórdia, pegou sua carteira seguidamente de seu iPhone e, deixamos então, o salão do ensaio.


Carolina’s POV

Lá estávamos nós, Ana e eu havíamos combinado de nos encontrarmos naquela típica lanchonete que se situava no centro da cidade e que, apesar de imunda, mantinha seu movimento constante. Ela estava no banheiro podíamos dizer uma... Meia hora. Eu lhe avisei para não pedir Burritos.

— Argh! Tudo é culpa sua, Carol ela esbravejou.

— Culpa minha? Como assim? Parece que aquele burrito te fez delirar, não? disse, indignada.

— Você não entende não é? Se você não tivesse tentado fazer a receita daquele programa, nós ainda teríamos comida em casa! Além do mais, nem seríamos obrigadas a vir aqui, e eu não ficaria... Sei lá, meia hora, dentro de um banheiro que mais se parece com um chiqueiro!

— Ué, é simples. Nunca mais ligue a TV em um canal que esteja passando um programa de culinária, em minha presença! Mas... suspirei e me dei por vencida Tudo bem, acho melhor irmos ao mercado...

— Finalmente! A sua primeira ideia decente do dia! ergueu as mãos e exclamou, dramática como sempre…

— Eu adoraria passar sem seus comentários sarcásticos Ana… revirei os olhos.

— Claro, me desculpe — ela riu — Bem... Vamos ao mercado, tive uma ideia para o café da tarde, bolo com calda e recheio de chocolate, e biscoitos com café e leite! Aproveitamos e compramos também codimentos e ingredientes para a janta, farei um risotto de camarão! disse ela com um largo sorriso, de orelha a orelha. Devolvi o sorriso e concordei levemente com a cabeça, mas, como típico de Ana, ela teve que se vangloriar mais, esta teria sem dúvida o maior ego que eu alguma vez conhecera.

— É, querida, aprenda que gente que sabe cozinhar é outra historia esta, pulou então daquelas cadeiras vermelhas podrificadas, pegou sua bolsa preta e me puxou pelo braço, fomos então em direção ao mercado que frequentávamos constantemente e que por coincidência, era não muito distante do chiqueiro... Digo, lanchonete.

Havíamos chegado no mercado, pausei e apoiei minhas mãos em meus joelhos para retomar o fôlego, Ana possuía um passo acelerado demais para mim, que estava acostumada a andar mais de carro do que de qualquer outro meio.

— Anda logo preguiçosa! Pega o cesto e vamos, tô com fome... Quero comer algo decente logo! — disse ela me puxando para dentro do mercado sem pausa para respirar.

— Ao menos você fez uma lista, criança? — perguntei para Ana, que estava de olho na seção dos enlatados.

— Se eu previsse o futuro, Carol, nem deixaria você ter testado aquela receita! — protestou. Como sempre me alfinetando com seus comentários de certa forma engraçados.

— Que ótimo, Ana! Dá pra ser mais irresponsável, por favor? — disse, irônica. Ana me fuzilou com seus olhos azuis da cor do mar e fingiu não ter escutado meu comentário irônico, foi andando então, entre os corredores e apontou em direção ao cesto, como um gesto de “Pega logo, Carol”.

Peguei o cesto e me dirigi ao seu lado, bufando.

— Argh, será que você não consegue relaxar nem em um mercado, Carolina?! — bufei novamente. — É só fazer uma lista aqui e...

Ela procurava algo em sua bolsa, como se o mundo fosse acabar hoje.

— Deixa eu adivinhar, não tem papel nem caneta, né? — disse e ela se entregou.

— Ok, ok. Você ganhou dessa vez, eu sou mesmo irresponsável, tá legal? Mas você também não deixa de ser uma pirralha ok? — revirei os olhos novamente. — Você quer saber? — balancei a cabeça em sinal de não, provocando Ana. — Vamos dar um jeito nisso, afinal, sou a cozinheira daquela casa e eu sei exatamente o que falta, eu conheço minha cozinha.

— Hm... Acho que não é muito difícil de saber que se falta TUDO, né Ana. Até eu sei que não tem mais nada lá em casa...

— Óbvio, foi você quem extorquiu nosso estoque, peste...

— Foi por uma boa causa.

— “Foi por uma boa causa.” — repetiu Ana imitando a minha voz só que em um tom três vezes mais agudo. — Enfim Carol, você se mantém ao meu lado com a cesta, atenta, enquanto eu vou jogando os ingredientes nela tá?

— Sim senhora capitã — bati continência, dava para perceber que meu hobby preferido era provocar a Ana.

Assim se seguiu, esta andava e jogava os ingredientes na cesta, demonstrando desdenho se ficaria pesado ou não para mim. Lá estava eu semelhante a uma escrava quando de repente, sinto meu iPhone vibrando em meu bolso de trás. Como viciada assumida minha mão foi, num ato impulsivo, pegar seu “bebê”. Abandonei Ana e deixei esta em sua jornada, afinal haviam comentado minha foto, e minha tamanha curiosidade me obrigava a ver quem tinha feito o tal do comentário.

— Hm… Achei, o pacote de arroz — ao terminar sua frase Ana jogou automaticamente o pobre pacote para o lado. A idiota não havia notado que eu estava em uma distância de 5 passos.

Caiu então o pobre pacote de arroz, que por sua vez se abriu espalhando pelo chão do corredor.

— CAROL?!? Olha o que você fez sua anta, porra meu. Caiu tudo no chão! — dizia Ana quase berrando,

— Nossa que estrago... Coitado de quem vai limpar, né — sorri ironicamente, ignorando então o funcionário que me fuzilava de tal forma que não seria surpreendente minha morte instantânea naquele exato momento.

— DÁ ESSA PORRA AGORA, CAROL! — gritava minha amiga, completamente fora de si e ignorando também o pobre funcionário que estava ao seu lado.

— NUNCA! — protestei.

— Aé? Então vai ser á força! — disse ela, que em segundos passou por mim pegando meu celular.

— Devolve — protestei. Ana conseguia de fato se comportar como uma criança mimada, só lhe bastava oportunidade.

— Vem pegar, Carolina — disse com meu celular entre as mãos, o abanando de um lado para o outro como se eu fosse um cachorrinho querendo um osso... Mas apesar de uma situação semelhante eu não poderia ser considerada um cachorro... Acho.

— Carolina? — ri, contudo, antes que pudesse lhe questionar por que não havia me chamado de Carol como o habitual, Ana me cortou com uma de suas piadas.

— Aquela que dá na esquina — como falei, uma de suas piadinhas sem graça, não me contive e “parti” para cima dela, mas a esperta correu antes que eu lhe conseguisse bater.

Estávamos nós então, Carol e Ana duas jovens adultas correndo entre os corredores estreitos do, não muito grande, mercado. Eu sabia que no fundo estávamos nos demonstrando duas crianças que vivem em apartamentos e, para se divertirem, correm nos mercados enquanto a “mamãe” realiza suas compras. Ana era aquela garota que só havia crescido fisicamente, ainda ágil como uma criança, se esquivava dos funcionários e daquelas prateleiras pertinentes, porém para azar o meu, eu não era assim... É, definitivamente eu não era assim, talvez por esse fator e, por ser desastrada, que em uma tentativa ridiculamente falha de desviar das prateleiras eu acabei caindo e derrubando aquelas típicas pirâmides com frutas enlatadas.

Destino? Não sei, mas como sempre fui ao chão com companhia. Entre latas e mais latas, gritos desesperados e tristes do provável pobre funcionário que teria ficado horas na pirâmide, uma mão grossa e familiar se estendeu perante mim. Com a visão completamente turva, enxergando, portanto, só aquela mão, a segurei e me deixei levar. Era Liam, fiquei estupefata.

— Uh? L-Liam? Meu deus — só conseguia, nada mais do que, gaguejar.

— Carolina? Você aqui? E caída no chão... Que coincidência! Digo, você por aqui, não caída no chão... – falava ele a verdade, como sempre e demonstrava sua típica falta de jeito. A reação de surpresa estava estampada em seu lindo rosto. Acho que surpreso de me ver no mercado... Nós dois sabíamos que quedas para mim jamais seriam novidade.


— Érr... Então, eu frequento este mercado sempre, mas nunca te vi aqui... Enfim, como você vai?

— Eu que nunca te vi aqui, venho sempre quando ensaiamos... Afinal Niall não consegue ficar sem comida por mais que sejam poucas horas... Você o conhece, sabe como é né?

— Sei — ri — Bem... Que coincidência, hn? — queria mais que tudo fugir dali, mas aqueles olhos castanhos e penetrantes me deixavam sem graça e sem palavras. Afinal, onde estava a peste da Ana que logo agora não surgia?

— É... Acho que sim. Mas... O que você faz correndo dentro de um mercado? Por acaso, não veio destruí-lo, né? — dei uma risada falsa. Ele continuava com o mesmo senso humor que possuía a três anos atrás quando nos conhecemos... Eu não queria ficar ali então, fui curta e grossa.

— Nada de mais, vim fazer o que todo mundo faz em um mercado... Compras — suspirei. — Olha Liam eu adorei te reencontrar aqui, mas...

— Mas... — continuou ele.

— Eu tenho que ir atrás de meu celular e... Hm... Tchau Liam – me despedi, sem graça.

Continuei minha longa corrida atrás da criancinha... Digo, da Ana. Entrava em corredores repletos de produtos e mais produtos, quando, num deles, havia uma grande aglomeração de carrinhos. Tentei desviá-los sem perder meu passo rápido, e acabei batendo em um garoto de cachos castanhos, que moldavam seu rosto e caiam sobre seus olhos.


Ana’s Pov

Lá estava eu, me esquivando de prateleiras cheias de produtos e de funcionários que me encaravam como se eu fosse algo de outro mundo. E quando percebi, já estava no lado de fora daquele pequeno mercado. Acabei reparando que faziam-se alguns minutos que a lerda da Carol não aparecia. Será que ela tinha sido sequestrada? Nunca a vi ficar tanto tempo assim longe desse celular. Foi aí, que decidi voltar para dentro e gritar pelo seu nome. Reparei em uma multidão de pessoas concentrada em um dos corredores, fui, sem hesitar, naquela direção, esperançosa pois, com certeza seria a Carol, já que esta é uma desastrada por completo e só ela seria capaz de causar uma confusão como essa.

Como sempre meu “sexto sentido” tinha razão. Me deparei com Carolina sentada no chão de um corredor um tanto quanto estreito, apoiada por seus braços, e um garoto de camisa quadriculada vermelha socorrendo o "desastre ambulante", que estava rodeado de latas e mais latas de pêssegos enlatados. Sem pensar duas vezes, me dirigi diretamente a ela.

Antes que pudesse alcançá-la, fui interrompida por um berro que mais parecia vir de um garoto, pelo tom da voz. Virei-me para ver a desgraça que eu tinha feito com o coitado.

— Você é cega ou o quê, por acaso? — Ele reclamava, segurando sua mão que estava um pouco vermelha. Ok, um pouco não. Muito. Muito vermelha. Aí que eu percebi que eu tinha pisado na mesma. Em poucos instantes a famosa cena de uma criança implorando para que sua mãe comprasse algo para ela estava se repetindo ali, com nós dois. Só que no meu caso, eu implorava por desculpas. Finalmente respirei fundo e reparei nos traços do garoto. Ele tinha um lindo rosto, um tanto quanto delicado, inúmeros pares de cachos castanhos que caíam em seus olhos, estes perfeitamente verdes e que me haviam hipnotizado. O ajudei a se levantar e perguntei se ele estava bem, ele me alfinetou com um de seus comentários sarcásticos.

— Bem? Cara, você pisou na minha mão! Estou ótimo, adoro quando pisam fortemente na minha mão — insistia ele na ideia de me apelidar de cega.

— Desculpa, sério... Me perdoa — fitei o chão com uma expressão triste. Ele permaneceu em silêncio e passou a mão no meu rosto, talvez com pena de mim.

— Tudo bem, eu que peço desculpas... Fui rude. Não se deve ser rude com princesas — instantaneamente, surgiu em mim um sorriso largo e tímido, sem jeito, um sorriso bobo... Ele sorriu de volta, com um par de covinhas me hipnotizando ainda mais, foi quando “acordei” com Carol gritando atrás de mim.

— Ana, será que tá para paquerar ele depois?!?!? Eu estou quase MORRENDO aqui! — desesperada e exagerada como sempre, olhei para trás e no meio de toda aquela confusão, assumi minha tendência leonina... Sim, comecei a dar ordens para um garoto, belo também, cujo qual eu não sabia nem o nome.

— Aff! Meu deus, ajuda ela aí garoto de camisa quadriculada — ordenei de uma forma rude enquanto o outro garoto olhava para mim, aparentemente mais confuso do que eu.

O de camiseta quadriculada levantou Carol em um ato rápido, somente com uma mão. Abriu um sorriso sem jeito e olhou para a mesma.

— A segunda vez no mesmo dia, Carolina? — comentou ele, provavelmente para descontrair a tensão do momento, que era perceptível entre os dois, eles se encaravam de uma maneira diferente. Com certeza, a maldita estava me escondendo algo, eu sentia. Ela deu uma risada de certa maneira forçada.

— Obrigada Liam... — então, era esse o nome do rapaz de tamanha beleza.

O garoto de cachos, ao mesmo tempo, falava comigo e sorria, tirando completamente meu rumo. Então, Carol me puxou para perto dela e os dois garotos ficaram lado a lado, nos fitando.

— Vamos embora, já causamos muita confusão no mercado e estamos atrasadas — disse ela, fria, me assustando. Carolina não era de ir embora sem conversar com os garotos, pedir desculpas e até mesmo, conseguir o número de celular dos mesmos, ainda mais quando se tratavam de garotos tão peculiarmente belos quanto estes.

— Carol, embora? Atrasad... — a peste me acertou com uma violenta cotovelada, como de costume, significava que estava na hora de concordar e ir embora, instantaneamente soltei um grito — AAAAAAAAAA..... O bolo! Vai queimar, né Carol? — ela sorriu e concordou.

Estava ela então, me puxando corredor a fora cada vez com mais força. Carol pegou a cesta e se tocou da minha cara de confusa, realmente eu não estava entendendo nada.

— O que está acontecendo Carol? — sussurrei indignada.

— É uma longa história, Ana — deu uma pausa e olhou para o suposto garoto chamado Liam, que parecia confuso, assim como o outro ao seu lado. Respirou fundo e repetiu — Definitivamente uma longa história.



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