Tudo era muito escuro

E o destino vagabundo

Insistia em me derrubar

E eu já estava cansada de esperar

A morte vir me buscar

Foi aí que eu decidi

Vesti as botas de couro

Tirei os brincos de ouro

E segui pelo primeiro caminho que eu vi

A estrada era ingrime

E meus desejos sadicos

E meu sorriso falho

Sempre me acompanhava

O Sol e a chuva me pertubavam

E a minha perna já doía

Foi aí que eu percebi

Que o mundo todo já dormia

Eu estava sozinha

Mais já me acostumara

Havia seguido sozinha

Para todos os lugares que a vida me levava

E agora as lagrimas começavam a me sufocar

E então eu prometi pra mim mesma

O meu coração eu iria afogar

Me deitei na grama, fria e morta

De baixo da velha cerejeira torar

Com a minha velha lâmina convercei

E percebi que aquele momento

Era o momento que eu sempre sonhei

Suspirei dando o primeiro corte em meu peito

Dei outro, outro até não mais me sentir dentro de mim

Então pelo mesmo caminho continuei

Sem dor

Sem rumo

Sem a vida que tanto detestei.