Meu mundo é você escrita por Karmen Bennett


Capítulo 31
Epílogo


Notas iniciais do capítulo

Oioi gente, voltei pra postar o epílogo que prometi, espero que ainda tenha gente interessada em ler, tenho que admitir que minhas demoras são criminosas, mas estou feliz em poder concluir mais uma história Seddie, essa sim a última, não por falta de vida e saúde mas sim de tempo Em fim tenho uma surpresa no final, espero que gostem!! Leiam as notas finais, bjs



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Num pequeno povoado chamado Little Apple, um comerciante fechava as portas da sua pequena loja quando uma chuva fina começou a cair fazendo as pessoas que passavam por ali apertarem o passo em direção as suas casas. Ele lamentou que não houvesse levado o cavalo, pois teria que voltar pra casa andando, mas não se importou, ao menos não estava morando mais no campo como quando chegara aquela cidade, a seis anos atrás.

Fora uma época muito difícil, ele havia acabado de fazer uma longa viagem e não tinha dinheiro algum, pretendia começar uma nova vida ao lado da mulher que amava, e não lhe restou outra saída a não ser se instalar numa propriedade rural onde teve de trabalhar duro como lavrador em troca de moradia, comida e pouquíssimo dinheiro que mal cobria suas despesas.

Mas em momento algum se arrependia da sua escolha, mesmo tendo deixado para trás uma vida de riqueza e poder.

Ele e a moça se casaram dias antes de descobrirem a gravidez que pegou a todos de surpresa. A mãe da jovem escandalizou-se e quis pôr a filha de castigo, mas percebeu que não fazia sentido algum.

Então eles passaram a se virar como podiam, ele trabalhava no campo, a sogra lavava roupa para os ricos e costurava para os pobres, enquanto a moça era cercada de cuidados, já que enfrentara os primeiros meses de gestação a bordo de um navio em condições ruins, acreditando que seus enjoos eram decorrentes do balanço das águas.

Mas o trabalho duro fez com que eles prosperassem e em três anos, o jovem conseguiu comprar uma loja na cidade, onde passou a vender os próprios inventos. Eram produtos de madeira e outros materiais que iam de brinquedos a objetos de utilidade doméstica, algo novo na cidade, o que lhe garantiu uma boa reputação local.

No começo, eles moravam nos fundos da loja, depois conseguiram comprar uma casa maior e confortável para onde ele se dirigia naquele momento, sob a chuva fina que já começava a se tornar mais severa.

Foi quando ele ouviu passos de alguém correndo as suas costas, seguido de um grito:

–Pai!

Ele se voltou e viu um garoto correndo em sua direção, como um objeto nas mãos. Era um dos inventos dele mesmo, consistia numa espécie de lona aberta, sustentada por aros que eram seguros por um cabo de cerca de 80 cm. Servia para proteger as pessoas da chuva.

–O que faz aqui uma hora dessas, Louis? E por que pegou isso, disse que ainda não está pronto.

–Papai, a nossa casa fica ali. -Disse apontando. Realmente, estavam a pouco mais de dez metros da casa com várias flores na frente.

–Não foi isso que perguntei.

–Eu fui ver a vovó. E a mamãe deixou eu pegar essa coisa, ela disse que ia chover.

–Certo. Mas é melhor a gente andar mias rápido, não é?

O menino assentiu e os dois alcançaram a casa onde uma mulher com longos cabelos loiros presos numa trança abriu a porta com ar preocupado.

–Eu já estava indo atrás de você. -Disse ela ao menino. -Como está a sua vó?

–Está bem. -Disse. -Mas achei ela estranha.

–Como assim? -Perguntou o pai do garoto entrando e fechando a porta ás suas costas. -Algum problema com o sr William?

Pam, a avó do garoto, havia se casado ha alguns anos com o dono de um pequeno sítio onde ele cultivava uvas. Mas os dois preferiam ficar na cidade.

–Não. -Afirmou o garoto. -Mas ela ficou aborrecida quando eu tentei ler um papel, tomou das minhas mãos e levou pra longe.

O garoto estava visivelmente chateado ao relatar o acontecido e não percebeu quando os pais trocaram um olhar preocupado.

–Não ligue. Ela já tem uma idade avançada...

–Freddie! -A mulher o olhou indignada. -Amor, eu vou conversar com a vovó, esta bem? Vou perguntar por que ela fez isso, mas tenha certeza não tem nada a ver com você, você não fez nada de errado. Agora vá se arrumar pra gente jantar.

O garoto assentiu e saiu da sala deixando o protetor de chuva na sala, molhando o tapete. Em outra circunstancia, a mãe reclamaria com ele, mas preferiu deixá-lo descansar.

–Freddie, não vamos conseguir esconder a verdade dele por muito tempo. -ela disse sentando numa cadeira.

–E o que você quer que eu faça, Sam?

–Precisamos contar a verdade. Você recebeu outra carta hoje, e aqueles homens voltaram a cercar nossa casa! Como podemos viver desse jeito?

Freddie suspirou e sentou de frente para a esposa antes de responder.

–O que diz a carta?

–Ele exige o seu retorno. O seu e o do nosso filho.

–Ele não mencionou você?

–Não. E eu estou começando a temer pela minha vida, Freddie.

–Não vou deixar que te façam mal. -Disse firme. -Mas a essa altura, creio que meu pai já esteja conformado com minha escolha. Acho até que ele me deixaria em paz se não fosse a situação do reino.

–Bom, você deve conhecer o seu pai melhor do que eu. -Disse cética. -Mas o que pretende fazer?

–Não sei. Mas as vezes tenho a impressão de que não consigo fugir disso. Quer dizer, esses homens nos cercam desde que chegamos na América, como conseguiram nos achar?

Sam riu tristemente da aflição do marido e levantou sentando no colo dele.

–Talvez você deva voltar. -Disse ela.

–Pra quê? -Perguntou abraçando-a. -Minha vida é aqui agora.

–Com aqueles guardas lá fora te vigiando dia e noite?

–Já pedi ao meu pai que os mande de volta, mas ele acha que eu preciso de proteção. Talvez seja melhor ignorarmos eles.

–Eu juro que tento. Freddie, você precisa voltar. Não é só pelo seu pai, mas o povo também exige o seu retorno, sabe que é isso que tem levado a sucessivas revoltas no reino.

–Não entendo. Achava que aquelas pessoas nos odiavam, que mal podiam esperar para nos verem fora do poder.

–É, mas vai saber o que o seu pai está fazendo pra que eles mudem de opinião. E principalmente, pra que você mude de opinião. Ele não vai descansar enquanto você não voltar.

–Não posso ceder. Além disso, acha mesmo que tem alguma chance de eu partir e deixar você e o meu filho aqui? Se eu for, vamos os três.

–Então pretende transformar uma exilada em rainha? Seu otimismo é comovente!

Ele riu e em seguida e beijou nos lábios por um longo tempo, começando de forma suave terminado completamente sem ar.

–Seja qual for a nossa decisão. -Ele disse rouco. -Nós vamos ficar juntos. Agora vamos nos deitar, eu estou cansado.

–São cinco e meia da tarde. -Ela levantou sorrindo. -Ainda não jantamos e da última vez que você me disse isso fomos dormir com o dia amanhecendo, alteza.

–Então essa é sua chance de ir dormir mais cedo dessa vez. -Ele respondeu com um sorriso torto.

–Pode me dizer como foi que mudamos tão bruscamente de assunto?

Freddie já ia respondendo quando Louis retornou a sala usando roupas limpas e com os cabelos penteados. Tinha os cabelos castanhos, um pouco mais claros que os de Freddie e olhos azuis como o de Sam. Era um garoto extremamente inteligente que certamente descobriria em pouco tempo sua verdadeira história.

Sam e Freddie se entreolharam quando ele sentou a mesa e encarou os pais interrogativamente, pois aquela altura a mesa já deveria estar posta.

Aquela noite, os três jantaram o mais normalmente possível, mesmo sendo normal um termo inadequado a uma família humilde cujo chefe era na verdade o herdeiro do trono do maior reino europeu.

Freddie abdicou do trono, mas este parecia tê-lo seguido até aquela terra distante e ele sabia que estava em suas mãos a decidir o futuro da sua família, e principalmente lutar pela felicidade desta. E isso era algo que ele estava decidido a fazer com todas as forças, independente da vida que escolhessem, ali ou na França, pertencendo a um povoado simples ou a mais poderosa realeza, não deixaria que as incertezas do futuro (comum a todas as pessoas) inviabilizasse a felicidade da sua família, que dependia acima de tudo do fato de estarem juntos.

Depois do fim, o começo


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Notas finais do capítulo

Esse link é de uma one shot que eu fiz pra contar um pouco mais da história deles depois de casados. Eu espero que vcs gostem.
Eu gostaria de agradecer a todo mundo que eu conheci desde 2012 aqui pelo nyah, incluindo aqueles que nem estão mais lendo fcs, ou pelo menos comentando, e principalmente os que continuaram lendo as minhas fics até o final, vcs não imaginam o quanto eu amei escrever essas fics!! Sintam-se tod@s abraçados eu juro que vou responder a todos os reviews que ainda estão sem retorno!
E claro, por favor, comentem aqui o epílogo e lá na one tbm, preciso de forma desesperada saber o que vcs acharam.
Até mais!!



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