Meu mundo é você escrita por Karmen Bennett


Capítulo 16
Jogo duplo


Notas iniciais do capítulo

Olá! Então, esse capitulo ficou curto e eu vou ser bem sincera, estão acontecendo uns problemas comigo e minha inspiração se foi. Ainda assim eu to me esforçando mas se o cap tiver ficado muito ruim, peço desculpa desde ja e peço tbm que sejam sinceras. Brigada pelos reviews, tenham uma boa leitura!!



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Sam sentia que Gertrudes estava dificultando a sua saída daquele lugar, mas daquela noite não passava. Não podia abandonar o serviço, pois se a mulher fizesse queixa dela a alguém ela poderia ser castigada ou ainda não conseguir mais trabalho algum. O plano seria então dizer que mudara de ideia e que queria ficar, num instante a mulher diria que já havia encontrado outra pessoa. Sam havia decidido que só usaria desse artifício em ultima instancia, e aquela era a ultima instancia, mais do que nunca sua presença tornava-se um inconveniente a Freddie.

Caminhava pela cidade com uma cesta abarrotada de frutas nas mãos, lembrando de quando brincava com seus amigos, ou simplesmente auxiliava a mãe nas tarefas. Lembrava da senhora Braga, esposa do alfaiate uma das poucas que não a odiava por sua traquinagem. A mulher havia morrido a dois anos de uma doença transmitida por ratos. Aquilo fez Sam nunca mais andar descalça pela cidade.

Quando aproximava-se de uma barraca de folhas, tropeçou em uma pedra e sentiu uma mão segurá-la desnecessariamente. Agradeceu sem nem olhar quem era, mas a pessoas se pôs em sua frente sorrindo. Sam fez um esforço e então se lembrou. Vinha problema pela frente.

-Bom vê-la, senhorita!

-Obrigada. Se o senhor me da licença...

-Permita-me que eu me apresente. Duque Humbert Haze, ducado oeste.

-Hã...  Samantha Puckett. Em que posso ser útil?

-Em muitas coisas. Podemos inclusive ser útil um ao outro.

-Não compreendo.

-Sei. Mas compreende que uma moça não deve dançar com rapazes as escondidas. E claro, principalmente se eles forem... Um futuro monarca comprometido!

-E o senhor compreende que eu como criada não me atrevo a desobedecer ordens!

-Não me pareceu está sendo obrigada a nada.

-E não estava. –Disse baixando o rosto inocentemente. –O príncipe jamais me obrigaria a nada! As ordens que me são dadas são cumpridas com a maior das satisfações.

-Entendo. –A voz do homem se abrandou. Uma pobre moça explorada, por um poderoso, que culpa tinha? –Podemos dar um jeito nisso! Encontre-me na estrada, amanhã às nove. Tenho sua palavra de que não dirá nada a ninguém?

-Claro, alteza. –Ela sorriu timidamente.

-Se tentar fazer jogo duplo menina, irá se arrepender, fui claro?

-Sim. –Respondeu olhando-o timidamente.

O homem se afastou enquanto Sam fazia uma breve reverencia. Tinha um ar vitorioso e um sorriso cúmplice. Sam sentiu ódio daquele homem. Nem tanto pela ameaça quanto pelo fato dele querer joga-la contra Freddie. Sim, o príncipe era mimado e imprestável, mas era seu amigo de infância, seu amor secreto e eterno, e ele não tinha o direito de se meter entre eles. Por causa do que sentia por Freddie ela estava desistindo de um trabalho que a tornaria rica, porque não suportava o fato de vê-lo todos os dias, e a noite vasculhar seu castelo em busca de algo que o prejudicasse. Em hipótese alguma permitira que aquele duque se aproveitasse desse sentimento para triunfar sobre Freddie.



A noite, Freddie preparava-se para deitar quando ouviu batidas na porta. Surpreso, levantou, girou a chave e mal teve tempo de ver quem entrava dada a rapidez com que a pessoa o fez. De súbito ele sentiu que já sabia o que havia acontecido, esperava por aquilo. Sam era extremamente vulnerável e ele teve de se controlar para não toma-la nos braços e a confortar. Perguntou friamente:

-O que faz aqui?

-Estou indo embora, mas preciso falar com você antes.

-É o duque Humbert não é?

-Eu acho que é isso mesmo. –Disse num tom entediado. –Eu estava comprando frutas hoje pela manhã e...

-O que ele disse?

-Que quer falar comigo amanhã na estrada. Ele... –Sam voltou os olhos para o chão corando violentamente. –Ele pensa que temos um romance...

-Mas que absurdo! É claro que você não vai!

-Você não entende. Se ele espalha isso por ai, minha vida e a da minha família esta arruinada! Preciso do silencio dele!  

-Sam, você esta sob a minha proteção. Ele sabe disso o que quer que tenha dito esta blefando!

-Pra você é fácil falar. Não há nada que ele possa fazer contra você, mas contra mim...

-Não fará nada também. Você não pode se afastar daqui agora. Tem ideia do que ele quer?

- Provavelmente ele quer que eu faça um escândalo com seu nome e depois me ajudará a sumir!

-Acreditando que eu a colocaria na forca...

-E seria diferente?

Freddie riu misteriosamente caminhando em direção à janela. Seria diferente sim, pensava. Se ela fizesse algo assim, e ele mesmo a ajudaria a fugir, pois o rei e não ele não hesitaria antes de prendê-la, e o próprio duque certamente a entregaria a fim de demonstrar toda a sua lealdade. Quando voltou-se novamente para a garota, não pode descrever sua surpresa ao vê-la sentada confortavelmente na cama. Tinha um ar maravilhado.

-Ah me desculpe. –Disse levantando. –Mas creio que nem as nuvens onde dormem os anjos sejam tão macias e confortáveis.

-Pode ficar sentada aí. –Disse dando de ombros. –Você por acaso dorme no chão?

-É quase como se fosse. –Ela sentou sorrindo. – Não faz diferença, e então?

-Sam,  por hora tudo o que eu te digo é pra não sair daqui, e não se aproxime dele. A ideia que o duque faz de você é péssima pode querer se aproveitar.

-Desculpe, tenho que ir. Ainda que eu tentasse ficar, não poderia mais, fui dispensada!

Freddie suspirou afastando-se. Era tudo o que lhe faltava, ter de intervir em assuntos da criadagem! E era tudo por culpa de sua, afinal,  por que tinha que ter dançado com ela? Mas não conseguia pensar em outra solução. Sam  era esperta, mas ainda assim era apenas uma moça pobre e não podia se expor. Deixa-la ir, seria deixa-la ainda mais vulnerável, daria a entender que estava dispensando a amante problemática. Isso não! Freddie voltou-se para ela com um ar resolvido. Para sua surpresa, ela agora estava deitada! Se ela soubesse o que aquela visão causara no rapaz provavelmente não estaria tão à vontade.  Freddie teve de respirar fundo, para que sua voz lhe não entregasse.

-Uma moça direita não deita na cama de um homem, sabia? –Dizia enquanto caminhava lentamente pelo quarto.

-Homem?  –Perguntou erguendo-se preguiçosamente. –Pensei que a cama fosse sua.

-Então... –Ele revirou os olhos antes de parar diante dela . –Entenda. Minha palavra vale mais que a dele, e ele tenta se aproveitar de sua fraqueza.  Por isso é melhor que fique aqui no castelo por mais um tempo.

-Já disse que...

-Apenas volte pro seu quarto! Falarei com Spencer amanhã. Eu realmente sinto muito por tudo isso...

-Tudo bem... Mas por favor, pense logo em alguma coisa! Minha vontade era de já estar muito longe daqui...

-Longe onde? –Perguntou impulsivamente.

-Não sei. –Disse levantando-se. –Depois vejo isso. Boa noite, Alteza.

-Boa noite.

-Ah! –ela parou na porta com um sorriso discreto. –Muito obrigada pelo que esta fazendo por mim.

-Por nada. –Responde sem fita-la.

Freddie teve de se conter com todas as forças para não levantar e beija-la, pois o desejo de possuí-la era grande demais para se arriscar dentro daquele quarto. Ao ouvir a porta bater, fixou-se na cama onde instantes antes ela estava deita preguiçosamente, e sentiu o coração acelerar. O cheiro dela ainda impregnava o ar, enlouquecendo-o. Como era linda! E como a amava. Freddie percebeu que estava cometendo um erro. A perspectiva de deixa-la mais uma vez o fez ser invadido por uma tristeza, uma aflição ainda maior. Pois antes partira esperançoso e mudara de ideia com o tempo. Mas agora não teria mais volta. Dentro de um ano ou dois estaria casado e ela longe. Onde? Ele jamais saberia.




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Notas finais do capítulo

É isso gente deixem review pfv e me desculpem a demora mas não foi um caso que eu tenha abandonado, as ideias tão aqui mas não consigo fazer um bom texto ta sendo bem difícil pra mim!