Como Um Sonho escrita por Night Crow


Capítulo 23
Snape idiota e o suposto herdeiro. - Parte I


Notas iniciais do capítulo

FINALMENTE LEVANTEI DA CAMA E VIM ESCREVER!!! ~todos aplaudem~
Desculpem a super demora, mas eu não sabia como começar. Que irônico. Mas enfim, I hope you guys enjoy isso aqui e leave comments. ;) muahahah :D



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Quando a Câmara Secreta foi "reaberta", há algum tempo, um aluno da Grifinória havia sido petrificado. Uma semana depois, mais cinco foram petrificados, junto com o fantasma da nossa casa, o Nick-quase-sem-cabeça. E o mais interessante é que ninguém sabe quem é ou o que está petrificando os alunos, geralmente os não sangue-puros. Harry e Ron desconfiam que o herdeiro de Slytherin seja o Malfoy, mas Hermione e eu discordamos. E por isso eles ficam nervosinhos e perguntam toda hora: "De que lado vocês estão?", sendo que eles sabem que estamos do lado deles.

Mas hoje talvez eu tenha uma oportunidade de perguntar ao suposto "herdeiro" se ele é ou não é quem meus amigos estão dizendo.


Flashback





Snape entrou na sala, eu estava sentada com Hermione e Harry estava com Ron. Draco estava uma carteira atrás de mim, mas na fileira ao lado.







– Eu quero que façam um trabalho, sobre criaturas mágicas e suas mordidas fatais ou não, juntamente com poções curativas e suas escências. Sessenta centímetros de pergaminho, trinta linhas tanto para as poções quanto para as criaturas mágicas. - ele passou tudo quase sem parar para respirar, enquanto os alunos reclamavam alto.





– Ele só pode ser louco. - reclamou Ron, cruzando os braços e fazendo cara feia.


– Ele é louco. - corrigiu Harry.

– Mas, como hoje ninguém vai explodir nada, pois estarão concentrados nos trabalhos, deixarei que façam em duplas. - ele sorriu, maldoso. - Mas serei eu a escolher as duplas.

Mais reclamações, agora mais altas ainda. Snape bateu com um grosso rolo de pergaminho sobre sua mesa, e todos ficaram quietos. Provavelmente ficaram assustados.

– Se não ficarem quietos aumento para cem linhas. - ninguém disse nada, então ele continuou: - Ótimo. Irei começar.

E então ele escolheu as duplas.

– Patil e Brown, Greyves e Peeves, Potter e Bulstrode, Weasley e Parkinson, Malfoy e Valery, Granger e Longbottom... - ele continuou a formar duplas, mas eu parei de ouvir quando ele falou "Malfoy e Valery".

– Ah, não, ele deve ter algo contra mim. - sussurrei para Hermione, enquanto olhava de soslaio para meu parceiro de trabalho. Ele sorriu, mas era um sorriso maquiavélico, assim dizendo. Eu ri, sendo acompanhada por Hermione.

–--

Todos estavam falando alto, concentrados em fazer o trabalho, brincando ou armando barraco, ops, brigando. Hermione havia se juntado à sua dupla e eu estava com a cabeça baixa, ainda em minha mesa, e quase dormindo. Senti alguém sentando do meu lado, e achando que fosse Mione eu levantei a cabeça, mas acabei me arrependendo depois.

– Mione? - eu ainda não havia olhado quem era.

– Não. - respondeu uma voz de garoto. Eu estremeci.

– Ah, você. Achei que iria simplesmente me ignorar, mas já que está aqui... - eu nem olhei para seu rosto, já me abaixando para pegar os materiais necessários, mas ele me puxou para cima.

– Se você tivesse olhado, veria que eu já tenho tudo aqui. - ele disse, mal humorado. - E como assim, te ignorar? Com o professor olhando desse jeito para mim... nós, na verdade.

Eu olhei para Snape, que estava nos encarando com um olhar que acabou com o resto do meu dia.

– Ah, bom... então vamos começar. - eu senti um embrulho no estômago, mas ignorei isso e peguei meu livro, abrindo nas páginas que eu considerava úteis.

–--

A aula havia acabado, e eu estava a subir as escadas com meus amigos, mas senti que algo puxava minhas vestes. Eu olhei para trás, e vi ele me chamando, na escada de baixo. Meus amigos estavam conversando entre si e nem viram que eu havia me afastado.

– Quer alguma coisa? - eu perguntei, enquanto ele se aproximava mais.

– Snape disse que teremos que terminar o trabalho, é para amanhã. - ele respondeu em tom de óbvio.

– Sim, eu sei. - revirei os olhos. - Mas onde vamos terminar?

– Tem que ser em algum lugar que não nos vejam juntos... - eu olhei para ele subitamente, em descrença.

– Como é?

Ele riu, e eu lhe dei um tapa no braço.

– Outch! Não quero que me vejam com você, o que vão dizer?

– Nada, o que deveriam dizer?

– Não sei, o que seus amiguinhos diriam? - eu gelei, não havia pensado nessa possibilidade. Vendo a minha expressão pasma, ele riu mais uma vez.

– Viu? Eu estou na mesma situação que você.

– Tudo bem, onde você sugere?

– Meu quarto? - ele respondeu, com malícia.

– Ha-ha que engraçado. - eu disse, ironicamente. - Estou falando sério.

– Eu também. - Ele deu um sorrisinho, e eu cobri meu rosto com as mãos, estava ficando vermelha.

– Você quer apanhar? - ele ficou sério por um momento, depois caiu na gargalhada. - PARA DE RIR!

Eu bati com o livro nele, mas ele demorou a parar.

– Certo, onde... - ele riu um pouco - Onde você quer terminar?

– Que tal na biblioteca? Na hora do almoço quase ninguém fica lá...

– Ficou louca? Você disse certo, quase ninguém fica lá. - Eu suspirei e cruzei os braços.

– Não sei mais nenhum lugar.

– Hum... - ele pareceu pensar. Eu olhei para minhas unhas como forma de distração. - Talvez o vestiário da Sonserina... - eu olhei para ele com cara de dúvida.

– Os vestiários, do quadribol...

– Ah b... Espera. Eu não vou lá.

– Por que não?

– Por que não.

– Por que não não é resposta.

– Já disse que não vou e pronto.

– Deixa de ser fresca, garota. Nós vamos lá e vamos terminar essa porcaria de trabalho você querendo ou não. Eu não quero ganhar um zero por sua culpa. - Ele saiu, me deixando com cara de nada.

– Ei, espera. - ele parou e me olhou, do alto da escada. Eu subi alguns degraus.

– Diga logo.

– O horário. - Ele devaneou por um instante, e então olhou para mim.

– Ás sete em ponto. - quando eu abri a boca para dizer que era tarde, ele completou: Sem atraso.

E então ele saiu.


Flashback off





Eu estou aqui há praticamente dez minutos e nada de ele aparecer. Havia conseguido escapar de meus amigos, mas agora vejo que foi em vão. Soltei um longo suspiro e quando me virei, dei de cara com ele.







– Ahh! - eu quase gritei, se ele não tivesse tampado a minha boca.





– Não grita!


– Você me assustou! - ele apenas revirou os olhos, enquanto eu respirava com dificuldade.

– Vem comigo. - eu assenti e ele pegou minha mão, instintivamente. Acho que ele não percebeu, por que não soltou ela. Eu estava vermelha feito um pimentão.

Entramos naquele lugar que eu imaginava ser asqueroso, justamente como os garotos que ali se preparavam para os jogos. Mas ao contrário do que eu pensava, era até bem limpo e arrumado.

– Gostou? - ele deve ter visto minha cara de espanto e perguntou, que palhaço.

– Não. Os materiais...?

– Aqui. - Ele mostrou vários rolos de pergaminho e alguns frascos, penas e tinta que segurava no braço. - Sinceramente, você é cega?

– Cale a boca. - reviramos os olhos quase que ao mesmo tempo, e colocamos as coisas em um banco largo que havia ali, sentando no chão.

–--

Draco's P.O.V


– Que droga, eu não consigo escrever com essa pena. - ela reclamou pela milésima vez.




– Que droga digo eu, você já disse isso um milhão de vezes. Deixe-me ver o que você fez até agora.




Eu me estiquei para ver o que ela havia escrito desde que começamos a fazer o bendito trabalho.


– Só isso?! - eu perguntei, um pouco alterado, vendo que ela não havia escrito nem metade do que era para escrever. Ela me olhou espantada.

– Calma! Eu já disse que não consigo escrever com essa coisa.

– Como você faz as tarefas?

– Não sei. Acho que é essa pena mesmo. - Carol examinou a pena atentamente, depois mergulhou aponta dela na tinta e voltou a escrever. Mal terminou a palavra e a tinta havia acabado. - Viu?

Eu suspirei e entreguei-lhe a minha pena. Eu nunca deixei ninguém tocá-la, era quase uma relíquia para mim, mas ela já estava me deixando sem paciência.

– Escreva com a minha. - no começo ela hesitou, me olhando um tanto confusa, mas depois e pegou e olhou-a bem.

– É para eu mergulhar na tinta? - perguntou abobalhada. Eu não consegui me aguentar, comecei a rir, com ela a me olhar com um misto de confusão e indignação.

– Oque foi? - ela riu, sem graça, e ficou vermelha.

– Não precisa de tinta. - eu respondi, ainda rindo um pouco.

– Ah.

Ela segurou a pena e a aproximou do pergaminho, e eu, sem pensar, envolvi minha mão com a dela, mostrando a ela como se usava. Como se ela não soubesse. Mas, como eu disse, eu não pensei antes de fazer isso, eu apenas fiz.

Ela se mexeu desconfortavelmente soltou sua mão da minha, ficando mais sem graça e vermelha do que já estava. Achei que ela ficou uma gracinha desse jeito, mas não comentei nada.

– Está tudo bem? - perguntei, me sentindo sem graça também.

– Ah, sim, tudo bem... - ela respondeu rapidamente, voltando a se remexer, desconfortável.

– Então escreva com a pena e termine.

– Mas e vo...

– Eu já terminei. - a interrompi, enquanto levantava.

– Aonde vai?

– A nenhum lugar, não se preocupe, eu não vou lhe abandonar.

Ela me olhou e deu um sorriso sarcástico, voltando-se para o pergaminho a sua frente e terminando sua parte do trabalho.

–--

– Puxa, foram sete pergaminhos e mais quatro frascos de poções. - ela estava agora em pé, olhando satisfeita mas ainda assim cansada para o trabalho pronto.

Eu não disse, nada, apenas me dirigi até a porta e quando ia abri-la, uma mão me impediu. Carol colocou-se em minha frente e cruzou os braços, e eu passei a mão pelos cabelos, irritado.

– Aonde você pensa que vai?

– Para meu salão comunal? - respondi em tom de óbvio, e ela pareceu se segurar para não me bater. Uh, que medinho. Tentei passar por ela, mas ela me segurou.

– Não, você não vai. Acha que eu tenho quantos braços? Quatro? Eu não vou levar tudo isso sozinha. - ela apontou para os pergaminhos e frascos.

– Problema seu. - empurrei-a levemente e saí, deixando-a pasma. Ela segurou meu braço.

– Draco, por favor, eu não vou conseguir... - estava sussurrando, e ela segurava as lágrimas. Por mais que eu quisesse ajudá-la, eu não podia. Simplesmente por que não era minha obrigação. Me virei e continuei andando, mas ela colocou-se novamente à minha frente e segurou meu rosto com a mão, cravando suas unhas médias.

– Eu falo sério.

– E eu também. O problema é seu se você é fraca e não consegue segurar simples rolos de pergaminho, alguns frascos e duas penas. - eu não pensei em dizer aquilo, escapou. Eu cerrei os olhos e esperei pelo tapa, mas ela apenas me encarou com fúria, engoliu as lágrimas e disse com a voz rouca e baixa:

– Tudo bem, pode ir. Eu odeio você.


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Notas finais do capítulo

Eu quero que meus ex 13 leitores (sim, eu perdi um ç.ç) deixem comentário, não é legal apenas três comentarem. Isso me deixa triste, mas obrigada às que comentam. (perceberam que aqui quase só tem mulher? o.o)
Beijos.