Rua 35 escrita por Keroro


Capítulo 6
Medo de altura?


Notas iniciais do capítulo

Peço desculpas pela demora pra postar o capitulo. Eu fiquei doente e a situação estava super tensa. ç.ç
Mais tá ai, espero que gostem.



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Um tempo depois o Kamikaze parou e finalmente chegou a nossa vez e a de várias outras pessoas atras de nós. Eu podia ouvir os gritinhos de varias garotas estéricas ao fundo.

Quando eu me sentei do lado de Annabell, Sam simplesmente me puxou do meu lugar e mandou que eu me sentasse com Damon. Eu olhei para Annabell esperando que a minha pequena dissesse que queria que eu sentasse com ela mais ela apenas concordou com Sam e eu saio de lá com uma aura negra terrível ao meu redor e me sentei ao lado de Damon. Ele olhou para mim e deu um sorrisinho de canto que me fez derreter. Por dentro, logico. Eu não ia ficar me derretendo na frente daquele garoto metido.

Quando o homem finalmente passou olhando as travas de segurança e fechando o brinquedo meu nível de adrenalina já começou a aumentar automaticamente, e o Kamikaze nem tinha começado a se mexer. Um tempinho depois ele começou a ir de trás para frente, de frente para trás até pegar altitude. Eu já conseguia ouvir os gritos estéricos de Annabell e imaginei que Sam já estaria surdo a essa altura do campeonato.

Eu olhei para Damon e ele não demonstrava nenhum tipo de reação. O que que a com esse garoto? Ele não sente a adrenalina correndo no sangue dele? E foi no meio desse pensamento que o Kamikaze deu sua primeira volta completa e eu vi Damon fechando os olhos. Então eu entendi. Ele tinha medo de altura. “Mas que imbecil. Por que não nos disse isso? Fica tentando dar uma de fortão acaba assim.” Então o Kamikaze deu mais uma volta e Damon fechou os olhos com mais força e apertou uma das barras do brinquedo em que ele estava se segurando. Então eu num ato totalmente impensando – tudo culpa da adrenalina – segurei sua mão direita com toda a força que eu tinha. E ele finalmente abriu os olhos e olhou para mim. Eu comecei a sorrir que nem uma imbecil enquanto olhava pra ele tentando-lhe passar confiança, e parece que funcionou. Damon passou o resto do tempo que tínhamos no brinquedo com os olhos abertos e olhando para mim. Ele não sorriu nem falou nada. E eu também não ia cobrar nada dele, afinal já era um progresso que ele estivesse com os olhos abertos. Mas por culpa dele eu não pude gritar uma vez sequer. Annabell me deve uma. Quando o Kamikaze finalmente parou Damon saiu de lá de dentro como o diabo correndo com medo da cruz. E eu o segui rindo. Annabell e Sam saiam do outro lado do brinquedo e Annabell ria igualzinha a mim enquanto Sam estava com uma cara não muito boa. BEM FEITO! Se não tivesse armado planinhos, isso – o fato de ele estar quase surdo – não ia ter acontecido.

- GIU! E AI? GOSTOU? – Annabell gritava feito uma condenada.

- Gostei Anna. Mas não precisa ficar gritando.

- Não ouvi você gritar. O que aconteceu? – Anna perguntou abaixando o tom de voz quando percebeu que todos na fila nos olhavam de um jeito estranho.

- Ah, nada demais. Só não tive vontade de gritar dessa vez. – Eu respondi olhando para Damon. Ele estava serio. Acho que era vontade de vomitar ou algo parecido. Eu ri internamente. “Pare de rir da desgraça alheia.”

- Ah, sei. Então, nós vamos em qual brinquedo agora? – Sam perguntou.

- Não sei. O que você me diz Giu? – Anna perguntou.

- Ah, vocês podem escolher. Eu vou ficar sentada ali no banquinho. – Eu disse e logo em seguida comecei a andar na direção de um banco que tinha perto das barraquinhas de pipoca e bala. Damon me seguiu. E eu vi Annabell e Sam indo em direção a Roda Gigante. Não ia sair nada de bom dali.

Depois de mais alguns passos eu finalmente cheguei ao meu tão amado destino: O banquinho. Sentei-me ali como se fosse à coisa mais feliz da face da Terra e logo depois Damon sentou do meu lado.

- Então... – Comecei. – Você tem medo de altura? – E Damon me lançou um olhar que poderia ter-me matado.

- Se você contar para... – Eu não vou contar para ninguém. Não sou do tipo que sai espalhando os segredos dos outros por ai. – Eu o interrompi. “Se bem que não seria uma má idéia.”

- Tudo bem então.

- E qual foi o seu trauma?

- O quê? – Ele me olhou, confuso.

- O seu trauma. Se você tem medo de altura deve ser porque teve algum tipo de trauma na infância ou coisa parecida. – Expliquei.

- Eu entendi. Mas não quero falar sobre isso. – Ele me lançou um olhar suplicante e novamente eu me perdi naqueles lindos olhos. Aqueles olhos enigmáticos que me puxavam para si como um imã. Damon não fez questão de desviar o olhar e eu muito menos. Nossos rostos estavam próximos a ponte de nossas respirações se tornarem uma só. E quando eu menos esperava nossos lábios se uniram num beijo.  Logo nossas línguas travavam uma batalha para ver quem controlava a situação, e logico, Damon ganhou. Eu levei uma de minhas mãos até o seu pescoço e o arranhei com minhas unhas quando senti ele levar uma de suas mãos até minha cintura e aperta o local. Naquele momento nos precisávamos um do outro e eu não sabia exatamente o porquê e nem queria saber.

Um tempo depois nos separamos por falta de ar e eu pude notar duas criaturas nos olhando com certa malicia. Você ganha um doce se acertar. Sim, eram o Sam e a Annabell. Sam tinha um sorriso sínico no rosto e Annabell sorria de um jeito estranho e me olhava com uma cara do tipo: Eu te disse.

- Há, você fica me devendo gatinha. – Sam disse enquanto abraçava Annabell.

- Vocês fizeram uma aposta? – Perguntei, me levantando do banco.

- Sim. – Annabell me respondeu como se aquilo fosse à coisa mais normal da face da Terra.

- Eu ainda mato vocês. – Eu respondi e me joguei novamente no banco. Damon ainda estava ali, sentado, com cara de paisagem. Eu quis bater nele, só para ver se era legal e ai eu acabei me lembrando do beijo. AH, O MALDITO BEIJO! E o pior, o infeliz beijava bem.

- Sabe. Eu acho que nós devemos ir embora. – Damon falou pela primeira vez desde que Annabel e Sam chegaram.

- Por quê? Logo agora que as coisas estavam começando a “esquentar”. – Sam falou fazendo aspas com os dedos quando disse a palavra esquentar e logo em seguida apontou para o Damon e eu.

- É bom que pare antes que acabe sem esses dedos. – Falei e Sam me lançou um olhar fuzilador. Annabell vendo que as coisas estavam ficando quentes entrou na frente do Sam e disse que nós deveríamos ir embora, pois já estava ficando tarde. “Boa Anna. Continua defende o playboyzinho ai.”

- Sabe. Vocês não podem ficar se matando por ai. Você – Annabell apontou para mim – É minha melhor amiga. E você – Ela apontou para Sam – É meu namorado. E eu não quero ver vocês se comendo por ai que nem dois galos de briga.

- Tudo bem. – Sam respondeu. – Não vou matar ‘essa’ ai.

- Essa o quê? Repete, fazendo o favor. – Falei. Pronta para arrancar o banco - em que Damon ainda estava sentado – do chão e joga-lo em Sam.

- Da pra vocês dois ficarem quietos? – Damon falou. – Eu quero escutar.


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Notas finais do capítulo

Então... reviews? *-*
E mais uma vez me desculpem pela demora, vou tentar postar mais rápido na próxima vez. ç.ç



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