Sangue inocente escrita por Mandi Winchester


Capítulo 12
Perguntas e respostas


Notas iniciais do capítulo

Olá hunters! Primeiro, desculpem pela demora para postar, é que eu tive alguns problemas para resolver e também tive que escrever bastante para dar o objetivo do capitulo.
Seguindo, quero agradecer a todos que estão me mandando mentions no twitter e pelos reviews, agradeçimento em especial para a fofa da Manuzinhahh, que esta deixando um review em praticamente todos os capítulos. Obrigada Manu!
Sem mais delongas, capitulo 12 pra vcs, divirtam-se =D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/249945/chapter/12

O sol estava quase sumindo no horizonte da estrada de Old Post, e os caçadores ainda estavam em direção a cidades de Atlebora, Massachussets, em busca de Adfur, o demônio. 


Adfur tinha matado mais uma criança naquela cidade, a pequena Alice, o que levava a crer que o assassino estava lá para terminar o que começou, "pegar o sangue de pessoas inocentes -crianças - para fazer um ritual e dar mais poderes à Lúcifer" e, assim, acelerar a batalha final do Apocalipse. 

De forma alguma, os irmãos Winchesters poderiam deixar isso acontecer, pois muitas pessoas iriam morrer, fora que a pressão para eles aceitarem e serem as cascas de Miguel e Lúcifer iria ficar mais forte.

Alexia, também tinha o seu motivo para fazer Adfur parar, o demônio tinha matado sua família, o motivo, ela ainda não sabia, mas não vai demorar muito tempo para isso vir a tona.


*Dean Winchester narrando*


Aleluia saímos daquele motel horrível. Já estava entediado de ficar trancado naquela espelunca que eu chamava de quarto. O fato de eu ter crescido na estrada ajuda em eu não conseguir ficar por muito tempo em um só lugar, isso me da agonia. E também, ficamos um pouco mais de uma semana naquele lugar. 

Estamos a caminho de terminar o caso da vez, matar mais um demônio desgraçado e manda-lo para os quintos dos infernos, de onde não deveria ter saído para começo de conversa. Pelo jeito, faz um tempinho que ele saiu de lá, pelas minhas contas, ele matou a família de Alex á uns 4 ou 5 anos e isso á levou a pegar a estrada atras de vingança. 

Alex... no começo eu achava ela mimadinha, fraca, nervosinha... nervosinha eu ainda acho que ela é, agora, fraca e mimada? Não mais. Nos somos um pouco parecidos, o fato dela querer vingança, custe o que custar, é bem parecido comigo quanto eu queria matar Azazel. Mas o fato que me faz admira-la mais, é ela buscar a sua vingança sozinha. Eu, pelo menos, tinha Sam, o papai, Bobby e mais alguns amigos me ajudando na jornada agora Alex, ela percorre a estrada dela sozinha, tudo bem que no começo, Bobby a ajudou, a ensinou o negócio mas, pelo visto, ela se afastou dele também. E é isso que eu queria entender, por que ela se afastou dele? E por que Adfur matou sua família? Eu não sei nada dela, absolutamente nada, e eu acho que já esta na hora dela abrir o bico.


- Sammy! - disse acordando meu irmão que estava dormindo ao meu lado. Mas foi em vão, ele não acordou.


Resolvi pregar uma peça, como nos velhos tempos, e liguei o som no último volume.


*música http://www.youtube.com/watch?v=Er1j1Jjc0vM*

Ãh? - disse Sam acordando depois de levar um susto - Asia de novo não!

- Ah Sammy, você adora essa música. - falei o provocando.

- EU ODEIO ESSA MÚSICA, DEAN! E se você tivesse escutado ela mais de 1 bilhão de vezes também iria odiar. E abaixa isso logo!

- Ta bom o nervosinho. - disse abaixando o som.

- Por que me acordou? - perguntou Sam se espreguiçando - Já chegamos?

- Ainda não. Te acordei pra te perguntar uma coisa.

- O que? - disse ele

- É sobre a Alex...

- Eu já te disse que não vou te falar nada sobre a quela noite, cara.

- Não é isso Sammy. Eu quero saber se ela te falou alguma coisa sobre ela tipo, como ela conheceu o Bobby, ou por que Adfur matou a família dela todinha e deixou ela escapar.

- Não cara, ela não fala sobre isso. Parece que é difícil pra ela tocar nesse assunto.

- Disso eu percebi. - falei olhando o carro de Alex na nossa frente - Mas se nós vamos ajuda-la, o minimo que ela pode fazer é falar o por quê, você não acha?

- É... mas é complicado para ela, Dean. Assim como foi complicado pra você tocar no assunto da morte do papai, ou da mamãe.


Sam pegou o mapa que estava em cima do painel.


- Já chegamos. - disse ele olhando o mapa.

- Ótimo, dirigi a tarde inteira, to cheio de fome. Vamos parar pra comer alguma coisa, ou então eu desmaio.


Acelerei o carro para emparelhar com Alex, e falar que nós iriamos comer alguma coisa. Ela logo concordou e nos paramos no primeiro posto de gasolina com uma lanchonete.


Entramos na lanchonete depois de encher o tanque do carro. Estava tocando uma música estranha... Qual é, como alguém aquenta ouvir uma música dessa?


*Música http://www.youtube.com/watch?v=zTy1F6Dl4RI*

Alex começou a cantar junto, pelo jeito ela era uma das pessoas loucas que escuta esse tipo de música. Não conseguiria ouvir isso por mais de 1 minuto. Gosto mais do meu velho e bom Classic Rock.


*Alex Green narrando*


Aleluia chegamos! Estava cansada de tanto dirigir e minha trilha sonora estava quase acabando. Resolvemos parar um pouco, encher o tanque e comer alguma coisa. Nós dirigimos por muito tempo, e o dia já estava virando noite. Precisava parar um pouco e esticar as pernas e, pelo jeito, Dean também estava morrendo de fome. Aliás, quando é que ele não esta com fome? Essa é uma boa pergunta.


Entramos na lanchonete e estava tocando uma das minhas músicas preferidas. Gosto de vários tipos de música e essa, especificamente, me lembra de quando matava aula pra ficar com meus amigos ou quando virávamos a madrugada dançando em festas. Bons tempos... Sabe aquela coisa de "eu era feliz e não sabia"? Pois é, agora eu sei como é.

Sinto falta desses momentos, depois que eu "perdi" tudo o que tinha, minha vida perdeu a graça. Ela ficou totalmente voltada para pegar o desgraçado de Adfur. Mas me aguarde maldito, a sua hora esta chegando.


Sentamos numa mesa bem nos fundos da lanchonete, perto da saída de emergência, pois é mais facil de sair se alguma coisa acontecer. Uma das coisas que aprendi com Bobby Singer, é que demônio é traiçoeiro e por isso, eles atacam quando nós menos esperamos. 

Logo depois de sentarmos, uma garçonete veio até nós para pegar nossos pedidos, e não tirou os olhos de cima do Dean, que também ficou se insinuando pra ela. Aff, que mulher mais asquerosa. Ela não ta vendo que a gente só quer comer e ir embora? Pelo menos EU quero, já o Dean, esta desfrutando do momento. Credo...


- O que vão querer? - perguntou a garçonete olhando para o Dean. Tem só o Dean na mesa? Acho que não.

- Ahh.. Começou Dean retribuindo o olhar da mulher - Um chesseburguer e uma cerveja.

- Eu quero o mesmo - disse Sam.

- E você, querida? - disse a garçonete olhando para mim. Aleluia, descobriu que eu existo!

- Uma torta de frango e uma coca-cola. 

- Mais alguma coisa? - disse a garçonete se insinuando ainda mais para Dean.

- Saber se você tem telefone... - disse Dean com um sorriso de canto de boca.


Affé! Sam disse que Dean era cara de pau, mas não achei que fosse tanto.

A garçonete sorriu e piscou para Dean e saiu. Graças!

- Será que Adfur ainda esta na cidade? - perguntou Sam

- Com certeza. - disse - Ele não é de interromper um trabalho do nada.


Dean não parava de trocar olhares com a garçonete. Me poupe, que sairia com uma mulher assim? Blusinha com decote que vai até o umbigo, sainha curtíssima, salto e um avental. Se ela usasse só calcinha e sutiã cobriria muito mais do que aquela roupa. Como pode trabalhar vestida desse jeito?


- Temos que procurar um lugar para ficar. - sugeriu Sam.

- É mas, menos um motel igual ao que estávamos. - disse eu olhando Dean olhar a garçonete - Tudo menos motel! Né Dean?... Dean?

- O que? - disse ele voltando a atenção para a mesa.

- Estamos falando que temos que achar um lugar para ficar. - respondeu Sam

- Ah sim, claro!

- Você gostou da garçonete? - perguntei como se não quisesse nada.

- O Dean? - disse Sam - não dar mole pra garçonete? É ruim hem. Ele já ficou com mais garçonete do que o Don Juan ficou com donzelas.

- HAHA. - ri alto - Não sabia que você tinha fetiche com garçonetes.

Dean olhou serio para Sam por ter feito aquele comentário, até que a garçonete voltou com os nossos pedidos.


- Mais alguma coisa? - perguntou ela de novo olhando diretamente para Dean. Isso já estava me dando nos nervos.

- Você tem nome? - disse Dean a olhando de novo com o sorrisinho de canto de boca.

- É Rebeka. - disse ela fazendo pose.

- E você sai que horas, Rebeka?

- Ta querendo comer a sobremesa antes do prato principal? - disse ela o provocando e saindo em seguida.


- E você vai sair que horas, Sammy? - disse imitando Dean para Sam.

- Ta querendo comer a sobremesa antes do prato principal, Alex? - disse Sam imitando a garota. E nós caímos na gargalhada.

- Fala sério Dean, essa é a sua melhor cantada? - perguntei o provocando.

- Por que? - disse ele - Ta querendo que eu use outra com você?


Gelei na hora. Ele me olhou com seus olhos verdes, que brilhavam como duas esmeraldas, e o mesmo sorriso de canto de boca. Nossa, como Dean pode ser tão charmoso? NÃO ALEX! Não faça isso. Dean é um chato.


- Comigo? - disse com cara de deboche. - Cara, se você for me cantar vai ter que mudar esse seu repertório dos anos 70. - disse o olhando diretamente nos olhos e deslisando para sua boca.


Pare Alex! Volte os seus olhos para os olhos dele! Melhor, coma sua torta e acabe com essa história.


(...)


Terminamos de comer e me levantei para ir ao banheiro enquanto os rapazes pagavam a conta.

Sai do banheiro e fui para o estacionamento me encontrar com os Winchester.


- Vamos? - perguntei ao chegar perto de Sam.

- Ainda não, Dean esta... resolvendo uma coisa.

- O que? Não me diga que ele ta pegando a garçonete no fundo da lanchonete.


Sam me olhou como se aquilo fosse um sim. Ótimo! Vamos ter que esperar o bonitão terminar o serviço.


Um tempo se passou, e Dean apareceu saindo da lanchonete ajeitando a jaqueta. Nojento...


- Satisfeito, Don Juan de beira de estrada? - disse de mal humor.

- Tô sim... Mas se quiser vir eu tô topando, nervosinha. - disse ele abrindo a porta do Impala e entrando em seguida.

- Eu não, credo. Tô vacinada. - disse a ele indo em direção ao meu carro.


"Tô vacinada"? Sei Alex, ta bem vacinada. Ele não pode olhar para mim que eu derreto. Que maravilha, o caçador chato mexe comigo. Mas ele não vai saber disso. Não mesmo.


Entrei no carro e fui seguindo os meninos, estávamos procurando um hotel para nós passarmos uns dias, até resolver o assunto a ser tratado naquela cidade. Eu não ia ficar em um motel de novo, imagina as pessoas falando "olha, aquela garota entrou no motel com dois caras". Não que eu ligue para o que os outros falam, mas que não ia pegar bem, há não ia.


Estávamos seguindo em uma rua silenciosa e totalmente deserta, até que o Impala parou em frente a uma casa grande e abandonada.

Dean e Sam saiu do carro e foi em direção a porta de entrada, eu também sai do carro e os segui.


Dean bateu na porta para se certificar de que não havia ninguém lá. E então forçou a maçaneta e abriu a porta, ainda bem que estava de noite. Ótimo! Além de golpes no cartão, posso ser processada por invadir uma casa abandonada. 


- É serio? - disse passando pela porta da frente - Vamos ficar aqui? Em uma casa invadida?

- Se você quiser ir em um hotel cinco estrelas, fique a vontade. - disse Dean saindo da sala.


Sam subiu as escadas, talvez para ver se a casa estava em condições de moradia. Logo depois os dois apareceram e disseram que tinha um banheiro na parte de cima, dois quartos e uma pia na cozinha bem jeitosinha. Ótimo, vamos ficar aqui.


Os meninos foram se acomodando, arrastando uma mesa para a sala para colocar o laptop, duas cadeiras não tão seguras assim, tiraram dois colchonetes de uma mochila e colocaram no chão.


- Pelo visto, vocês já estão acostumados a invadir casas. - disse me sentando em uma das cadeiras com cuidado para não cair.

- É, não é tão fácil ficar pagando diárias de hotéis, mesmo com os golpes no cartão de credito. E nós já estamos acostumados.

- Sei... percebi. - disse saindo de lá em direção as escadas.

- Onde você vai? - disse Sam

- Vou ver o tal banheiro. - disse eu, e subi as escadas levando minha mochila comigo.


O banheiro até que era legalzinho, melhor que o daquele Motel em que estávamos, mas eu ainda não confiava no lavatório.

Liguei o chuveiro e uma água fria, porem limpa, saiu. Ótimo, vou tomar banho frio. Minha sorte é que estava calor.

Não fiquei muito tempo debaixo do chuveiro - aquentar água gelada escorrendo pelas suas costas não é tão fácil quanto parece - e logo sai, me vesti e desci as escadas.


Sam e Dean estavam na frente do laptop, de certo devem estar pesquisando algo. Me sentei num dos colchonetes e fiquei olhando para eles.


- Tomou banho? - disse Dean me olhando.

- Sim... E descobri que tomar banho frio não é tão bom quanto aquelas revistas de beleza falam.

- Eu já sabia disso a muito tempo. To cheio de fome. - disse ele olhando para o Sam.

- Caralho! Você acabou de comer. Nos dois sentidos da palavra.

- Esse aí fica com fome de hora em hora. - Sam se levantou e foi em direção a porta. - Vou comprar torta.


Dean sorriu em retorno e Sam logo fechou a porta após passar por ela. Acho que o "To cheio de fome" era um código para dizer "Vai comprar torta, Sammy!"


- Você e Sam se dão bem né? - disse só para puxar papo.


Desde quando comecei a "andar" com os Winchester, não tenho falado tanto com o Dean, só o essencial. Não tínhamos tantas oportunidades para a gente conversar, e quando conversávamos, normalmente saia uma discussão no final. Dean é meio fechado, misterioso. Eu nunca sei qual será o seu próximo passo.


- É... mas como todo irmão, temos umas briguinhas de vez em quando. E você? - disse ele colocando a atenção dele toda para mim - Como é, ou era, seu relacionamento cm seus familiares?


OK, voltamos para o momento "me conte de você". É difícil ele intender que eu não gosto de falar da minha família?


- Ãnn... bom, era normal. Eu não tinha uma irmã ou irmão. Era filha única.

- Sei. E o que aconteceu com seus pais? - disse ele apertando os olhos como se tivesse querendo falar "fala logo, chega de mistérios"

- Eu não quero falar sobre isso, Dean. - disse me levantando.


Dean se levantou da cadeira e pegou no meu braço com força. 

- Dean, você esta me machucando. - disse me virando para ele.

- Eu disse que nós vamos ajudar você a se vingar de Adfur, mas se vamos mesmo nos unir para isso, é melhor você abrir o bico e contar de uma vez oque houve com você.


Nossos olhos se cruzaram, estávamos tão perto um do outro que se eu colocasse meu rosto um pouquinho mais para frente, nossas bocas teriam se encostado.

Eu podia sentir seu halito refrescante, e seu cheiro incrível. E suas mãos me segurando forte, nossa como suas mãos são grandes e tão gostosas. 

Minha respiração começou a acelerar e desci o meu olhar para sua boca. Existe lábios mais perfeitos que o dele? Se tiver me apresenta.

Sim, Dean era lindo, charmoso e eu estava totalmente derretida por ele.

Acho que ele percebeu minha respiração ofegante e meus olhos direcionados em sua boca.


- Me souta, Dean. - disse baixinho pois o ar em meus pulmões estavam demorando para voltar.

- Não. Até você me contar tudo. - disse ele no mesmo tom que o meu.

- Ta, acho que já esta na hora de você saber.


Sua mão se soltou de meu braço, mas ele não se moveu nenhum centímetro, ele estava esperando eu começar a história.


- La vai... - comecei - Eu tinha 17 anos, pai, mãe e amigos. Uma família perfeita e feliz. 

Eu só me preocupava com a escola, a equipe de torcida, garotos, festas... uma vida normal de uma adolescente.


*Flashback ON*

há 4 ou 5 anos...




- Droga - acordei com o barulho do meu despertador - Só mais cinco minutinhos...


Meu olhos se fecharam de novo, mas logo a luz vinda de fora invadiu meu quarto.


- Bom dia! -disse minha mãe com um sorriso fácil no rosto e abrindo as cortinas.

- Poxa mãe! - desse me escondendo de baixo do edredom - Hoje é Domingo. Deixa eu dormir!

- Nana nina não, mocinha.


Minha mãe se aproximou e arrancou meu edredom de mim. 


- Hoje é domingo, ta um sol lindo lá fora, e você vai ficar ai deitada? - Minha mãe pegou meu braço me puxando. - Vamos filha, você é tão jovem. Quando tinha a sua idade...

- Ah não mãe! - disse me levantando - se for pra começar com essas suas histórias de "quando eu tinha sua idade", eu me levanto agora.

- Tudo bem. Se vista que sua tia e sua prima estão lá em baixo te esperando. - disse minha mãe saindo do quarto.


Ótimo, era só o que me faltava, minha tia aqui logo cedo.

Tomei coragem e fui para o banheiro tomar um banho. O dia ia ser longo, iria me encontrar com Jully, minha melhor amiga, para irmos até o shopping comprar um vestido para o Baile de Primavera da escola. Jimmy, capitão do time de Basquete, o garoto mais lindo e o mais popular da escola toda me convidou para ir junto com ele, todas as garotas da escola estão morrendo de inveja de mim por causa disso. E por isso, tenho que escolher o melhor vestido de todos.

Depois de fazer compras, eu e Jully vamos encontrar o pessoal no parque ao lado da escola.

Depois de sair do banho, Jully me enviou uma mensagem:

                    

                      "E ae, safada!

       Ta pronta? Já to chegando na sua casa. Bju"


Logo depois de me vestir,  sai do meu quarto torcendo para minha tia já ter ido embora.


- Minha filha!! 


Droga, ele ainda esta aqui....


- Oi tia. - disse com o sorriso mais forçado que tinha.

- Menina, você esta enorme! Ta linda! Olha esse corpão!


Ah, como eu adoro isso... Pelo menos ela não pegou nas minhas bochechas como da última vez que nos vimos.


- Obrigada tia. - disse sem muita empougação.

- E os namorados? - disse ela toda feliz.


 "E os amantes, tia?" Ah se eu tivesse coragem de dizer tudo o que penso... Por que todas as tias perguntam de namorados e depois falam para tomar cuidado com quem se relaciona? E que homem não presta. Que porra! Se decide ae!


- Eu não tenho namorado, Tia - disse com um sorriso amarelo.

- Mentira! - disse minha prima entrando na sala. Graças a Deus uma pessoa descente nessa família. - E aquele carinha que você estava abraçada sexta-feira?

- Quem? - disse - O Leonad?


Leonard é meu melhor amigo. Inteligente, compreensivo e companheiro. Alem de ser um gato! Mas nós dois não temos mais nada do que uma amizade pura e verdadeira. O conheço desde a 2ª série, e até hoje, nós não nos desgrudamos.

Todos acham que nós somos namorados, pelo fato de eu dizer isso toda vez que um carinha chato dá em cima de mim, ou por que nós vivemos juntos. 


- Hum, danadinha! - disse minha tia toda rendeira - Leonard, é esse o nome dele?

- Aff tia, quantas vezes tenho que dizer que, eu e Leonard somos somente amigos?


Tinha que sair da li, não aquentava mais essa conversa, então logo inventei uma coisa


- Debby - disse para minha prima - eu e Jully vamos ao shopping hoje, comprar os vestidos para o baile, quer ir junto para me ajudar a escolher?


Debby, minha prima, é minha segunda melhor amiga, Apesar de não nos vermos muito, temos uma relação ótima. Trocamos segredos e fofocas e não paramos de rir e fazer piadas quando estamos juntas.


- Claro, eu ia adorar! - disse ela empolgada.

- Ótimo, então vamos?

- Mas agora? Nem vão tomar café? - disse minha mãe aparecendo na porta onde dava para a sala de jantar.

- Não mãe. - disse me dirigindo a porta e arrastando Debby comigo - A gente come alguma coisa no shopping. Beijos, fui!



Sai da minha casa e o carro de Jully já estava estacionado em frente a ela. Porém, antes de entrar no carro, meu pai me avistou.


- Bom dia, pequena! - disse meu pai ao longe.


Ah como eu amo meu pai! Ele é tudo o que uma jovem espera de um pai, carinhoso, liberal e a cima de tudo meu herói.


- Bom dia, pai! - disse me aproximando dele. - Ta fazendo o que?

- To dando uma olhada no motor do carro. - disse ele.


Meu pai adorava o carro dele, o Charger 68 vermelho sangue. Apesar dele usar o outro carro, um mais moderninho, no dia-a-dia, o vermelhão, como ele o chamava, era a paixão dele.


- Esta indo a onde? -disse ele pegando umas ferramentas numa caixa.

- Ao shopping comprar meu vestido.

- Ah sim, pro baile não é? Tudo bem, mas não chega muito tarde, seus tios vão almoçar aqui.

- Ok, tchau pai - disse dando as costas e inda em direção ao carro de Jully.


Que maravilha, a cambada toda vai almoçar aqui. É agora que eu demoro para chegar.


- E ae, safada! - disse abrindo a porta do carro e cumprimentando Jully.

- E ae, safada! Oi Debby, tudo bom?

- Tudo sim Jully - disse Debby entrando no carro pela porta de trás.

- E ae, vamos? - disse colocando o cinto.

- Claro, mas antes...


Jully ligou o som e ao perceber que tocava uma de nossas músicas preferidas, ela aumentou mais ainda e deu a partida no carro.


*música http://www.youtube.com/watch?v=2KBBbSTQf6U*

(...)


Já era fim de tarde quando consegui encontrar um vestido do meu gosto, ele era lindo, e então resolvemos irmos para o parque perto da escola para encontrar com o resto da turma.

Um milagre havia acontecido, meus pais não tinham me ligado nenhuma vez, isso me deixou um pouco preocupada, mas logo desencanei pensando na possibilidade deles estarem se distraindo com as conversas chatas que acontecem depois do almoço dm família em pleno domingo.

O parque estava super legal, estavam todos lá rindo, conversando e bebendo. Quem diria que essa iria ser a última vez que veria meus amigos...


Tudo correu perfeitamente bem, Jimmy estava lá e nós damos uns amassos dentro do carro dele, foi ótimo. Mas tudo que é bom, uma hora termina então, tive que voltar para casa. Minha sorte é que Jully me deu carona. Deixamos Debby em sua casa e eu fomos para a minha.

O Deus, por que eu tive que voltar para casa naquela noite? Se soubesse o que me aguardava...


Jully me deixou em frente a minha casa e logo depois deu uma arrancada com o carro, não demorando muito para dobrar a esquina.

Ao entrar em casa encontrei tudo calmo e quieto, longe dos costumes de minha familia. Nenhuma luz havia sido ligada, com exceção da sala de jantar.


- Mãe, pai, cheguei! - disse colocando minhas chaves em cima da mesinha que tinha logo na entrada.


Ninguém me respondeu, com isso, comecei a ficar um pouco preocupada.


- Mãe? Cade a senhora? Por que as luzes estão apagadas?


Fui em direção a sala de jantar, cujo o único lugar onde estava claro.

Ao entrar na sala, encontro todos os meus parentes e meus pais debruçados em cima da mesa porém, nenhuma gota de sague havia sido derramado.

Avistei um homem nos fundos da sala de jantar, de costas para mim e de frente para uma janela.


- QUEM É VOCÊ? - disse aos gritos


Ele soltou uma gargalhada forçada e se virou para mim. Ele estava bem vestido, terno, gravata, sapatos bem engraxados e com os cabelos penteados para trás.


- Você fez a pergunta errada, Alexia. - disse ele de aproximando de mim - A pergunta que deverias fazer é " o que eu estou fazendo aqui?"

- E POR QUE É?

- Eu vim matar você.


Seus olhos ficaram em um vermelho vivo e ele levantou uma das mãos, eu não sei como explicar o que eu senti, mas meu corpo foi jogado contra parede numa velocidade enorme. Meu corpo ficou como se tivesse sido colado naquela parede, a pressão que estava sobre meu corpo era tão forte que sentia que meus ossos iriam quebrar a qualquer momento.

O homem se aproximou mais ainda de mim, e quando uma de suas mãos tocaram meu pescoço, senti  uma dor indescritível. 

Não sei como, mas um outro homem apareceu na sala, assim como teletransporte, e quando suas mãos tocaram no homem de olhos vermelhos, um clarão dentro do corpo do mesmo surgiu.

Foi inexplicável! Contando assim, ninguém iria acreditar no que meus olhos estavam vendo. O homem de olhos vermelhos sumiu, e o segundo homem, o que tinha aparecido depois, se aproximou de mim e disse


- Vá encontrar sua prima. Ela esta correndo perigo.


E logo depois ele sumiu.

Não pensei duas vezes e peguei a chave do carro do meu pai e acelerei em direção a casa da minha tia para resgatar Debby.

Mas quando cheguei-lá, era tarde demais, outros demônios desgraçados já tinha dado cabo dela.


Agora eu me encontrava ali, sozinha, com minha prima em meus braços e sangue por toda parte. Eu estava totalmente desolada. Não fazia a minima ideia do que havia acontecido. Talvez fosse um sonho ruim, se fosse sonho, eu queria acordar, o mais rápido possível.

Um tempo depois, eu ainda me encontrava ali, paralisada, sem reação alguma, até que um homem barbudo atravessou a porta.

- Vamos menina, temos que sair daqui.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E ae? O que acharam? Prontos (as) para ver o que Alex aprendeu com Bobby? DEIXEM-ME REVIEWS



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Sangue inocente" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.