Bella

Eu ainda estava debilitada, e nada me tirava o ódio do coração, eu estava cada minuto eu ficava pior, meu sangue queimava nas veias, eu vi que a minha vida toda foi um conto de farsas, eu ia tomar as rédeas da minha vida, mais uma vez eu ia me reerguer e não ia deixar ninguém mandar na minha historia, eu sabia que ia precisar descer até o fundo do poço, virar cinza para ai sim eu poder me reerguer de uma maneira única, peguei um moletom preto, uma calça jeans, all star cano alto, amarrei o meu cabelo num coque frouxo, peguei o meu celular, pus meus fones de ouvido e sai de casa, antes de todos, cheguei ao campus e fui direto para a biblioteca e comecei a revirar alguns livros de psicologia, eu acabei guardando uns dois na minha mochila, fui para a cantina e tomei um café da manhã que há tempos não tomava, eu queria incrustar uma nova Bella na mente de todos, eu ia voltar com força total e com poder de destruição em dobro.

[...]

Já na sala de aula Penny tentava me maquiar, pentear meus cabelos, só que eu me negava.

-Bella pode parar de rebeldia, deixe eu te ajudar, você me ajudou no momento que eu mais precisei.

- Penny não se preocupe, eu não estou bem.

-bem, desse jeito?- falou apontando pra mim

-to bem sim, pode ficar despreocupada, é só que eu preciso de um tempo sem jogos, sem mascaras, um tempo pra eu me ver como eu sou.

- ok Bella, eu te entendo, então boa sorte nessa sua busca.

-Obrigada Penny.

[...]

O sinal tocou e fomos para o refeitório, hoje a gente ia sair depois do almoço, pois ia ter uma reunião com o corpo docente e não poderíamos ficar espalhados pelo campus.

Decidi ir pra casa, os outros iam sair pra fazer compras pra casa, eu pedi pra Jasper me livrar dessa tarefa, e graças aos céus tinha uma pia cheia de louça pra poder barganhar.

Já havia terminado de lavar a louça, arrumar a casa e por o lixo pra fora, agora estava no meu quarto, peguei uma agenda e comecei a escrever, contei tudo o que ardia em meu peito, era muita amargura que eu criei, e que de nada serviu, pus minha mascara de boazinha numa gaveta, trancafiei minha doçura, mas antes eu pus no papel, não podia deixar de me conhecer melhor, eu estava me sentindo cada vez melhor, estava tomando uma dose extra de amor próprio, arrastei minha penteadeira até o meio do quarto, abri minha nécessaire, e comecei a me maquiar, primeiro eu passei uma base, depois uma camada de pó compacto, depois passei uma camada forte de lápis de olho, rímel e sombra, depois pintei as unhas de preto, notei que faltava um “algo a mais” e decidi passar um batom vermelho vivo.

Abri o meu guarda roupa, e de lá tirei uma lingerie de renda preta, com alguns detalhes vermelhos, pus um sobretudo de couro ,peguei um sapato de salto alto, soltei os meus cabelos que caíram de forma elegante por sobre o meu ombro, deixei dois cachos cair por meu rosto, de novo abri meu guarda roupas e de lá eu retirei uma câmera,posicionei a câmera numa boa posição, com o uso de um tripé, arrastei tudo de volta para o seu local anterior, liguei o radio no volume máximo.

(Miley Cyrus- I can’t be tamed)

http://www.kboing.com.br/miley-cyrus/1-1040049/

Fiz uma dança sensual para a câmera, para eu poder me libertar, e me libertar de minhas próprias correntes.

[...]

 A noite já havia caído, eu já havia voltado a ser a “Bella fraca” a que em nada parecia com a verdadeira Bella que mesmo má é boa e mesmo boa é má, o jantar foi calmo, poucas conversas, Emmett ia sair com Rosálie e parecia que iam passar a noite em um motel, Alice e Jasper estavam se olhando de uma forma profunda e cúmplice, o que indicava que hoje ia ter... Terminamos o jantar.

-Jazz e Al eu estou com dor de cabeça, eu vou tomar um comprimido e dormir, amanha eu vou sair mais cedo, preciso devolver uns livros tá?

- ok, boa noite- falou Jazz me dando um beijo na testa, e eu baguncei o seu cabelo de leve.

- boa noite gente. - falei saindo para o meu quarto.

[...]

Cheguei ao meu quarto, tranquei a porta, corri até a minha mochila, peguei os livros que eu havia pegado na biblioteca e comecei a ler, ele acabou se tornando muito chato, aquela linguagem técnica e nada pratica, contava apenas casos, e nada de solução, fechei os livros e joguei dentro da mochila, acabei olhando para o meu celular, nele estava uma mensagem, meu coração palpitou, foi quando eu vi que a mensagem era de Edward.

To: Edward

From: Bella

“Bella preciso falar com você amanhã cedo, preciso esclarecer algumas coisas com você Bjos Anthony”.

Anthony? Ele odeia que eu o chame assim, pelo menos é o que ele dizia. Isso me gerou um aperto no peito, era um misto de raiva e saudades, tinha um medo oculto de me perder no meio desse turbilhão de sentimentos, eu ia apostar minhas ultimas fichas, eu ia a esse encontro.

To: Bella

From: Edward

“Ok me espere na biblioteca assina: Marie.”

Enviei a mensagem e menos de um minuto eu já estava arrependida de cada misera letra que eu havia escrito, joguei o celular na gaveta e a fechei, o celular vibrou meu coração quase saiu pela boca.

To: Edward

From: Bella

“Marie? Então até amanhã antes da primeira aula Assina: Anthony”.

Não respondi a mensagem, mas estava tentada a conversar a noite toda com ele, mas eu não podia, não queria... Ah sei lá só sei que não ia conversar e ponto final.

Jessica

Ver Bella naquele estado não tinha graça, eu queria ver lagrimas, ouvir grito, ver a família a família correndo de um lado pra o outro, ver o mundo dela caindo, Bella parecia que nem sentia mais nada, eu queria que ela sentisse uma dor de verdade, algo que rasgasse a carne, a dor que ela me causou não foi tão fácil de superar ela me feriu mais fundo que meus ossos, ela arrancou de mim a vontade de viver, por causa dela eu perdi a pessoa que eu mais amei por sobre a terra, eu queria  que ela morresse por dentro, assim como eu, quero vê-la linda poderosa e feliz eu vou esgotar até a minha ultima gota sangue para depois golpear-lhe em seu escudo, ela é inabalável, pois Jasper sempre a reergue cada vez mais forte, quero ver se seu escudo a abandonar o que será dela?

[...]

O dia amanheceu, voei para o campus não eram nem 06h00min da manhã, eu já estava na frente do portão principal, estava esperando Bella chegar, antes do horário normal eu vi Bella descer de um taxi, e foi até a portaria, ela abriu a mochila e de lá tirou um livro, eu acho que ela ia o devolver antes do primeiro tempo.

-Bella- falei segurando seu braço quando ela passou por mim- preciso muito falar com você.

- Fala! – falou carrancuda e soltando seu braço com um safanão. – sinta-se a vontade – falou esnobe, ah como eu odeio quando ela faz isso.

Respirei fundo e juntei o Maximo de força.

-Bella, eu sou a pessoa que contratou o Edward e o levou para forks para te conquistar e te abandonar no dia do baile e te deixar na lama.

-Ah meus parabéns você conseguiu- falou batendo palmas ironicamente-era só isso? Então tchau que eu tenho mais o que fazer. - Falou já com os olhos marejados.

-Bella calma- falei mais uma vez segurando-lhe o braço- Edward desistiu de tudo por que ele estava apaixonado por você e na noite em que a escola pegou fogo fui eu quem colocou pra me livrar dele, mas não ele lutou pra sobreviver.

- Que linda historia de amor, mas só que eu vi o vídeo lembra?- falou irônica até demais.

-Bella deixa de ser idiota- falei a agarrando pelos ombros e a sacudindo- caramba, vai ser tapada assim no inferno, ele desistiu de tudo por você, ele virou bolsista nessa faculdade por sua causa, ele trabalha num barzinho à noite pra se bancar e tudo por que ele não quis te ferir. – falei já num rompante de raiva.

-É, mas ele acabou me ferindo- falou agora chorando.

- ok, eu lavo minhas mãos, ele mentiu pra você? Ok é ele mentiu, mas te apunhalar, ele nunca te apunhalou, ele ferrou com o futuro dele, ele acabou com um sonho por você e o que você faz por ele? Dá desprezo, arma com ele, fica se esfregando com o melhor amigo dele por ai.

É Bella você acabou de ganhar o troféu de idiota do ano – falei jogando a minha ultima carta.

-obrigada Jessica por ter aberto meus olhos- falou me dando um beijo na testa e correndo campus adentro.

- De nada- sussurrei maldosa.

Bella

Corri pelos corredores desesperada, meus pés batiam no piso, e isso era libertador, cheguei à biblioteca, Edward estava folheando um livro no final do corredor.

-Anthony!- falei jogando minha mochila em um canto qualquer e corri sem medo, pulei enlacei minhas pernas em seu quadril, e uni nossos lábios num beijo longo, intenso e com um gosto de saudades, nossas línguas se enrolavam numa dança sensual, minhas mãos foram parar em seus cabelos, os quais eu puxava e lhe arrancava gemidos de dor e prazer, o ar se fez necessário, Edward desceu o beijo para o meu pescoço, eu joguei o pescoço pra trás tamanho era o prazer de poder ter o toque de Edward de novo de encontro com minha pele.

Continua...