You Had My Heart And You Still Have. escrita por thayna30, Paula Vengeance


Capítulo 18
The freezing touch of fear


Notas iniciais do capítulo

Hallowen: a época em que os monstros de todas as espécies saem para brincar. Mas tome cuidado, o verdadeiro perigo sempre está onde a gente menos espera: dentro de nossas mentes na forma de medo e angustia e as vezes você simplesmente não tem escapatória.



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Música tema: Scream - Misfits

3ª PESSOA POV

O relógio da casa das brasileiras parecia ainda mais disposto a andar mais depressa que os demais e o calendário parecia perder as folhas com uma rapidez incomparável. Quando elas viram outubro já estava quase acabando, um mês havia se passado, se esvaindo como água nas mãos de uma pessoa, porque por mais que você aperte os depois a água acabada achando uma brecha. Com o tempo acontecia o mesmo.

Jimmy tinha ido para um reformatório depois de sua expulsão. À contragosto dele mesmo, obviamente. Mas nem mesmo um reformatório é capaz de prender ele, pará-lo. Nada pode. James continuou com suas bagunças e inúmeras brigas de rua, ele parecia ter um imã para esse tipo de coisa. Ele também havia cumprido com o combinado e pintado a escola, aliás, não só ele. Para Rev fazer amigos era uma coisa completamente natural, se ele fosse com a cara da pessoa, pronto, quase que automaticamente viravam amigos. E partiu exatamente de um desses a ideia “Porque nós não te ajudamos a pintar? O diretor disse algo que impedia isso?”. Pois é, o diretor havia deixado uma brecha no castigo dele. Muitas pessoas se dispuseram a ajudá-lo, trouxeram tintas e pincéis e ajudaram a tirar cada mancha de spray que pudesse ter ficado.

A experiência foi especialmente divertida para Brian, Júlia, Matt, Valary, Zacky, Alice e até mesmo o próprio Jimmy que ficavam rindo longamente das próprias pichações. Além disso, por diversas vezes essa turma fez mais bagunça do que ajudou a repintar o colégio e as roupas usadas por eles para essa tarefa simplesmente tiveram de ser jogadas fora de tão manchadas que estavam.

Alice por exemplo não descansou enquanto Zacky não deixou ela pintar o rosto dele fazendo uma carinha de gato nela com um pequeno focinho triangular preto no nariz e listras nas bochechas. A condição foi que ele pudesse fazer o mesmo nela. E depois do trabalho os dois malucos ainda foram rua afora juntos exatamente do jeito que estavam todos sujos e com carinha de gatinho.

E a Jú também não deixou barato pro Brian, logo após ele pisar fora da escola, pelas costas ela pegou uma lata tinta que havia sobrado e despejou na cabeça dele. É obvio que ele xingou até a 13ª geração da família da Júlia, mas a julgar pelas risadas dela eu creio que valeu completamente à pena.

E bom nessa enrolação pelo menos um casal finalmente resolveu arriscar e dizer tudo o que sentia. Para você que estava esperando ansiosamente que fosse a Jú e o Brian ou a Ali e o Zacky sinto muito, eles continuavam parados de mãos e bocas atadas pelo medos de serem chutados e perderem a amizade uns dos outros. O casal da vez era Matt e Valary.

Não que isso foi mesmo uma escolha deles, o que aconteceu foi o seguinte: Júlia já estava cansada de dizer para Val falar o que sentia e dar o mesmo conselho para Matt e então num belo dia de TPM ela trancou os dois no quarto dela no apartamento e disse que eles não sairiam de lá enquanto não confessassem tudo o que sentiam um pelo outro. Meio radical, não?! Mas o importante é que deu certo. Quando ela abriu a porta do quarto um tempo depois disso expulsou os dois do quarto gritando que era só pra falar, não precisavam quase se comer em cima da cama dela.

Casais a parte, a estadia de Jimmy no reformatório não durou lá muito tempo, logo ele foi expulso por gerar uma das maiores brigas da história do local. Como eu já disse, é como se ele tivesse um imã para esse tipo de coisa. Decidiu parar de estudar. Ele não se encaixaria de qualquer forma! James não pertence à escola, ele nunca pertenceu, os pais dele ficaram um pouco com um pé atrás nessa história de deixa-lo sair da escola, mas acabaram percebendo que não era uma escolha deles e sim de Jimmy. Bom, Jimmy já havia feito a escolha dele.

3ª PESSOA POV of/

JIMMY POV

É engraçado como as coisas acontecem, minha vida poderia ser diferente se ha dois meses eu não tivesse conhecido duas garotas brasileiras totalmente perdidas no aeroporto daqui. Depois desse fato ocorreu uma mudança radical, entretanto graças à elas de uns tempos para cá tudo tem sido muito divertido, não que antes eu não aprontasse... O negócio é que coisas “impossíveis” vem acontecendo: Matt e Val começaram a namorar, Brian o mulherengo havia se rendido a uma baixinha implicante que adora bater nos outros e ao mesmo tempo é dócil, o gordo do Zacky.. Ah, ele parece um idiota perto da Ali, uma menina que vive viajando, mas é umas das melhores pessoas que já conheci. Amizades essas que eu tenho certeza de que vou levar pelo resto de minha vida e quando morrer vou ter a consciência de que aproveitei minha vida ao máximo... Bom agora estou aqui refletindo da vida de uma forma meio gay, deve ser porque já bebi muito aqui na casa do gordo. Hoje é halloween e vai ter uma festa na casa do Johnny, resolvemos ir, mas antes tivemos que parar aqui parar encher a cara e nos fantasiar. As brasileirinhas parece que nunca fizeram isso antes de tão animadas que estavam.

JIMMY POV of/

ALICE POV

Hallowen: o dia em que a linha que divide o etéreo e a Terra está demasiadamente tênue e os mortos vem para reclamar seus direitos. Eu não acredito muito nessas coisas, mas eu gosto de ficar pensando nessas possibilidades: o que eu faria se eu visse um fantasma? E um zumbi? Não sei vocês, mas zumbis me assustam muito mais. No entanto, não era nada disso que realmente importava, uma festa estava por vir e era importante ter uma fantasia. Eu e Jú fomos a uma loja e logo nos apaixonamos por duas fantasias: ela por uma de diabinha que continha um vestido vermelho meio curto, mas nada que gritasse vadia e eu escolhi uma roupa de enfermeira e a customizei manchando a de sangue falso. É uma maquiagem bem pálida e tudo ficaria perfeito.

ALICE POV of/

Eu estava animada, mas o mesmo tempo entediada, dá para se explicar? Bem, eu nunca passei um Halloween fantasiada na minha vida e muito menos sair correndo de casa em casa perguntando: “gostosuras ou travessuras?”, não que iríamos fazer isso, mas depois do Zacky ter quebrado a pia por estar bêbado eu não duvido de mais nada.

Ontem fomos a uma loja comprar roupas para a festa na casa do Johnny, bem eu insisti e muito para o Zacky ir fantasiado de comida porque seria ideal para aquele gordo, mas não deu muito certo. Eu estava fantasiada de capetinha e o que gerou muitos comentários idiotas, ainda mais do Brian.

ALICE POV

Nós estávamos na casa do Porpeta nos arrumando e já fazendo uma concentração lá cheia de bebida, aproveitando que os pais dele tinham saído para visitar um parente distante. Valary resolveu vestir uma fantasia de vampira com presas e tudo, uma capa preta longa e um coque alto no cabelo, eu vesti minha fantasia fazendo a maquiagem pálida e deixei meus cabelos soltos liso com pequenas ondas nas pontas e Jú deixou o cabelo simplesmente liso como ele era, a tiara de chifrinhos já ia dar um toque especial.

Quando os garotos começaram a gritar impacientes nós saímos do quaro onde estávamos indo em direção as escadas. Eles já estavam na parte debaixo da casa só esperando. Como Valary estava na frente a primeira coisa que eu pude reparar foi o olhar de Matt em cima dela, ele realmente a amava e acho que ele nem percebia, mas ele estava sorrindo também, talvez do modo como ela corasse, não sei, mas eu queria algo assim, eu queria alguém que eu pudesse amar e que me amasse de volta na mesma intensidade. Jú também começou a descer as escadas e eu pude reparar em como os olhos de Brian brilhavam e não era por causa da bebida. Eu vivo implicando com a Jú com isso e ela fala que é bobagem da minha cabeça, mas eu sei que tem algo aí.

Ok, toda essa demonstração de amor, seja ele reprimido ou não, meio que me deprimiu, eu seria a eterna “Alien” (recebi esse apelido na 5ª série), aquela que ficava no canto dela, sozinha e tinha mais amigos imaginários do que se dá pra contar nos dedos. É, Ali, algumas pessoas simplesmente nasceram pra ser frigideira. Desci as escadas de cabeça baixa, olhando para os meus próprios pés enquanto eu ouvia a voz do Brian ao longe fazendo qualquer piada sobre a fantasia da Jú, quando de repente eu sinto braços longos cobertos por um terno listrado esquisito. Era Jimmy vestido de Jack, o personagem principal daquele filme “O estranho mundo de Jack”. Ele simplesmente olhou pra mim, parecia já saber tudo o que se passava na minha mente, era estranho como ele fazia isso, mas ele sempre sabia quando algo te incomodava.

– UAL, Ali, desse jeito eu vou torcer pra ficar doente!- ele disse me olhando dos pés à cabeça.

–É eu vou ter que aplicar glicose na sua veia, seu bêbado! – eu falei rindo, tomando a cerveja da mão dele e dando um gole.

Olhei em volta: Matt estava extremamente charmoso na sua roupa de Indiana Jones e tinha seus olhos grudados em Val. Brian em sua fantasia de Coringa falava qualquer besteira pra Júlia que a fazia rir e Zacky, bom, Zacky estava perfeito na fantasia de Jack Sparrow e ele estava olhando fixamente pra mim? Não, claro que não! Olhei para trás em busca do que prendia o olhar dele com tanto vigor, mas não vi nada além de um vaso de flor e uma parede branca.

ALICE POV of/

ZACKY POV

Quando eu vi Alice descendo as escadas da minha casa naquela roupa de enfermeira que apesar de a intenção não ser exatamente essa a deixava bem sexy...UAL... Eu queria agarrá-la, ali mesmo, na frente de todos, beijá-la até perder o fôlogo. E então eu vi o olhar dela perder o brilho por um instante e ela abaixar a cabeça olhando para os próprios pés. O que haveria acontecido? Eu queria abraça-la e eu queria dizer que a amava, mas eu simplesmente não sabia como. A verdade é que eu tinha medo de perde-la, não queria que ela fosse apenas minha amiga, queria ter ela por completo, mas ela me vê apenas como a um amigo.

Jimmy abraçou ela. Como eu sentia inveja! Ela sorria pra ele, linda, minha bonequinha de porcelana. Isso, minha, mesmo que amiga, ainda é minha. Munido desse intenso sentimento de posse levantei-me do sofá e fui em direção à ela dando um abraço forte fazendo- a girar no ar.

– Zacky, o que você está fazendo?- ela disse rindo daquele jeito ridículo dela que me fazia rir junto.

– Estou fazendo você feliz!

Quando eu falei isso eu não esperava que iria gostar tanto da reação dela: ela passou os braços em volta do meu pescoço e me abraçou forte distribuindo pequenos beijos no meu rosto logo após.

– Você realmente me faz feliz, capitão!- ela disse se referindo à minha fantasia.

– Ah, por falar nisso, a fantasia de enfermeira macabra lhe caiu muito bem! Você está linda!

Ela não teve chance de responder, porque logo Matt chamou nossa atenção para o horário e disse que já estávamos atrasados.

ZACKY POV of/

Estávamos todos se divertindo, todos estavam para lá de bêbados e Johnny ameaçava tirar a roupa. Senti meu celular vibrando, quando olhei era meu pai. Bom, eu tinha combinado com eles que só iriam me ligar se fosse emergência, pois eu queria ter um momento de paz, sem eles me enchendo o saco. Pensei que eles só queriam saber se estava tudo bem então deixei de lado. O celular tocou mais e mais vezes, atendi:

– Alô, pai? O que você quer?

– Não é o seu pai, queridinha. - Pelo tom era minha prima Kate.

– O que você quer? Por que está com o celular do meu pai, sua idiota?

– Sua mãe está doente Júlia, ela está muito mal. Está internada no hospital, antes pensamos que não era nada, mas vem piorando, o caso é grave. Seu pai mandou te avisar, ele está passando o tempo inteiro no hospital enquanto eu cuido da casa.

– O QUE? VOCÊ ESTÁ FALANDO SÉRIO, NÃO PODE SER, O QUE ELA TEM? - Senti meu mundo desabar, eu queria gritar, correr dali, pegar o primeiro avião e voltar para casa. Queria minha mãe, o abraço dela, mas só conseguia chorar.

– Bom, os médicos estão fazendo os exames, mas acham que é câncer.

– Mas, como assim? De uma hora pra outra?

– Não sei explicar Júlia, seu pai pediu para que avisasse e pediu para ficar bem. Tchau.

– O que? ME EXPLICA CARALHO. - Ela tinha desligado o telefone na minha cara, não conseguia parar de chorar.

– Jú o que aconteceu? - Val perguntava junto a Matt.

– Minha mãe Val, minha mãe ela, ela ta mal... - Tentava falar ao meio dos soluços.

– Calma Jú, vai ficar tudo bem, vamos rezar por ela, ela vai melhorar. - Matt dizia enquanto me abraçava.

– Não, não vai Matt. Eu não deveria ter saído de lá, ela está precisando de sua filha agora e eu estou aqui em um bar, o que eu fiz da minha vida?

– Calma Jú, você não tem culpa de nada, se acalme. - Val me abraçou e eu só conseguia chorar.

– Não, não vai, ela ta com suspeita de câncer e se eu perder ela? O que eu vou fazer da minha vida, É A MINHA MÃE. Ninguém entende.

– Calma, tudo vai melhorar Jú.

– Matt, chama a Alice para mim por favor.

– Ok Jú. - Saí andando em direção ao barman e resolvi comprar uma garrafa de vodka, era a minha ultima opção. Alice chegou correndo assustada:

– O que foi Jú, o que aconteceu? Me explica direito. - Ela disse me abraçando, comecei a chorar mais e mais, o desespero tomava conta de minha mente, de meu corpo. Eu tinha perdido a noção de tudo, tudo. Queria me cortar, beber, morrer qualquer coisa, mas não queria ficar em HB vendo minha mãe adoecer sem poder fazer nada.

– Ali, minha mãe. - Disse em meio aos choros.

– Matt me contou mais ou menos, calma Jú, você é forte.

– A Kate me ligou avisando que ela está com suspeita de câncer, Ali, câncer, você tem noção do que é isso? Eu quero voltar para o Brasil.

– Calma Jú, vamos sair daqui para você esfriar a cabeça. Espere, vou pegar minhas coisas e avisar os meninos.

BRIAN POV

Percebi que Júlia chorava abraçada com Alice. Matt e Val estavam assustados conversando com Jimmy que também estava com uma cara de preocupado. Quando Alice foi em direção ao Zacky, no qual estava segurando sua bolsa, resolvi ir atrás e perguntar o que havia acontecido.

– Alice o que aconteceu?

– Agora não Brian, tenho que ir correndo para casa. - A segurei forte pelo o braço

– Você só vai sair daqui depois que me explicar o que aconteceu com a Júlia, Alice.

– Ela recebeu uma ligação de sua prima avisando que sua mãe estava com suspeita de câncer, ela está muito mal no hospital ha dias e Júlia está querendo voltar para o Brasil. - Eu não acreditei quando disse que Jú queria voltar para o Brasil, não agora, não depois de tudo que tem acontecido aqui. Quando Alice ia saindo:

– Espere Ali, eu vou com você.

– Não é uma boa ideia Brian, vocês vão acabar brigando e não quero minha amiga pior do que já está.

– Por favor Alice, eu estou de pedindo, deixa eu ir com você.

– Espere, deixa eu conversar com ela primeiro, daqui 30 minutos você vai. Avisa o resto do pessoal que estamos indo.

– Tudo bem, mas como vocês vão?

– Eu chamo um táxi.

Eu precisava conversar com Júlia, eu não sabia o que estava sentindo, mas me doía de alguma forma ver aquela menininha durona vendo seu mundo desabar, eu precisava ir lá e abraçá-la, dizer que eu estou com ela para o que precisar. Alice pediu para que esperasse meia hora, mas eu não iria conseguir.

BRIAN POV of/

Alice chamou um táxi e fomos para casa. Chegando lá, tirei meus sapatos e continuei chorar feito criança... Ela me abraçou na tentativa de me fazer sentir melhor, mas não, nada iria me ajudar a não ser ver minha mãe, abraçá-la, dizer o quanto a amo e que tudo iria ficará bem.

Ali tentava de toda as formar me animar, eu sou grata por tudo que ela estava fazendo, mas eu queria que ela entendesse que não estava ajudando, eu queria um momento para ficar sozinha.

– Ali me deixa sozinha, por favor. Se quiser pode voltar para a festa, não quero estragar a noite de ninguém.

– Não Jú, não estragou nada. Mas se você quer ficar sozinha, tudo bem. Vou subir para o meu quarto tomar um banho, mas por favor, não faça nenhuma besteira.

– Tudo bem.

ALICE POV

Jú estava acabada, os olhos perdendo o brilho, os lábios apertados em uma fina linha de medo. Medo puro. Toda aquela história me fez pensar na minha própria mãe. Por diversas vezes eu não havia dado a importância que ela merecia e a tinha excluído da minha vida de várias formas. Quantas vezes eu havia chegado em casa com algum machucado e nunca falei a verdade? Minha mãe só foi descobrir que me surravam na escola quase todos os dias depois de bastante tempo. Até lá eu sempre arrumava um jeito de convencê-la que não era nada, que eu tinha caído, e me trancava no quarto, me afastando dela.

Mesmo com tudo eu simplesmente não sabia como eu poderia viver sem ela e ver a Júlia naquela angustia imensa quase me derrubou. Entrei no meu quarto e tomei um banho rápido, apenas para tirar o suor de horas dançando e fazer o efeito da bebida amenizar um pouco. Me troquei colocando uma camisa grande do misfits e um short larguinho, peguei meu celular vendo as várias mensagens preocupadas de todos nossos amigos... e foi aí que me bateu aquele estalo: quem ligou pra Júlia falando da mãe dela? Kate?Será que é confiável essa história?

ALICE POV of/

Deitei no chão e fiquei pensando na vida. Tentava me recompor com goles de vodka pura, mas não funcionava, só conseguia chorar mais quando pensava na minha mãe. Por que o mundo tem que ser tão cruel?

A campainha tocou, deixei de lado entretanto começou a bater forte na porta, resolvi atender:

– Brian?

– Shh, não fala nada. - Ele simplesmente me abraçou, me abraçou de uma forma diferente e ao mesmo tempo me acalmou, parecia me proteger e afastar todo o mal do mundo, toda a dor no mundo.

– Brian, você não deveria ter vindo, poderia ter aproveitado a festa. - Disse o abraçando mais forte e segurando o choro.

– E deixar minha pequena aqui? Nesse estado? - Ele se afastou e segurou em meus ombros.

– Eu... - Eu não sabia o que falar, apenas o abracei-o forte, muito forte. Precisava disso como um corpo necessita de sangue para sobreviver. Ele me pegou no colo e me levou até o sofá e me fez deitar em seu colo.

– Jú, eu sei que eu tenho essa pose de machão que não se importa.... Eu me importo de verdade com você, por favor, não fique assim, por mim, eu sei como dói... Na verdade não sei, se pudesse tomar suas dores... Mas não fique assim, não chore, tudo vai melhorar. - Aquelas palavras me deram um conforto de um tamanho inexplicável.

– Mas Brian, eu preciso voltar para o Brasil, preciso ver meus pais. Não posso mais ficar aqui. - Vi seus olhos encherem de lágrimas o que fez doer meu coração mais ainda.

– E me deixar aqui? Ir embora depois de tudo que aconteceu? E como fica eu nessa história? O Jimmy, Zacky, Matt, Val? E nós? Você vai jogar tudo pro alto sem saber se vai ferir o sentimentos dos outros?

– Mas é minha mãe. - Levantei e olhei diretamente ao seus olhos. - Ninguém me entende, eu gosto de você Brian, eu gosto do pessoal, sou a pessoa mais sortuda do mundo por ter conhecido vocês... Acontece que nem tudo é como queremos, se pudesse eu ficaria aqui para sempre, mas eu tenho minha família.

– Eu entendo Jú, porra. Esfria a cabeça antes de voltar ao Brasil. - Ele me abraçou e ficou cariciando meus cabelos.

– Tudo bem Brian. - Ele começou a cantar algo dócil.

– Oh, um amor que sobre o amor, um coração

Oh deixa ficar juntos agora e nós podemos sentir bem

Um amor, um coração

Vamos ficar juntos agora e nós podemos sentir bem

Eu disse: Vamos ficar juntos agora

E podemos sentir bem


– O que você está cantando? É lindo e ao mesmo tempo estranho.

– Ah, uma música que eu escutei por ae. Mas por que estranha, pequena?

– Você, cantando essas musicas românticas? O que aconteceu? Está apaixonado e não contou para sua amiga? Ah, que feio. - Disse tentando parecer ofendida.

– Ih pirralha. Synyster Gates tem sentimentos sim viu e eu posso sim cantar músicas românticas. É, talvez eu esteja apaixonado, talvez. - Comecei a rir. - O que foi?

– Só você mesmo, obrigada por me distrair, obrigando mesmo. - O abracei novamente.

– Sempre as ordens madame.

– Estou com sono, acho que vou dormir.

– Vou te levar para o seu quarto. - Ele me pegou no colo e me levou para meu quarto, me deitou na cama e quando ia saindo.

– Brian...

– Oi, pequena.

– Dorme comigo hoje? Não quero ficar sozinha.

– Tudo bem. - Ele deitou ao meu lado e me abraçou.

– Boa noite, pequena. - Disse me dando um beijo em minha cabeça.

– Boa noite.





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Notas finais do capítulo

Trocamos de capa o/ Ainda não é aquile "Olha que bela capa!", mas estamos tentando. Comentem por favor, dizendo o que vocês acharam do capítulo, da capa, do que vocês quiserem! Beijos!