You Had My Heart And You Still Have. escrita por thayna30, Paula Vengeance


Capítulo 15
Your beauty's not just a mask


Notas iniciais do capítulo

A mente humana gosta de complicar as coisas, ver muros imensos em sua frente... mas é só prestar um pouquinho de atenção e veremos uma porta escancarada bem à nossa frente



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Música Tema: Undisclosed Desires- Muse

Tentei ignorar meus próprios devaneios e ir dormir, eu ainda estava cansada, mas não consegui. Pensamentos me perturbavam a cada minuto. Eu sei que Alice iria me xingar muito mais eu tinha que acordá-la e desabafar. Fui ao seu quarto, mas ela não estava. Que estranho! Decidi ver TV enquanto a esperava chegar.

Passou um tempo Ali chegou bufando de raiva, eu sei que seria importante para ela ficar um pouco sozinha como todas as vezes que acontece algo que a deixa nervosa, irritada, triste, ou tudo isso junto, mas o que havia acontecido era maior do que isso. No entanto, antes de eu tentar pronunciar uma simples palavra a vadia já veio com quatro pedras na mão:

– A ONDE VOCÊ ESTAVA JÚLIA? PERDEU NOÇÃO DA VIDA? SOME ONTEM A NOITE E APARECE EM CASA COM A ROUPA RASGADA, TODA SUJA, MAQUIAGEM BORRADA E O CABELO NEM SE FALA! RESOLVEU MENDIGAR NA RUA?

– Calma, vou te explicar tudo.

– Acho bom, acho muito bom sua vadia desgraçada.

– Ei, vai se fuder.

– Vai você sua piranha.

– TÁ, TÁ TÁ. Então, eu saí ontem a noite com o Syn para uma festa, digamos que não sei como cheguei em casa, o que fiz e muito menos como fiquei com a roupa rasgada. Só sei que bebi demais.

– Com o Brian? HMMMMMMMMMMMMMMMMMM aposto que rolou muito sexo em sua vadia! Ele rasgou sua roupa… Tá explicado.- Ali disso fazendo aquela cara de safada dela. Vocês realmente ainda acham que essa criatura tem algo de santa? Ela é um capetinha disfarçado!

– HAHAHA, cala a boca! Mas isso não é o mais importante.

– Não? E o que é?

– O Matt me ligou hoje de manhã, me acordou e mandou encontrá-lo na praia…

– E você foi?

– Fui… Começamos a brigar muito e eu acabei chorando.

– Ah Júlia, não fica sim… Eu te avisei. - Ali disse tentando me consolar.

– Mas depois ele me pediu desculpas e viemos aqui pra casa.

– HMMMMM não me diga que…

– CARALHO O QUE VOCÊ TOMOU NO CAFÉ DA MANHA?- falei rindo, Ali estava com a cabeça cheia de merda hoje!

– Nada, mas continue e ai?- Ali fez uma carinha triste, aposto que pensando no precioso café dela.

– Ai que nos acertamos e blá, blá, blá.

– Então estão juntos?

– NÃAAAAAAO. Terminamos, era mais um passa tempo.

– SÉRIO? - Alice gritava pulando em cima de mim, menina louca.

– ÉÉÉÉ, desencosta vadia. - Ela me empurrou no sofá.

– Agora você pode ir correndo para os braços do seu amado Brian… Isso ficou meio cafona, eca. VAI LÁ PULA NO COLO DELE E SE É QUE VOCÊ ME ENTENDE.

– Nossa Alice, está atirada hoje hein? Se fode menina.

Eu lembrei que tinha que conversar com o Brian, mas não sabia como perguntar sai correndo e Ali ficou sem entender nada, só escutei ela gritando algo do tipo “Já vai a cachorra se satisfazer” ou alguma merda parecida. Eu não sabia por que estava correndo ou o que estava fazendo, decidi parar na praia para pensar um pouco no que iria fazer. Chegando lá:

– Ora, ora não é a gostosinha do Matt aqui. - Me virei e vi um baixinho que só poderia ser…

– JOHNNY! - Gritei indo abraçá-lo, eu mal tinha o conhecido mas já o amava. Um baixinho invocado, tudo a ver com a Júlia aqui.

– Calma criança, desse jeito a gente vai para o chão e o Matt não vai gostar.

– Eu não estou com ele.

– Não? Pensei que estivesse.

– Não mais.

– Hmmmmm. - Ele disse me olhando com aquela cara de safado.

– Mas o que? Pode ir parando rapazinho. - Disse o empurrando na areia.

– Então, o que está mandando?

– Nada. - falei- Baixinho vou ter que ir.

– Para onde?

– Para a casa do Brian.

– Mal separou de um e já vai para o outro? Vai perder seu tempo, o Syn é um gayzão.

– Você não existe! - Disse rindo.

Despedi e fui enfrentar a mais nova confusão que poderia ter arrumado. Cheguei e rapidamente o Brian atendeu a porta, senti um imenso frio na barriga e minha garganta secou. Ele me tratou com muita naturalidade, o que me deixava ainda mais pensativa.

Ele me perguntou o por que de eu ter aparecido na sua casa esse horário. Menti dizendo que estava com fome e não tinha ninguém para cozinhar para mim. Bom, na realidade eu estava mesmo com fome então foi uma falsa mentira? Ah, mas o que eu to pensando?!

Ele riu e me levou até a cozinha, almoçamos e ficamos conversando sobre guitarras. Na verdade era só ele que falava, pois não sabia nada. Eu tentava toda hora entrar no assunto da festa, mas quando ia falar travava e perdia o rumo até que:

– O que você quer perguntar Júlia?

– O que?

– Não se faça de boba, você está tentando me perguntar algo faz tempo.

– É que… - Tentei enrolar, não sabia como dizer.

– Pode falar, anda pirralha.

– Eu não sei como cheguei em casa ontem, não sei o que fiz naquela festa e muito menos porque estava naquele estado. Não me lembro de nada. - Desabafei tudo.

– Olha… - Ele me puxou mais para perto dele – É assim que você faz? Transa com os outros e depois fingi que nada aconteceu? Pensei que não era desse tipo Júlia! - Ele dizia sério.

– Mas o que? Do que você está falado? Não acredito que eu fiz isso, foi com quem?

– Sua fria. Você não lembra? Foi comigo, você toda hora chegava perto e pedia para que fossemos para um lugar que pudéssemos ficar sozinhos.

– O QUE?

– Eu só obedeci, fomos para um motel quase na entrada da cidade, você rasgou minha roupa e pediu para que rasgasse a sua. Isso explica o por que chegou rasgada. Ah, eu que te levei em casa. Mas entre nós dois UAU hein Júju, nunca pensei que fosse tão boa de cama assim, foi a melhor de todas. Cachorra…

Uma raiva foi tomando conta do meu corpo, eu sentia nojo, vergonha e ao mesmo tempo suja ao ponto de ter transando com o melhor amigo do cara maravilhoso que eu estava ficando, o qual não merecia passar por isso. Só tive uma reação, pulei em cima do Brian, o jogando no chão e comecei socá-lo igual uma louca:

– SEU IDIOTA, CACHORRO, COMO TEVE CORAGEM? EU TE ODEIO BRIAN, QUE VONTADE DE TE MATAR, COM QUE CARA EU VOU OLHAR PRO MATT AGORA, ESTOU ME SENTINDO SUJA, ESTOU COM NOJO DE VOCÊ, DE MIM, DE NÓS DOIS. MINHA VONTADE ERA DE TE SOCAR ATÉ A MORTE.

– Ui, calma, está em cima de mim porque? Quer de novo? - Ele ria enquanto falava.

– VAI SE FODER SEU OTÁRIO, MERDA, BOSTA, IDIOTA. VOCÊ TEM A CARA DE PAU DE FALAR ISSO? TE ODEIO, TE ODEIO, VAI PRO QUINTO DOS INFERNOS.

– Nossa que boca suja… E aquela calcinha cor de rosa que você estava usando? Que sexy.

– A CALA SUA BOCA, MORRE BRIAN, MORRE. MAS ESPERA…

– O que pirralha?

– Eu não estava com calcinha dessa cor.

– Ah vai vê que eu estava muito bêbado e confundi, acontece.

– SEU MENTIROSO, VOCÊ INVENTOU TUDO ISSO! BRIAN É MELHOR VOCÊ CORRER, MAS CORRER MUITO. PORQUE QUANDO EU TE PEGAR, VOU TE ARREBENTAR.

– Calma Júlinha. - Disse ele fazendo uma cara na qual não sei explicar. Uma cara de dó.

– Calma nada, por que você fez isso seu estúpido?

– Ih pirralha só queria me divertir um pouco com sua cara.

– Que vontade de te matar.

– Mas não vai.

– Porque não?

– Porque você me ama pirralha.

– Vai se fuder…

– Então tá, mas e ai. O que me conta de bom?

– Ah encontrei o Johnny quando estava vindo para sua casa e ele te chamou de gay. - Disse rindo descontroladamente.

– Gay? Aquele filho da puta.

– Synyster GAYtes. Agora eu entendo o por que do Gates… existia uma mensagem subliminar.

– Vai tomar no cu, idiota.

– Vai você.

– Mas pirralha… E o Matt? Brigou muito com você por ter saído sem avisá-lo?

– Ah ele me acordou de manhã e pediu para encontrá-lo na praia. Eu fui né, cheguei lá começamos a brigar, gritar um com o outro e eu acabei chorando.

– Só faz de machona, mas no fundo é uma manteiga derretida. Por que ele a fez chorar pequena? Quer que bato nele?- Synyster não é do tipo fofo, ele é raramente fofo, mas quando ele falou aquilo eu tive que me segurar pra não soltar um “aaawwnn”!

– Não precisa, para de viajar… Ah, porque eu não gosto de discutir com as pessoas que eu me importo. Mas ele me pediu desculpas e nós terminamos. Eu gosto dele, mas é como amigo sabe? O carinho que sinto por ele é somente por conta da amizade.

– Então você me odeia pirralha? Vadia!

– Cala sua boca filho da mãe. Te odeio mesmo. - Disse mostrando o dedo do meio.

– Então só porque me odeia vou ser obrigado a fazer isso.

– Isso o que? - Rapidamente ele me jogou no chão e começou a me fazer muita cócegas.

– Para, para, por favor, para.

– Então fala que me ama.

– Nunca. - Ele continuou e eu não conseguia parar de rir.

– Para, por favor, eu não estou aguentando mais.

– Então fala pirralha.

– EU TE AMO. AGORA PARA POR FAVOR. - Gritei.

– Se rendeu ao Synyster Gates. Deveriam ter filmado isso minha gente. - Ele dizia tirando onda.

– Tá, tá, tá bom, idiota.

Ficamos lá conversando, rindo e brigando por mais um bom tempo. Decidi voltar para casa porque já era tarde e amanhã já era segunda. DROGA, odeio ir para escola, odeio aquele lugar, parece mais um puteiro.

Cheguei em casa e fui correndo tomar um ótimo banho, era incrível como tudo tinha acabado bem, graças a Deus. Arrumei minhas coisas para a escola e fui dormir.

ALICE POV

Jú me deixou lá sozinha! Com certeza estava louca pra dar a… deixa pra lá, melhor nem completar o pensamento. Eu ainda queria meu café! Filho da puta, não pode me deixar em paz por um segundo, que merda. Eu já estava saindo de casa de novo quando meu celular começou a vibrar indicando uma nova mensagem “Bom dia, minha bonequinha de porcelana! Como está?”. A mensagem era de Zacky e me fez rir: uma vez ela havia me falado que eu parecia uma bonequinha de porcelana, eu fiquei irritada com ele e disse que eu não era tão frágil assim quanto ele pensava, mas tudo que aquele desgraçado fez foi rir e continuar me chamando de bonequinha de porcelana. É, eu já estava me habituando àquele apelido.

Respondi dizendo apenas que estava necessitando de cafeína ao que ele prontamente replicou dizendo que ele compraria café pra nós dois e levaria para o apartamento. Sorri com a ideia. Era perfeito: eu não encontraria o Damien e ainda sim teria meu café que eu estava precisando tanto.

Zacky demorou apenas 20 minutos pra chegar, mas para mim parecem mais 20 horas. Ok, estou exagerando. Pareceu… 1 hora.

– Ah, até que enfim, você chegou… café!- eu disse tomando o copo térmico das mãos de Zacky.

– Oi, pra você também, bonequinha de porcelana.- ele disse sarcástico e eu ri.

– Desculpa, Zee, mas você não sabe o quanto eu preciso disso.- me sentei no sofá da sala e ele se sentou ao meu lado tomando o café dele.

–Zee?- perguntou arqueando a sobrancelha. Ele ficava tão lindo quando fazia isso… ALICE, PODE PARAR COM ESSA VIADAGEM!

– É, Zee! Você pode me dar apelidos e eu não posso?

–Claro que pode, eu gosto dos seus apelidos! Você não é mal comigo!

Eu disparei a rir e ele ficou meio sem entender.

– Isso porque você não sabe da missa a metade! Esse é só um dos apelidos que eu inventei pra você!- falei entre risadas.

– Ah, é?! Então fala o outro apelido aí.

– PORPETA!- eu falei alto esticando os braços como uma criança feliz.

– Hey, isso é bullying, cara!- Ele disse fazendo aquele biquinho fofo que só ele tem.

–OOOOOWWNN!- comecei a apertar as bochechas dele que nem aquelas tias velhas e ele riu de mim.

Terminamos de tomar o café e então Zacky sugeriu que saíssemos um pouco, afinal era domingo, sem aula nenhuma graças a Deus.

– Ahm… Não é uma boa ideia, Zee!- falei coçando levemente minha cabeça.

– Porque, Ali? Aconteceu alguma coisa?

– Então, não tinha café nessa merda, então eu fui pra uma cafeteria aqui perto e eu sou uma pessoa tão sortuda que advinha quem eu encontrar lá? – eu não dei tempo dele falar, estava falando tudo apressadamente por causa da raiva, a dicção havia me abandonado. Se ele entendesse o que eu queria dizer já era um milagre. – DAMIEN! Aquele filho de uma vaca sem tetas ficou me atormentando, dizendo porcaria pra mim e… e… eu joguei a droga do café na cara dele!

Zacky começou a ter um ataque de risadas. Ele tinha aquela risada gostosa, de bebê… daquelas que te fazem rir junto.

– Fala que o café estava quente, Ali!- ele disse entre risadas com uma voz suplicante.

– Estava pra lá de quente! - Zachary riu mais ainda.

– Aquele cara não largo do seu pé! E vou matar aquele imbecil, isso que eu vou fazer!

– Ah, vai! – eu disse sarcástica. – Prefere mesmo perder seu tempo matando um idiota quando podia estar se divertindo com a sua amiga que você mais ama no mundo?

– E quem seria essa pessoa? – Porpeta falou brincando.

– Nossa, valeu! Magoou agora. – dessa vez fui eu que fiz bico e abaixei um pouco a cabeça.

E é sempre assim, a qualquer momento do dia Zacky me surpreende. Ele me puxou para um abraço apertado e começou a distribuir vários beijos no topo da minha cabeça. Sentir seus baços em volta de mim e seus snakebites piercings pressionados várias vezes contra a minha cabeça me fizeram sentir nas nuvens… Zacky tinha esse poder sobre mim e sem eu ao menos perceber logo eu já estava entregue aos braços e carinhos deles. Eu só queria que o tempo congelasse ali mesmo e eu pudesse passar o resto da eternidade com ele… Dramático, não? Haha! Enfim, é difícil descrever esse tipo de sentimento, porque eles são tão fortes, tão particulares…

Nós resolvemos que iriamos pra praia depois disso. Nós intercalávamos entre momentos de pura euforia correndo pela praia a fora, ou jogando agua um na cara do outro, ou até mesmo afundando a cabeça do outro debaixo d’agua com momentos calmos em que Zacky deitava na areia e eu deitava sobre o peito do maior recebendo um carinho gostoso na cabeça. Quem visse até pensaria que somos namorados, bom, na verdade aconteceu até de um casal de velhinhos virar pra gente e falar que éramos um belo casal e que casaríamos um dia com certeza e mais um montão de coisas. Eu e Zee ficamos meio desconcertados até de falar que éramos apenas amigos então concordamos com tudo que eles diziam.

– A gente ta muito momento casal mesmo, Zacky! – eu disse rindo.

– E isso é ruim?- ele fez uma expressão que eu não conseguia decifrar. Eu odiava quando ele fazia isso.

–Não… é só… estranho… quer dizer, porque- porque somos amigos, né?!- Fiquei extremamente nervosa com a situação e na mesma hora minha garganta secou e eu comecei a gaguejar. Eu não estava pronta para conta-lo nem metade do que ele me fazia sentir, afinal, ainda havia tanta coisa podre do meu passado que ele não sabia… se ele soubesse talvez nem estaria aqui…

Um brilho de tristeza lampejou rapidamente nos olhos de Zacky… ou talvez eu estivesse delirando, não sei. Ele disse que estava cansado de praia e me chamou pra ir até a casa dele e eu aceitei. Passamos o resto do dia jogando vídeo game e comendo porcaria na casa dele. Quando me dei conta já era bem tarde e eu tive que ir embora! Que inferno, amanhã tem aula!

ALICE POV of/

Senti algo me batendo, resolvi ignorar mais logo senti um forte tapa e adivinha? Era a vadia da Alice me acordando.

– Caralho mas você dorme demais.

– Não enche vadia, vaza daqui.

– A se fode piranha.

– Tá. Tchau.

– Que tchau o que Júlia. Ou você está dormindo ou saiu com o Brian. Porra esqueceu do resto do mundo?

– HAHAHA. E você nem se fala né, agora é Zackyzinho para cá, Zackyzinho para lá.

– Não enche o Briana.

– Briana? - Começamos a rir que nem loucas, dessa vez Alice tinha se superado.

– Topa vê um filme?

– Então tá, se não você não iria deixar eu dormir.

– Aprendeu rápido hein.

Fomos para a sala e assistimo um filme de terror. Acabamos dormindo.


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Notas finais do capítulo

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