Boulevard Of Broken Dreams escrita por F dQueiroz


Capítulo 6
Cap 6 - Alameda dos sonhos despedaçados - Part IV


Notas iniciais do capítulo

Bem sinceramente para mim o capítulo abaixo foi o melhor até agora
(fazer o que eu posso ;D)
e como vocês pediram com um final feliz eu atendi (ou quase)
Apesar de que eu preferia que fosse um pouco mais dramático
Mas bem, deixa prá lá e por favor leiam notas finas.



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'A esperança não murcha, ela não cansa, também com ela não sucumbe à crença. Vão-se os sonhos nas asas da descrença, voltam sonhos nas asas da esperança'
Augusto dos Anjos, poeta

Pov. Sally

My shadow's Minha sombra
the only one that walks beside me é a única coisa que anda ao meu lado
My shallow heart's Meu coração falso
the only thing that's beating é a única coisa que bate
Sometimes As vezes
I wish someone out there will find me eu desejo que alguém em encontre
Til then i walk alone Até lá eu ando só


Meus deuses! pensei, será mesmo? Será que depois de todos esses anos eu finamente encontrei o meu menino?

Ainda estava com esses pensamentos quando demos entrada no hospital. As pessoas nos olhavam horrorizadas. Também não era pra menos, Poseidon carregava o garoto nos braços e enquanto caminha em direção a recepção procurando ajuda deixou um rato de sangue que teimavam em jorrar das feriadas abertas. Eu havia tentado estancar, mas logo desiste, pois ele também tinha cortes profundos em todo o corpo.

Um medico que aparentava ser bastante jovem veio correndo em nossa direção com um batalhão de enfermeiras e equipamentos.

- Deuses! - o médico exclamou assim que viu a situação do garoto - Rápido! Tragam uma maca. Vamos! - falou exasperado olhado para as enfermeiras que olhava para o menino de maneira atônita. Até mesmo eu que era acostuma a ver muito sangue e pessoas feridas não estava preparada para aquela cena. Realmente era de cortar o coração. Fora que mesmo estando inconsciente o garoto gemia a qualquer movimento que Poseidon fazia.

As enfermeiras voltaram correndo arrastando uma maca

- Vamos senhor coloque-o sobre a maca, vamos cuidar do seu filho - Poseidon estava tão aflito quanto eu em relação à situação do menino que nem ouviu o medico falando que o garoto era o nosso filho. Eu ao contrario sorri ao ouvir esse comentário.

Poseidon ainda esta receoso em deixar o menino aos cuidados de outros, mesmo sabendo que era necessário. Relutante ele colocou o garoto sobre a maca e as enfermeiras juntamente com o medico foram correndo em direção ao bloco cirúrgico.

As pessoas, tanto médicos, seguranças e os demais presentes ali nos olhavam com curiosidade como se estivessem se esforçando ao maximo para não ser indiscreto e nos perguntar o que aconteceu.

Eu já não agüentava mais. Aquelas cenas de tortura teimavam em aparecer na frente, como um filme de terror. Não agüentei mais e comecei a chorar compulsivamente. Pensei que iria cair quando senti minhas pernas fraquejarem, mas senti braços fortes me rodearem me impedindo de cair. Eu olhei para ele que tinha uma expressão preocupada no rosto e depois não vi mais nada.

Quando acordei percebi que estava deitada em uma cama, com uma sonda intravenosa no braço. Ainda estava me acostumado à claridade quando senti alguém segurar minha mão

- Como se sente Sally? - Poseidon perguntou

- Minha cabeça esta rodando, meu corpo dolorido, mas eu vou sobreviver - sorri fraco

Me perdi naquele olhar que tanto que trazia paz, quando olhei assustada para ele

- E o menino? - perguntei um pouco exaltada, mesmo eu nem segue o conhecendo, eu senti um grande afeição logo quando o vi naquela situação

Poseidon não parecia diferente de mim, pois logo quando perguntei ele fechou os olhos com força em um sinal claro de preocupação.

- Eu ainda não sei Sally, ele esta na sala de cirurgia há três horas - falou com os olhos marejados, apertei suas mãos mais fortes

- Não fique assim, ele vai ficar bem - falei mesmo não acreditando, o menino estava muito machucado e com certeza teria seqüelas

- Mas não é só isso Sally - falou me olhado nos olhos - é como se ele fosse parte de mim

- Eu também sinto isso, amor - falei

Ficamos em silêncio, cada um perdido em seus pensamentos, quanto à porta do quarto se abriu e o medico que nos atendeu quando chegamos nos olhava um pouco apreensivo.

- Como está Dra. Sally - ele falou, já ia começar a perguntar de onde me conhecia quando ele falou - Não precisa assustar doutora, eu sempre ouvi muito a respeito da senhora, e já a via algumas vezes, de longe e claro e eu admiro muito o seu trabalho - completou como os olhos brilhando

- Fico muito feliz doutor...

- Apolo - falou sorrindo, mas que logo se apagou - bem eu tenho noticias as respeito do filho de vocês...

- Errr, ele não é o nosso filho doutor - Poseidon falou me olhando afetado

- Não? - perguntou confuso - ele é idêntico ao senhor

Com essa afirmação eu olhei para Poseidon. Quando o vi soltei uma exclamação

- Poseidon!...

- Ainda não sabemos Sally, não tenha falsas esperanças.

- Mas é ele, eu sinto isso - já estava com os olhos marejados de excitação

- Vamos esperar até ele melhorar tudo bem? - completou me olhando firmemente, eu somente assenti.

O medico apenas nos olhava com curiosidade e com certo receio.

- E então doutor - Poseidon voltou a falar - como o garoto estar?

O medico apenas nos olhou como se escolhesse as palavras

- Pois bem - começou a falar - A situação é delicada, ele teve varias faturas, praticamente quebrou todas as costelas, tanto a perna quanto o braço direito sofreram fraturas múltiplas o que ira dificultar na recuperação, ele também sofreu fortes pancadas na cabeça, no momento ele esta sob efeito de anestesia, mas creio que ele já esteja em coma.

Ao ouvir tudo isso meu coração gelou, ainda estava processando quando o medico prosseguiu

- E - falou suspirando pesadamente - ele esta com falência renal, parece que não estava se alimentado bem...

- O que podemos fazer - falei decidida, ele não podia ser meu filho, mas agora fazia parte de mim.

- Acho que a senhora sabe - ele falou me olhando. Poseidon apenas segui o olhar e levantou a sobrancelha questionando

- É eu sei - eu sabia a resposta, a solução mais simples seria um transplante, o problema? Era justamente esse, uma vez que o doador tem que ser de preferência um parente próximo como pai, mãe ou um irmão.

- Podem me explicar do que estão falando - Poseidon perguntou

- Um transplante querido, mas no caso o doador tem que ser um parente bem próximo como pai ou mãe para evitar risco de rejeição.

O quarto ficou com um silencio desconfortável. Aparentemente o medico não sabia o que fazer. Eu iria começar a falar quando sou interrompida

- Eu faço isso - Poseidon falou se levantando

- Olhe senhor - o medico começou - as chance de você ser um doador compatível são mínimas, ainda mais se não for um parente e como o senhor mesmo disse não é nem pai do garo...

- Escute - Poseidon esbravejou nervoso - você não sabe quem eu sou por isso acho bom não me questionar. E sim, por enquanto eu não sou o pai do garoto, mas logo vamos tirar a prova - o médico olhou nervoso para ele e falou

- O senhor esta insinuando que aquel...

- Vamos deixar as conversa para depois vamos logo doutor - Poseidon já ia saindo arrastando um medico com confuso porta afora, mas não antes de me lançar um último olhar.

Depois que eles saíram fiquei tensa. Ele poderia ser meu filho, o meu menino, sorri com esse pensamento, mas ele pode morrer. Deuses!Deuses! por quê? O que eu fiz? Será que eu já não paguei demais pelos meus pecados que eu nem sequer sei quais são? Eu estava angustiada. Dezesseis anos o procurando e quando o acho ele esta a beira da morte.

Depois de cerca de duas horas Poseidon voltou com os olhos vazios. O que será que aconteceu? Ele não era o nosso filho? Mas mesmo que não seja eu irei cuidar dele, isso eu juro.

Poseidon veio caminhado lentamente até ao meu lado e começou a chorar. Eu estava perdida, em todos esses anos eu nunca o vi assim, nem mesmo quando seqüestraram o nosso filho

- É ele Sally, é o nosso garoto - falou me olhando com um sorriso bobo no rosto - depois de todo esse tempo, finalmente o encontramos, o nosso garoto - completou sorrindo abertamente.

Comecei a chorar, chorei compulsivamente. Mas agora não era um choro de tristeza e magoa e sim de alegria. Eu ainda lembrava que ele estava em estado critico, mas com aquelas palavras parecia que minhas forças dobraram, eu era capaz de mover céus e terra para que ele melhorasse e eu iria fazer isso, custasse o que custasse.

- Eu tenho que ir agora Sally - Poseidon falou me dando um beijo calmo - Ele o vão operar daqui a pouco - ele já ia saindo que falei

- Ele vai se salvar meu amor, agora ele não anda mais so - falei sorrindo para ele que automaticamente retribuiu

Hoje já faz um mês desde que tudo aconteceu. O transplante foi um sucesso, não havendo risco de rejeição, mas como os médicos já suspeitavam ele estava em coma. Eu ansiava por ver aqueles olhos mais uma vez, sonhava com o dia em que o veria me abraçando e me chamando de mãe. Mas eu não estava mais angustiada sem saber ande ele estava. Não mais. Agora eu podia docá-lo, niná-lo, mesmo que ele não esteja me vendo nem sabendo quem eu sou. Pois agora eu sabia, ou melhor, eu entendia que na vida a esperança é a nossa auxiliadora e que o sofrimento apenas no prepara para podermos enfrentar dificuldades maiores.

Nesse último mês, minha vida mudou e muito. Assim que Cronos soube que havíamos encontrado seu neto, abandonou uma reunião da corte e vôo direto para Nova York. Agora ele vivia aparecendo no hospital, de inicio Poseidon não havia gostado, mas até ele pode ver o quanto aquele homem frio e calculista havia mudado.

Varias outras coisas ocorreram e uma que me impressionou foi quanto naquele dia depois do transplante uma Afrodite esbaforida veio correndo em minha direção

- Deuses Sally! Você se lembra? - somente a olhei sem entender ou que a fez bufar

-Deuses como você é desatenta, o garoto Sally, o garoto, é o mesmo que atendemos anos atrás

Forcei minha memória, até que abri minha boca. Deuses! Com certeza era ele, o mesmo garoto que haviam encontrado machucado anos atrás, naquela época eu tinha ele tão perto e não sabia

- Olha Sally me desculpe pelo que eu fiz, eu não sabia que ele era seu filho, eu não... - ela já estava tremendo

- Calma flor - falei rindo do apelido da época da faculdade - aquilo foram águas passadas, apesar de ser injusto o que você fez

- Eu sei, mas me perdoa

- Claro - falei sorrindo e a abraçando - ainda mais agora que eu tenho o meu bebê de volta e nada vai nos separar novamente.



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Notas finais do capítulo

Quem não chorou com esse capitulo?
Minha irmã que leu a minha historia, quase queimou o teclado de tanta água, rsrsrs
Mas eu não vou negar que meu coração doeu ao ver esse carinha sofrendo tanto.
E...
Se você se emocionou também me conte o.k .
Não sejam apenas espíritos errantes que somente passam, comentem sim??
Bem provavelmente a partir de agora não haverá mais nenhum Pov. da Sally
Eu sei é triste, mas esses eu tive fazer para que a historia ganha-se forma
E mais um noticia não muito boa, vou ter que diminuir o ritmo das postages. Por que? Bem vestibular tá chegando e vou praticamente virar um rato dos estudos
E agora? o que você acha que ira acontecer?
Pecy irá acordar do coma? E Ethan? E Luke e Annabeth?
Eu ainda não escrevi os próximos capítulos me de sua opinião e quem sabe a sua idéia não entra na historia ;)
Bjs e Abrç's até o proximo capítulo