Boulevard Of Broken Dreams escrita por F dQueiroz


Capítulo 4
Cap 4 - Alameda dos sonhos despedaçados - Part II


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores e leitoras, bom eu falei que ira postar somente quando alcance 15 rewieis.
Pois é chegamos ao 13, mas eu recebi um comentário ontem, que com certeza me fez postar
mais um capítulo. Espero que gostem ;)



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'Aquele que nunca viu a tristeza, nunca reconhecerá a alegria'
Khalil Gibran, escritor


Pov. Sally

I walk this empty street Eu caminho por essa rua vazia
One the boulevard of broken dreams Na avenida dos sonhos destruidos
Where the city sleeos Onde a cidade dorme
And I'm the only one and I walk alone E eu sou o único, e eu ando só


Continuação flashback

- Agora você pode me contar a verdade? - olhei assustada para trás e me perdi.

Certo, eu já havia visto homens, homens e homens, mas aquele! Oh my Good! Jesus, Maria e José. Aquilo com certeza não era um homem. Era um deus. Alto, com o porte de um deus olímpico, e olhos verde mar que davam a impressão de que você estava afogando. Não sei quanto tempo fiquei o encarando, até parecia de novo uma colegial babando pelo cara impossível. Somente percebi quando ele limpou a garganta claramente constrangido esperando uma resposta, foi ai que também notei que estava incrivelmente corada.

- Err, m-me desculpe - por eu gaguejei, meus deuses o que ele vai pensar - mais quem o senhor? - ele me olhou com um sorriso divertido nos olhos diante do meu nervosismo.

- Sou Poseidon Eddard Jackson, condecorado sir pela rainha e blá, blá, blá - ele falou divertido - mais pode me chamar de Poseidon e você deve ser a Dra. Sally Beiragraud certo?

- S-sim Sir Poseidon - ai meus deuses e deusas e sabe-se quem mais, ele sabe quem eu sou. O Que? Eu pensei isso mesmo? Preciso urgente de um expresso extra forte depois do meu turno.

O sir me olhou com uma cara divertida e falou.

- Acho que não precisa ficar nervosa assim, eu não sou meu pai, com certeza sou mais jovem e bonito não? Você é muito bonita para ficar desse jeito - corei violentamente com o comentário - E deixe as formalidades também para ele tudo bem? E então? Pode me falar o que o meu pai tem?

E agora? O que eu ia fazer? Estava na cara que eu não conseguiria mentir para aquele homem. Eu mal conseguia olhá-lo sem corar. Mas eu não podia contar a verdade. Não somente a reputação do Sr. D estava em jogo mais de todo o hospital juntamente com a minha.

- Bem Si... err, Poseidon - comecei - o que eu falei a imprensa e o que o prontuário do senhor seu pai aponta - falei tentando parecer convincente.

- Entendi - ele falou - mas me diga Sally, posso de chamar de Sally sim?

- C-claro - por que estou nervosa? Isso não é normal. Se acalma Sally, se acalma ele é so mais um homem. E que homem viu, que homem.

- Então Sally, você pode me dizer quem fez esse prontuário, pois esta mais que obvio que não foi você.

E agora? pensei. O que eu faço? Ele descobriu. O Sr. D com certeza vai ter um inicio de um ataque cardíaco ou de um derrame com certeza, depois de acabar de me matar.

- Tudo bem - falei respirando pesadamente, agora só resta contar a verdade - eu não sei quem fez o prontuário sir...

- Poseidon - ele interrompeu

- Certo Poseidon, eu não sei quem fez o prontuário nem o que seu pai tem, mas pelo que eu sei ele já tem uma equipe medica o tratando.

- Hum, bem eu já desconfiava do velho...

- Mas olhe - falei desesperada, olhando nervosamente para os lados como se esperasse que algum monstro mitológico surgisse do nada e me ataca-se, leia-se um Sr. D furioso devido a minha falta de sigilo - Não fale nada a ninguém, por favor, nem mencione o meu nome sim?

- Tudo bem, mas Sally... - não o deixei terminar e sai apressada, diga-se de passagem, quase correndo em direção ao meu consultoria lhe desejando um passar bem que mais pareceu um grunhido.

- Deuses! - exclamei depois que entrei na minha sala e fechei a porta atrás de mim - o que ele vai pensar que eu sou. Algum tipo de paranóica que não sabe nem ao menos ter um conversa normal - respirei fundo e deixei esses pensamentos de lado e me foquei no trabalho o restante do dia.

Naquele mesmo dia minha sala foi invadida, é, isso mesmo que você leu. Invadida por um Poseidon me fazendo um convite para jantar. Ele com certeza era parecido com o pai. Não aceitou um não como resposta e praticamente me chantageou para que eu fosse caso contrario iria me atormentar todos os dias indo ao meu consultório. Coisa que eu não me importava nem um pouco, mas acabei aceitando o convite. Depois daquele dia continuamos a sair e logo começamos namorar. Ele com toda certeza não era o tipo de homem que toda garota sonha. Apesar de ser sempre amável e gentil e muito lindo, não estava sempre presente. Vivia viajando e desaparecia durante dias e às vezes meses. Mas mesmo assim eu o amava. Até porque o amor supera barreiras e distancias. Barreiras porque quando Sir Cronos soube que estávamos juntos, praticamente surtou. Ele não aceitava que seu filho e herdeiro ficasse com um plebéia ainda por cima americana. Mas mesmo assim continuamos juntos.

No mesmo ano eu engravidei o que foi o estopim para o pai do homem que agora era meu noivo. Sir Cronos fazia de tudo para tirar a idéia de casamento da cabeça do filho. Até o obrigou a ficar na corte como um dos regentes da rainha, achando que a distancia iria ter algum efeito. Mas ao contrario do ele imaginava nos aproximamos ainda mais. Eu estava praticamente feliz e realizada, até aquele dia. Somente de lembrar o meu coração afunda em tristeza, praticamente fico sem chão somente com as lembranças que sempre me assombram.

Eu estava com oito meses, e minha barriga estava enorme. No começo achamos que eram gêmeos, mas o médico nos garantiu que não. Eu estava grávida de um menino, o meu menino. Poseidon não cabia em si de felicidade. E falava para todos o como seu garotão iria ser parecido com o pai, forte em personalidade e lindo com os seus olhos verde mar, como ele como se ele não fosse nem um pouco convencido, mas de tudo isso, eu praticamente me derretia quanto ele falava que o nosso filho seria tão gentil e sábio como a mãe. Estávamos felizes e mal sabíamos que desgraça já estava batendo na nossa porta.

Naquele dia eu havia saído para comprar algumas roupinhas para o meu bebê mesmo Poseidon insistindo que não era necessário, pois já tínhamos comprado praticamente tudo no primeiro mês de gravidez. Mas eu sabia que ele tinha receio que algo acontecesse comigo. Ele praticamente estava muito protetor de alguns meses para cá. Sempre como o olhar nervoso como se esperasse que algo realmente ruim acontecesse a qualquer momento, mas por mais que eu pergunta-se ele sempre me dizia que não era nada.

Eu estava acompanha da minha amiga Silena. Ela era uma pediatra muito renomada e trabalhávamos no mesmo hospital. Para quem a olha-se se conhecê-la sempre poderia ver um lindo sorriso no seu rosto, mas o que quase ninguém sabia era que ela vivia sempre amargurada. Ela nunca me disse o porquê, mas havia alguns rumores de que ela havia perdido um filho no último mês de gestação nunca mais foi à mesma depois disso.

Havíamos acabado de sair do shopping e andávamos pela calçada conversando animadamente quando, do nada uma van preta invadiu a calçada e veio em nossa direção. Eu no momento travei. Não sabia o que fazer, apenas levei as mãos a minha barriga e pensei no meu bebê. Senti o impacto contra o meu corpo e apaguei.

Eu estava semi consciente, apenas via imagens que se formavam de forma distorcida a minha volta. Uma Silena desesperada ajoelhada ao meu lado chorando e gritando palavras inteligíveis e uma pequena aglomeração de pessoas ao meu redor... agora eu estava deitada em uma maca dentro de um carro em alta velocidade, acho que é uma ambulância, pois tinha um forte zumbido ao fundo, os paramédicos estavam ligando vários aparelhos ao meu corpo até que sinto um fisgada no meu braço e apago novamente... agora eu estou sendo levada por um longo corredor branco com uma mascara no meu rosto, varias pessoas ao meu redor falavam ao mesmo tempo, meus olhos estava pesados, pisquei duas vezes e dessa vez eu apaguei de vez.

Acordei sentindo como se meu corpo houvesse sido prensado contra uma parede. Abri os olhos com certa dificuldade. Ainda estava em torpor devido à claridade do quarto que logo reconheci sendo o de um hospital.

- Sally, ah graças aos deuses - falou uma voz embargada, olhei para o lado e vi um Poseidon com grandes olheiras e olhos cansados, mas que agora brilhavam de felicidade e expectativa.

Quando o vi ali meu sorriso abriu-se imediatamente, mas logo morreu ao me lembrar o porquê de eu estar ali. Levei minha mão a minha barriga e vi que meu pequeno já não estava ali. Meu coração gelou. Poseidon me olhou com preocupação, mas logo falou

- Fique calma Sally - falou acariciando meu rosto - nosso garotão está bem. Ele nasceu prematuro, mas o doutor falou que nunca viu um garoto nascer tão saudável - ele completou agora sorrindo abertamente - você tem que velo meu amor, ele é lindo.

Sorri ao comentário, mais me lembrei de algo

- Silena - falei pela primeira, minha garganta arranhava com o esforço

- Ela esta bem, no momento do acidente ele conseguiu desviar, depois chamou um ambulância e me ligou falando. Pena que não conseguimos pegar o motorista. Ele conseguiu fugir, parece que foi tudo armado, pois assim que ele te atropelou outro carro apareceu e ele entrou conseguindo escapar. - falou raivoso.

Ele iria falar mais, mas começamos a ouvir gritos do corredor e logo depois tiros. Poseidon se levantou em um salto e se postou ao meu lado, segurando minha mão protetoramente. Senti meu coração se apertar e segurei sua mão firmemente.

- Poseidon e o nosso filho? - falei o olhando apreensiva. Ele ficou tão pálido quanto um fantasma. Ele estava relutante em me deixar, mas quando fez menção de sair à porta foi aberta em um estrondo. Um homem trajando um terno e com um braço ferido entrou exasperado na sala e falou

- Senhor. Me desculpe, eu tentei, eu tentei de verdade, mas eles o levaram.

Não precisei de explicação para saber do que, ou melhor, de quem ele falava. Olhei para Poseidon, mas seus olhos estavam marejados. Nesse momento eu compreendi. Eles sejam lá quem forem o levaram, levaram meu menino. E eu nem sequer havia visto o meu menino, pensei. Poseidon estava estático, mas ao menos ele o havia visto e eu? Com esse pensamento comecei a chorar compulsivamente. Poseidon despertou do torpor e me abraçou me consolando.

- Calma Sally, tudo vai ficar bem - ele começou a falar, eu queria muito acreditar naquelas palavras, mas eu sabia que estaria enganando a mim mesma

- Como tudo vai ficar bem Poseidon - gritei - eles levaram o m-meu... o meu menino. E eu nem sequer o conheci e já o tiraram de mim.

- Sim Sally - ele falou com semblante serio segurando as lagrimas que teimavam em cair - tudo ira ficar bem, pois eu acho que sei quem fez isso - ele falou com tanta certeza que eu até acreditei. Foi quanto ouvimos alguém gritar da porta

- Eu sabia!






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Notas finais do capítulo

E então ? Para ou continua ? Eu acho que sei a resposta, mais quero ouvir de vocês
Bjs e Abrçs