Cap. 24 – Despedida

Depois da sessão de cremes no cabelo, não é que os cabelos tinham ficado muito legais e bem fofinhos?

Katherine ficou meio triste em saber que os filhos iriam embora dia 27. Queriam que eles ficassem mais, gostava tanto de ter a casa cheia.

- Ai mãe, não faz essa carinha! A gente volta depois.

- Claro, no final do ano que vem!

- Claro que não! A gente volta no meio do ano!! Né, Leroy?

- Claro.

- Mas é que eu gosto tanto de ter vocês comigo!

- Só que você também já tem planos para o ano novo! E a gente vai ligar, mandar cartas, emails...

- Certo. O que eu posso fazer, não é mesmo?

Os três deram um abraço na mãe.

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Riza estava arrumando a mala e para isso colocou as roupas dobradas em pequenas pilhas no chão. Até para fazer bagunça ela era organizada.

- Nossa! Que bagunça organizada!

- Roy... – ela olha para ele e sorri – Não devia estar arrumando a sua mala?

- Isso é tão chato... – ele se joga na cama – Como você consegue? Está tudo tão dobradinho e arrumadinho e fofinho...

- Eu só arrumo depois de usar as roupas.

Tudo se encaixava direitinho ali dentro. Já na mala dele, parecia que tinha mais roupas do que as que tinha trazido. Mas aquilo não vinha ao caso no momento, uma peça de roupa que estava no chão, cuidadosamente dobrada, vermelhinha... Chamou-lhe atenção.

Roy abaixou-se e pegou desdobrando-a.

- Você deve ficar uma gracinha usando isso aqui.

O Mustang balançou o sutiã vermelho com bordados em renda.

- Eu fico com isso! – ela toma dele – E para de me olhar com esse olhar pervertido!

- É um conjunto?

- Roy, some daqui!!

- Eu só estou curioso. Você leva as coisas muito a sério.

O moreno começa a sair do quarto com um sorriso bobo no rosto. Ela com certeza ficava bem com aquilo, mas deveria ficar melhor ainda sem.

- Do que está rindo, Roy?

- Nada não, Thommy. Já arrumou sua mala?

- Já sim. E você?

- Quase.

Roy foi para o quarto tentar arrumar suas roupas dentro de sua mala. Depois de quase uma hora e de adquirir a coragem de dobrar tudo certinho, as coisas couberam perfeitamente na mala do moreno.
Pegariam o trem bem cedo para que todos tivesse tempo de chegar em casa, desfazer as malas, refazê-las, dormir e viajar de novo.
Se bem que no caso de Roy, ele tinha mais algumas coisas em mente para fazer no intervalo de chegar em casa e viajar novamente.

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Mabel estava vendo uma correspondência que trouxera de casa, mas que ainda não tinha lido.

- O que está fazendo? – Rick entrou no quarto e viu a bolsa dela aberta com tudo para fora – e esse tudo era uma centena de coisas – E ela lendo uma carta.

- Chegou isso no dia que eu vim para cá, estava com pressa para pegar o trem e não li.

- É do exército?

- É sim. A confirmação da minha transferência.

- Transferência?

- É. Acho que eles acham que duas Mustangs no mesmo quartel não rola. – ela riu – Brincadeira, eu pedi transferência para o Oeste há alguns anos...

- Oeste? – ele ergueu a sobrancelha –

- É... – ela continua a rir – De qualquer jeito íamos nos conhecer.

- Parece que eu não me livro mais de você.

- Não mesmo!!

Ela pula para o colo dele.

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Riza e Roy estavam no quarto sentados na cama com a loura sentada entre as pernas dele. Estava um silêncio agradável. Era incrível que o silêncio fosse bom. Geralmente um casal que passava tanto tempo em silêncio tinha algum problema, mas aquilo não parecia relevante no caso dos dois.

- Eu estou ficando com sono... – Riza sorriu, estava tão gostoso ali –

- Eu também. – o moreno depositou um beijo na curva do pescoço dela – Eu já te falei que te amo?

- Hoje não.

- Eu te amo. – ele sorriu –

- Eu também.

- Vamos descer para comer alguma coisa? Caso contrário, vamos apagar agora e ficar sem sono a noite.

- Eu nunca fico sem sono. – ela sorri – O Rick vivi falando que eu sou pior que gatinho, onde eu encosto e relaxo apago mesmo.

- Mas eu fico! E não estou a fim de passar a noite em claro.

- Okay, vamos descer.

Os dois se levantam, mas Riza vai chamar Alice.

Ela bate na porta, mas ninguém responde, por isso ela abre a porta. A luz do banheiro estava acesa e parecia que tinha alguém passando mal.

- Alice?

Riza entra com cuidado e vê a cunhada ajoelhada e vomitando.

- Alice?!

- Hn? – ela vira para Riza – Oh...

- O que aconteceu? Você bebeu?

Riza ajoelhou atrás dela e ajudou-a a se levantar.

- Beber? – ela ri – Riza, faz mais de dois meses que eu não bebo.
- Como assim? Esses dias...

As duas sentam-se na cama.

- Eu nunca bebi nada alcoólico. Era sempre água, suco... E uma boa pitada de interpretação.

- Por quê?

- Porque eu estou grávida.

- Como é???

Riza quase morreu de susto.

- É uma longa história... Mas o importante é que ninguém sabe.

- Nem o Thommy?

- Ele muito menos. Quando eu descobri, há seis semanas, estávamos brigados e eu não quis contar para não forçar uma barra de reconciliação. E depois... Sei lá, não teve oportunidade.

- E quando pretende contar?

- Quando fizer dezesseis semanas? Porque não vou mais conseguir esconder?

- Alice!?

- O que foi?

- Você tem que contar logo. Vocês estão bem agora, não estão?

- Muito. – ela sorri –

- Então?

- É que... Eu aceitei casar com ele. E bem, se eu conto agora ele vai achar que é por causa do bebê.

- Você aceitou??

- Ai Riza, ele quer tanto. E sempre faz tudo o que eu quero, cuida de mim, me ama... Por que não?

- Que bom! Mas eu não acho que ele vá achar isso.

- Pois eu sim, porque conheço a figura. Então se eu enrolar mais, posso dizer que descobri a pouco tempo.

- Okay, eu não vou falar nada. E parabéns!!

Elas se abraçam.

- Minha mãe vai pirar...

- Imagino.

- Calma, vai chegar a sua vez..
.
- Daqui três ou quatro anos.

- Bom... Mas será que o Rick e a Mabel vão esperar tanto?

- O Rick é louco para ter filhos.

- A Mabel também.

- Pelo visto eu vou ser a última da turma.

- Faz bem, você ainda tem vinte e cinco. Já eu, se esperasse mais um ou dois anos poderia ser perigoso.

- Claro.

- Vamos comer então? Eu estou azul de fome!

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Os seis foram para a estação de trem. Riza e Roy iam para a Central. Mabel, Thommy e Alice para o Sul. E Rick para o Oeste.

- Até amanhã, gente! – Alice ria e acenava – Vamos Thommy! – ela o puxava pela mão –

- Tchau.

Mabel estava ameaçando de morte Rick. Queria deixar claro que ele não podia olhar para o lado. Que ele já tinha dona.

- Eu vou saber, viu Ricardo? Eu sempre sei!!

O loiro por sua vez só sorriu e abraçou a namorada.

- Relaxa, Mabel. Eu só tenho olhos para você, mas e você?

- Eu o que?

- Vai se comportar?

- Rick, você acha que por todo lado acha-se um cara, loiro, alto, bonito, que gosta de mim e agüenta minhas loucuras?

- Sei lá...

- Não, não acha. Então fica de boa!

O apito do trem soa e Rick dá um beijo nela e a morena vai pegar o trem.

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Roy estava encostado na janela e Riza estava abraçada com ele. Estava frio, só veriam o calor quando chegassem ao litoral.

- O pessoal vai cair para trás quando a gente contar...

- Sabe, eu estava pensando nisso, Roy e acho melhor não falarmos nada ainda.

- Por quê?

- Porque ainda é tudo novo e não queremos um reboliço a toa.

- Bem... Não sei, eu não vejo problema algum.

- Mas eu vejo vários, então por que não esperamos um pouquinho mais?

- Se é isso que você quer...

- Obrigada.

A loura fechou os olhos e dormiu.

Continua...

Gente, desculpe a demora, minha vida ta uma loucura, estudo a tarde, não ando tendo tempo para escrever e muito menos para usar a net e postar!!
Espero que gostem!!
kiss kiss