A Historia de Amor da Lua e do Mar escrita por Laay


Capítulo 2
1. Lá Lua, Lá Mar


Notas iniciais do capítulo

O 1º capitulo! Conheçam queridos, a trágica historia do amor proibido entre a Luna e o Marcus – a Lua e o Mar. Música – A Lenda, de Sandy&Junior. É, clichê e velha, mas na falta...
Boa leituraaa!
XOXO, Laay!
:*



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1. Lá Lua, Lá Mar

 

 

Era uma vez um mundo vazio, onde o chão era amarelado e coberto de poeiras e buracos diversos. Existia apenas um castelo, que sempre estaria no horizonte, e nunca perto o bastante para que alguém pudesse chegar a suas portas de ouro. Todo feito de prata, acabamentos em ouro, e vidraças de cristal puro. Não existia reino para que a moradora do castelo pudesse reinar. Apenas o castelo, ela e um mundo frio.

Ela não era feliz, apesar de viver cercada de luxo. Até mesmo os moveis de seu adorável castelo era feitos por materiais caros, como diamantes, esmeraldas, bronze, ouro.

A jovem dama chamava-se Luna, mas também atendia por Lua.

Ela também era bela. Talvez mais que bela, uma beldade celestial – apesar de não ter o tipo de beleza que alguém espera como moradora da lua. Os cabelos da Lua, provavelmente como nem todos pensavam, eram de um castanho-avermelhado, muito liso e longo. E também tinham os olhos da lua, tão chocolate, que carregavam magoa. O corpo delicado, que produzia a luz que iluminava o mundo vazio inteiro.

             

                      Bem lá no céu uma lua existe Vivendo só no seu mundo triste

 

Todos os dias, Luna esticava o pescoço para fora da janela, e podia ver a Terra. Ela sentia muita inveja ao se deparar com um casal de amantes, olhando amavelmente para ela. Esses eram os momentos mais tristes para Lua, os que ela realmente chorava as lagrimas prateadas. 

Ela também queria um amor, ser amada e amar alguém. Nem ao menos sabia como era a sensação de sentir algo tão bom, gostoso e aconchegante. Até mesmo as estrelas, que sofriam quase do mesmo modo – elas tinham umas as outras – tinham pena da jovem. De vê-la sempre na janela do castelo, com os olhos pousados na Terra, invejando-os.

Existiam as horas que sua tristeza era tão grande que a luz se apagava por completo.

 

                     O seu olhar sobre a Terra lançou E veio procurando por amor

 

Existia o reino do Mar, formado por águas e correntezas zangadas, frias, cruéis. Este reino tinha moradores, os animais marinhos – que nadavam de um lado para o outro, dia e noite. No mais fundo possível, existia um castelo de corais escuros. Sem janelas, sem portas e escondido de todo o mundo aquático. Nele, morava alguém um tanto quanto antipático.

Não gostava de ser incomodado pelos seres que viviam em seu reino, e dizia que gostava da solidão. A verdade, porém, é que não gostava. Mas apenas a companhia dos animais não bastava.  

Chamava-se Marcus – e ninguém se atrevia a dirigir a palavra a ele por seu apelido, Mar.

A aparência dele quase enganava, e chegaria a ser amigável, se não fosse pelos olhos cerrados e lábios comprimidos, quando alguém se atrevia a chegar perto. Tinha os cabelos dourados como nenhum outro, caindo pelos olhos azuis claros. Pele bronzeada, corpo definido pelas nadadas lá e cá – musculoso. Sua frieza e o coração sem amor faziam o oceano ficar igual.

Ele estava cansado daquilo.

 

                                              Então o mar frio e sem carinho

                                             Também cansou de ficar sozinho

 

Marcus olhava os amantes, e às vezes quase conseguia toca-los, de tão próximos. Deixava a mascara de homem impenetrável cair e observa duas pessoas trocarem carinho, desejando que não precisasse passar toda a eternidade sozinho, sem sentir o gosto do amor.

Certo dia, ele resolveu visitar a superfície de noite, como nunca havia feito antes. Ficou surpreso ao perceber que as águas estavam iluminadas, por uma espécie de brilho prateado. Levantando os olhos, ele viu uma bola brilhosa enorme descendo lentamente pelos céus.

E ele sentiu quando a misteriosa bola tocou de leve no oceano, aquecendo-o.

                Sentiu na pele aquele brilho tocar

                      E pela lua foi se apaixonar

 

Nadou lentamente, com braçadas ritmadas, até o sol noturno – como batizou aquela estranha coisa. Próximo dele, espantosamente, ele viu um castelo. E, em uma das janelas do castelo, existia uma moça que chorava. E a era da jovem que saia o brilho, ele pode ver.

Luna não percebeu a presença do estranho ali, pois estava concentrada em chorar por si mesma. Vestia o vestido branco de sempre, que deixava o luar sair de seu corpo mais intensamente. A luz foi apagando aos pouquinhos. Marcus não gostou daquilo.

- Senhorita? – perguntou, após buscar em todos os seus dedos alguma aliança, e não tinha nenhuma. Abriu um sorriso caloroso, algo que nunca fizera. Luna tirou o rosto das mãos, revelando a ele a face bela. Seus olhos estavam chorosos, e as bochechas cobertas de lagrimas – Permita-me perguntar, por que está chorando?

 

                                 Luz que banha a noite E faz o sol adormecer

 

A jovem piscou algumas vezes, desacreditada. Ele era tão bonito! Os olhos claros, o cabelo loiro e o corpo bronzeado. Precisou de alguns segundos para se lembrar o motivo das lamurias, e então escondeu a face novamente nas mãos e chorou mais.

- Por que vivo em um mundo sem amor, frio, solitário – disse, chorando. Ele percebeu que a bola descia depressa, e a jovem logo estaria próxima o suficiente para que ele estendesse a mão e a tocasse. – E é tão ruim precisar ver os amantes, se amando... É quase pior saber da pena que as Estrelas sentem por mim. Mas você não entende.

Ele entendia. Era quase igual para o Mar. Ele também precisava ver os casais trocando caricias, e sentia inveja, mesmo que quisesse negar. Os cidadãos de seu reino tinham pena dele, quase tanto quanto o temiam.

- Na verdade, eu entendo – disse o rapaz. A senhorita ergueu os olhos chocolate lacrimejantes, e as lagrimas cessaram. – Sofro a mesma coisa aqui.

- Verdade? – perguntou ela, enxugando o rosto com as costas das mãos. Agora ela estava próxima dele. As pontas do cabelo perfumado e escuro roçavam no rosto do garoto.  

 

                                                         Mostra como eu amo você

 

Por um momento, eles não falaram nada. A luz do brilho de Luna se fortificou, e ela corou. Torceu para que ele nem ao menos percebesse o rubor de sua face, e nem a luz que brilhava cada vez mais forte. Mas ele percebeu. Os dois. E se sentiu encantado com a possibilidade de ter sido ele o causador.

- Sim, é verdade, dama – disse, fazendo um gesto cordial de cavalheiro. Ela sorriu timidamente. – Posso saber o nome de tal beleza?

- Sou Luna – disse ela, corada por ter sido chamada de ‘beleza’. Sabia muito bem que era bonita, mas ninguém nunca a tinha dito. Principalmente por que nunca havia falado com ninguém além das Estrelas. E o Sol, mas o Sol tinha um temperamento um tanto quando esquentado – Acho que pode me chamar de Lua. É assim que todos me conhecem.

- Eu sou Marcus. Pode me chamar de Mar – e ele se sentiu estranho ao dizer isso. Ele não gostava que lhe chamassem de Mar. Por que com Lua era diferente?

 

                                                         Se a lenda dessa paixão

                                                          Faz sorrir ou faz chorar

 

            - Você vem sempre aqui? – perguntou o rapaz. Ela baixou os olhos tristemente com a pergunta. Ele, se quisesse, poderia esticar a mão e tocar a face luminosa da garota.

            - Todos os dias – disse por fim. Luna suspirou. – Você é primeiro que me nota em algum lugar. Obrigada por isso.

            E abriu um sorriso caloroso para ele. O brilho se intensificou, e, desta vez, ficou claro para ela que Mar havia percebido – e pior, percebia que o rapaz sabia que era por ele que ela brilhava naquele instante.

            - Como é ruim brilhar – comentou baixo, envergonhada.

            - Eu gosto do seu brilho. É bonito e quente – e Marcus tocou a face de Luna. Eles estavam tão próximos que ele nem precisou esticar o braço para isso. O rosto dela era quente, a mão dele, fria.

 

                                       O coração é quem sabe   

 

- Mas ele me entrega – sussurrou ela. – Acho que me coração controla a luz.

- Você brilha mais quando está alegre? – perguntou o rapaz. Ela confirmou.

- Nunca brilhei tanto quanto brilho agora – confessou, e ergueu o rosto, tirando-o do alcance de Mar. Ela estava tão imersa na água que eles ficavam cara a cara. – E não entendo isso. Às vezes, fico tão triste que chego a apagar.

   E ela olhou curiosamente para ele, pensando em por que seu coração batia com mais força, ou por que brilhava agora mais do que nunca. Não era comum sua luz ser tão forte.

 

                                      Se a lua toca no mar Ela pode nos tocar

 

           

            - Você está afundando – observou o garoto, apontando para ela. Ela olhou ao redor, e, em dias normais, nem ao menos teria se importado. Aquele era o momento de voltar para o céu. Mas, naquele dia, ela se importou de ter tão pouco tempo na Terra.

            - Droga! – falou entre dentes, irritada. Olhou para ele – É assim que sou. Todos os dias, horas lá em cima – apontou para o céu – e esses poucos minutinhos aqui. Quer se envolver com alguém assim?

            Marcus ficou sem reação. Arregalou os olhos azuis, impressionado com a pergunta. ‘ Eu a amo. Acho que ela também me ama. ’ Pensou ele.

            - Sim – disse Marcus. Ela sorrio e sumiu nas águas. Mar ainda mergulhou para tentar encontra-la, mas ela já tinha sumido.

 

                            Pra dizer que o amor não se acabe

 

            E, assim, Luna voltou para os céus e Marcus ficou preso, no oceano. Os dias para ambos tiveram muita diferença. Luna, para o espanto das estrelas, passou o dia dançando e cantando, rodopiando pelo castelo. Não chorou nem ao menos uma vez, e sua luz brilhava tão forte! Algumas pessoas nem ao menos conseguiram olhar para ela, de tão poderoso que estava seu brilho. Uma das estrelas, Alliston, resolveu perguntar a Lua o que acontecia.

            - Aconteceu que me apaixonei! – gritou em resposta. As estrelas e a lua estão a uma distancia considerável, e precisam berrar para ser ouvidas umas pelas outras. Alliston cochichou nos ouvidos de suas irmã que a lua tinha encontrado alguém com capacidade de amá-la.

            Quando a noite caiu, todas as estrelas estavam pintadas no céu, apenas observando os mais novos amantes da Terra, felizes, trocando caricias.

 

E VIVEREAM FELIZES PARA SEMRE

 

                                              Se cada um faz a sua históri

                                             A nossa pode ser feliz também

 

                        Se o coração diz que sim à paixão Como pode o outro dizer não?  

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                 Bailey dormia profundamente como um anjo, deitada na cama. Sua avó, Fern, retirou-se com cuidado do quarto. Apagou as luzes e, delicadamente e sem fazer barulho algum, foi se deitar.               


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Notas finais do capítulo

comentemporfavor!
bjos!



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